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Henrique Fogaça é defendido por internautas após compartilhar omelete de Cannabis
O chef de cozinha Henrique Fogaça, 46, se tornou um dos assuntos mais comentados no último final de semana após publicar a imagem de um omelete de Cannabis –planta que deriva a erva da maconha entre outras coisas. A publicação de Fogaça dividiu internautas, que criticaram e também defenderam o chef conhecido por ser jurado no programa Masterchef Brasil, da Band. "Péssimo exemplo para se falar em qualquer benefício que essa planta possa ter, e ainda é crime plantar, cultivar, consumir ou possuir, não sou eu quem falo e a lei que diz", escreveu um seguidor do chef. Não demorou para que outros seguidores julgassem o prato culinário de Fogaça, mas há também quem elogiou e sugeriu um "MasteChef canábico". "Lamentável a falta de informação das pessoas, como se esse prato fosse induzir ao consumo de drogas", escreveu uma seguidora."Parabéns por ser autêntico e verdadeiro num mundo de hipócritas e falsos politicamente corretos. Eu sei da luta e dedicação ao seu trabalho e sua família. Sou sua fã, te sigo com omelete de Cannabis e tudo mais que você fizer", comentou outra. Jurado do Masterchef desde 2014, Henrique Fogaça já foi alvo de outras polêmicas. Só no ano passado, o chef de cozinha se divorciou e reatou o casamento com Carine Ludvic. Na época do término, Fogaça chegou a posar para uma foto ao de duas freiras, enquanto usava uma camiseta com a imagem de duas mulheres se beijando.Na ocasião, até a Band soltou um comunicado que teria uma conversa com o jurado do MasterChef para entender os motivos daquela postagem. Ele é pai de Olívia, 13, João, 12, e Maria, 5, de outros dois relacionamentos. Sua filha mais velha é portadora de duas doenças graves: epilepsia e hipotonia, que enfraquece o tônus muscular. Um dos medicamentos usado no tratamento de Olívia é justamente o canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da Cannabis sativa, nome científico da maconha.
2020-12-07 11:33:00
celebridades
Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/12/henrique-fogaca-e-defendido-por-internautas-apos-compartilhar-omelete-de-cannabis.shtml
3 entre 10 madeireiras investigadas da Amazônia transportaram toras dentro do país em 2020
Quase 30% das madeireiras suspeitas de participação no mercado ilegal de madeira da Amazônia transportaram o produto dentro do país em 2020, apesar das investigações em curso na PF (Polícia Federal) e no MPF (Ministério Público Federal).A madeira amazônica alimentou o mercado da construção, da decoração e de outras áreas nos estados mais ao sul do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina.Uma compradora de uma dessas empresas é a Amaggi Exportação e Importação, que integra o grupo Amaggi, gigante do agronegócio. A Folha revelou neste domingo (6) que a PF e o MPF apontam suspeitas sobre a atuação de 61 madeireiras, principalmente ao sul do Amazonas. Elas são investigadas na Operação Arquimedes, a maior já deflagrada sobre o mercado ilegal de madeira no país.Um vasto esquema de pagamento de propina, com 20 denominações diferentes dadas pelos investigados, garantiu a lavagem de madeira, parte dela exportada para outros países, segundo documentos das investigações.A Folha fez um cruzamento de informações para constatar a atuação intensa das madeireiras em território nacional, um ano depois da deflagração da segunda fase da Operação Arquimedes, em 2019 –as investigações prosseguem.A reportagem cruzou os dados das 61 madeireiras identificadas nos documentos da PF e do MPF com os dados abertos alimentados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), referentes à guia necessária para o transporte de madeira.Essa guia se chama DOF (documento de origem florestal), e é imprescindível para o transporte do produto, sejam toras, madeira serrada ou ripas, por exemplo. Das 61 madeireiras investigadas, 18 (29,5%) fizeram uso de DOFs para transportar madeira ao longo deste ano.O esquema investigado por PF e MPF consiste em fraudes relacionadas a esse sistema. Créditos artificiais eram criados para garantir a inclusão de madeira ilegal –extraída principalmente de áreas de conservação e terras indígenas– no sistema de toras cortadas de áreas de manejo, autorizadas por órgãos ambientais locais.As 18 madeireiras que seguem com um comércio intenso com outras empresas, apesar das suspeitas levantadas pelos órgãos de investigação, têm 8,2 mil registros de DOFs no sistema do Ibama. Um mesmo DOF pode se referir a uma mesma carga, mas cada registro equivale a uma espécie ou um tipo de madeira transportado.Dentre esses casos, a Folha não constatou a existência de outros países como destino final do produto. A exportação pode ocorrer a partir das empresas compradoras, mas o perfil da grande maioria dos clientes mostra que a madeira acaba alimentando o mercado doméstico.Esta constatação contradiz o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Em uma reunião virtual da cúpula do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Bolsonaro disse que divulgaria quem são os países compradores de madeira ilegal da Amazônia brasileira. A ameaça foi feita em 17 de novembro.O presidente se baseou nas investigações da Operação Arquimedes para fazer a ameaça, que não foi cumprida. Parte da madeira amazônica extraída de forma ilegal alimenta o mercado exterior, mas numa proporção bem inferior à movimentação dentro do país. Técnicos do Ibama ouvidos pela reportagem estimam que 90% dessa madeira fica no Brasil.Uma reportagem publicada pela Folha em 18 de novembro mostrou que dois despachos da presidência do Ibama facilitaram a recirculação de madeira ilegal no mercado doméstico e flexibilizaram a fiscalização.As madeireiras investigadas, e de onde é despachada a madeira, estão em Manicoré, Humaitá, Maués, Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã, Manacapuru, Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manaus, todos municípios do Amazonas.Não é possível, a partir da análise dos dados disponíveis no banco de informações do Ibama, somar a quantidade comercializada e transportada pelas 18 madeireiras. Somente uma delas transportou 8,5 mil metros cúbicos de toras retiradas da vegetação em Lábrea, destinadas a outras cidades do Amazonas e a Rondônia.Os registros dos DOFs apontam que a madeira tem origem aparentemente legal, sendo oriunda de áreas de manejo autorizadas por órgãos ambientais. São espécies como samaúma, cerejeira, angelim, roxinho e ipê.A WS Madeireira Ltda., que teve contêineres apreendidos pela PF em 2019 no porto de Manaus, segue transportando madeira em 2020. O banco de dados do Ibama aponta 1.387 registros de DOFs, com envio do produto a estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Ceará, além de cidades no Amazonas. Algumas espécies são angelim, ipê e jatobá.A Amaggi Exportação e Importação é uma das destinatárias, conforme os registros do Ibama. Advogado da WS, Marcelo Augusto Pinheiro disse que um contêiner foi liberado e uma multa, derrubada. Outros dois contêineres permanecem apreendidos e o restante das multas foi parcelado, conforme o advogado.“A Operação Arquimedes não foi 100% correta. A imprensa militante e os ecoterroristas ficam escrevendo o que não é correto”, disse Pinheiro. “A PF não pode colocar todos no mesmo balaio de gatos. Tem madeireiro bom e madeireiro mau.”Em nota, a Amaggi afirmou que todas as suas compras estão em consonância com a regularidade ambiental e as licenças relacionadas. “A biomassa é utilizada como fonte de energia para caldeiras e secadores de grãos. Toda compra está coberta da devida documentação exigida por lei, emitida pelos órgãos ambientais responsáveis, bem como com os registros junto ao Ibama.”Já a L Dias Comércio de Madeiras tem 1.122 registros de DOF em 2020, conforme o banco de dados do Ibama. Transportou madeira serrada e vigas de cedrinho, cupiúba e maçaranduba para estados como São Paulo, Minas, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul.Segundo as investigações da PF e do MPF, a madeireira é suspeita de receber créditos indevidos de madeira oriunda de áreas de manejo. Documentos mostram também pagamentos da empresa a servidores do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), órgão responsável por certificar o funcionamento dessas áreas de manejo.Uma terceira madeireira com movimentação expressiva é a Três R Comércio de Madeira, com 1.023 registros de transporte neste ano. A empresa transportou principalmente toras e madeira serrada de angelim, faveiro, jequitibá e maçaranduba. Ela é suspeita de crimes ambientais e fraudes no sistema de DOFs, conforme as investigações.A reportagem ligou nos telefones informados das madeireiras e em escritórios de contabilidade, mas não conseguiu localizar nenhum responsável. O Ibama não respondeu aos questionamentos da reportagem.O Ipaam, em nota, afirmou ter suspendido licenças de empreendimentos envolvidos nas fraudes e disse ter mudado o fluxo de processos, com informatização do licenciamento. Servidores investigados foram afastados por decisão da Justiça, segundo o órgão.
2020-12-07 10:14:00
ambiente
Meio Ambiente
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/12/3-entre-10-madeireiras-investigadas-da-amazonia-transportaram-toras-dentro-do-pais-em-2020.shtml
Gol avalia Smiles em R$ 2,8 bi em proposta de incorporação
A Gol divulgou nesta segunda-feira (7) proposta encaminhada ao conselho da administração da Smiles, com detalhes sobre a relação de troca envolvendo a incorporação da empresa de programa de fidelidade pela companhia aérea.A proposta avalia a Smiles em cerca de R$ 2,8 bilhões. Na sexta-feira, o valor de mercado da companhia era de aproximadamente R$ 2,7 bilhões.De acordo com os termos propostos, cada ação ordinária da Smiles dará ao titular o direito de receber 0,825 ação preferencial da Gol ou R$ 22,32 ou uma combinação de ação PN da Gol e dinheiro. A relação de troca representa um prêmio de aproximadamente 26,3% sobre o preço médio ponderado pelo volume dos últimos 30 dias de R$ 17,67. Na sexta-feira, a ação da Gol fechou a R$ 27,05 e o papel da Smiles, a R$ 21,73."As escolhas dos acionistas estarão sujeitas a determinados ajustes, de forma que nenhum acionista receberá mais de 80% de sua consideração em ações preferenciais da Gol ou em dinheiro", afirmou a companhia aérea".A Gol afirmou que mudanças na dinâmica competitiva tanto no mercado de transporte aéreo quanto no de programa de fidelidade, recentemente aceleradas e amplificadas pelos efeitos da pandemia, tornam necessário o término da atual estrutura acionária para garantir competitividade a longo prazo.A aérea também comunicou ao conselho da Smiles sua intenção de que as análises e decisões ligadas à propostas ocorram em até 30 dias e que o assunto seja deliberado em assembleias de acionistas de ambas as companhias que devem ser convocadas até 18 de janeiro.
2020-12-07 10:33:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/12/gol-avalia-smiles-em-r28-bi-em-proposta-de-incorporacao-de-acoes.shtml
'Sonhos desfeitos': crescem cemitérios de táxis em Londres
Depois de passar por uma floresta desfolhada e por um simpático mercado de rua nesta cidade a cerca de 30 quilômetros a nordeste de Londres, aparece uma visão surpreendente: centenas de táxis pretos londrinos estacionados lado a lado em um campo enlameado, cercados por colmeias de abelhas e um galpão onde se criam pombos.É um verdadeiro monumento à devastação econômica causada pela pandemia de coronavírus. Os táxis foram devolvidos pelos motoristas a uma locadora devido ao colapso dos negócios desde que o Reino Unido entrou em lockdown, em março. Conforme o número de táxis ociosos se acumulava, a companhia ficou sem espaço em sua garagem e fez um acordo com um agricultor local para guardar cerca de 200 carros junto de suas abelhas e pombos."Chamo isso de 'o campo dos sonhos desfeitos'", disse Steve McNamara, secretário-geral da Associação de Motoristas de Táxi Licenciados, que representa cerca da metade dos mais de 21.500 taxistas licenciados da capital britânica. "É horrível, e está piorando."Na quarta-feira (2), a Inglaterra saiu de seu segundo lockdown, mas restrições rígidas continuam em vigor, e todo mundo se pergunta quando as ruas centrais desertas de Londres ficarão novamente cheias de trabalhadores, frequentadores de teatros e turistas.Hoje, nem um quinto dos táxis de Londres estão em operação, disse McNamara, e os motoristas que ainda trabalham ganham em média 25% do que faturavam antes da pandemia. A cidade calcula que 3.500 táxis deixaram as ruas desde junho. Eles estão amontoados em estacionamentos, armazéns, garagens e campos ao redor da capital.Para McNamara, que lutou pelos motoristas de táxi contra a concorrência da Uber e outros serviços de transporte por aplicativo, a pandemia é uma ameaça existencial ainda maior. A menos que o governo ofereça mais ajuda financeira, disse ele, Londres poderá perder um de seus símbolos mais famosos —que no imaginário dos turistas equivale aos ônibus de dois andares, as cabines telefônicas vermelhas e policiais com capacetes ovalados."Os ônibus não são mais vermelhos, as cabines de telefone sumiram e os policiais hoje circulam em BMWs com submetralhadoras", disse McNamara, usando uma frase que sem dúvida já decorou. "Somos o único ícone de Londres que resta, e sinceramente temo que não existiremos mais dentro de três anos."Para alguns que assistiram à guerra entre os táxis pretos e a Uber, os taxistas nem sempre foram as figuras mais simpáticas. Por um lado, seus serviços eram e ainda são mais caros. Predominantemente brancos, homens e ingleses, os taxistas apresentam uma visão antiquada da Grã-Bretanha, ao lado dos imigrantes de diversas etnias e outros batalhadores que se sentam atrás do volante e colam um adesivo do Uber no vidro.Com os problemas de serviço ao cliente e imagem do Uber, entretanto, as linhas de batalha não são mais tão claras. Além disso, segundo McNamara, os táxis incrementaram seu serviço com software de pagamento por telefone, apps como o do Uber que permitem que as pessoas peçam um carro e veículos elétricos que não poluem. Se a pandemia não tivesse ocorrido, disse ele, 85% a 90% da frota seria elétrica até o final de 2024.Não há dúvida de que os lockdowns no Reino Unido devastaram o setor. Ryan Spedding, que dirige um táxi há quase nove anos, lembra-se claramente de quando o primeiro-ministro Boris Johnson foi à televisão em março e declarou: "A partir desta noite, devo dar à população britânica uma instrução muito simples: vocês têm de ficar em casa".No dia seguinte, Spedding, 44, dirigiu seu táxi Mercedes por Londres e descobriu uma cidade fantasma, com lojas e bares escuros, torres de escritórios desertas e estações ferroviárias vazias. Espaços normalmente agitados como Piccadilly Circus e Leicester Square só precisariam de capim rolando ao vento para completar o retrato da desolação urbana."Você podia dirigir por duas ou três horas sem encontrar uma pessoa na rua", disse ele. "Você passa do trabalho normal diário constante para algo que parece o filme '28 Days Later'" (sobre um vírus mortal que transforma Londres em uma paisagem desolada, pós-apocalíptica).Spedding paga 280 libras (cerca de R$ 1.900) por semana pelo aluguel do táxi. Assim, ele não viu alternativa além de devolver o carro à companhia locadora, GB Taxi Services. Como trabalhador autônomo, Spedding pôde pedir ajuda do Estado, que o compensou por cerca de dois terços de sua renda média.Ele e sua mulher, cuja firma de passeio com cães foi prejudicada por férias canceladas e clientes que hoje trabalham em casa e passeiam com seus cachorros, também tiveram de suspender as prestações da hipoteca. Mas Spedding disse que usou sua poupança e se endividou no cartão de crédito para não afundar.Principalmente, ele está "muito entediado", segundo disse. Como todos os taxistas licenciados, ele passou por um teste rigoroso sobre as ruas de Londres, chamado "Conhecimento", processo que lhe custou três anos e meio. Depois de investir grande parte da vida para ser motorista, afirmou, "não posso nem pensar em fazer outra coisa".Nesta semana, Spedding disse que pretendia levar seu táxi para uma volta pós-lockdown, para ver se apareceriam clientes."Uma grande parte de mim acha que não", disse ele.Para compensar os negócios perdidos, alguns motoristas, como Dale Forwood, decidiram oferecer passeios para ver a iluminação de Natal na Regent Street. Poucos turistas se inscrevem, mas os moradores, cansados após semanas de lockdown, parecem ávidos para passear. Forwood, 54, também dirige um furgão de entregas para uma rede de supermercados.Enquanto percorria as ruas quase vazias numa noite recente, ela falou com esperança sobre como Londres no Natal normalmente ficava lotada de compradores do mundo todo. Com o retorno desses visitantes ainda dependendo de um futuro garantido por vacinas, os moradores continuam sendo o salva-vida dos motoristas."Enquanto as pessoas nos usarem, estaremos aqui", disse ela. Para motoristas como Jim Ward, que são donos de seus carros, a seca é mais suportável. Ele disse que está fazendo cerca de quatro corridas por dia, ganhando em média 60 libras (R$ 414), comparadas com aproximadamente 150 libras nos bons tempos. Mas ele comprou seu táxi, o famoso modelo quadrado feito pela London Taxi Co. —depois rebatizada de London Electric Vehicle Co.— de segunda-mão há alguns anos, e seus custos são modestos.Desde janeiro de 2018, todos os táxis recém-licenciados em Londres devem ser elétricos. Um novo modelo elétrico custa cerca de 65 mil libras (R$ 448 mil); muitos motoristas financiam a compra, o que lhes dá prestações mensais pesadas."Os jovens que têm financiamento hoje não conseguem pagar", disse Ward.O motorista de 67 anos, que dirige há 46, comenta que a profissão percorre as ruas de Londres desde que Oliver Cromwell licenciou os condutores de carruagens no século 17, para reduzir os roubos (um exemplo das preciosidades históricas contadas pelos motoristas de táxis pretos).Enquanto eles esperam ociosos diante de estações de trem sonolentas ou de hotéis vazios, os motoristas trocam histórias de horror (um deles esperou 22 horas e meia por uma corrida no Aeroporto de Heathrow). E jogam um jogo triste do que poderia ser. Howard Taylor, 60 anos e motorista há 33, pensava em vender seu táxi de três anos antes da pandemia. Agora ele acha que perderia pelo menos um terço do valor."A pessoa teria de ser idiota para comprar", disse ele, "porque agora ser taxista não é uma profissão viável."
2020-12-07 10:57:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/12/sonhos-desfeitos-crescem-cemiterios-de-taxis-em-londres.shtml
Reitores eleitos e não empossados por Bolsonaro questionam MEC
Um grupo de 16 reitores eleitos pela comunidade acadêmica e não empossados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) formou uma comissão para questionar o MEC (Ministério da Educação) sobre os motivos para o governo federal não respeitar a decisão das instituições de ensino.A comissão, inédita no país, enviou na última quinta-feira (3) uma carta ao ministro da pasta Milton Ribeiro, solicitando uma audiência para “encontrar caminhos que possibilitem restabelecer práticas pautadas no diálogo, pluralismo e na democracia universitária”.Desde o início do mandato, Bolsonaro nomeou 29 reitores para comandar universidades e institutos federais. Destes, 16 foram indicados pelo presidente sem ter sido eleitos por integrantes da comunidade acadêmica, como prevê a Constituição. Em cinco instituições de ensino, Bolsonaro nomeou um interventor para comandar temporariamente a instituição —no entanto, há casos em que o reitor temporário está no cargo há quase um ano e meio. Em outras 11, foi indicado um nome que não foi o mais votado na consulta acadêmica.Pela lei, cabe ao presidente indicar um dos três nomes que compõem a lista tríplice enviada pelas universidades. A escolha do mais votado não é obrigatória, mas uma tradição que se mantinha desde 2003, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).No último dia 26, em uma live, Bolsonaro disse que não nomeou os mais votados depois de identificar que seriam “militantes”.“Eu não quero interferir politicamente em lugar nenhum, mas o que é comum chegar na minha mesa é a lista tríplice. A gente pesquisa a vida da pessoa, pessoas trazem informações, daí chega a informação: esse cara é do PSOL, esse outro é do PT, esse outro é do PC do B. A gente não deve escolher ninguém por questão ideológica, mas a gente vê que são militantes”, disse o presidente.Por lei, não há nenhum impedimento para a nomeação de dirigentes que sejam filiados a partidos políticos.A forma como o presidente tem feito as nomeações de reitores inclusive está em análise no STF (Supremo Tribunal Federal). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ajuizou uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental), alegando que as indicações representam violação ao princípio democrático.O ministro Edson Fachin já determinou ao presidente apresentar as informações que embasaram a decisão nessas nomeações que não respeitaram a decisão acadêmica.Os reitores não empossados decidiram se unir para cobrar celeridade aos processos, já que situações temporárias têm se estendido há mais de um ano. “Há universidades que estão em um limbo, com um reitor que não sabem por quanto tempo vai ficar no cargo e por qual motivo foi escolhido”, diz o advogado Tiago Botelho, representante da comissão.A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), por exemplo, está desde junho de 2019 sendo comandada por uma reitora temporária. A situação gerou protestos de alunos e servidores.Manifestações, discussões e exonerações têm sido comuns nas instituções que estão sob comando de reitores que não foram eleitos.No IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte), após Bolsonaro nomear um reitor temporário, todos os pró-reitores e chefes de gabinete pediram exoneração dos cargos por não concordarem com a situação. À época, houve paralisia nas atividades administrativas e acadêmicas."Qualquer resultado fora destes parâmetros [de respeito à decisão da comunidade acadêmica] produz um ambiente nada saudável nas instituições federais de ensino, alimentando conflitos internos e sugere uma atitude de desprezo e desrespeito pelas instâncias e processos democráticos, tão caros ao país", diz a carta enviada ao MEC.Para Nina Ranieri, professora da Faculdade de Direito da USP, a nomeação de reitores temporários, sem a apresentação de uma fundamentação legal, vai contra o princípio da legalidade e boa administração. Ainda destaca que cria insegurança jurídica, administrativa e acadêmica nas instituições de ensino.“Toda a administração desses nomeados pode ser questionada futuramente pela forma como se deu a indicação. Todos os seus atos à frente das universidades são passíveis de serem anulados”, disse.A Andifes (associação que reúne os reitores de universidades federais) também já manifestou preocupação com a forma com que têm ocorrido as nomeações por colocar em risco não apenas a autonomia das instituições, mas também a gestão administrativa e acadêmica.“As pessoas que foram eleitas se submeteram a um processo consolidado de escolha, apresentaram seus projetos e propostas para a universidade. Esse processo de escolha tem 35 anos e, até 2019, só em 5 situações anteriores a decisão acadêmica não foi respeitada”, diz Edward Madureira, presidente da Andifes.Procurado, o MEC não respondeu se o ministro se reunirá com a comissão. Também não comentou a motivação das 16 nomeações não terem seguido a indicação das instituições.
2020-12-07 08:00:00
educacao
Educação
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/12/reitores-eleitos-e-nao-empossados-por-bolsonaro-questionam-mec.shtml
Zeca Pagodinho quer compor sobre vacina contra Covid e diz que vai tomar 'uma em cada braço'
"Andei muito triste", resume Zeca Pagodinho, 61, sobre o período de isolamento social por causa da pandemia do coronavírus. Sem poder conviver com os amigos, o sambista não teve ânimo para compor nos últimos meses, mas prevê dias melhores e diz estar melhorando.O cantor e compositor pensa em criar músicas sobre as vacinas contra o vírus e anuncia, em tom de brincadeira: vai tomar todas as imunizações possíveis. Uma vacina em cada braço e uma em cada nádega, disse, em entrevista ao Fantástico neste domingo (6). "E me aguarde. Onde me chamar, eu vou", avisou, referindo-se ao pós-quarentena. Ele comemora neste final de 2020 os 25 anos do álbum "Samba pras Moças", considerado um divisor de águas em sua trajetória artística de 35 anos e histórico também na linha do tempo do samba.Lançado em 1995 e definido como uma "pérola" da discografia de Zeca, o álbum foi relançado em novembro nas plataformas digitais pela Universal Music, com nova mixagem. Também como parte das comemorações, foi lançado o lyric vídeo de "Vou botar teu nome na macumba", primeira parceria de Zeca e Dudu Nobre e uma das faixas do álbum. O músico passa a quarentena com a mulher, Mônica da Silva, em Xerém, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, depois de “não aguentar mais” ficar em seu apartamento na Barra da Tijuca. Não acessa as redes sociais e sequer tem whatsapp para troca de mensagens.Substituiu o confinamento após três meses em um prédio pelo vasto quintal e o contato com os animais –especialmente cavalos e cães que, segundo ele, perturbam desde a hora que ele acorda, até quando vai dormir.Quando a pandemia cancelou shows em todo país, ele estava na estrada com a turnê "Mais Feliz", mesmo nome do álbum com 11 músicas inéditas e algumas regravações lançado em setembro de 2019.Precisou interromper os shows, mas fez lives em homenagem ao Dia das Mães e ao Dia dos Pais e agora, aos poucos, retoma a agenda suspensa pela pandemia.
2020-12-07 08:12:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2020/12/zeca-pagodinho-quer-compor-sobre-vacina-contra-covid-e-diz-que-vai-tomar-uma-em-cada-braco.shtml
Caneladas do Vitão: Pragmático, São Paulo abre folga e caminha para o título
Tem dor que é pra gente carregar sozinho e não dividir o pranto com ninguém, por isso me deixa só nesse cantinho, só eu sei pra minha dor o que convém... Alô, povão, agora é fé! Escolado por tropeços e eliminações traumáticas, Tricolor faz jogo sólido, seguro, convencional, vence Sport por 1 a 0, abre folga na liderança beneficiado pelo empate do Atlético-MG e caminha, sem sustos, para acabar com a incômoda fila de títulos.Quem diria que o time de Fernando Diniz (igualmente exaltado e criticado por invencionices e grandes invenções, dependendo do gosto de quem relata) viraria uma equipe "antidinizista"?O 1 a 0, anotado no início por Luciano, veio em uma bola parada, após escanteio cobrado por Daniel Alves e falha do goleiro Luan Polli, que foi com mão de alface e não fez a defesa.Depois, o São Paulo, muito bem posicionado na defesa, praticamente não correu riscos no Morumbi. E, em nenhum momento, forçou para ampliar o marcador. À vera, até poderia ter feito mais, já que é infinitamente superior ao Sport, mas se comportou em campo, inteligentemente, para administrar a vantagem mínima.Como o adversário, fiel ao estilo do treinador Jair Ventura, não se soltou e preferiu levar a desvantagem de um gol até o fim a se arriscar, o 1 a 0 favorável ao líder prevaleceu... Justo!Provavelmente, com postura similar a de ontem, o São Paulo teria eliminado o catadão do WhatsApp travestido de Mirassol, no Campeonato Paulista, e o Lanús, na Copa Sul-Americana... E também não teria permitido a virada ao horrendo Binacional na Libertadores!Líder isolado no Brasileirão agora com quatro pontos a mais e um jogo a menos que o vice-líder Atlético-MG, o Tricolor também pode beliscar o inédito título na Copa do Brasil. No entanto, a chapa vai esquentar no mata-mata e o copeiro Grêmio, adversário da fase semifinal, também está em ascensão. Vamos, São Paulo! * Guimarães Rosa: "Quem sabe direito o que uma pessoa é? Antes sendo: julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado".Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br!Os caras da cidadania e do esporte brasileiros#sosibirapueraVera Mossa (vôlei), Aurélio Miguel (judô), Maurren Maggi e Ely Thrower (atletismo), Ana Mesquita (natação) e Maju Herklotz (esgrima) marcaram presença em ato contrário à transformação do complexo do Ibirapuera no "Privadão do Doria"!Destaques da 24ª rodadaFuga do infernoFaltam ainda pelo menos 14 jogos para cada time e, à vera, exceto os oito primeiros, há 12 equipes fracas, ruins e medonhas lutando contra o armagedônico rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, mais do que a matemática, a ruindade e o potencial apontam para a queda de Goiás e, muito provavelmente, também de Botafogo e Coritiba. Ceará, Fortaleza, Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Bragantino e Atlético-GO não podem bobear, mas a tendência é que Sport e Vasco, que errou feio ao demitir o técnico Ramon Menezes, lutem entre si para não ficar com a apocalíptica última vaga na Segundona!O caraDiego SouzaCom dois gols de cabeça, o artilheiro abriu o caminho para o Grêmio atropelar o Vasco por 4 a 0, resultado que manteve o Imortal, que prioriza Libertadores e Copa do Brasil, vivo também no Campeonato Brasileiro. Diego Souza agora tem 20 gols neste ano, a mesma marca atingida por Everton Cebolinha na temporada 2019. Os outros tentos gremistas foram assinados por Pinares e Lucas Silva. O Vasco, de novo, é candidatíssimo à degola!ArmagedonDiretoria do FlamengoApós liderar o lobby pela volta do futebol e, agora, pelo retorno do público, aceitar jogar anexo a hospital de campanha que empilhava mortos da "gripezinha" e posar ao lado do negacionista Bolsonaro, a patética direção do Fla (que "venceu" na Justiça o pleito para pagar menos às famílias de crianças que morreram queimadas no Ninho do Urubu) vestiu a carapuça e se indignou com a faixa botafoguense "aqui prezamos pelas vidas".44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-12-07 07:00:00
esporte
Esporte
https://agora.folha.uol.com.br/esporte/2020/12/caneladas-do-vitao-pragmatico-sao-paulo-abre-folga-e-caminha-para-o-titulo.shtml
Maduro vence eleições parlamentares na Venezuela em votação esvaziada
Pelo menos dezoito países manifestaram que não reconhecem o resultado das eleições parlamentares realizadas no último domingo (6) na Venezuela —como previsto, o regime do ditador Nicolás Maduro saiu vitorioso, em um processo marcado pela ausência de candidatos da oposição e pela alta taxa de abstenção.No pleito para escolher a nova Assembleia Nacional, que tomará posse em 5 de janeiro, a coalizão chavista, formada pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e seus aliados, recebeu 68% dos votos e terá a maioria dos 227 assentos.Segundo dados oficiais fornecidos pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), o comparecimento foi de 31%. O Observatório Contra a Fraude, vinculado à atual AN, de maioria opositora, discorda desse dado e diz que o comparecimento não passou de 18% dos eleitores.Nas últimas eleições parlamentares, em 2015, a participação foi de 71%.Em um comunicado, a União Europeia disse que não reconhece o resultado por "não se tratar de um processo crível, transparente nem inclusivo". O texto chamou a atenção para o impedimento da participação de vários partidos e políticos.Na manhã desta segunda (7), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro rejeitou o resultado em nota assinada com outros 15 países das Américas, incluindo Canadá, Chile e Colômbia."Reiteramos que as eleições de 6 de dezembro (...) carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional", afirma a declaração."Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela", continua o comunicado.O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, já tinha chamado as eleições de "farsa eleitoral" no Twitter.Também por meio do Ministério das Relações Exteriores, a Colômbia afirmou que "desconhecerá os resultados da eleição e estimulará a comunidade internacional a apoiar o povo venezuelano na recuperação da democracia".A baixa presença dos eleitores no pleito ocorre em meio à pandemia da Covid-19 e a uma desconfiança generalizada sobre a classe política. A votação foi boicotada pela maioria das siglas e lideranças opositoras, incluindo Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por dezenas de países, e seus aliados."A fraude foi consumada. A rejeição majoritária do povo da Venezuela é evidente. A maioria da Venezuela deu as costas a Maduro e à sua fraude", declarou Guaidó, em referência à abstenção, em um vídeo publicado nas redes sociais.Guaidó convocou um plebiscito, até sábado (12), para prolongar o mandato do atual Parlamento até que seja possível organizar "eleições livres, verificáveis e transparentes". Será uma consulta simbólica, pois Maduro exerce controle territorial e institucional da Venezuela, com o apoio das Forças Armadas.A consulta popular teve início de modo eletrônico e deve culminar num ato presencial no sábado.A Alemanha e os Estados Unidos declararam que vão continuar apoiando Guaidó como líder da oposição.Já a Argentina e o México, que não consideram Maduro um ditador, não se manifestaram sobre a eleição de domingo. Entre os eleitos, segundo os resultados oficiais, pela aliança governista, estão Diosdado Cabello (homem-forte do chavismo) e Cilia Flores (mulher de Maduro).O partido do líder opositor Henri Falcón, o Avanzada Progresista, elegeu um parlamentar, Luis Augusto Romero."Nós recuperamos a Assembleia Nacional com a maioria dos votos do povo venezuelano. É uma grande vitória para a democracia", disse Maduro, em um pronunciamento na televisão.A Rússia foi dos poucos países a elogiar as eleições, que chamou de "transparentes". "O processo eleitoral venezuelano foi organizado de forma mais responsável e transparente do que em alguns países que costumam se apresentar como exemplo de democracia", escreveu o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado."Partimos do princípio de que a nova Assembleia Nacional será o terreno (...) para um diálogo construtivo entre todas as forças políticas" e ajudará a "superar os desacordos que existem na sociedade venezuelana por meio de negociações".A votação não teve observadores internacionais independentes, apenas representantes de países aliados ao chavismo, como Irã e Turquia, e amigos pessoais de Maduro, como os ex-presidentes Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).O domingo de votação transcorreu de forma tranquila, com imagens de postos de votação vazios, filas enormes para conseguir combustível —o país passa por uma crise de desabastecimento de gasolina, entre outros elementos— e bares e restaurantes cheios.A oposição denunciou a presença de quiosques conhecidos como "pontos vermelhos". Depois de votar, famílias pobres puderam comparecer a esses locais para receber caixas de comida extras.Outro líder opositor e ex-candidato à presidência, Henrique Capriles disse que "depois de todos esses fracassos, temos de abrir-nos para novas alternativas e lançar mão de recursos novos". Capriles, porém, não ofereceu ideias concretas. Ele mesmo teve uma posição titubeante com relação ao pleito.Primeiro, afirmou que participaria e chamou a oposição a participar. Com isso, negociou com o regime a liberação de presos políticos, como Juan Requesens. Porém, ao não conseguir adesão e não ter convencido a União Europeia a enviar observadores para acompanhar a votação, desistiu de participar. "Os venezuelanos merecem recuperar a confiança, ter uma rota verdadeira para alcançar soluções verdadeiras". A atual Assembleia Nacional foi eleita em 2015 com maioria opositora, em um pleito considerado justo por observadores internacionais. A maioria opositora na Assembleia, no entanto, foi sufocada por Maduro. Decisões do Legislativo foram barradas no Judiciário, instância na qual há juízes ligados ao regime.E, em 2017, a ditadura determinou a criação de uma Assembleia Nacional Constituinte, de maioria governista, que suplantou o papel da Assembleia Nacional. Essa Constituinte será encerrada neste mês, sem que uma nova Carta tenha sido criada.Em janeiro de 2019, a Assembleia Nacional escolheu Guaidó como líder e, na sequência, ele se proclamou presidente interino. A medida teve como base artigos de Constituição que estabelecem que o presidente do Legislativo deve assumir a chefia do Executivo caso o cargo de presidente fique vago.A oposição considera que isso aconteceu porque o pleito que reelegeu Maduro em 2018 foi marcado por fraudes —assim, Guaidó seria o comandante legítimo do país.A estratégia até recebeu apoio de parte da sociedade venezuelana e da comunidade internacional, mas não foi suficiente para tirar Maduro do cargo. Agora, com a votação deste domingo, Guaidó e o restante da Assembleia terão que deixar oficialmente seus cargos no próximo dia 5.A Venezuela vive há anos uma crise econômica grave, agravada por sanções dos EUA, que impedem empresas estrangeiras de fazerem negócios com o país. Com a falta de condições de vida, mais de 5 milhões de venezuelanos deixaram o país.
2020-12-07 03:22:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/12/maduro-vence-as-eleicoes-parlamentares-na-venezuela-em-meio-a-boicote-da-oposicao.shtml
Banda britânica The Vamps volta após hiato e quer tocar com Alok no Brasil
A quarentena foi produtiva para os integrantes da banda britânica The Vamps. O quarteto formado por Brad Simpson, 25, James McVey, 27, Connor Ball, 24, e Tristan Evans, 26, que estava longe dos estúdios desde 2017, aproveitou para finalizar o novo álbum, "Cherry Blossom", lançado em outubro —no final de novembro fizeram uma versão estendida, com três faixas extra."É uma experiência estranha lançar um álbum neste momento [de pandemia]", afirma o baterista Tristan Evans em entrevista ao F5. "Queríamos dar algo novo para os fãs. Não tínhamos lançado algo novo havia dois anos e sentimos ser a hora. Não é porque tem uma coisa ruim acontecendo que isso deveria nos afetar ao lançar música para os nossos fãs. Então lançamos.""Obviamente não podemos fazer turnê e não a faremos até que isso seja seguro", lamenta. "Por outro lado, tem outras plataformas atualmente em que você pode experimentar os Vamps e outros artistas facilmente do seu quarto. Temos sorte de ser de uma geração que tem a vantagem de estar online e ter uma presença digital em que consegue encontrar informação muito rápido." O tempo que eles passaram parados, dizem, foi importante para definir o conceito que queriam para este álbum. "Temos sorte de termos feito alguns álbuns e turnês nos últimos sete anos", avalia o guitarrista James McVey. "E quando você se acostuma a constantemente fazer álbum-turnê, fica difícil dar um passo para trás e pensar o que você quer fazer no álbum seguinte.""É por isso que, desta vez, nós deliberadamente nos afastamos por um tempo dessa bagunça toda", explica. "Isso significa que conseguimos fazer um álbum um pouco diferente dos anteriores. Essa é a principal razão pela qual temos um conceito forte neste projeto. Isso só aconteceu porque tivemos esse tempo para pensar no que realmente queríamos. Precisa de tempo para priorizar o que está sentindo."O vocalista Brad Simpson diz acreditar que o álbum é ideal para o momento por falar de otimismo em um momento tão estressante para todos. "Ele tem uma mensagem de renascimento e de focar continuamente em ser alguém melhor.""A mensagem é de positividade, basicamente", continua. "Seja estando presente ou mergulhando fundo no que motiva você e descobrindo a melhor forma de colocar as coisas em ordem para a sua saúde mental. A principal mensagem do álbum é a positividade. Então, esperamos que ele possa alegrar as pessoas neste momento tão bizarro."Durante o hiato sem um novo álbum, o quarteto lançou a música "All The Lies", em parceria com o DJ brasileiro Alok. "A colaboração com ele foi muito divertida e a música ficou muito diferente depois que ele colocou o toque dele", elogia Simpson. "Nunca tocamos essa música ao vivo juntos, então é uma das primeiras coisas que queremos fazer quando sairmos dessa [pandemia].""Nós genuinamente amamos colaborações e nos expormos a músicas que não necessariamente ouvimos no nosso dia a dia", conta. "Por isso sempre estamos indo a países novos para tocar e depois sair à noite para conhecer músicas diferentes e culturas diferentes, o que é muito legal."A banda, que já esteve no Brasil, dividiu as memórias que tem do país. "Sinto que algumas das minhas melhores lembranças são aí", confessa Tristan. "Em primeiro lugar é o churrasco para mim. Vamos falar sobre isso um segundo. É incrível.""Tem a cultura e também o clima, que é uma coisa muito importante para nós, porque em Londres chove o tempo todo", reclama. "E tem os fãs, a energia que eles levam para os shows. As apresentações são sempre incríveis, é muito divertido aí, tem sempre uma energia muito grande.""A paixão! Tem uma paixão aí quando nós vamos que nós amamos", concorda Brad. "É sempre um dos melhores shows do ano —e não estou dizendo só por dizer. É genuinamente um dos melhores lugares para fazer shows."O vocalista diz que tem "100% de chance" de eles voltarem ao país quando a pandemia deixar. "Com certeza estaremos de volta assim que for seguro para fazer shows e tocar as músicas do novo álbum", comenta. "Mal posso esperar."
2020-12-07 07:00:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2020/12/banda-britanica-the-vamps-volta-apos-hiato-e-quer-tocar-com-alok-no-brasil.shtml
Entenda os critérios para a escolha do 5G
Há três critérios fundamentais que precisam ser observados na definição do padrão 5G a ser estabelecido no Brasil. A escolha de uma alternativa para as redes digitais de telecomunicações é tarefa complexa e especializada, mas a decisão final deve considerar três linhas de raciocínio acessíveis a qualquer não-especialista interessado no assunto. A primeira é a mais óbvia e refere-se ao custo. Um país com alto índice de pobreza e de grande extensão territorial como o Brasil deve buscar o sistema que proporcione a cobertura mais ampla possível, a custos compatíveis com nossa realidade. Deve-se perguntar: qual fornecedor permite que os serviços de rede sejam acessáveis ao maior número de pessoas e agentes econômicos? Escolher uma solução cara, que exclua milhões de usuários, perpetuará os já péssimos índices de produtividade do trabalho e aprofundará nosso atraso social, educacional e competitivo.Uma segunda linha diz respeito à segurança de dados e privacidade. A proteção de fluxos de informações relativas a indivíduos, corporações e a nações soberanas é algo imperativo para qualquer arquitetura de redes. Deve ser lembrado que tecnologias de rede nunca são 100% seguras e escolhas devem recair sobre aquelas que oferecem maior proteção. Privacidade, segredos industriais e informações de Estado precisam, ao circular, ter sua integridade e segurança garantidas. Imunidade a ataques cibernéticos que ameacem soberania, economia e vidas é requisito primordial para a escolha. A terceira linha trilha sobre os caminhos da geopolítica e da geoeconomia. Riscos e oportunidades ligadas à opção devem ser objeto de análise cuidadosa. O Brasil oferece um mercado de centenas de milhões de consumidores. Isso é um ativo real que não pode ser concedido ou obstado a este ou aquele fornecedor, sem razões objetivas ou por motivação ideológicaA competição internacional coloca em lados opostos os Estados Unidos e a China, que lutam por condições de acesso ao nosso mercado e um posicionamento estratégico na cadeia de valor associada à rede 5G. Ao Brasil cabe abrir diálogo altivo com ambos os contendores para obter as contrapartidas relativas aos nossos interesses nas respectivas relações bilaterais.Se os Estados Unidos querem maior acesso ao nosso mercado de bens tecnológicos, por que não exigir que eliminem as inúmeras barreiras que afetam as nossas exportações? Se a China não quer ser eliminada de uma possível concorrência, por que não buscarmos um acordo que garanta volume de investimentos diretos, transferência de tecnologias e expansão de unidades produtivas no Brasil? Outra hipótese, menos intervencionista e menos estratégica, mas igualmente garantidora de interesses da população, seria a abertura de concorrência pura e simples, em que os critérios de preço, segurança e qualidade sejam cristalinamente estabelecidos. Uma escolha feita de forma neutra nos assegurará o melhor serviço.Estamos diante da oportunidade de construir inteligentemente o acesso a uma tecnologia que habilita todas as outras que compõem o universo digital moderno –desde o ensino remoto e a telemedicina para locais distantes, a democratização da produção e distribuição cultural, até o desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial, internet das coisas e big data. Bem conduzida, a implantação do 5G pode colocar o Brasil em pé de igualdade aos núcleos dinâmicos da economia mundial. Mal conduzida, significa atraso e isolamento imperdoáveis.As três linhas de conduta apresentadas, seguidas conjuntamente, permitirão a construção de caminhos para o enquadramento mais racional do tema à luz dos interesses de todos os brasileiros. Qualquer decisão tomada, boa ou ruim, terá efeito irreversível sobre as gerações futuras.
2020-12-07 08:00:00
mercado
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/12/criterios-para-a-escolha-do-5g.shtml
Entenda a decisão do STF e saiba como cada ministro votou na tentativa de drible na Constituição para Maia e Alcolumbre
O STF (Supremo Tribunal Federal) barrou na noite deste domingo (6) a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).O placar ficou em 6 a 5 contra a reeleição de Alcolumbre, e 7 a 4 contra a de Maia. Para a maioria dos ministros, a recondução é inconstitucional.A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023.Apesar da proibição, a postura de Maia e Alcolumbre nos enfrentamentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o Supremo, mudanças constitucionais recentes e articulações políticas nos bastidores, porém, vinham alimentando a esperança de ambos de continuarem à frente do Congresso, com o aval de parte dos ministros do Supremo. Mais Maia está no seu terceiro mandato consecutivo à frente da Câmara. Ele assumiu a cadeira pela primeira vez em setembro de 2016, em um mandado tampão, após a renúncia do mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ), e não largou mais.Depois disso, na mesma legislatura, conseguiu parecer técnico favorável a que participasse de nova disputa, em 2017. No início de 2019, em uma nova legislatura, o que é permitido pela Constituição, disputou novamente e venceu.Embora sem travas diretas pela Constituição, a reeleição em legislaturas diferentes só foi liberada em 1999, quando Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Michel Temer (PMDB-SP) conseguiram um segundo mandato consecutivo para comandar o Senado e a Câmara. ​ A decisão do STF é considerada peça fundamental no xadrez da disputa pela sucessão no Congresso. Estava em julgamento uma ação apresentada pelo PTB, que pede para o Supremo "afastar qualquer interpretação inconstitucional" que permita a reeleição.O partido é aliado de Bolsonaro e tentava ajudar o Palácio do Planalto a vetar qualquer chance de Maia de se manter no comando da Câmara. A ação, porém, poderia ter o efeito contrário e dar tração às articulações do presidente da Casa para continuar na função.Antes mesmo de o Supremo formar maioria para barrar a investida de Maia, a candidatura dele já enfrentava resistência na Câmara. No próprio grupo mais ligado a ele, havia divergências e indicava a possibilidade de o plano não se viabilizar politicamente."O STF agiu com responsabilidade ao recusar a tese casuística de reeleição no Parlamento", afirmou o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), em uma rede social. Logo depois, ele confirmou que será candidato à presidência da Câmara. * A favor da reeleição de Maia e AlcolumbreRelator do caso, Gilmar Mendes defendeu que o Congresso pudesse alterar a regra internamente por uma mudança regimental, questão de ordem ou "qualquer outro meio de fixação de entendimento próprio à atividade parlamentar", e não necessariamente pela aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição).A favor da reeleição apenas de AlcolumbreKassio Nunes foi o único a sustentar que a regra não deveria valer para quem já foi reeleito, o que impediria Maia de buscar mais um mandato no comando da Câmara. A tese de Kassio, primeiro indicado de Bolsonaro a uma vaga no STF, favorecia as articulações do governo, que tentava derrotar Maia e reeleger Alcolumbre à frente do Senado.Contra a reeleição de ambosNa opinião da maioria dos ministros, a vedação à reeleição dentro da mesma legislatura é clara. "Eventual reconhecimento de uma mutação constitucional tem como limite as possibilidades semânticas do texto", escreveu Barroso em seu voto.Segundo Barroso, a vedação à reeleição dentro da mesma legislatura é clara. "Eventual reconhecimento de uma mutação constitucional tem como limite as possibilidades semânticas do texto", escreveu o ministro no voto.Para Fachin, se o Congresso quiser permitir a reeleição dentro da mesma legislatura, cabe às Casas, "em debate franco com a sociedade civil, alterar, por meio do processo de emenda constitucional, a regra fixada no texto". Mais Veto à recondução O artigo 57, no parágrafo 4º da Carta Magna, afirma: “Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.A atual legislatura começou em fevereiro de 2019 e se estenderá até fevereiro de 2023.O que o Supremo decidiuA corte barrou a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O placar ficou em 6 a 5 contra a recondução de Alcolumbre, e 7 a 4 contra a de Maia.Para a maioria dos ministros, a reeleição é incostitucional. A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023.Visão do Planalto A decisão do Supremo também foi acompanhado de perto pelo Planalto.O governo simpatizava com a manutenção de Alcolumbre à frente do Senado, mas trabalha para eleger Arthur Lira (PP-AL), réu no Supremo sob acusação de corrupção passiva, e derrotar Maia ou o candidato apoiado por ele para presidir a Câmara dos Deputados.Posição da PGR e da AGU Em parecer de setembro enviado ao Supremo, a Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras, alinhado a Bolsonaro, defendeu que a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado é um assunto a ser tratado pelo próprio Legislativo.A Advocacia-Geral da União, ligada ao governo Bolsonaro, tem o mesmo posicionamento, expresso em documento também de setembro deste ano.A leitura política é a de que, com isso, o governo federal acenou positivamente à recondução de Alcolumbre ao comando do Senado. Mais Marco Aurélio Primeiro a divergir, o ministro disse que a proibição da reeleição na Constituição é “peremptória” e visa a alternância de poder, “evitando a perpetuação" na mesa diretora. O decano da corte ainda mandou uma indireta aos colegas favoráveis à recondução e frisou que “ninguém ocupa, neste tribunal, cadeira voltada a relações públicas".Cármen Lúcia A ministra ressaltou que a norma que veta a reeleição “é clara, o português direto e objetivo” e que “não há sequer duas opções” sobre como interpretar a Constituição. Liberar a recondução na presidência das Casas dentro do mesmo mandato, disse, seria descumprir “fragorosa e frontalmente” a Constituição.Rosa Weber A magistrada afirmou que o STF não pode “legitimar comportamentos transgressores da própria integridade do ordenamento constitucional” muito menos romper “indevidamente os limites semânticos” para vislumbrar que uma norma de vedação é, na verdade, autorizadora da reeleição. Rosa afirmou que “nada mais serve de justificativa” para o país voltar ao tempo em que a Constituição era “um documento de natureza meramente política”.Luís Roberto Barroso O ministro disse que é “compreensível o sentimento de que existe uma assimetria no sistema” ao permitir reeleição de chefe do Executivo e impedir do Legislativo. Porém, Barroso sustentou que o texto é literal e veta a recondução. O ministro ainda disse que o tema não trata de cláusula pétrea e que pode ser alterado via proposta de emenda à Constituição.Edson Fachin O ministro também defendeu que a regra pode ser alterada por meio de PEC. Ele citou que é permitida a reeleição no Executivo, mas disse que em relação ao Legislativo “há no texto, interpretado literalmente, historicamente e sistematicamente, um limite intransponível para a Jurisdição Constitucional”.Luiz Fux O presidente da corte afirmou que a reeleição só poderia ser aprovada caso se negasse a “vigência do texto constitucional”. Ele frisou que “a norma constitucional é plana” e que “não há como se concluir pela possibilidade de recondução”. O ministro ainda criticou a "precoce judicialização" do tema.Kassio Nunes Marques O ministro afirmou que, após a emenda constitucional de 1997 que permitiu a reeleição do presidente da República, houve uma “mutação constitucional”, que seria explicada, segundo ele, com a separação entre o preceito constitucional e a realidade.O magistrado ressaltou que a reeleição “não contraria os princípios democráticos e republicanos”. Ele defendeu, porém, que “existe parâmetro para apenas uma reeleição consecutiva”. Assim, o voto beneficiaria apenas Alcolumbre e não Maia, que já se reelegeu no posto.Gilmar Mendes Relator do caso, o ministro defendeu que a reeleição poderia ser liberada por “mudança regimental, questão de ordem ou qualquer outro meio de fixação de entendimento próprio à atividade parlamentar”. O ministro afirmou que o veto à reeleição “nunca fora princípio estruturante do Estado brasileiro, ou elemento normativo central para a manutenção da ordem democrática”.Os ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski apenas acompanharam o relator e não inseriram votos no sistema.
2020-12-07 00:15:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/12/entenda-a-decisao-do-stf-e-saiba-como-cada-ministro-votou-na-tentativa-de-drible-a-constituicao-para-maia-e-alcolumbre.shtml
Bolsonaro bate recorde e é o que mais libera verba em emenda parlamentar desde 2015
No centro das investigações que levaram à apreensão de dinheiro na cueca de um dos líderes do governo, as emendas parlamentares registram uma execução recorde na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).Foram R$ 17,2 bilhões pagos até meados de outubro, o que já representa um crescimento de 67% em relação a todo o ano de 2019. O valor é o mais alto na série compilada pelo Senado com início em 2015 (e atualizada pela inflação).Alvo de interesse dos congressistas, as emendas possibilitam aos deputados e senadores decidirem o destino de recursos do Orçamento federal e, assim, enviar dinheiro a redutos políticos.Ao mesmo tempo, elas reduzem o poder do Executivo sobre o Orçamento. As emendas são divididas em individuais, de bancada estadual, de comissão ou do relator.Se até 2019 as emendas executadas representavam uma média de 5% das despesas discricionárias (não-obrigatórias) do Tesouro Nacional, em 2020 esse percentual foi praticamente triplicado e representa 15% dos gastos opcionais previstos para o ano.O percentual cresce para 26% caso a comparação seja feita com os gastos discricionários até setembro, último dado disponível.O alto volume de execução das emendas parlamentares neste ano se dá, principalmente, por quatro motivos.O primeiro foi que em abril o governo permitiu excepcionalmente que os parlamentares realocassem para o combate à Covid-19 emendas que tinham apresentado para outras áreas, o que garantiu uma rápida execução em virtude da necessidade do gasto emergencial na pandemia.Em segundo lugar, há em anos eleitorais uma natural corrida para execução das emendas nos primeiros meses com o objetivo de aumentar o capital político dos parlamentares em seus redutos, além de escapar da vedação de realização de transferência voluntária de recursos da União nos três meses que antecedem a disputa.Terceiro, há uma dinâmica da relação entre Bolsonaro e o Congresso que se caracterizou pela fragilidade política do governo em um primeiro momento, quando tentou governar sem interlocução e até em oposição aos partidos, e a migração, a partir do momento em que se sentiu ameaçado de impeachment, para uma aliança com o chamado centrão, o grupo de partidos médios de centro e de direita que agora lhe dá sustentação no Congresso.Por fim, e não menos importante, o Congresso vem se aproveitando do enfraquecimento político dos últimos governos —Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Bolsonaro— para ampliar a fatia das emendas impositivas, ou seja, aquelas de execução obrigatória.Até 2015, os 594 congressistas apresentavam as suas emendas ao Orçamento, mas a decisão sobre a execução ou não era do Executivo, o que resultava em um jogo de pressão entre as duas partes --o Palácio do Planalto só liberava verbas para as emendas se obtivesse apoio para suas pautas no Congresso e os parlamentares só votavam com o governo mediante liberação das verbas.No ano em que teve início a derrocada política que levou ao impeachment de Dilma, o Congresso (em iniciativa capitaneada inicialmente pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha) começou a, paulatinamente, tornar obrigatória a execução das emendas. Primeiro, as individuais, apresentadas isoladamente por cada congressista, e que hoje estão em R$ 15,9 milhões por parlamentar. Depois, as de bancada.Em 2019 o Congresso ampliou a fatia das emendas ipositivas, tornando obrigatórias também as das comissões permanentes e as feitas pelo relator-geral do Orçamento. Bolsonaro vetou a medida e o Congresso só não reverteu a decisão após acordo que, na prática, deixou deputados e senadores com uma fatia mais gorda de recursos.​​Com isso, o próprio governo intensificou a negociação com parlamentares ao longo dos últimos anos para captar recursos das emendas.O Ministério da Justiça, por exemplo, formula uma cartilha anual para sugerir parlamentares a destinarem valores a ações que vão de compra de caminhonetes para transportar presos (R$ 160 mil) à implantação de sistema de rádio para a polícia em fronteiras (R$ 9,6 milhões). Sérgio Praça, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que o cenário das emendas impositivas, somado às restrições orçamentárias, gera necessidade de mais diálogo entre Executivo e Legislativo. “A negociação com o Congresso sempre foi importante. Mas quanto mais escassos os recursos, a importância disso aumenta”, afirma.A possibilidade de barganha pode ser feita dos dois lados, já que o Executivo não é obrigado a executar emendas de comissão de Câmara e Senado, além das apresentadas pelo relator-geral do Orçamento.Só o Ministério do Turismo, por exemplo, tem neste ano R$ 13,5 milhões em emendas apresentadas pelas comissões do Congresso para diversas ações no país.Ricardo Volpe, consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, afirma que as emendas dão força política aos parlamentares. Obras com recursos de emendas podem não ser sentidas em grandes cidades, mas fazem diferença significativa em pequenos municípios (mais da metade deles têm menos de 50 mil habitantes). “É assim que eles [parlamentares] conseguem se reeleger”, diz.Para Volpe, as regras atuais deveriam ser rediscutidas porque favorecem o descumprimento dos princípios da impessoalidade e da isonomia, ao conferir uma vantagem para os já eleitos.O aumento do poder dos congressistas é um dos motivos apontados pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) para explicar a redução no número de deputados e senadores que, neste ano, disputam prefeituras pelo país.De acordo com o Diap, o incremento das emendas tornou mais interessante, politicamente, a permanência no Congresso em vez da disputa por prefeituras, boa parte delas com dificuldades de caixa.As emendas também têm histórico de corrupção. No episódio mais recente, a PF apreendeu neste mês dinheiro vivo dentro da cueca de Chico Rodrigues (DEM-RR), então vice-líder do governo Bolsonaro no Senado. Os valores suspeitos teriam vindo de desvio de emendas parlamentares do senador apresentadas para o combate à Covid-19 em Roraima.Paralelamente ao aumento da execução das emendas parlamentares, há uma disputa ainda não resolvida entre o grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o centrão pelo controle da comissão de Orçamento e da própria Câmara, que terá eleições para seu comando em fevereiro.A Comissão de Orçamento, formada por deputados e senadores, é responsável pela discussão da proposta Orçamentária do governo e pela organização das emendas apresentadas pelos parlamentares ao texto.A divergência impediu não só a instalação da comissão, ​como a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que deveria ter sido votada no primeiro semestre para servir como base para a análise do Orçamento-2021.Maia quer emplacar no comando da comissão de Orçamento o correligionário Elmar Nascimento (DEM-BA). O centrão, que tem como pré-candidato à Presidência da Câmara o depurado Arthur Lira (PP-AL), trabalha para colocar na função a deputada Flávia Arruda (PL-DF).
2020-10-25 16:13:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/10/bolsonaro-bate-recorde-e-e-o-que-mais-libera-verba-em-emenda-parlamentar-desde-2015.shtml
A Fazenda 12: Luiza Ambiel rejeita acusação de tentar desestabilizar o jogo
Luiza Ambiel disse que não se considera líder de uma estratégia para desestabilizar os participantes em A Fazenda 12. A ex-modelo assumiu, no entanto, durante o programa Hora do Faro deste domingo (25), que seus alvos eram “apenas” Jake, Mariano, Lipe e Raíssa Barbosa quando convocou a reunião que gerou várias brigas na semana de sua eliminação. A atriz participou do quadro A Fazenda: Última Chance.Na tarde da última quarta-feira (21), Luiza chamou os peões para expor que havia visto Jakelyne Oliveira beijando Lipe na boca e que Mariano, com quem a miss tem um relacionamento dentro da casa, teria uma namorada fora do jogo."Quatro pessoas não é todo mundo”, disse ela à jornalista Fabíola Gadelha, que apontou sobre o fato de que a convocação de uma reunião para falar de um suposto beijo na boca de Jacque em Lipe, com Raíssa de testemunha, pode ter sido crucial para sua rejeição pelo público, culminando com a saída do reality. E, também, o rótulo de “fofoqueira”. Mais “É muito recente, ainda vou sair, vou pensar, assistir. Mas acho que, do jeito que eu estava... Eu não dormi, estava com muita mágoa, tanto da Jake como da Raíssa, e o Lipe também estava envolvido na história, e do Mariano, por ter me mandado para a roça. Tanto que pedi para falar só com os quatro e para estarem as pessoas que eu confio lá dentro, que são meus amigos, para eles não distorcerem a história. Ele [Mariano] que pediu para ir todo mundo, e eu falei ‘beleza, ok’.”Luiza Ambiel também não aceitou ser chamada de vilã desta edição. “Me soa uma coisa negativa. Eu acho que fui eu na minha vida, no meu jeito de ser. Uma coisa que não sei lidar é com a tal da falsidade. Mesmo sabendo que valia um milhão e meio, optei por bater de frente com certas coisas", bradou a ex-peoa.Questionada pelo apresentador Rodrigo Faro acerca da estrondosa comemoração dos demais peões com o retorno de Mateus Carrieri, disparou: "Olha, foi a pior coisa para mim. Está doendo. Eu ainda não vi as imagens, mas fiquei arrasada, principalmente com a Jojo Maronttinni. Foi a minha maior decepção, porque quando entrei fiquei emocionada de conhecê-la. Eu era fã dela." Mais
2020-10-25 16:58:00
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Palmeiras volta a vencer e Santos perde em dia de homenagem a Pelé
O Palmeiras quebrou uma série de quatro derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro neste domingo (25), ao fazer 3 a 0 contra o Atlético-GO, em Goiânia, pela 18ª rodada.O atacante Luiz Adriano chegou ao sexto gol no torneio marcando duas vezes, ambas na segunda etapa e a primeira após o goleiro Jean sair jogando errado e entregar a bola ao atacante.Quem abriu o placar foi o jovem Wesley, 21, cria das categorias de base palestrinas, ainda na primeira etapa. Gabriel Menino, 20, convocado novamente por Tite para a seleção brasileira, foi escalado como lateral direito neste domingo, em razão da lesão de Marcos Rocha.A sequência de três derrotas no Nacional foi um dos motivos para a demissão do treinador Vanderlei Luxemburgo.O técnico foi demitido após perder para o Coritiba, no último dia 14, quando a equipe alviverde já vinha de derrotas para o Botafogo e no clássico contra o São Paulo (antes disso, estava invicta no torneio).Já com o interino Andrey Lopes à beira do gramado, o Palmeiras foi vencido pelo Fortaleza. Chegou a golear o Tigre (ARG), por 5 a 0, mas pela Copa Libertadores.O triunfo diante do Atlético-GO é o sexto da equipe alviverde no Brasileiro. Motivo de críticas da torcida, os empates seguem como maioria: sete.Agora, o Palmeiras sobe para 25 pontos e encosta em Santos e São Paulo, que têm 27 e são, respectivamente, sexto e quinto colocados do torneio, os últimos dentro da zona de classificação para a Libertadores.Na próxima quinta-feira (29), às 19h, a equipe visitará o Bragantino pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Na segunda-feira (2), receberá o Atlético-MG, às 17h, pelo Brasileiro.Dois dias depois de completar 80 anos, Pelé foi homenageado pelo atual camisa 11 do Santos, Marinho, que neste domingo usou o número 80 às costas contra o Fluminense. Segundo o atacante, a pedido do próprio Rei do Futebol.Ao marcar o gol de empate da equipe do litoral paulista no primeiro tempo, Marinho comemorou com uma série de socos no ar, gesto característico do tricampeão mundial.Além disso, todos os jogadores santistas carregaram o número 80 na parte da frente da camisa.Apesar de todas as homenagens, a partida no Maracanã, válida pela 18ª rodada do Brasileiro, terminou boa mesmo para os donos da casa, que venceram por 3 a 1.O zagueiro Luccas Claro foi quem abriu o placar no primeiro tempo. Outro defensor da equipe, Nino, fez o segundo, já na etapa final. Nos acréscimos, Marcos Paulo deu números finais ao jogo e colocou a equipe carioca na quarta posição do Nacional.Soteldo chegou a balançar as redes para o time santista quando o placar estava 2 a 1, mas a jogada acabou anulada com ajuda do VAR.Com o resultado, o Santos fica na sexta posição do campeonato, com 27 pontos. Os adversários mais próximos da equipe alvinegra na tabela têm menos jogos disputados no torneio até aqui. Enquanto os comandados de Cuca fizeram 18 partidas, o São Paulo, sexto, tem 15. O Palmeiras, sétimo, 17.A próxima partida do Santos será contra o Ceará, às 16h de quarta-feira (28), no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, na Vila Belmiro. Pelo Brasileiro, voltará a campo no próximo sábado (31), contra o Bahia, às 19h, também em casa.
2020-10-25 17:57:00
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Esporte
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Corpo de Jane di Castro é enterrado no Rio; Leandra Leal diz que atriz mudou sua vida
O corpo da atriz Jane di Castro, que morreu na última quinta-feira (22), aos 73 anos, foi enterrado, neste sábado (24), no cemitério Jardim da Saudade, na zona oeste do Rio. Nas redes sociais, alguns famosos, como Leandra Leal, 38, e Silvero Pereira, 38, a homenagearam.“Minha amada Jane era maravilhosa, cantora, atriz, produtora, síndica, talentosa, disciplinada, teimosa e cheia de vida. Ela viveu a altura do seu sonho, o que exige coragem e força. Ela batalhou: saiu de casa em Oswaldo Cruz e foi ser estrela na Praça Tiradentes, depois no Rival, em Paris, Luxemburgo, NY, Copacabana”, afirmou Leal.A atriz ainda falou sobre suas experiências com Jane di Castro e histórias que ouviu dela. Leandra Leal ainda completou dizendo que Jane mudou sua vida por ter criado, produzido e realizado o espetáculo “Divinas Divas”. Se eu não tivesse tido o desejo de contar essa história, eu não teria começado a dirigir. Mais Jane, que celebrou seus 50 anos de carreira no ano passado, começou a se apresentar em casas noturnas do Rio durante a década de 1960, e foi um nome sempre presente na luta pela representatividade trans. Estrelou “Divinas Divas”, ao lado de Rogéria, Divina Valéria e Camille K, e depois o documentário de mesmo nome, dirigido por Leal.Atualmente, ela pode ser vista na reprise da novela “A Força do Querer” (Globo, 2017), como uma das amigas de Nonato (Silvero Pereira). O ator também falou sobre a amizade dos dois em suas redes sociais: “Uma mulher de uma história fabulosa, encantadora e que me ensinou muita coisa”, afirmou ele.Jane morreu na noite de quinta, após ser submetida a um procedimento cirúrgico no dia 8 de setembro. Ela teve alta no dia 16 do mesmo mês, mas, no último dia 14, foi internada devido à piora em seu estado. “Desde então, passou por tratamento medicamentoso, incapaz de reverter o avanço da doença”, disse nota do hospital.
2020-10-25 12:35:00
celebridades
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Hamilton passa Schumacher e se isola como recordista de vitórias na F-1
Lewis Hamilton, 35, tornou-se neste domingo (25) o maior vencedor de corridas da história da F-1 de forma isolada. Com o primeiro lugar no GP de Portimão, o piloto inglês da Mercedes chegou à 92ª vitória na carreira e agora é o líder absoluto nesse quesito.Há duas semanas, em Nürburgring, ele havia igualado o então recorde de 91 triunfos do alemão Michael Schumacher.O resultado deste domingo em Portugal também o coloca ainda mais próximo do heptacampeonato na categoria, marca que apenas Schumacher alcançou até hoje, com seus títulos em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Com 262 GPs na carreira, o hexacampeão (2008, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019) disputou 256 corridas entre a 1ª e a 92ª vitórias, em 13 anos. Schumacher participou de 308 etapas até 2012, quando se aposentou da F-1."Eu só poderia sonhar onde estou hoje. Vai demorar um pouco para entender. Não consigo encontrar as palavras no momento", afirmou Hamilton em entrevista, após receber os cumprimentos dos funcionários da Mercedes e o abraço do pai, Anthony.Ele foi o mentor e agente da carreira do filho desde a infância até parte de sua trajetória na F-1, mas em 2010 os dois romperam a parceria comercial e chegaram a se afastar. No começo de 2020, o piloto disse que eles vinham se aproximando novamente nos últimos dois anos e que haviam passado as últimas férias juntos.Hamilton destacou que não teria sido possível chegar à marca histórica de 92 vitórias sem o trabalho da equipe Mercedes, muito perto de confirmar o sétimo título consecutivo de construtores. São 209 pontos de vantagem para a Red Bull.O finlandês Valtteri Bottas, também da Mercedes, e o holandês Max Verstappen, da Red Bull, completaram o pódio em Portugal e mantiveram suas posições na classificação da temporada, mas cada vez mais distantes do líder.Hamilton chegou a 256 pontos na classificação, 77 à frente de Bottas, que tem 179. Verstappen soma 162. Faltam cinco provas para o fim da temporada.Num ano em que tem se destacado novamente pelo seu domínio nas pistas e cada vez mais como um ativista social, o inglês deu entrevistas antes da prova com uma camiseta pedindo o fim da violência por forças de segurança na Nigéria.A mensagem #endsars faz referência ao esquadrão da polícia que teria como finalidade combater crimes violentos no país. Num documento publicado pela Anistia Internacional em junho, chamado "Nigéria: Hora de Acabar com a Impunidade”, a ONG denuncia torturas e outras violações de direitos cometidas por integrantes do grupo. Os últimos dias foram marcados por protestos de rua e repressão no país."Todos nós temos a responsabilidade de nos educarmos e ampliarmos nossa consciência sobre as tragédias que acontecem no mundo ao nosso redor e agir onde pudermos. Os recentes acontecimentos na Nigéria são uma crise de direitos humanos", escreveu o inglês em suas redes sociais.As primeiras voltas da corrida, num autódromo estreante após as mudanças de calendário provocadas pela pandemia de coronavírus e sob garoa em alguns pontos, foram bastante agitadas.Como previsto, Verstappen e Bottas duelaram pela segunda posição a partir da largada, mas o holandês espalhou e acertou Sergio Pérez quando voltava para a pista, perdendo posições.As Mercedes e a Ferrari de Charles Leclerc tiveram dificuldades com o aquecimento dos pneus e foram ultrapassadas por Carlos Sainz, da McLaren, que assumiu a ponta. Hamilton, que havia largado na pole, também perdeu posição para Bottas e chegou a cair para a terceira colocação.Para completar o início surpreendente, Kimi Raikkonen conseguiu saltar da 16ª para a 6ª posição com sua Alfa Romeo.Mas nada disso durou muito tempo. Logo as Mercedes voltaram a ocupar as primeiras posições, Hamilton passou Bottas na pista e terminou com vantagem de 25 segundos para o finlandês.Verstappen e Leclerc também recuperaram suas colocações de largada e nelas terminaram.Gasly, Sainz, Pérez, Ocon, Ricciardo e Vettel completaram os dez primeiros. Cerca de 27 mil espectadores estiverem presentes no autódromo de Portimão. Inicialmente eram esperados aproximadamente 50 mil, mas a capacidade foi reduzida devido às novas restrições causadas pela pandemia.No fim de semana que vem, Ímola voltará a receber uma prova da F-1 após 14 anos. O Grande Prêmio da Emilia-Romagna será disputado no próximo domingo (1º), às 9h10 (de Brasília). Hamilton ainda não terá chances matemáticas de confirmar o hepta. 1º Lewis Hamilton 92 2º Michael Schumacher 91 3º Sebastian Vettel 53 4º Alain Prost 51 5ºAyrton Senna 41 6º Fernando Alonso 32 7º Nigel Mansell 31
2020-10-25 11:43:00
esporte
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Edu Guedes celebra um mês na Band e diz que não parou após acidente por causa da filha
Todos os dias, o chef de cozinha e apresentador Edu Guedes, 46, acorda às 4h45 para fazer seus exercícios. Eles viraram uma espécie de ritual e ajudam ele a fortalecer o braço esquerdo cujos movimentos continuam limitados após acidente sofrido em junho, enquanto dirigia um automotor. Ele chegou a passar por cirurgia devido a uma fratura no antebraço e ao rompimento de músculos e tendões.“Apesar de a fratura ter sido exposta, no meu caso não foi tão grave. Os músculos e tendões foram desligados e tive mais três nervos afetados. Estão voltando aos poucos. A cada dia é uma evolução. Vou sempre pelo lado positivo, não posso falar que não tenho dificuldades, mas penso que tenho que evoluir”, afirma.Se ele não fizer os exercícios não consegue ir trabalhar em seu programa da Band, o The Chef, das 9h às 11h, que completa seu primeiro mês nesta quarta-feira (21). “Fácil não é, mas é desafiador e sei que vou conseguir. Não gosto de reclamar. No fim do dia está mais dolorido o braço, mas faz parte. Sei que vai passar em breve”, completa Guedes.Segundo ele, a atração da Band só completa 30 dias no ar por causa, não apenas por sua força de vontade, mas também pela insistência de sua filha, Maria Eduarda, 11. Foi ela quem o fez desistir da ideia de parar de trabalhar. “Expliquei a ela da dificuldade que eu sentia após perder 100% dos movimentos. E ela falou que eu não podia deixar as pessoas sem as receitas. Daquele dia em diante tive a certeza de que iria voltar”, relembra.Na ocasião do acidente, em sua fazenda no interior de São Paulo, Edu ainda era contratado da RedeTV!, no comando do Edu Guedes e Você, todas as manhãs. Ele até voltou a aparecer no programa pouco tempo depois do acidente, mas não demorou muito para que se desligasse da antiga emissora e acertasse sua ida à Band. “No começo eu estava apreensivo porque me coloquei à disposição da emissora [RedeTV!] para voltar mesmo sem saber se teria algum movimento no braço. Voltei com ele imobilizado e sem movimento algum. Então foi difícil encarar. E depois teve o novo desafio [ida à Band] que me motivou mais a melhorar e a fazer as pessoas poderem me olhar de forma diferente. Tinha opção de parar e fiz a escolha certa, que foi lutar e mostrar que todos são capazes.”Apesar das dificuldades, Edu afirma que estava aceitando o novo rumo que a sua vida tomava, mas ainda assim mais de uma emissora acreditou nele. “Recebi vários convites e me surpreendi com eles. Mesmo falando que eu não estava bom as pessoas confiavam em mim. Eu não imaginava que eu tinha tantos amigos.”Hoje em dia Edu Guedes está mais ciente de sua situação e de suas limitações e diz acreditar que tudo na vida acontece com um propósito. Talvez, se nada tivesse acontecido, ele não teria ido para a nova emissora e não estaria vivendo, segundo ele, um de seus melhores momentos nos mais de 25 anos de carreira.A estreia na TV se deu há pouco mais de 20 anos, em 1998, ainda como colunista do programa Mulheres, da Gazeta. De lá para cá, foram várias oportunidades para ele mostrar que poderia ser mais do que apenas um cozinheiro. Também transitou por emissoras como Gazeta e Record. Ele diz ter deixado as portas abertas na RedeTV! após negociar a sua recente saída.“Sempre estou satisfeito nos lugares em que estou. Com tudo o que rolou [acidente] eu tinha pensado em cumprir contrato, nunca deixei de cumprir nenhum, sempre fiz acordos para deixar portas abetas. O ser humano sempre busca algo e não enxerga o que já tem. Mas eu tento enxergar o que eu tenho como muito bom”, explica.Feliz também está a Maria Eduarda. Não bastasse ter sido a peça fundamental para convence-lo a não desistir da carreira, ela também ganhou um quadro no The Chef e pode cozinhar ao lado do pai.“Estamos acertando o conteúdo do The Chef com calma. A diferença para o antigo programa é que nesse eu mostro mais versatilidade. Tento dar muita dica sobre comércio, como se virar na crise, de vida e de superação já que passo por um momento delicado”, analisa Edu.O programa The Chef completa um mês no ar nesta quarta-feira (21), na Band. De acordo com a emissora, o faturamento do matutino com relação a anunciantes dobrou quando comparado à mesma faixa de horário do mês anterior quando estava no ar o Aqui na Band.Só nas ações de merchandising, o crescimento foi de 115%. A Band pontua que ainda há diversas negociações em curso. Quando o assunto é audiência, o programa de Edu Guedes teve média em torno de um ponto com picos de 1,5 pontos. Os índices são um pouco melhores do que o seu antecessor que costumava dar 0,6 pontos de média, e semelhantes aos que ele atingia na RedeTV!. Para Edu, sua chegada à emissora representa um momento único em sua carreira. “A emissora é espetacular, as pessoas são incríveis e fui muito bem recebido pela família Band. Tenho grandes amigos aqui e admiro muito a emissora como um grande grupo de comunicação que é. Posso dizer que virão muitas novidades”, adianta.Segundo ele, o repórter e humorista Lucas Salles continuará a viajar pelo Brasil acompanhando famílias e lugares pelos quais Edu já passou em seus 26 anos de carreira. “Independentemente do que a pessoa tenha no momento ou o que ela vai fazer, vamos contar não só receitas de comida, mas mostrar receitas de vida”, completa o chef.“Deixo meu gosto pessoal de lado e faço o que as pessoas querem ver. Com essas receitas de vida quero que a pessoa de casa possa ter um estalo e tire algo positivo disso. Eu me sinto privilegiado”, conclui o apresentador que completa ao sinalizar que deseja viajar para cidades diferentes e estar mais perto do povo quando a pandemia deixar.
2020-10-25 14:00:00
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Vacina contra Covid-19 não deve ser obrigatória na maior parte do mundo
Após sete meses de pandemia, não há notícia de que algum país tenha declarado oficialmente que tornará obrigatória a aguardada vacina contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida por 137 fabricantes.Por ora, em boa parte dos lugares, a discussão sobre uma eventual obrigatoriedade da imunização tem sido vaga, especulativa e conceitual —o que pode, obviamente, mudar quando a vacina estiver disponível.O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, foi o que chegou mais perto: ainda em agosto, disse que faria a vacina “ser tão obrigatória quanto possível”. Mas voltou atrás horas depois, diante de uma torrente de reações negativas por parte da população.Os vizinhos da Nova Zelândia fizeram circular uma informação de que a imunização seria imposta no país, mas a primeira-ministra Jacinda Ardern correu para confirmar que se tratava de fake news.Na Malásia, a imprensa especulou que o governo tornaria a vacina obrigatória, mas o ministro da Saúde desconversou em mais de uma ocasião quando foi questionado sobre isso.Mesmo na Rússia, onde a Sputnik-V já está sendo distribuída, a vacina é obrigatória apenas para os militares. Também em agosto, enquanto o imunizante ainda estava em fase de testes, o governo de Vladimir Putin pressionou professores e médicos a serem imunizados, visando preparar as escolas para a reabertura no início de setembro.Um sindicato de professores, no entanto, fez campanha contra a coação, levantando 1.400 assinaturas em um abaixo-assinado.O próprio Putin foi vacinado e ofereceu imunização gratuita aos funcionários da Organização das Nações Unidas em seu discurso na Assembleia Geral da entidade, em setembro.No país mais atingido pela crise sanitária no mundo, em que o presidente Donald Trump promete que vacina estará disponível nas próximas semanas, tomá-la ou não também deverá ser uma decisão pessoal —não há leis federais nos EUA que obriguem ninguém a se vacinar, e uma eventual obrigatoriedade nacional ficaria a critério do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).Alguns estados americanos, no entanto, exigem que sejam vacinados contra doenças transmissíveis crianças em idade escolar, profissionais de saúde e pacientes e residentes em instalações de saúde. No Brasil, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou a decretar que a vacinação contra o coronavírus no estado seria obrigatória. Três dias depois, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que a vacina “não será obrigatória e ponto final”.Os principais países da Europa também não devem tornar compulsória uma futura vacina contra a Covid-19, segundo autoridades de saúde. A maioria deles adota como política recomendação e campanhas de informação para que cada cidadão tome sua decisão. Em alguns, a lei não permite vacinação obrigatória.A Alemanha, que tem a maior população da União Europeia —82,2 milhões de habitantes—, não adota vacina obrigatórias. Segundo o Ministério da Saúde, o Comitê Permanente de Vacinação do Instituto Robert Koch está discutindo que categorias serão vacinadas primeiro e em que ordem.O país, que tem o mais amplo e um dos melhores sistemas hospitalares da União Europeia, registra também um desempenho melhor que o dos vizinhos no combate à Covid-19.Desde o começo da pandemia, foram 119 mortos por 1 milhão de habitantes, enquanto a França tem 508, a Itália, 610, o Reino Unido, 663, e a Espanha, 732 mortos por 1 milhão de habitantes.O Reino Unido, segundo país europeu mais populoso, com 66,7 milhões e habitantes, também não adota a vacinação obrigatória. “A ciência deixa claro que as vacinas salvam milhões de vidas e previnem inúmeros casos de doenças, mas operamos pelo sistema de consentimento informado”, afirmou o governo.Segundo o Departamento de Saúde e Assistência Social, “é responsabilidade de todos buscar orientação do sistema público de saúde para obter informações corretas e fazer sua escolha”.O governo disse que, para isso, fornece orientações clínicas sobre as vacinas, destacando para quem são adequadas e quais as contra-indicações. “O histórico clínico de um indivíduo e as circunstâncias pessoais são levados em consideração antes de qualquer vacina ser oferecida”, disse o departamento.Na França, a Alta Autoridade de Saúde publicou em julho recomendações para a futura vacinação contra Covid-19, que projeta quatro cenários possíveis. Em todos eles, os profissionais de saúde e serviço social, idosos e outras pessoas com maior risco de desenvolver formas grave da doença, que levam a hospitalização e morte, serão prioritárias quando houver uma vacina.Com 63,8 milhões de habitantes, segunda maior população da União Europeia, a França é um dos poucos integrantes do bloco que exigem a aplicação de algumas vacinas, de acordo com levantamento da ECDC (agência europeia de doenças transmissíveis). Dentre os maiores membros da UE, a França é o único em que é compulsória a vacina contra pneumonia (peumoccocus) em crianças. Dos 27 países da União Europeia, só 7 adotam essa regra.Nenhum dos grandes países obriga a vacinação contra gripe.Mesmo em casos de vacinas comprovadas contra doenças que podem matar crianças, como sarampo, a maioria dos governos europeus prefere recomendação incisiva e campanhas de informação.Optam pela obrigatoriedade a Itália e a França, que, no entanto, diz que ainda é prematuro para discutir qual será a exigência em relação ao coronavírus. Qualquer decisão sobre vacinação, segundo o governo francês, “será baseada em dados científicos de ensaios clínicos”.Itália, em que algumas vacinas infantis são exigidas, e Espanha não informaram sobre seus planos para a imunização contra a Covid-19. Já em Portugal, a atual legislação não permite vacinas obrigatórias. O princípio, previsto na Lei de Bases da Saúde e no Código Penal, é o do “consentimento informado”: cada cidadão tem a palavra final sobre o que entra no seu corpo. Em agosto, a Diretoria-Geral da Saúde portuguesa havia levantado a possibilidade de vacinação compulsória como uma exceção num momento de pandemia, mas, segundo advogados do país, isso requer autorização do Legislativo.Segundo o Ministério da Saúde, a agência nacional de medicamentos deve definir quem receberá as primeiras doses, quando um imunizante estiver disponível.De acordo com a União Europeia, 12 dos 30 países do bloco e do Espaço Econômico Europeu exigem a vacinação de crianças contra algumas doenças, embora a lista varie.Há membros com altas taxas de cobertura tanto entre os de vacinação voluntária quanto nos de compulsória. O melhor modelo, segundo a UE, depende de fatores como seus sistemas de saúde, sistemas jurídicos e normas culturais.Entre as políticas de incentivo adotadas estão campanhas de conscientização, recompensas financeiras para pais ou profissionais de saúde e sanções financeiras ou negação de entrada na escola ou no jardim de infância para os que não se vacinaram, mesmo nos países com imunização voluntária.A Organização Mundial da Saúde afirmou que prefere "demonstrar o benefício e a segurança das vacinas, para sua maior aceitação possível, em vez de impor requisitos obrigatórios”.Robin Nandy, chefe de Imunização do Unicef (agência da ONU para a infância) também considera inadequado relacionar vacinação compulsória a um aumento da cobertura vacinal. Em crítica a pesquisa publicada na revista da Academia Americana de Pediatria, ele afirma que boas campanhas são o principal fator para as altas taxas de vacinação.Mesmo em países como a Hungria, que prevê multas para a abstenção, o sucesso da imunização se deve a "enfermeiros pediátricos, que fazem visitas domiciliares aos novos pais, mantêm os filhos registrados e acompanham sua vacinação”, escreve Nandy.“Na nossa opinião, a vacinação obrigatória é uma política que não avalia nem procura aliviar as causas profundas da baixa cobertura vacinal”, diz o diretor.Documento da União Europeia observa também que multas e regras surtem pouco efeito sobre cidadãos que relutam em se vacinar: antivaxxers preferem pagar multas a seguir as recomendações.
2020-10-25 12:00:00
internacional
Internacional
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Para conter repique de Covid-19, premiê da Espanha quer estado de emergência até maio
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou neste domingo (25) que o país entrará em um novo estado de emergência num esforço para conter o aumento das infecções por coronavírus, impondo toques de recolher noturnos e proibindo algumas viagens entre regiões."Estamos vivendo uma situação extrema. É a mais séria do último meio século", disse ele.O estado de emergência precisará de aprovação parlamentar para durar mais de 15 dias, mas Sánchez já pediu ao Parlamento que aprove uma extensão bem mais radical: até 9 de maio do ano que vem.A medida entra em vigor na noite de domingo, e as Ilhas Canárias, onde a incidência do vírus é menor, são a única região em que não haverá toque de recolher das 23h às 6h.No sábado (24) à noite, ao menos nove regiões pediram ao governo central para declarar estado de emergência —embora algumas cidades e territórios já tenham se adiantado com restrições locais, como Madri, Castilla e León (norte), Valência (leste) e Granada (sul).A Espanha impôs um dos bloqueios mais rígidos no início da pandemia e depois relaxou as restrições durante o verão. Mas, como muitos outros países europeus, vive um repique de contágios nas últimas semanas e agora tem um dos maiores números de infecções na Europa Ocidental.O total de casos estava em 1.046.132 no domingo, enquanto o número de mortos se aproximava dos 35 mil, segundo dados compilados pela universidade Johns Hopkins. Segundo a OMS, neste sábado (24) foram confirmados 465.319 casos de coronavírus no mundo todo, um novo recorde mundial pelo terceiro dia consecutivo (foram 449.720 na sexta e 437.247 na quinta).Quase metade desses casos foram registrados na Europa, que somou 221.898 novas infecções no sábado. O continente acumula cerca de 9 milhões de contágios e mais de 260 mil mortes em decorrência da doença. Na sexta (23), o diretor da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o hemisfério norte encontra-se em um "momento crítico" da crise sanitária.Também enfrentando repetidos recordes de taxas diárias de infecção, a Itália voltou a endurecer as medidas para tentar impedir o avanço da doença. ​Cinemas, teatros, academias e piscinas devem ficar fechados entre segunda-feira (26) e o dia 24 de novembro. Bares e restaurantes não poderão servir os clientes após as 18h, e 75% das aulas em faculdades e universidades continuarão de maneira virtual.Três regiões com as cidades mais populosas adotaram toque de recolher nos últimos dias: Lazio (Roma, centro), Lombardia (Milão, noroeste) e Campânia (Nápoles, sudoeste). Pelo menos duas outras regiões, Piemonte (norte) e Sicília (sul), seguirão o exemplo durante a próxima semana.O país registrou um recorde de 20 mil casos em 24 horas no sábado —o que eleva os números da pandemia para mais de 525 mil casos e 37 mil mortes.O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que as medidas visam proteger a saúde pública e a economia e devem permitir que a curva ascendente da epidemia seja controlada nas próximas semanas. "Achamos que sofreremos um pouco neste mês, mas, cerrando os dentes com essas restrições, poderemos respirar novamente em dezembro", disse. "O objetivo é claro: manter a curva de contágio sob controle, pois é a única maneira de controlar a pandemia sem sermos submersos."As medidas, porém, não foram bem recebidas. Na noite de sábado e na madrugada de domingo, dezenas de manifestantes de extrema direita protestaram contra o toque de recolher e entraram em confronto com a tropa de choque no centro histórico de Roma.A Itália, que já foi o país mais atingido pela pandemia no mundo, foi ultrapassada por outros na Europa, incluindo Espanha, França e Reino Unido, mas as taxas de infecção estão subindo novamente, e os serviços de saúde estão sob pressão crescente.
2020-10-25 11:57:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/10/com-repique-de-casos-de-covid-19-espanha-entra-em-estado-de-emergencia-e-italia-endurece-regras.shtml
Opositor Leopoldo López chega a Madri após fugir da Venezuela
O líder da oposição venezuelana Leopoldo López chegou a Madri neste domingo (25), após deixar Caracas na véspera, afirmou seu pai, o deputado do Parlamento Europeu Leopoldo López Gil.O ex-prefeito estava refugiado na embaixada da Espanha em Caracas desde 30 de abril de 2019, quando escapou da prisão domiciliar.López Gil, que vive em Madri, não deu detalhes sobre como o filho chegou à Espanha. No sábado (24), disse que López havia deixado a Venezuela de forma clandestina em direção à Bogotá —não se sabe se o opositor teria feito escala em outros países ou seguido direto para a Espanha.O regime de Nicolás Maduro acusou, neste domingo, o embaixador da Espanha na Venezuela, Jesús Silva, de ser cúmplice do que chamou de fuga. “É claramente verificável que o chefe da missão diplomática espanhola na Venezuela foi o principal organizador e cúmplice confesso da anunciada fuga do criminoso Leopoldo López do território venezuelano”, afirma o comunicado da chancelaria do país.No texto, Caracas denunciou ainda “o descumprimento flagrante das disposições fundamentais da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas”.López é o principal líder do partido Vontade Popular e articulador da estratégia de alçar Juan Guaidó a líder da Assembleia Nacional —para depois torná-lo autoproclamado presidente interino. Em 2014, López foi condenado pela Justiça do regime chavista por supostamente estimular protestos violentos na série de manifestações que ocorreu no país naquele ano. Cumpriu 3 dos 14 anos de sua sentença e depois foi transferido para o regime de prisão domiciliar, sob o qual ficou por dois anos.A saída do opositor da Venezuela se dá num momento de fragmentação da oposição venezuelana e de queda de popularidade de Guaidó, enquanto as eleições legislativas, das quais grande parte da oposição decidiu não participar, aproximam-se.Nas redes sociais, López não disse para onde ia, mas escreveu que continuará atuando politicamente fora do país. "Venezuelanos, esta não foi uma decisão simples, mas tenham a segurança de que contam com este servidor para lutar de qualquer lugar. Não descansaremos e seguiremos trabalhando dia e noite para alcançar a liberdade que todos os venezuelanos merecemos."Também pelo Twitter, Guaidó ironizou o ditador Nicolás Maduro, dizendo que a oposição havia burlado "o aparato repressivo" do regime para mandar López ao exterior. "Maduro, você não controla nada", escreveu.
2020-10-25 11:01:00
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Wesley Safadão faz apelo a políticos e diz que 'não pode fazer show, mas pode comício'
O cantor Wesley Safadão, 32, fez um apelo aos políticos do país, na noite deste sábado (24), e pediu o retorno das apresentações artísticas. “A gente precisa sentir essa energia novamente”, afirmou ele se referindo ao pequeno público de 300 pessoas que ele foi autorizado a receber na live “Garota Vip”, realizado em Recife.“O meu apelo aos governadores, aos prefeitos de todas as cidades: Olhem um pouco para o entretenimento. Não pode fazer show, mas pode fazer comício. Não pode fazer show, mas praia está lotada. Não pode fazer show, mas voo comercial está lotado. Não pode fazer show, mas os cabarés estão funcionando. Olhem para o entretenimento!”.O cantor ainda continuou: “Pelo o amor de Deus, a gente precisa voltar a trabalhar. A gente precisa sentir essa energia novamente. Perguntem ao povo, se o povo quer show ou se não quer também”, concluiu ele, que fez uma apresentação de mais de cinco horas entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo (25). Essa foi a primeira live solo de Safadão desde abril. “Infelizmente esse ano todos os nossos planos precisaram ser adiados, mas eu não poderia de maneira nenhuma deixar 2020 passar sem o Garota VIP”, afirmou o cantor, que também cancelou a terceira edição do WS On Board. O evento deve ocorrer no primeiro semestre de 2021.O cantor chegou a contrair o novo coronavírus em agosto e afirmou que passou bem pela doença: “Essa notícia pegou a mim e a todos de surpresa, até porque estou me sentindo super bem”, comentou na ocasião. “Ontem eu fiz o exame, tinha programa do Faustão e amanhã tinha a nossa live. Fiz o teste e eu testei positivo para Covid-19.”
2020-10-25 10:15:00
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Luan Santana fala da relação com fãs e diz que focará carreira internacional em 2021
Seguindo uma tendência entre os artistas musicais brasileiros, o cantor Luan Santana, 29, deverá focar sua carreira internacional no próximo ano. A afirmação foi feita pelo próprio músico em entrevista ao programa Altas Horas (Globo), deste sábado (24). “Dá um nervosinho”, admitiu ele sobre essa nova fase.“Sempre tive essa vontade [de se dedicar à carreira internacional], desde o primeiro ano de sucesso eu sempre quis. A gente esperou até agora para as coisas se solidificarem, para que o alicerce estivesse bem construído”, afirmou ele, que deseja cantar em inglês e em espanhol e admite inclusive já ter algumas coisas gravadas.“Há uns cinco anos, as coisas eram mais complicadas. Hoje em dia, com o digital, a gente consegue um lançamento a nível mundial muito mais fácil que antes. Então é um projeto que tenho para 2021. Já estamos com todas armas, tudo planejado. Mas tenho certeza que meus fãs vão me apoiar muito, me ajudar a chegar lá.” Luan também comentou sua relação com os fãs, após uma semana em os principais fã-clubes do cantor tornaram públicas suas insatisfações com o músico, anunciando a paralisação de suas atividades. O programa, no entanto, foi gravado antes de os grupos afirmarem que o cantor estava distante e pediram mais transparência.Durante o programa, Luan afirmou que é próximo de seus fãs e que esse relacionamento acontece de forma natural. “Eu não percebi as coisas acontecendo. Lembro que nos primeiros shows tinha um grupo ali sempre fiel, que compra tudo, te segue, larga trabalho e escola, acampa na frente do show, isso me deixa emocionado.”Luan, no entanto, não participou sozinho da conversa com o apresentador Serginho Groisman, que recebeu também a cantora Guilia Be, 21, que fez parceria recentemente com o sertanejo, na música “Inesquecível”. Entre muitas trocas de elogios entre os dois, os internautas voltaram a especular um possível romance entre os dois.O músico terminou, na última semana, seu noivado com a influenciadora Jade Magalhães, com quem estava havia 12 anos. Giulia chegou a ser apontada como pivô da separação. Apesar de não haver nenhuma confirmação de aproximação entre os dois, internautas se dividiram novamente entre torcidas e ataques aos dois.Um dos poucos cantores solo em meio a uma porção de duplas sertanejas, Luan afirmou que enfrentou resistência do público no início da carreira e, por vezes, as pessoas viam seu ônibus chegar com o nome Luan Santana escrito na lateral, e logo esperavam pela dupla Luan e Santana.“Que hora ia chegar o Santana, as pessoas perguntavam”, contou o cantor, que revelou já ter feito parte de duplas duas vezes, sendo uma delas ainda na época de escola: a Luan e Luciano.“Mas eu fui o primeiro artista novo da musica sertaneja a estourar sozinho. Tinha o Daniel, mas ele vinha da dupla com João Paulo, e o Leonardo, que fez dupla com o Leandro”, comentou. “Eu não sei como foi, mas as coisas aconteceram, foi muito natural”, afirmou ele sobre a decisão de seguir como cantor solo.
2020-10-25 09:15:00
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Em plebiscito histórico, chilenos decidem acabar com Constituição de Pinochet
Pouco mais de um ano depois dos protestos que incendiaram o Chile, deixaram 30 mortos e dezenas de feridos e forçaram o governo a convocar um plebiscito histórico, o país decidiu neste domingo (25) acabar com a Constituição da época da ditadura de Augusto Pinochet.Com 99,85% dos votos contabilizados, o resultado foi a vitória do “aprovo” à nova Carta, por 78,27% contra 21,73% do “rejeito”. Os eleitores chilenos também decidiram que o novo documento será redigido por meio de uma Assembleia Constituinte inteiramente renovada, sem a participação de legisladores já eleitos.A escolha dessa assembleia será por meio de uma eleição, a ser realizada em abril de 2021, em que haverá paridade de 50% entre homens e mulheres. A proposta venceu por 78,9% dos votos, contra 21% que optaram por uma assembleia mista, que contasse com parlamentares já no cargo. Também ficou decidido que os que quiserem se candidatar a esses postos não precisarão ter vínculos com partidos políticos.Às 21h25, o presidente Sebastián Piñera declarou que a votação marca o "princípio de um processo constituinte". Ele disse ainda que faria de tudo para "impulsionar uma nova Constituição em que estejam refletidos os valores e os princípios que marcam a alma da nossa sociedade, que reconheça e proteja os cidadãos de abusos e de discriminações, que reforce o Estado de Direito, a Justiça e a igualdade".Enquanto o presidente falava, do palácio de La Moneda, que foi iluminado com as cores da bandeira nacional, nas ruas se ouvia buzinas e o som de rojões. Na praça Itália, uma multidão festejava com batuques e bandeiras. Houve festejos também em outros pontos do país, embora o Servel (órgão eleitoral) ainda não tivesse feito nenhum pronunciamento oficial.“Nunca tínhamos visto um processo de participação como o que estamos vendo”, disse o presidente do Servel, Patricio Santamaría, logo após o fechamento das urnas, quando ainda não haviam sido divulgados os números de comparecimento.Enfrentando uma fase crítica da pandemia de coronavírus, com quase meio milhão de casos registrados e mais de 14 mil mortos em decorrência da doença, o governo adotou um rígido protocolo sanitário, que levou à formação de longas filas nos locais de votação em Santiago, principalmente nos bairros de Recoleta, Providencia e Las Condes.A demora irritou alguns eleitores, mas já era sinal de que o comparecimento havia sido alto —o que não vinha acontecendo em outros pleitos.Embora o padrão eleitoral no Chile seja de 14,7 milhões, a abstenção tem sido um problema crescente nos últimos anos. Nas eleições municipais de 2016, o comparecimento foi de apenas 36%. Nas presidenciais, aumentou para 50% dos eleitores aptos a votar.O último pleito com mais de 60% da presença dos eleitores ocorreu em 1993, com a vitória de Eduardo Frei Ruiz-Tagle, da coalizão de centro-esquerda Concertação. Neste domingo, os chilenos puderam votar a partir das 8h e, na maior parte do dia, o clima foi tranquilo na capital, com muitos policiais nas ruas.Uma hora e meia antes do fechamento das urnas, marcado para as 20h, manifestantes e policiais chegaram a se enfrentar na praça Itália, recentemente rebatizada de praça Dignidade. É ali, em torno da estátua do general Baquedano, que os protestos costumam acontecer desde outubro do ano passado. As ruas na região foram fechadas, e os policiais usaram jatos d'água para dispersar os grupos.O presidente chileno votou ainda de manhã no centro da capital e disse esperar que “este seja o dia da democracia e da expressão pacífica da vontade dos chilenos e da rejeição a métodos violentos de grupos como os que incendeiam igrejas e provocam distúrbios”.“Não há uma preferência única no gabinete do governo por uma das opções. Temos visões distintas, mas o mais importante é que respeitaremos o resultado das urnas e esperamos que todos façam o mesmo. Vamos resolver os problemas do Chile pelas urnas, que é o modo adequado e institucional”, afirmou.“Não devemos perder de vista quais são as prioridades agora, recuperar os empregos e vencer o vírus.”Piñera fez questão de realizar todos os procedimentos de votação lentamente, para mostrar cada passo dos protocolos sanitários. Assim como os outros eleitores, entrou sozinho na sala de votação, teve de levar sua própria caneta azul, mostrar um documento e higienizar as mãos com álcool em gel.Depois, recebeu as duas cédulas de papel. Em uma delas, o eleitor escolhe se aprova ou rejeita a elaboração de uma nova Constituição. Na outra, diz se prefere que a nova Carta, caso aprovada, seja realizada por uma Assembleia Constituinte totalmente eleita numa votação em abril, ou se será mista.Nesta segunda opção, metade da comissão seria formada por parlamentares que já exercem seu mandato e seriam selecionados pelos partidos, sem a necessidade de nova votação. A outra metade, por constituintes eleitos. Em ambos os casos, 50% dos novos escolhidos devem ser mulheres.Depois de marcar o voto, o presidente teve, para ajudar a evitar a contaminação, de fechar as cédulas com um adesivo, e não mais com a língua, como se fazia. Em seguida, depositou os votos em urnas de plástico diante dos mesários. Foram eliminadas as cortinas de pano que existiam nas eleições anteriores, também para ajudar a arejar o ambiente.O único procedimento que Piñera não precisou fazer foi baixar por três segundos a máscara, a uma distância de 2 metros dos mesários. Essa medida é exigida a todos os eleitores, para que possam ser identificados.A atual carta chilena foi promulgada em 1980, durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990) e com pouca participação popular.Liberal, ela não obriga o Estado a fornecer diretamente saúde, educação e proteção social, o que estimula a atuação privada nessas áreas. Os que defendem alterar o texto acham que uma mudança constitucional poderia obrigar o governo a ser mais atuante e ampliar o acesso da população a serviços básicos.Atualmente, o voto é obrigatório no Chile para os cidadãos entre 18 e 70 anos.Entre os protocolos estabelecidos para o referendo deste domingo também foram reservados horários para os idosos, das 14h às 17h. Piñera insistiu que eles não tivessem medo e os convidou a sair de casa. “Creio na sabedoria dos que têm o cabelo grisalho”, disse, sorrindo e apontando para a própria cabeça.Corina Concha, 65, chegou para votar em Temuco em uma cama hospitalar. Impedida de andar há mais de cinco anos e sem sair de casa desde o início da pandemia, afirmou que não podia perder esse dia histórico. “Quem pode andar que não perca essa oportunidade, e quem não pode peça ajuda. É o dia de todos os chilenos”.Além do horário exclusivo, os idosos também tiveram uma fila especial para votar de modo mais rápido. Funcionários do Servel auxiliaram as pessoas mais velhas a caminhar ou as levaram até suas mesas de votação, empurrando suas cadeiras de rodas.Os idosos que venceram o medo da pandemia geralmente apareciam com muitas precauções. Havia gente com mais de uma máscara, com proteções de rosto e com roupas térmicas fechadas do pés à cabeça.No estádio Nacional, Carmen, 87, chegou numa cadeira de rodas, empurrada pela filha Josefa, 64. “Aqui nesse estádio ficaram presos os perseguidos pela ditadura, muitos morreram, eu me lembro. Não podia perder a oportunidade de votar num dia histórico como hoje, que pode apagar de vez o último vestígio daquela época terrível para todos os chilenos”, disse Carmen à Folha.Uma pesquisa do Instituto Tresquintos divulgada na sexta (23) à noite indicava que a mudança de Constituição seria aprovada por 69% dos eleitores, e que a preferência por uma Assembleia Constitucional inteiramente nova era de 57% dos votantes.
2020-10-25 10:10:00
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Escolas de recuperação são alternativa para adolescentes dependentes nos EUA
Jovens de moletom com capuz, mochilas às costas, pegam livros em armários de ferro. Parece uma high school de filme americano, não fosse pelo fato de que todos os cerca de 50 alunos da Northshore Recovery High School em Beverly, Massachusetts (EUA), são dependentes de drogas em recuperação.As primeiras Recovery High Schools, ou escolas de recuperação, abriram nos EUA nos anos 1980, mas o movimento se intensificou a partir dos anos 2000, quando foram reconhecidas pelo governo federal como estratégia de tratamento de adolescentes. Hoje, são ao menos 43 escolas em 21 estados que fazem parte da Associação de Escolas de Recuperação.A abertura de mais locais do tipo ganhou impulso conforme se espalharam pelo país os opioides, que mataram por overdose mais de 50 mil americanos no ano passado. Uma pesquisa com dados de 2015 e 2016 da National Survey on Drug Use and Health (NSDUH) estimou que 21% dos adolescentes do país haviam usado opioides prescritos no ano anterior ao questionário, e 3,8% haviam feito uso problemático deles (para fins não-médicos ou recreativos).Michelle Lipinski, diretora da Northshore, diz que as escolas tradicionais não estão bem equipadas para lidar com adolescentes que abusam de drogas ou que estão em recuperação. Quando um jovem vem à escola com drogas ou após usar, professores e diretores usam medidas punitivas, como suspensão ou expulsão, e muitos não sabem como encaminhar os alunos para tratamento. Outros têm medo de levantar o assunto com pais ou alunos e serem alvo de processos, coisa comum nos EUA.Cada aluno na Northshore tem um plano personalizado de proteção de recuperação. "Eu trabalho sob o guarda-chuva da redução de danos. Não é realista esperar só abstinência", diz ela, cujos alunos usam substâncias como metanfetaminas, cocaína, benzodiazepínicos, álcool e maconha, além de opioides.As escolas tentam preencher um vazio de programas de tratamento específicos para adolescentes, que muitas vezes são apenas programas para adultos com pequenas adaptações. "Nenhum adolescente quer ficar três horas por dia em terapia em grupo falando sobre seus sentimentos. Eles querem jogar basquete, precisam estar em movimento", diz Michelle. Tratamentos residenciais são um último recurso que serve apenas como intervenção momentânea, por 7 a 14 dias, mas não mudam comportamentos a longo prazo, diz ela; já os programas de acompanhamento ambulatorial para adolescentes não são robustos, segundo a educadora.Antes de chegar à escola de recuperação, muitos sofreram bullying, precisaram de planos de educação especial ou necessitam de tratamento de saúde mental. "Quase sempre há um trauma, e é comum que haja dependentes químicos em mais de uma geração na família", afirma a educadora.Ela se frustra com a falta de conversa sobre as drogas nas escolas tradicionais e dentro das famílias. Para Michelle, a melhor prevenção é falar sobre o assunto desde cedo. Dentro da escola, um dos pilares é o que ela chama de compaixão radical. "Nossa primeira reação como educadores trabalhando com adolescentes é achar que nós temos que ter o poder, que temos que controlá-los. Temos que dar o poder a eles. Quando um jovem tem uma recaída, eu não vou gritar com ele ou suspendê-lo, vou falar 'oh, querido, o que aconteceu? Venha ao meu escritório e me conte'."Outro desafio é lidar com os pais, que quase sempre já estão muito frustrados e bravos quando seus filhos chegam à Northshore. "Os pais têm medo de mandar os filhos para cá, acham que eles vão se envolver com traficantes ou drogas mais pesadas. Ou eles querem que a gente 'conserte' o adolescente, mas a recuperação é uma estrada longa", diz Michelle.Apesar disso, o dia a dia na escola não é só feito de vitórias. A série documental "16 and Recovering", da MTV americana, mostrou em 4 episódios um ano escolar na Northshore, que incluiu muitas recaídas e internações, algumas vitórias e uma morte por overdose.O nome do programa é inspirado no popular "16 and Pregnant", que ganhou o nome de "Grávida aos 16" no Brasil, e segue o modelo de reality shows que intercalam cenas na escola e casa dos jovens com depoimentos estilo confessionário, ao som de baladas indie.Em meio à pesada realidade da dependência química, com testes de urina, overdoses e internações, os jovens, como não poderia deixar de ser, não deixam de ser adolescentes. "A gente vive falando para eles não namorarem entre eles, mas não funciona", diz a diretora, rindo. "Sempre tem um drama e um novo romance acontecendo."
2020-10-25 10:00:00
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Equilibrio e Saúde
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10 coisas que pessoas autistas querem que os outros saibam sobre elas
Comunicar ideias nem sempre é fácil. Mas se você for do espectro autista, essa tarefa pode ser ainda mais desafiadora.No programa de rádio Word of Mouth, da BBC, o escritor Michael Rosen perguntou a Alis Rowe, escritora e empresária britânica, de que maneiras as pessoas autistas vivenciam o mundo de forma diferente.Rowe, que tem Síndrome de Asperger, diz que todos nós precisamos ter em mente que "o que está na cabeça da outra pessoa não é igual ao que está na sua".Segundo ela, é importante entender que cada indivíduo tem sua experiência própria e única de mundo, e essas percepções diferentes podem ajudar todos a se comunicar melhor.Rowe lista dez desafios que as pessoas do espectro autista enfrentam em situações sociais - e o que as outras pessoas podem fazer para facilitar a comunicação com elas.De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças em todo o mundo tem algum Transtorno do Espectro Autista (TEA).A condição afeta a maneira como as pessoas veem, ouvem, sentem e interagem com o mundo ao seu redor, em diferentes graus.Pode dificultar o ato de conversar com outras pessoas ou interpretar sinais sociais e, muitas vezes, causa ansiedade.Várias pessoas do espectro têm dificuldade de filtrar o barulho de fundo em ambientes mais movimentados.Assim como na população em geral, algumas pessoas autistas são bastante sociáveis, enquanto outras são mais tímidas e retraídas.Algumas podem ser incapazes de falar e preferem se comunicar por meio de gestos ou símbolos.Portanto, embora todas as pessoas do espectro tendam a enfrentar desafios semelhantes, a maneira como a vida delas é afetada pode ser bem diferente.Pessoas "neurotípicas" - aquelas que não estão no espectro do autismo - são capazes de se concentrar no que as outras estão dizendo durante uma conversa porque seus cérebros bloqueiam automaticamente outros sons.Mas muitas pessoas autistas têm dificuldade de filtrar os barulhos de fundo, então pode haver vários outros elementos competindo por sua atenção, como o trânsito, uma música ou até mesmo outras pessoas falando.Ou seja, o simples ato de ouvir o que alguém está dizendo pode ser um grande esforço consciente; é possível que precisem se concentrar bastante e pedir à outra pessoa para repetir o que falou.Autistas podem não identificar, por exemplo, como o tom de voz e expressões faciais são capazes de mudar o significado do que alguém está dizendo.Por isso, são mais propensas a interpretar as coisas literalmente e podem ter dificuldade de entender sarcasmo, metáforas ou expressões incomuns.No entanto, é importante não supor automaticamente que uma pessoa autista não vai entender uma conversa cheia de nuances - algumas podem aprender a identificar esses sinais, mas não é fácil.Compreender o significado por trás do que as pessoas estão dizendo pode ser um desafio para quem está no espectro autista. Portanto, oferecer algum contexto é crucial.Alis Rowe dá um exemplo: se você visse um pintarroxo na praia de Brighton, no sul da Inglaterra, e gritasse: 'Uau, olha aquele pássaro!', alguém com autismo pode ter dificuldade de entender o que há de tão extraordinário nele.Mas, se você acrescentar: 'Que estranho ver um pintarroxo no litoral', eles vão entender mais facilmente o que você quis dizer.Como as pessoas autistas têm mais dificuldade em interpretar o comportamento e a linguagem corporal dos outros, elas podem não conseguir identificar quando é apropriado iniciar, terminar ou entrar em uma conversa.Convidá-las a contribuir para uma discussão e fazer perguntas diretas pode ajudar.Para muitas pessoas do espectro, falar exige uma reflexão cuidadosa.Elas podem dizer as coisas lentamente, gaguejar, falar com uma voz monocórdica, enfatizar partes incomuns de uma frase ou entrar em maiores detalhes.Como não estão familiarizadas com esses padrões de fala, as pessoas neurotípicas às vezes tendem a se desligar da conversa ou não compreendem o que está sendo dito.Portanto, é muito importante dar espaço para que uma pessoa autista fale, além de ouvir com atenção o que ela está dizendo.Indivíduos autistas de alto funcionamento (em que a pessoa tem habilidades cognitivas acima da média em comparação com outros autistas) podem se tornar muito bons em imitar certas habilidades sociais.Mas embora pareçam estar socializando alegremente, trata-se na verdade de um grande esforço.Colocar os pensamentos na forma de mensagem de texto ou e-mail pode oferecer uma maneira menos estressante de manter uma conversa.Pessoas autistas podem comunicar suas emoções de maneira diferente ou reagir inesperadamente a certos acontecimentos por causa de outras questões com as quais estão lidando.Por exemplo, Alis diz que quando tirou notas boas e conseguiu uma vaga na universidade, todos esperavam que ela fosse ficar feliz.Mas, na verdade, ela ficou preocupada porque isso significava sair de casa e mudar sua rotina.Às vezes, as pessoas autistas sentem as coisas de maneira especialmente forte e podem ter dificuldade de encontrar palavras para expressar suas emoções. Perguntas claras podem ajudar.Há vários motivos pelos quais alguém do espectro pode repetir uma palavra ou frase: podem querer mostrar à outra pessoa que registraram o que ela acabou de dizer, mas, como não conseguem responder imediatamente, usam a repetição como tática para ganhar tempo para pensar.Também podem estar ansiosos.Ou podem sentir que uma pergunta que fizeram ainda não foi respondida satisfatoriamente.Para alguém do espectro autista, redigir suas ideias em uma mensagem de texto ou e-mail pode ser uma maneira menos estressante de desenvolver uma conversa.Isso permite ter tempo para digerir as mensagens, refletir sobre o conteúdo e preparar uma resposta sem a pressão de responder imediatamente.Além disso, pode ser mais fácil entender o que a outra pessoa quer dizer sem todos os sinais sociais adicionais atrelados a uma conversa ao vivo.Por outro lado, pessoas autistas podem ter dificuldade de falar no telefone, uma vez que há a expectativa de que sejam capazes de responder rapidamente, e pode haver ruídos ao fundo que podem ser um fator de distração.
2020-10-25 09:35:00
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Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/10/10-coisas-que-pessoas-autistas-querem-que-os-outros-saibam-sobre-elas.shtml
Ex-paquita Bárbara Borges comemora dois anos de sobriedade: 'Me libertei'
Bárbara Borges, 41, usou as redes sociais nesta terça-feira (8) para comemorar uma data importante: a sua sobriedade. Sem bebidas alcoólicas há dois anos, a ex-paquita e atriz compartilhou um depoimento emocionante sobre a conquista."Dois anos que me libertei de um padrão que não me fazia mais bem! Enfrentei a minha batalha interna! Abandonei a minha válvula de escape e encontrei a liberdade do meu ser", escreveu a atriz na legenda de uma foto em que aparece sorridente e de braços abertos.Longe da TV há alguns anos, Borges tem focado em outros projetos, incluindo aromaterapia e um canal no YouTube chamado "Me Faz Bem" sobre tratamentos holísticos. Ela também compartilha frases motivacionais e de amor-próprio. Nos comentários da publicação de Borges, fãs e internautas celebraram o aniversário de sobriedade da atriz. "Quando vi no ano passado que você tinha conseguido ficar sem por um ano me coloquei esta meta. Tive recaída. Mas agora estou há 7 meses sem álcool. Chegarei aos 2 anos também graças ao seu exemplo", escreveu uma seguidora.Bárbara Borges fez sua estreia na televisão aos 16 anos de idade como assistente de palco da Xuxa, em 1995. Ela foi Paquita por quatro anos e no final dos anos 1990 deixou o programa para seguir na carreira de atriz. Em 2002 a artista atuou em Malhação e em seguida realizou diversas produções na Globo, incluindo "Senhora do Destino", "Pé na Jaca", "A Diarista", entre outros.Em 2009 Borges foi para a Record, onde trabalhou até 2018. Sua última contribuição na emissora foi na novela "Jesus", que atualmente está sendo reprisada.Confira:
2020-09-09 10:39:00
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Celebridades
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Diretora diz que fazer filme em meio a protestos em Hong Kong é um 'esforço fantástico'
A diretora Ann Hui, 73, descreveu seu "esforço fantástico" para fazer o novo filme "Love After Love" enquanto protestos pró-democracia explodiam em Hong Kong e depois a pandemia global que praticamente interrompeu as viagens.Hui recebeu o prêmio Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra no Festival de Cinema de Veneza na terça-feira (8). Alberto Barbera, o diretor do festival, a chamou de "uma das diretoras mais respeitadas, prolíficas e versáteis da Ásia".Seu novo filme é uma história de amor tortuoso e depravação moral na alta sociedade de Hong Kong antes da Segunda Guerra Mundial. Baseado em um conto de Eileen Chang, é centrado em uma jovem estudante de Xangai que busca a ajuda de uma tia rica. Ao mudar-se para a casa da ex-concubina temperamental e desiludida, ela é sugada para seu mundo de festas elegantes e relações ambíguas com homens ricos e mais velhos. Ela então se apaixona por um playboy problemático."Quando terminamos as filmagens, o movimento de protesto em Hong Kong começou... todos os dias ouvíamos gás lacrimogêneo e até podíamos sentir o cheiro, e eu tinha que voltar para casa todas as noites pelo metrô", disse Hui.Depois de cinco meses trabalhando em meio aos protestos, a pandemia complicou o trabalho de pós-produção, deixando a equipe dependente de reuniões por zoom. "Quase não conseguíamos nos reunir, e foi, como chamar isso? Esforço fantástico.""É uma espécie de exemplo comovente de como as pessoas do cinema trabalham independentemente do fogo cruzado e tudo, e nós tentamos nosso melhor para fazer o filme, apesar das grandes dificuldades."
2020-09-09 09:09:00
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Cinema e Séries
https://f5.folha.uol.com.br/cinema-e-series/2020/09/diretora-diz-que-fazer-novo-filme-em-meio-a-protestos-em-hong-kong-e-um-esforco-fantastico.shtml
Isolamento de contaminados por coronavírus termina em incêndio em campo de refugiados na Grécia
Milhares de migrantes precisaram fugir após uma série de incêndios na madrugada desta quarta-feira (9) em um campo de refugiados superlotado na ilha grega de Lesbos. Não houve registro de mortes.O campo de Moria abriga mais de 12 mil pessoas e foi "99% incendiado", de acordo com o presidente do sindicato dos bombeiros de Lesbos, Yorgos Ntinos. Autoridades buscam soluções para oferecer abrigo alternativo aos milhares de refugiados.As autoridades investigam o incêndio como um ato criminoso. Atenas colocou Lesbos em estado de emergência e enviou agentes de segurança para ajudar a manter a ordem na ilha, que fica perto da Turquia.Os incêndios começaram pouco depois da meia-noite (18h de terça, no horário de Brasília). Segundo as autoridades, a principal linha de investigação é a de que o incêndio foi criminoso, iniciado em retaliação ao isolamento de 35 refugiados que testaram positivo para o coronavírus. Destes, oito já foram encontrados.De acordo com a imprensa local, milhares de barracas e contêineres, escritórios administrativos e uma clínica dentro do acampamento foram atingidos pelas chamas. Na noite desta quarta, um novo incêndio se alastrou, e as pessoas que ainda estavam no acampamento foram forçadas a fugir."Não houve apenas um, mas muitos incêndios no campo. Migrantes atiraram pedras nos bombeiros que tentavam apagar o fogo. A causa está sendo investigada", disse Constantine Theophilopoulos, chefe do corpo de bombeiros do norte do Egeu, à emissora estatal ERT.Formou-se uma grande operação de resgate, que mobilizou 25 bombeiros e 10 veículos. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves e apresentaram problemas respiratórios provocados pela inalação de fumaça.Quase 500 moradores do campo tentaram seguir até o porto de Mitilene, capital de Lesbos, mas foram impedidos pelas forças de segurança. Outros buscaram refúgio nas colinas próximas ao campo. O Ministério da Migração informou que cerca de 3.000 refugiados serão temporariamente alojados em tendas.Na semana passada, as autoridades detectaram o primeiro caso de coronavírus no campo de Moria e colocaram o local em quarentena. Após 2.000 exames, 35 pessoas tiveram resultado positivo para Covid-19 na segunda-feira (7).Os primeiros relatos sugerem que os incêndios começaram em diferentes locais no campo de Moria depois de uma tentativa de isolamento das pessoas infectadas. Durante o tumulto provocado pelo fogo, todos se misturaram novamente.Os bombeiros afirmaram que alguns grupos de refugiados impediram a entrada das unidades e que a polícia teve que atuar para permitir a continuidade do resgate. O governo adotou medidas de restrição no campo, que não foram eliminadas, apesar das críticas das ONGs de defesa dos direitos humanos, que consideram as medidas discriminatórias, porque o confinamento na Grécia chegou ao fim em maio.Segundo os grupos humanitários, o acampamento está superlotado e abriga mais de quatro vezes sua capacidade declarada. Nessas condições, seria impossível implantar medidas básicas de higiene e distanciamento social.Durante quatro meses, Lesbos foi colocada em estado de emergência por razões de saúde pública, o que permitia ao serviço de proteção civil mobilizar apoio à ilha e aos requerentes de asilo.Segundo o prefeito de Mitilene, os migrantes devem ser movidos ou alojados em navios para evitar a disseminação do coronavírus. Um porta-voz do governo grego, porém, disse à ERT que os refugiados do campo de Moria não terão permissão para deixar a ilha devido à possibilidade de propagação da doença, e que o incêndio não foi acidental.Um policial disse a outra emissora de TV que a situação está fora de controle, acrescentando que a polícia foi forçada a libertar cerca de 200 pessoas que deveriam ser repatriadas para seus países de origem."A situação em Moria não pode continuar [como está] porque é simultaneamente uma questão de saúde pública e de segurança nacional", disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, em um discurso na televisão, acrescentando que administrar o fluxo migratório era um "problema europeu".Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, descreveu os incêndios como um "desastre humanitário" e disse que os Estados-membros da União Europeia (UE) deveriam estar prontos para receber alguns dos refugiados do campo.“Devemos determinar o mais rapidamente possível como podemos apoiar a Grécia. Isso inclui uma distribuição entre os países da UE dispostos a hospedar [migrantes]”, disse Maas, cujo país detém a presidência semestral do bloco.O grego Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia, deve ir a Lesbos nesta quinta-feira (10), e o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que o grupo de 27 países está pronto para mobilizar apoio para a Grécia.Ylva Johansson, comissária de Assuntos Internos da UE, informou que o bloco concordou em financiar a transferência imediata de 400 crianças e adolescentes desacompanhados para o continente grego. "Deixar todos seguros e protegidos em Moria é uma prioridade", escreveu ela, em uma rede social.De acordo com a Acnur (agência da ONU para refugiados), quase metade dos migrantes nas ilhas gregas são do Afeganistão e outros 19% são da Síria. O órgão disse ter recebido relatos de tensões entre pessoas em aldeias vizinhas e requerentes de asilo que tentavam chegar à cidade de Mitilene."Os eventos em Moria são impensáveis, mas tragicamente previsíveis, já que a terrível situação nas ilhas já dura muito tempo", disse Dimitra Kalogeropoulou, diretora grega do Comitê Internacional de Resgate (IRC).A situação no campo de Lesbos destaca a urgência de reformar a política de migração na UE, que durante anos se deparou com divisões europeias. A Comissão Europeia pretende apresentar sua proposta —já rejeitada em várias ocasiões— de um "novo Pacto sobre Migração e Asilo" no final do mês.O Executivo europeu também coordenou, durante vários meses, um programa de realocação em dez países da UE de cerca de 2.000 menores desacompanhados que chegaram a acampamentos de refugiados na Grécia.Até agora, apenas cerca de 640 pessoas (crianças, adolescentes e famílias com crianças doentes) foram transferidas e distribuídas entre sete países: Bélgica, França, Luxemburgo, Alemanha, Irlanda, Portugal e Finlândia.
2020-09-09 09:11:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/09/isolamento-de-contaminados-por-coronavirus-termina-em-incendio-em-campo-de-refugiados-na-grecia.shtml
Caneladas do Vitão: São Paulo joga para afundar Bragantino e dormir na ponta
É hoje o dia da alegria, e a tristeza nem pode pensar em chegar... Alô, povão, agora é fé! Caso confirme o inconteste favoritismo contra o ameaçado Bragantino, o Tricolor afunda o time da Red Bull na zona da degola e, muito mais importante à torcida, dorme na liderança do Brasileiro, campeonato que não vence desde o longínquo tri-hexa de 2006/2007/2008.Por característica e necessidade, é muito provável que o Braga não jogue com os dez jogadores atrás da linha da bola e, mesmo assim, limite-se a contra-atacar (os fronhas chamam de jogo reativo). É o típico jogo que o Tricolor ficará mais com a bola e terá espaço para finalizar, uma perigosa tentação para o “dinizismo” ressurgir. Resta saber se o São Paulo terá uma recaída, ou se vai manter a objetividade que o levou às vitórias contra Fortaleza, Sport, Athletico-PR, Corinthians e Fluminense.Com o vexame contra o catadão Mirassol/WhatsApp fresco na memória, o são-paulino está ressabiado e encarando o favoritismo com parcimônia. Alguns idiotas da objetividade lembram que o CovidãoBR de pontozzz corridozzz é interminável e o Bragantino é apenas a 9ª das 38 partidas...E daí? Para quem está precisando visitar o passado para lembrar das glórias, o lance é curtir a noite, estufar a rede e ser feliz. E, da série “o que será o amanhã?”, o futuro seja como Deus quiser.Ou o amigo leitor e a entediada leitora não estão louquinhos da Silva para sair, enfiar o pé na jaca e chutar o balde quando a pandemia (que, lembre-se, não acabou) passar. Nem sempre o objetivo da balada é a eternidade. Gozar o presente num ingênuo e malevolente bate-coxa já é uma delícia!Dica: se não quiser zerar nem ser surpreendido, é melhor fechar a casinha e evitar o rock´n´roll!Vamos, São Paulo! Mamãe Maria Dolores merece! * Vinícius de Moraes: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br! * Coração dividido? Minha grande curiosidade no reencontro com Jorge Sampaoli é para quem o recém-integrado “santista” (em negociação com Galo) Everson vai torcer. Certeza mesmo é a de que o bom João Paulo terá bastante trabalho na Vila. Está com cheiro de jogo bom para o lixo do VAR estragar... Palpite: Santos 1 x 1 Atlético-MG. É um ai, Jesus Se errar só 40% na escalação e acertar 50% das alterações, o exu-rodízio Domènec Torrent não conseguirá tirar o Flamengo da luta pelo título do CovidãoBR de pontozzz corridozzz de VARtebol. Palpites: Fluminense 1 x 2 Flamengo, São Paulo 2 x 0 Bragantino, Athletico-PR 0 x 1 Botafogo, Goiás 0 x 1 Coritiba e Fortaleza 1 x 0 Sport.44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-09-09 07:00:00
esporte
Esporte
https://agora.folha.uol.com.br/esporte/2020/09/caneladas-do-vitao-sao-paulo-joga-para-afundar-bragantino-e-dormir-na-ponta.shtml
Alvo da PF, ex-advogado dos Bolsonaros recebeu R$ 2,7 milhões sob suspeita da Fecomercio
O advogado Frederick Wassef, que atendia até junho a família do presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão da Operação Esquema S deflagrada nesta quarta-feira (9) para apurar desvios de recursos no Sistema S do Rio de Janeiro.Wassef é investigado sob suspeita de ter obtido R$ 2,7 milhões por meio do escritório da ex-procuradora Luiza Nagib Eluf, contratada pela Fecomercio Rio com uso de dinheiro público do Sesc/Senac Rio.Em nota, Wassef afirma que "não foi denunciado com os demais advogados" e que não tem "nada a ver com nenhum esquema da Fecomercio", entidade pela qual nunca foi foi contratado."Fui contratado por um renomado escritório de advocacia criminal de São Paulo que tem como dona uma conhecida procuradora do Ministério Público de SP e que sua biografia é um exemplo de integridade, retidão e honestidade, além de ter dedicado sua vida no combate ao crime como atuante promotora e procuradora de justiça que foi", escreveu o advogado.Sobre o fato da investigação vir de uma delação de Orlando Diniz, Wassef diz que o ex-presidente da Fecomércio "está deliberadamente mentindo" ao seu respeito "a mando de advogados inescrupulosos que estão o usando como míssil teleguiado para o atingir, visando atender ao interesse de um outro cliente em comum."A investigação sobre o ex-defensor da família Bolsonaro faz parte da apuração do Ministério Público Federal sobre uso de recursos do Sistema S para o tráfico de influência no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no TCU (Tribunal de Contas da União).Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, são acusados de liderar o esquema de 2012 a 2018. Eles receberam ao menos R$ 67,8 milhões do Sistema S fluminense e foram responsáveis, segundo a investigação, por indicar outros escritórios que participaram do suposto desvio.Já Zanin afirmou em nota ser vítima de uma “clara tentativa de intimidação”. O advogado de Lula classificou a decisão de buscas do juiz Marcelo Bretas como um abuso de autoridade e vinculou o magistrado ao presidente Jair Bolsonaro. A origem da apuração foi a delação premiada do ex-presidente da Fecomércio, Sesc Rio e Senac Rio, Orlando Diniz. A atuação de Wassef, ainda sob investigação, teria ocorrido por meio de outro núcleo de desvios na Fecomércio, segundo a Procuradoria.Os recursos recebidos por ele foram direcionados por Marcelo Cazzo, inicialmente responsável pela publicidade da federação que passou a ter forte influência sobre Diniz na gestão do Sesc/Senac Rio a partir de 2016. Neste momento, Zanin e Teixeira se distanciavam do ex-presidente das entidades.Por indicação de Cazzo, o escritório de Eluf recebeu R$ 4,8 milhões entre dezembro de 2016 e maio de 2017 da Fecomercio, com uso de recursos públicos do Sesc/Senac. O objetivo, segundo Diniz, era organizar sindicâncias para apurar vazamentos de documentos da entidade à imprensa.O delator afirmou, contudo, que se encontrou com a ex-procuradora apenas uma vez. Nesta reunião, ela disse que indicaria Wassef para atuar em favor da entidade.De acordo com Diniz, o advogado optou por abandonar as sindicâncias internas e conduzir a apuração dos vazamentos por meio da instauração de inquéritos policiais.Diniz disse aos procuradores que a atuação de Wassef durou pouco tempo e “não valeu a pena, tampouco pelos valores que foram cobrados pelo contrato”. O Ministério Público Federal também aponta indícios de lavagem de dinheiro do advogado com vínculos ainda pouco claros com o esquema da Fecomércio. A Procuradoria descreve movimentação financeira atípica dele detectados pela UIF (antigo Coaf).Entre eles, estão depósitos em espécie fracionados em suas contas, com características de tentativa de fuga das regras de controle das instituições bancárias. As movimentações têm vínculos temporais com saques nas contas de sua ex-mulher Maria Cristina Boner Leo.No período de serviço para o ex-presidente das entidades, Wassef já era aliado próximo de Bolsonaro, a quem conheceu em 2014. Ele deixou a defesa do clã após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, em seu escritório em Atibaia.Queiroz é suspeito de ser o operador da suposta “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa —ele nega. O Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita que Wassef manteve o ex-assessor de Flávio sob monitoramento no período em que esteve em sua propriedade, o que o advogado nega.
2020-09-09 08:19:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/09/alvo-da-pf-ex-advogado-dos-bolsonaros-recebeu-r-27-milhoes-sob-suspeita-da-fecomercio.shtml
A Fazenda 12: Tays Reis ficou conhecida pelo hit 'Metralhadora', da banda Vingadora
A cantora Tays Reis, 25, ficou nacionalmente conhecida após a música "Paredão Metralhadora" ser escolhida hit do Carnaval de 2016 –que conquistou até Ivete Sangalo. Na época, ela era vocalista da banda Vingadora, grupo musical criado em 2014. No início de 2019, Reis deixou a banda para seguir carreira solo.Nascida em Ilhéus, no sul da Bahia, Reis já lançou as músicas "Bombardeio", "Desfaz Essa Carinha" e "Toma Trava". Aos 13 anos, ela começou sua carreira cantando em bares e tendo aulas de canto e violão na escola Planeta Música. Mais Estudante de jornalismo, Reis trancou a faculdade para seguir seu sonho de cantora. Ela passou a cantar em bares até ser chamada para ser vocalista da banda Vingadora. Em entrevista ao Purepeople, em 2016, ela disse que sofreu discriminação do público no início de sua carreira. "Sofri preconceito. As pessoas não acreditavam que uma mulher pudesse fazer arrochadeira. Por isso, o nome Vingadora."Reis também é compositora e já disse em entrevistas se inspirar em Jennifer Lopez, Beyoncé, Shakira, Nicki Minaj e Kylie Minogue. Em 2016, ela foi desafiada a fazer manobras no Programa da Sabrina (Record). A cantora foi instigada pelo Progressive Fit Ball, grupo de atividades físicas sobre bolas, a tentar a sorte na atividade. Sua experiência em ginástica rítmica a ajudou. Mais Mais
2020-09-09 00:27:00
televisao
Televisão
https://f5.folha.uol.com.br/televisao/a-fazenda-12/2020/09/a-fazenda-12-tays-reis-ficou-conhecida-pelo-hit-metralhadora-da-banda-vingadora.shtml
Advogados de Lula são alvos de operação sobre desvios no Sistema S; defensor ataca juiz
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) operação para investigar um suposto esquema de tráfico de influência no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no TCU (Tribunal de Contas da União) com desvio de recursos públicos do Sistema S.Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estiveram Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, advogados do ex-presidente Lula (PT), acusados de liderar o esquema. Os dois se tornaram réus pelo caso no mês passado.O advogado Frederick Wassef, ex-defensor da família do presidente Jair Bolsonaro, também foi alvo de busca e apreensão. Ele é suspeito de peculato e lavagem de dinheiro em uma outra frente de investigação sobre supostos desvios.Agentes da Polícia Federal também cumpriram ordens de busca em escritórios de parentes de ministros do STJ e do TCU no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Entre eles firmas do ex-ministro César Asfor Rocha (STJ) e seu filho Caio Rocha, os advogados Eduardo Martins (filho do presidente do STJ, Humberto Martins) e Tiago Cedraz (filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz).As medidas de busca e apreensão desta quarta-feira foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio. Não há entre os investigados pessoas com prerrogativas de foro especial, como ministros de tribunais superiores.Em nota, Zanin afirmou nesta quarta-feira (9) ser vítima de uma “clara tentativa de intimidação”. Ele classificou a decisão do juiz Marcelo Bretas como um abuso de autoridade e vinculou o magistrado ao presidente Jair Bolsonaro.“A iniciativa do Sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito”, afirmou Zanin.De acordo com o Ministério Público Federal, os denunciados desviaram R$ 151 milhões do Sistema S, bancado com contribuição compulsória de empresas. A origem da apuração foi a delação premiada do ex-presidente da Fecomércio, Sesc Rio e Senac Rio, Orlando Diniz.De acordo com a versaõ dele, os desvios começaram após o Conselho Fiscal do Sesc Nacional detectar em 2011 uma série de irregularidades na sua gestão no Sesc fluminense. O órgão federal era comandado por Carlos Eduardo Gabas, ex-ministro das gestões Lula e Dilma Rousseff. Segundo a delação, Zanin e Teixeira foram procurados por meio do advogado Fernando Hargreaves no início de 2012. Em depoimento aos procuradores, Diniz declarou que o objetivo da contratação dos advogados era “comprar uma solução política”.Neste primeiro momento, o valor cobrado foi de R$ 10 milhões, sendo R$ 1 milhão em espécie, pagos por meio do operador financeiro Álvaro Novis.O ex-presidente do Sesc Rio diz que, após a contratação de Zanin e Teixeira, a batalha jurídica em que estava só se intensificou, exigindo repasses de mais recursos, incluindo outros escritórios de advocacia indicados pela dupla.Diniz afirmou aos procuradores que ao longo do tempo identificou a instalação da “lógica do ‘quanto pior, melhor’, pois mais contratos iam sendo assinados e os valores iam aumentando”. O escritório de Zanin e Teixeira recebeu R$ 67,8 milhões no período sob investigação. Mais Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro afirmam que os advogados indicados por Zanin e Teixeira receberam os valores sem prestar serviços.A promessa era, segundo o Ministério Público Federal, influenciar decisões no Judiciário em favor de Diniz, que enfrentava à época uma batalha jurídica para permanecer no comando das três entidades.Para indicar a ausência de serviço, os investigadores usam como base as respostas dadas pelos escritórios à auditoria interna pela nova gestão da Fecomercio após a prisão de Diniz, em 2018. A entidade questionou as bancas quais serviços foram prestados para justificar o valor pago.As respostas foram vagas na maior parte das vezes, segundos os investigadores. Em alguns processos indicados pelos escritórios, a única atuação comprovada era a juntada de uma procuração, enquanto a defesa se dava por meio do escritório de Zanin e Teixeira ou, em outro momento, pelo de Ana Basílio, mulher do ex-presidente do TRF-2 André Fontes e advogada do governador afastado Wilson Witzel (PSC).A investigação do Ministério Público Federal se deve ao fato de, embora instituições privadas, Sesc e Senac são bancados por meio de contribuição compulsória de empresas.Os valores são cobrados e recolhidos pela Receita Federal. Em razão disso, as duas entidades —chamadas de paraestatais pela Procuradoria— devem respeitar regras semelhantes às de licitações públicas, ainda que com exigências específicas.Os procuradores afirmam, porém, que Zanin e Teixeira montaram, junto com Diniz, uma estrutura jurídica para que todos os recursos do Sesc/Senac Rio fossem repassados aos escritórios por meio da Fecomércio, entidade privada que não é submetida à fiscalização do Conselho Federal, do TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria Geral da União).O esquema montado, segundo o MPF, permitiu que os recursos cobrados das empresas fossem usados para a contratação de escritórios sem qualquer critério para a definição de preços e sem concorrência.Embora os contratos sempre fossem assinados pela Fecomercio, o interesse discutido sempre foi particular de Diniz na batalha jurídica pelo controle do Sesc/Senac Rio.O MPF aponta que a desproporção dos valores pagos a mando de Diniz é confirmada pelo fato da Fecomércio ter sido o principal cliente de quase todos os escritórios envolvidos no esquema. De 2013 e 2016, o valor pago pela entidade ao Teixeira e Martins Advogados é 15 vezes o pago pelo segundo principal cliente do escritório.Para os investigadores, a atuação criminosa de Zanin foi corroborada por meio de emails obtidos em quebras de sigilo telemático autorizados pela Justiça Federal, anotações apreendidas com dirigentes da Fecomércio e documentos de uma auditoria da entidade sobre a prestação de serviços dos escritórios.Diniz foi preso em 2018 na Operação Jabuti, que investigou o pagamento de propina do ex-presidente da Fecomércio para o ex-governador Sérgio Cabral por meio da contratação de funcionários fantasmas na Fecomercio.Ele foi denunciado sob acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e participação em organização criminosa junto com Cabral. Ele usou, segundo o Ministério Público Federal, operadores do emedebista para “branquear” recursos ilegais.​ Mais
2020-09-09 07:17:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/09/escritorio-de-advogado-de-lula-e-alvo-de-operacao-sobre-influencia-no-judiciario.shtml
A Fazenda 12: Rodrigo Moraes apresentava programa em canal com 78 inscritos
Rodrigo Moraes, 35, é o nome menos conhecido do grande público a ser anunciado pela Record na estreia de A Fazenda 12, nesta terça-feira (8). Modelo, ator e apresentador, ele ainda não estourou em nenhuma dessas áreas.Ele apresenta o programa Moraes & Você no canal dele no YouTube, onde até entrar no programa tinha apenas 78 inscritos. Além disso, aparece em vídeos institucionais de empresas nacionais e multinacionais e dá palestras motivacionais no projeto Papo de Protagonista. Mais No Instagram, onde tem pouco mais de 15,5 mil seguidores até o momento, também costuma exibir fotos de seus trabalhos como modelo.Em vídeo publicado no perfil após entrar no reality show, ele afirma que participar do programa é "uma benção, um sonho realizado". "[Era] uma meta que eu coloquei na minha vida há 11 anos atrás (sic) e que, depois de 11 anos, aconteceu", afirmou. "Graças a Deus e à nossa perseverança." Mais Ele também diz que o principal objetivo em participar da atração é fazer as pessoas perceberem que qualquer um pode alcançar seus objetivos. "[Quero] mostrar pra você que tem sonhos que você pode criar as tuas oportunidades e fazer com que os seus sonhos se realizem", disse."Eu não tenho empresário, não tenho agente. Sou eu com Deus por mim mesmo. ", afirmou. "Estou aqui para pedir pra vocês acompanharem as minhas redes sociais, vasculharem aqui os meus trabalhos. Vocês vão perceber quem eu sou: um cara que nasceu na quebrada e [passou por] situações bem difíceis, como da maioria dos brasileiros, com todas as limitações que a sociedade e a vida impõem." Mais
2020-09-09 00:34:00
televisao
Televisão
https://f5.folha.uol.com.br/televisao/a-fazenda-12/2020/09/a-fazenda-12-rodrigo-moraes-apresentava-programa-em-canal-com-78-inscritos.shtml
Governo avalia antecipar desoneração ampla para evitar derrubada de veto
O governo estuda antecipar, ao menos parcialmente, a implementação de uma desoneração ampla da folha de salários. O objetivo é evitar que o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro que impede a prorrogação de benefício tributário para 17 setores.A equipe econômica afirma que a extensão da medida pelo Congresso é inconstitucional, pois, na reforma da Previdência, em vigor desde novembro, ficou proibido adotar medidas que criem diferentes regimes para pagamento dos tributos que bancam a aposentadoria dos trabalhadores do setor privado.Como contraproposta, integrantes do Ministério da Economia avaliam um sistema diferente do modelo atual da desoneração, que, segundo técnicos, não seria vedado pela Constituição e poderia ser aprovado por meio de projeto de lei, com tramitação mais rápida e validade já para o ano que vem.O time do ministro Paulo Guedes (Economia) entende que, em caso de uma medida ampla (sem atender a um grupo específico de empresas), a desoneração pode ser adotada por projeto de lei, sem a necessidade de alterar normas da reforma da Previdência que estão na Constituição. No caso de uma derrubada do veto, o governo avalia recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar barrar o prolongamento da medida de redução de custo da mão de obra para os 17 setores contemplados atualmente.Em busca de um acordo, uma das ideias é propor uma desoneração linear para trabalhadores com remuneração próxima de uma salário mínimo e meio (R$ 1.567,50). A medida dependeria de uma fonte de recurso no Orçamento.Integrantes do Ministério da Economia defendem que, caso essa opção seja levada à frente, o benefício não fique restrito aos 17 setores, mas seja concedido a todas as empresas.A desoneração da folha, adotada no governo petista, permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% sobre a remuneração dos funcionários para a Previdência Social (contribuição patronal).Com a troca, setores com elevado grau de mão de obra pagam menos aos cofres públicos. O incentivo foi criado para estimular a contratação de funcionários.Segundo técnicos, essa troca de tributação (deixa de ser sobre a folha e passa a ser sobre o faturamento) passou a ser impedida pela reforma da Previdência. Por isso, a ideia em estudo precisa retirar o custo do patrão e prever que a Previdência Social receba recursos de outra área do Orçamento.Um parecer da Mesa Diretora da Câmara concluiu que derrubada do veto (prorrogando a desoneração atual) estaria de acordo com a Constituição.O documento técnico afirma que, por a desoneração da folha já existir, a medida poderia ser prorrogada, pois a reforma da Previdência impediria apenas a criação de novos benefícios. O governo rejeita essa tese.O modelo atual de desoneração beneficia companhias de call center, o ramo da informática, com desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos, além de empresas de comunicação, companhias que atuam no transporte rodoviário coletivo de passageiros e empresas de construção civil e de obras de infraestrutura.A redução dos encargos se encerra em dezembro. Em junho, o Congresso aprovou a extensão do incentivo tributário por mais um ano, o que foi vetado por Bolsonaro.Por ano, o Ministério da Economia estima que deixaria de arrecadar R$ 10,2 bilhões.Empresários desses 17 setores, que reúnem cerca de 6 milhões empregos diretos, dizem que não suportariam esse aumento de custo e que 1 milhão de pessoas poderiam perder os empregos caso o veto seja mantido.O governo tem conseguido adiar a análise do veto, ganhando tempo para articular com o Congresso, onde o clima é contrário à decisão do presidente. Para derrubar o veto é necessário o voto da maioria absoluta das duas Casas —257 deputados e 41 senadores.Na alternativa avaliada pelo governo de promover uma ampla desoneração, para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias não seja desrespeitada, a proposta teria de ser enviada ao Congresso já com a definição da fonte de recursos para bancar a prorrogação do benefício.Como o cenário para o ano que vem é de aperto fiscal, a solução para esse ponto não será fácil, segundo técnicos.Além dos estudos da desoneração, o governo ainda avalia possíveis fontes de recurso para bancar o aumento de repasses ao Fundeb, aprovado pela Câmara nesta semana.Em videoconferência nesta quarta-feira (22),o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou que o debate sobre a desoneração tem de ser feito dentro da reforma tributária."É um pilar da reforma tributária, vai ser discutida em contexto mais amplo e isonômico. Mas, para isso, temos que avançar na reforma tributária", disse.Apresentada na terça-feira (21), a reforma tributária de Guedes será fatiada em quatro etapas. Uma delas envolve a desoneração da folha de pagamentos. O governo, porém, não informou qual o prazo de envio dessa proposta.
2020-07-22 23:15:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/governo-avalia-antecipar-desoneracao-ampla-para-evitar-derrubada-de-veto.shtml
'Cruzei o Atlântico com três testes de Covid-19', diz jornalista espanhola
Sair do Brasil tornou-se uma prova de resistência. Quando o governo espanhol avisou que as fronteiras do país seriam fechadas para tentar deter o avanço da pandemia, tive de encarar uma escolha difícil. Sair enquanto dava ou ficar no Brasil, onde resido, e passar a quarentena longe da família.Foi em vão esperar que meus pais me dissessem o que deveria fazer e acabou sobrando para mim a decisão. Em questão de dias o terror instalou-se e todos percebemos que o vírus seria incompassível com a Espanha.Passado o susto, em junho, a curva descendente de contágio fez com que os espanhóis sonhassem com o fim do estado de emergência, e os residentes no exterior, como eu, com o verão no país natal.Empolgada, comecei a procurar voos para chegar a tempo para o aniversário da minha mãe, no meio de julho.Empurrada pelas propagandas que destacavam as medidas de segurança, comprei uma passagem pela Iberia. Mas, duas semanas depois, a sombra da incerteza começou a pairar sobre meus planos quando a União Europeia restringiu a entrada de pessoas vindas do Brasil.Não deu outra, o aviso de cancelamento do voo não demorou a chegar, e com ele começou uma longa jornada para sair do país. Da Iberia fui para a British Airways, que, após alguns dias, também cancelou a passagem, sem explicações.Então, tentei a sorte com a TAP, companhia mais exigente que as concorrentes, porque o governo português requer um teste RT-PCR de Covid-19 feito 72 horas antes do embarque. Considerando que a maioria dos laboratórios não entrega o resultado antes de três dias, era um risco" que eu estava disposta a assumir.No fim, o resultado não saiu a tempo do embarque, mas não fez diferença, porque a TAP também cancelou a passagem. Oportunamente, a Iberia me propôs —e aceitei— sair do continente pelo Chile, indo com a Latam até Santiago.Com o passar da semana, o painel de partidas diárias de Guarulhos ia minguando, porém, a Air France e a KLM pareciam resistir. A três dias do embarque, a Latam adiantou meu voo em 24 horas, logo precisaria pernoitar no aeroporto de Santiago. Aquilo me desanimou e decidi arriscar com a companhia francesa.O problema era que faltavam só dois dias para o embarque, e as autoridades francesas recomendavam levar um exame recente (últimas 72h) de Covid-19. Na falta de um, fiz dois (teste rápido e sorológico de anticorpos).No dia, peguei a estrada em direção ao aeroporto e à medida que a setinha do Google Maps ia se aproximando do destino, sentia uma estranha ansiedade. Não era o familiar nervosismo de quem vai reencontrar a família, era uma sensação de estar fora da lei. Era como se eu estivesse fazendo algo reprovável pela sociedade e, sobretudo, por mim —nos últimos meses não poupei críticas a quem furou o confinamento sem necessidade. Tudo ficou mais esquisito quando entrei no aeroporto. Aquele hall, que costuma ferver em qualquer época do ano, estava vazio. Procurei o painel dos voos: só três sobreviventes na tela. "Ufa, o meu continua aí", pensei. Mas não sei por quanto tempo, porque só com umas dúzias de passageiros deve ser o transoceânico menos rentável que já peguei.Cruzei o Atlântico com três testes de Covid-19 debaixo do braço, duas cartas atestando a minha boa saúde e o desejo de não ser barrada, isolada ou repreendida por um guarda francês na chegada a Paris.Ainda assim, me sinto sortuda por passar este "perrengue chique", ter a chance de ver a minha família (sem abraços até daqui a uns 14 dias) e ter perdido, durante a pandemia, apenas milhas de companhias aéreas nas tentativas.No fim, consegui chegar para o aniversário da minha mãe sem ter nem sequer um termômetro apontado para a minha testa em todo o percurso. Sob a ameaça de uma segunda onda da pandemia na Europa, o próximo desafio será a operação retorno.
2020-07-22 23:15:00
turismo
Turismo
https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2020/07/cruzei-o-atlantico-com-tres-testes-de-covid-19-diz-jornalista-espanhola.shtml
Pabllo Vittar vira animação no clipe 'Rajadão' e promete segredos escondidos no vídeo
Pabllo Vittar, 25, virou animação no clipe da música “Rajadão”, lançado na noite desta quarta-feira (22). A cantora, que é apaixonada por animes e todo o universo geek, já vinha fazendo várias ações para indicar aos fãs a novidade, e promete segredos escondidos no novo vídeo também.O clipe demorou oito semanas para ficar pronto e é o primeiro da cantora nesse formato. “Quisemos trazer uma Pabllo Vittar bem ‘Drama Queen’ com influências do anime, design arrojado, cenários estonteantes, poesia visual e sensualidade”, afirmou Anderson Mahanski, do Combo Estúdio. Mais “Eu amo demais animações e fiquei muito feliz com o resultado do clipe de 'Rajadão' que estava guardando a sete chaves”, afirmou Pabllo, que tinha virado garota do tempo nos últimos dias para anunciar a previsão de arco-íris, tendo inclusive invadido as redes sociais do Climatempo.“Rajadão” foi o primeiro single do álbum “111”, que foi parcialmente vazado, em março, o que fez a cantora antecipar o lançamento. “Quem vazou, eu espero, do fundo do meu coração, que queime no fogo do inferno”, afirmou ela, na ocasião, em suas redes sociais.
2020-07-22 21:20:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2020/07/pabllo-vittar-vira-animacao-no-clipe-rajadao-e-promete-segredos-escondidos-no-video.shtml
Enel demora para realizar mudança de titularidade
A auxiliar administrativa Luana Meneses, 28 anos, do Parque Munhoz, Santo Amaro (zona sul), conta que precisa mudar para um imóvel, mas o local está sem energia elétrica. Além disso, ela espera pela troca de titularidade.A leitora relata que o antigo morador não pagou as contas de luz e, por isso, ela tentou negociar com a Enel para a isenção das tarifas, mas reclama que não obteve sucesso. “Então resolvi solicitar todas as contas em aberto, recebi e paguei tudo”, conta a leitora à reportagem. Luana afirma que solicitou a transferência de titularidade, porém recebeu como resposta da distribuidora de energia que o seu pedido não poderia ser atendido porque ainda havia faturas em aberto.Quando acesso o site da Enel consta em aberto R$ 300 no total, com desconto daria R$ 165. No entanto, na página da Enel não é informado o código para a realização do pagamento. Mesmo assim, pedi para que enviassem o boleto de pagamento, pois estou disposta a pagar para ter a luz”, afirma Luana ao Defesa do Cidadão.Porém, a leitora relata que entra em contato com a central de atendimento da Enel, mas o caso não é resolvido. “Eles não sabem o motivo de não conseguirem enviar as faturas e não fazem nada. Preciso mudar o mais breve possível. Não posso esperar mais pela boa vontade da Enel”, reclama. “Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para resolver essa situação de maneira definitiva”, diz.A Enel Distribuição São Paulo informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que entrou em contato com a consumidora, confirmou o pagamento das faturas em aberto e realizou a transferência de titularidade do imóvel mencionado.A empresa diz ainda estar à disposição da cliente.Em novo contato com o Agora, a leitora confirmou a informação. “A Enel fez a religação e trocou a titularidade após a intervenção do Defesa do Cidadão.”Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-07-22 21:46:00
grana
Grana ou Dinheiro
https://agora.folha.uol.com.br/grana/2020/07/enel-demora-para-realizar-mudanca-de-titularidade.shtml
Petrobras aumenta em 5% valor de gás de cozinha a partir de quinta-feira
A Petrobras informou nesta quarta-feira (22) que elevará em 5% o preço médio do GLP, também conhecido como gás de cozinha, a partir de quinta-feira (23).Com isso, o preço médio da Petrobras às distribuidoras será equivalente a R$ 26,55 por botijão de 13 kg.Apesar do aumento, disse a Petrobras, no acumulado do ano o produto ainda registra queda de 4,5%, ou R$ 1,26 por botijão de 13 kg. A Petrobras ressaltou que, desde novembro de 2019, igualou os preços de GLP para os segmentos residencial e industrial/comercial, e que o GLP é vendido pela Petrobras a granel."As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final", disse a assessoria de imprensa, após ser procurada pela agência Reuters.
2020-07-22 21:47:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/petrobras-aumenta-em-5-valor-de-gas-de-cozinha-a-partir-de-quinta-feira.shtml
Assembleia de SC abre processo de impeachment contra governador
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) decidiu nesta quarta-feira (22) abrir processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL) e a vice Daniela Reinehr (sem partido) pela suposta prática de crime de responsabilidade no exercício do mandato.A decisão do presidente da Casa, Julio Garcia (PSD), é só um passo inicial para a discussão pelos deputados estaduais de eventual afastamento, mas representa um desgaste para Moisés pelos próximos meses.Ainda há debate interno na Assembleia sobre o rito do processo do impeachment. A princípio, pelo regimento interno, está previsto que, após a defesa do governador, será formada uma comissão de nove parlamentares para elaborar um parecer em até três meses.Depois disso, uma eventual saída temporária do cargo dependeria do voto de 2/3 dos 40 deputados, até um julgamento final por uma comissão por parlamentares e desembargadores do tribunal catarinense.O presidente da Assembleia de Santa Catarina tomou a decisão de abrir esse processo por base um parecer da procuradoria jurídica da Alesc, que entendeu haver indícios de irregularidades na concessão de aumento salarial para procuradores do estado por meio de decisão administrativa.A representação foi apresentada pelo ex-defensor público Ralf Zimmer Junior em janeiro de 2020. Para ele, Moisés e Daniela cometeram crime de responsabilidade ao conceder, em 2019, reajuste salarial aos procuradores do estado por meio de decisão administrativa. O aumento equiparou os salários dos procuradores do Executivo com os do Legislativo.Zimmer alega que tal equiparação é ilegal e só poderia ser concedida com autorização dos deputados, o que não ocorreu. Inicialmente, a representação foi arquivada por falta de documentação. Em maio, porém, ele reapresentou o pedido com os anexos faltantes.Assim, a procuradoria da Casa entendeu que “a nova narrativa e os novos documentos juntados demonstram, em tese, a justa causa, materialidade e indícios da autoria de crime de responsabilidade apontados a todos os representados.”“O procedimento de impeachment é político, mas precisa ter início com base jurídica, então nesse momento não cabe julgamento que não seja apenas jurídico e o farei embasado no parecer da procuradoria”, afirmou Garcia em sessão desta quarta-feira em que comunicou a decisão.A assessoria da Casa informou que os técnicos legislativos e jurídicos devem decidir a partir desta quinta-feira (23) qual o melhor procedimento a ser seguido a partir de agora, já que há conflitos entre formalidades previstas no regimento interno da Alesc, na legislação estadual e em decisões judiciais recentes, como do processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).Se seguir o regimento interno, o chefe do Executivo terá 15 dias para apresentar uma defesa prévia, mesmo prazo em que é formada uma comissão de nove parlamentares para emitir parecer sobre o processo. O grupo tem até três meses para chegar a um entendimento.Conforme essa regra, caso o pedido de impedimento seja aprovado por 2/3 dos 40 deputados, Moisés e Daniela são afastados dos cargos para serem então julgados por uma comissão processante composta por parlamentares e desembargadores do tribunal catarinense. Apenas com a decisão final desse grupo, ambos poderiam ser retirados definitivamente das funções. Na sessão desta quarta, o presidente da Alesc também acatou pareceres da procuradoria jurídica da Casa para negar o prosseguimento de outros quatro pedidos de impeachment contra o governador. Todos tiveram como base a política seguida por Moisés para controle da pandemia do novo coronavírus. Outra solicitação ainda segue em análise pela equipe.Durante a sessão, a líder do governo, deputada Paulinha (PDT), destacou que o Ministério Público arquivou procedimentos abertos contra os chefes do Executivo para apurar possíveis irregularidades na concessão do aumento de salário dos procuradores.“O peso político em um processo de impeachment é bastante grande, mas esse tipo de julgamento é de natureza muito técnica. Penso que o presidente acertou na admissibilidade técnica de um processo sem interveniência política, mas, agora, quando a competência passa para nós, temos que ter atenção naquilo que o ato em si traz para todos nós”, declarou.Em geral, os demais deputados elogiaram a postura de Garcia em acatar integralmente a posição do comitê jurídico da Alesc. “Não estamos apáticos nem omissos, estamos fazendo um processo dentro da ritualidade. Este parecer jurídico isento me dá certeza de que estaremos muito bem embasados juridicamente”, disse Kennedy Nunes (PSD).Procurados via assessoria, Moisés e Daniela não responderam ao contato da Folha.Em meio à pandemia do novo coronavírus, as Assembleias do Rio de Janeiro e do Amazonas também decidiram abrir processos de impeachment contra os governadores dos dois estados.Em fase de defesa, o pedido de impedimento de Wilson Lima (PSC) e do vice Carlos Almeida (PTB) foi aberto em abril e é de autoria do Sindicato dos Médicos do Amazonas, que alega má gestão da saúde e acusa o governo de crimes de responsabilidade e improbidade.Já o procedimento que envolve o governador Wilson Witzel (PSC) iniciou no mês passado e foi retomado no início de julho após período de suspensão dos prazos a pedido da defesa do político. A Comissão Processante apura supostas irregularidades em contratações durante o estado de emergência decretado pela pandemia do novo coronavírus.
2020-07-22 19:57:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/07/assembleia-de-sc-abre-processo-de-impeachment-contra-governador.shtml
Por uma Amazônia sustentável e de todos nós
Temos presenciado iniciativas importantes em prol de um desenvolvimento sustentável da região Amazônica, muitas delas vindas de atores que até então não haviam entrado no centro do debate. A premência de um novo modelo de desenvolvimento econômico para a região está posta. Temos agora o desafio de conciliar um modelo de desenvolvimento que seja justo, próspero e que use de forma planejada as riquezas naturais disponíveis.É imprescindível que este modelo seja sustentável e impulsionado por investimentos públicos e privados que construam uma economia de baixas emissões, inclusiva e direcionada para o futuro.A região Amazônica vive contrastes. Detentora de uma reserva ainda desconhecida de riquezas biológicas, abundância de água, tradições e riquezas culturais, ela também convive com ilegalidades, desigualdade, injustiças sociais e baixos índices de desenvolvimento econômico. E sem que as questões legais sejam atendidas, por meio da atuação firme do estado no que diz respeito à legislação ambiental, os demais desafios tornam-se ainda mais complexos, talvez até mesmo intransponíveis.A Amazônia tem pressa, e o momento exige uma ação coordenada de todos nós. O equilíbrio de um ecossistema social, econômico e ambiental complexo como o da região não será constituído com ações isoladas. Líderes empresariais, governos, sociedade civil e todos nós, cidadãos, precisamos assumir o nosso papel na construção de um modelo de desenvolvimento ainda inédito no planeta.Como líderes dos três maiores bancos privados no país, sabemos do potencial e da grande responsabilidade do sistema financeiro em promover esse debate e estimular iniciativas eficazes na região. A hora é de agir.Por isso, entregamos oficialmente ao governo, em 22 de julho, nosso compromisso com a Amazônia. São dez medidas concretas, com três principais eixos estratégicos baseados no apoio à conservação ambiental e ao desenvolvimento da bioeconomia; no investimento em infraestrutura sustentável; e na contribuição para a garantia dos direitos básicos da população. Com essas medidas, pretendemos:Reconhecemos que ainda há muito por fazer, mas este é o primeiro passo importante que damos em conjunto. Temos uma grande oportunidade de promover, a partir do mercado financeiro, iniciativas que efetivamente transformem a região. Esse é o nosso compromisso. Compromisso com uma Amazônia inclusiva, sustentável, desenvolvida e de todos os brasileiros. Mais
2020-07-22 20:03:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/por-uma-amazonia-sustentavel-e-de-todos-nos.shtml
Biden e Obama criticam resposta de Trump à pandemia em vídeo de campanha
A campanha de Joe Biden lançou nesta quarta-feira (22) um vídeo de uma conversa entre o candidato democrata e o ex-presidente Barack Obama em que ambos criticam a resposta de Donald Trump à pandemia do novo coronavírus."Você consegue imaginar ser presidente, se levantar e dizer 'a responsabilidade não é minha, eu não assumo a responsabilidade'. Literalmente", diz Biden logo na abertura da gravação, cuja versão integral será divulgada nesta quinta-feira (23)."Essas palavras nunca saíram das nossas bocas quando estávamos no governo", responde Obama.O candidato às eleições de novembro foi vice de Obama durante seus dois mandatos, de 2009 a 2017."Não consigo entender a incapacidade dele [Trump] de ter uma ideia do que as pessoas estão vivendo", completa Biden.Nas imagens, os dois democratas usam máscaras (retiradas apenas durante a conversa) e mantêm o distanciamento social, um claro contraste à postura do presidente.Trump se deixou ver em público usando o item pela primeira vez em 11 de julho, embora as autoridades americanas tenham recomendado o uso da proteção no início de abril.Em pesquisas recentes, Biden aparece à frente do republicano —em algumas delas, por margens que ultrapassam dez pontos percentuais. Segundo uma sondagem realizada em julho pela Universidade Quinnipiac, 62% dos americanos reprovam a resposta do governo Trump à pandemia.Uma pesquisa do Wall Street Journal e da emissora NBC, também de julho, mostra 59% de reprovação nesse quesito.Na terça (21), pressionado pelos resultados negativos, Trump mudou seu discurso e passou a defender uso do equipamento de proteção e suspendeu grandes eventos de campanha no momento em que o país bate novos recordes de casos de Covid-19.Esta não foi a primeira vez que Obama criticou a atuação da Casa Branca no combate à pandemia. No início de maio, numa videoconferência com ex-membros de seu governo, o ex-presidente descreveu a resposta de Trump à crise como caótica —o conteúdo da conversa foi vazado à imprensa americana.Obama anunciou seu apoio a Biden em 14 de abril em um vídeo no qual pediu a união dos democratas.O endosso foi feito depois que os concorrentes pela nomeação do Partido Democrata se retiraram da disputa. Até então, o ex-presidente vinha mantendo uma postura de neutralidade.
2020-07-22 19:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/biden-e-obama-criticam-resposta-de-trump-a-pandemia-em-video-de-campanha.shtml
Maiores bancos privados fazem iniciativa conjunta em defesa da Amazônia
Executivos dos três maiores bancos privados do Brasil reuniram-se nesta quarta-feira (22) com o vice-presidente Hamilton Mourão e outros representantes do governo para discutir uma agenda conjunta para a Amazônia.Com isso, os bancos se juntam a investidores internacionais e grandes empresas brasileiras, que têm buscado em Mourão uma interlocuação com o governo para tratar das preocupações com o efeito da questão ambiental sobre a economia brasileira.Mas, diferentemente dos investidores e das empresas, que lançaram duras cartas com críticas à ação do governo na área ambiental, os bancos preferiram adotar um tom conciliatório com a gestão Jair Bolsonaro (sem partido).Do encontro, resultou uma carta de intenções, ainda sem muitos detalhes, para que as instituições financeiras apoiem o poder público em iniciativas de estímulo à bioeconomia na região, ao desenvolvimento de infraestrutura básica para a população local e fomentem o mercado de títulos financeiros verdes.“Para que as ações sejam efetivas, é fundamental que ocorra uma intensificação das medidas de proteção da floresta Amazônica”, alertam os bancos, em comunicado distribuído à imprensa após a reunião.Participaram do encontro pelo lado dos bancos o presidente do Santander, Sergio Rial; o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari; e a vice-presidente do Itaú, Claudia Politanski.Pelo lado do governo, além de Mourão, estiveram presentes o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; a ministra da Agricultura, Tereza Cristina; e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.Segundo o comunicado, “a atuação dos bancos será coordenada com o governo, e as ações serão implementadas em alinhamento com as iniciativas públicas”.Mourão afirmou, após o encontro, que o governo está comprometido com a redução de ilegalidades e com o avançao da regularização fundiária. "E colocamos na mesa a questão da bioeconomia", afirmou."Fizemos chegar a eles que seria importante eles pensarem em formas de financiamiento para projetos em bioeconomia, com juros melhores", disse.Mourão disse que não recebeu queixas dos executivos sobre risco de perda de investimentos."Agora, o que é claro hoje é que, com a agenda ambiental, todas as empresas têm uma preocupação onde estão colocando seus recursos e onde estão investindo. E o que a gente vê é que a Amazônia pode ser uma solução em termos de empresas que têm atividades poluentes. Elas poderem colocar recursos para a preservação de floresta para compensar a poluição que elas causam em outras áreas", afirmou.O vice-presidente disse que irá nesta quinta-feira (23) a São Paulo para encontrar executivos do Santander. " Aí, talvez, surjam propostas mais objetivas."​Entre as ações planejadas pelos bancos estão o estímulo a cadeias sustentáveis como cacau, açaí e castanha por meio de linhas de financiamento; viabilização de infraestrutura básica como energia, internet, moradia, saneamento e transporte hidroviário; atração de investimentos que impulsionem a bioeconomia; e apoio a lideranças locais em projetos de desenvolvimento socioeconômico.Os bancos planejam agora estabelecer um conselho de especialistas que será responsável por auxiliar no desenvolvimento do plano.“A dimensão do desafio impõe uma atuação firme e veloz a todos os atores que puderem participar da construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, que inclua as necessidades da população e de preservação dos nossos recursos naturais”, afirmou Rial, no comunicado.Em maio, durante evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os presidentes do Bradesco e do Itaú já haviam expressado sua preocupação com a questão ambiental.O executivo-chefe do Itaú, Candido Bracher, avaliou à época que a questão ambiental é o principal perigo que ameaça o Brasil. Já Lazari, do Bradesco, reconheceu que pouco tinha sido feito pelos bancos nessa área.Procurados, Itaú e Bradesco disseram que não poderiam dar mais informações sobre o plano conjunto, pois os porta-vozes que participaram da reunião estavam em voo de volta de Brasília para São Paulo. Já o Santander disse que não tinha nada a acrescentar para além do comunicado conjunto.Na contramão dos bancos privados, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, avaliou na semana passada que a deterioração da imagem do Brasil na área ambiental é uma "questão de narrativa" e talvez fruto da implicância com governos de direita.“O Brasil, em números globais de proteção de florestas nativas, dá de dez a zero na Europa, Estados Unidos e Ásia. Mas fica essa narrativa que não sei se é um problema de implicância com governos mais à direita ou de protecionismo da Europa”, afirmou, durante live promovida pela Febraban. “O fato é que se montou uma campanha contra o Brasil nessa área e precisamos desmontar essa narrativa.” Mais
2020-07-22 18:53:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/bradesco-itau-e-santander-tem-reuniao-com-mourao-para-lancar-plano-para-amazonia.shtml
Petrobras pagará dividendos de 2019 em dezembro após adiamento por pandemia
A Petrobras informou que a Assembleia Geral Ordinária da companhia aprovou nesta quarta-feira (22) o pagamento de dividendos aos acionistas referentes ao exercício de 2019, no valor de cerca de R$ 1,7 bilhão aos detentores de ações ordinárias e de R$ 2,5 milhões aos preferencialistas.O pagamento está previsto para ocorrer em 15 de dezembro de 2020, conforme fato relevante, após ter sido adiado em função das incertezas relacionadas à pandemia.Os valores foram atualizados pela variação da taxa básica de juros (Selic) do período do dia 31 de dezembro de 2019 até 22 de julho de 2020, o que representou um acréscimo nas ações ordinárias de R$ 0,004420 por ação e nas ações preferenciais de R$ 0,000008 por ação.Desta forma, o valor total distribuído aos acionistas será de R$ 0,238069 por ação ordinária e R$ 0,000457 por ação preferencial.
2020-07-22 19:24:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/petrobras-pagara-dividendos-de-2019-em-dezembro-apos-adiamento-por-pandemia.shtml
Vale cria comitê de notáveis para indicar conselheiros e aumentar independência
O Conselho de Administração da Vale aprovou nesta quarta-feira (22) a criação de um comitê de nomeação para assessorar acionistas na escolha dos próximos conselheiros que serão eleitos em assembleia em abril de 2021, prevista para ser a primeira sem o acordo de acionistas.Vão integrar o comitê de notáveis, que tem por objetivo aumentar a independência na escolha dos conselheiros, o ex-presidente da Petrobras e ex-ministro Pedro Parente, atualmente presidente do conselho de administração da BRF; o presidente do conselho de administração da Embraer, Alexandre Gonçalves Silva, além de José Maurício Coelho, presidente do colegiado da Vale e presidente do fundo de pensão Previ, um dos principais acionistas da mineradora.O comitê terá papel importante considerando que a partir de novembro deste ano vai ser encerrado o acordo entre os grandes acionistas da companhia, que incluem fundos Previ e Petros, como parte de um processo para deixar a empresa com capital pulverizado, melhorando a governança corporativa."A tendência é que tenha uma qualidade cada vez maior dos membros do conselho, ele já evoluiu bastante e é preciso que evolua cada vez mais... acho que esse Comitê de Nomeação vai dar credibilidade e independência na escolha", disse o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, em entrevista à agência Reuters.Ele explicou que poderia haver preocupação do mercado sobre independência, com a indicação dos conselheiros pelos acionistas."Com esse Comitê de Nomeação, essa preocupação é superada... Aumenta a percepção de independência na composição do conselho, menos até na qualidade, temos um conselho bastante plural e diverso, mas é mais a questão da independência."
2020-07-22 19:40:00
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https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/vale-cria-comite-de-notaveis-para-indicar-conselheiros-e-aumentar-independencia.shtml
Tribunal de Justiça de Minas suspende decisão que liberava bares e restaurantes em BH
O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, suspendeu nesta quarta-feira (22) a decisão liminar que autorizava a reabertura de bares, restaurantes e lanchonetes em Belo Horizonte, em meio a pandemia do novo coronavírus. O recurso foi apresentado pela prefeitura de BH, que alegou necessidade de conter o avanço do novo coronavírus. Na última sexta, a prefeitura divulgou em boletim que o número de novos infectados na capital segue em patamar elevado. A decisão de primeira instância, da última segunda-feira (20), pela abertura, havia acatado um pedido encaminhado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e chamava de tirania os decretos emitidos pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) que restringiam as atividades do setor. A decisão também listava uma série de medidas a serem adotadas nos estabelecimentos para que pudessem atender clientes no local, como distância mínima entre mesas e pessoas.Lemes afirma na decisão desta quarta que o debate sobre o princípio da isonomia é legítimo, mas se esvai no momento atual das medidas de contenção, quando apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar na capital mineira. “Não se afigura razoável consentir com a execução de uma decisão que, ao alterar drasticamente e de modo abrupto as políticas públicas que vêm sendo adotadas, em substituição ao administrador público e à míngua de comprovação de flagrante ilegitimidade na sua atuação, possa vir a colocar em risco a ordem e a saúde públicas estatais”, escreve o presidente. Ele diz ainda que, ao autorizar a abertura simultânea e abrupta de milhares de estabelecimentos, além de colocar em risco as medidas que já vem sendo tomadas, a decisão pode ter efeito multiplicador, com novas demandas sendo apresentadas por outros segmentos comerciais também com restrições até este momento. A decisão da primeira instância, aponta ele, ainda contraria uma deliberação estadual do Comitê Extraordinário Covid-19 e uma cautelar concedida em ação declaratória de constitucionalidade, no início do mês. O presidente salienta ainda que os estabelecimentos representados não estão impedidos de exercer suas atividades, desde que observadas as regras. Até então, bares e restaurantes na capital podiam seguir atendendo com retirada no local ou por delivery. Ele ressaltou, porém, que a imposição de restrições às atividades deveriam ser realizadas com cuidado e de modo razoável pela administração pública. BH chegou a avançar em duas fases de flexibilização desde o fim de maio, mas recuou devido ao cenário de casos no estado e a taxa de ocupação de UTIs. Pelo boletim municipal desta terça-feira (21), a capital tem 14.089 casos confirmados e 378 mortes pelo novo coronavírus. A taxa de ocupação dos 407 leitos de UTI reservados para Covid-19 é de 91%, uma das mais altas entre as capitais. Na terça, Kalil se reuniu com o Sindhorb (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) e apresentou proposta de fechar ruas em áreas da cidade com maior concentração de bares e restaurantes, para que mesas sejam espalhadas, cumprindo as medidas de distanciamento social.
2020-07-22 20:32:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/tribunal-de-justica-de-minas-suspende-decisao-que-liberava-bares-e-restaurantes-em-bh.shtml
Anitta viaja para a Europa, e assessoria diz que ela cumprirá quarentena na Croácia
Anitta, 27, disse adeus à quarentena no Brasil e embarcou, na noite de terça-feira (21), para a Europa, com uma amiga. Segundo sua assessoria, a viagem é para cumprir compromissos profissionais e não vai liberar a cantora dos cuidados contra a Covid-19, já que ela cumprirá 14 dias de isolamento na Croácia.“Neste primeiro país (membro da União Europeia e que já está aceitando brasileiro), Anitta realizará uma quarentena obrigatória de 14 dias, antes de partir para outro país (também da UE), com objetivos profissionais”, afirmou a assessoria da cantora, que garantiu ainda que ela cumpriu todas as normas de segurança na viagem. Alguns internautas chegaram a questionar a viagem da cantora como uma violação ao isolamento social. “Anita pode viajar? É a primeira brasileira que encontrou e recebeu a vacina do corona”, comentou uma. “Europa liberou para brasileiro entrar ou só para Anitta?”, questionou outro. “O passaporte dela é diferente do nosso”, disse mais um.A cantora confirmou nesta semana o fim de seu namoro com o ator Gui Araujo, 31, que chegou a passar parte da quarentena na casa de Anitta e participou do clipe da música “Tócame”, lançado no último dia 10 de julho. Na época, ela disse que não costuma incluir namorados nos clipes, “porque vou lá e termino, e ele está lá”.
2020-07-22 18:35:00
celebridades
Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/anitta-viaja-para-a-europa-e-assessoria-diz-que-ela-cumprira-quarentena-na-croacia.shtml
Pedidos de seguro-desemprego caem na parcial de julho e retornam ao nível de 2019
Após três meses de alta nos pedidos de seguro-desemprego com o agravamento da pandemia do novo coronavírus, dados parciais de julho mostram uma redução na intensidade dos requerimentos feitos por trabalhadores demitidos.Na primeira quinzena do mês, o número de solicitações retornou a um patamar semelhante ao observado na primeira quinzena de julho de 2019. Foram 288,8 mil pedidos registrados pelo Ministério da Economia, 1,9% a menos do que os 294,5 mil observados no mesmo período do ano passado.Os dados de seguro-desemprego são usados pelo governo e por especialistas como um termômetro para avaliar a situação do mercado de trabalho antes da divulgação de dados oficiais mais completos sobre contratações e demissões.O número das duas primeiras semanas de julho também caiu em relação à quinzena imediatamente anterior, quando foram registrados 301 mil pedidos. O recuo em relação à segunda quinzena de junho foi de 4,3%. No total do ano, as solicitações ainda estão em patamar mais alto do que em 2019. De janeiro até a primeira quinzena de julho, 4,2 milhões de demitidos pediram seguro-desemprego, uma alta de 13,4% em relação ao período equivalente do ano anterior.Membros do governo argumentam que os resultados, considerados positivos diante da gravidade da pandemia, são fruto de medidas anunciadas para evitar demissões, como a que autorizou suspensão de contratos ou corte de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.Pessoas afetadas pela medida recebem uma compensação parcial do governo em valor proporcional ao do seguro-desemprego. O custo total do programa é estimado em R$ 51,6 bilhões.Esse gasto, somado a outras despesas feitas pelo governo por conta da pandemia, como o auxílio emergencial a informais, levaram a uma forte ampliação do rombo nos cofres públicos neste ano.Relatório divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia estima que o ano será encerrado com um déficit de R$ 787 bilhões nas contas da União.De acordo com o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, esse dado poderá superar R$ 800 bilhões."O desafio fiscal já era grande, e aumentou significativamente por conta das ações para o enfrentamento da pandemia", disse.
2020-07-22 18:24:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/pedidos-de-seguro-desemprego-caem-na-parcial-de-julho-e-retornam-ao-nivel-de-2019.shtml
Excesso de peso de turistas faz Veneza diminuir número de pessoas em gôndolas
Veneza decidiu reduzir o número de pessoas que transportará em suas famosas gôndolas. A medida foi tomada por causa do excesso de peso dos turistas, que põe em risco a estabilidade dos históricos barcos de madeira, informou nesta quarta-feira (22) a associação local de gondoleiros.O aumento do número de obesos no mundo obrigou as autoridades de Veneza a diminuir o número de passageiros autorizados a embarcar nas gôndolas, com uma redução de seis para cinco pessoas. O novo regulamento foi adotado no início de julho."Além do problema do peso médio por turista, é preciso lembrar que as águas dos canais estão cada vez mais agitadas devido ao aumento do tráfego de barcos a motor", explicou Roberto Luppi, ex-presidente da Associação de Gondoleiros de Veneza.A medida adotada pela prefeitura não tem como objetivo aumentar os lucros, mas facilitar o trabalho dos gondoleiros e suas manobras, já que eles remam de pé no elegante barco de madeira escura.É um meio de transporte existente há séculos entre as mais de cem pequenas ilhas que compõem a cidade de Marco Polo. As chamadas gôndolas "stop", que são maiores —um serviço público pronto para atravessar o Grande Canal— , poderão transportar 12 pessoas, enquanto anteriormente levavam 14. "Muitos turistas estão acima do peso e, se o barco estiver cheio, a água entra e pode afundar", explica Raoul Roveratto, presidente da associação local de gondoleiros, ao jornal La Repubblica. "Navegar com mais de meia tonelada a bordo é perigoso", acrescenta.A prefeitura também planeja aumentar o número de licenças concedidas aos gondoleiros, de 433 para 440. De acordo com as novas disposições, a licença pode ser passada de um membro para outro da mesma família, sem que o novo titular precise fazer um exame de história e idioma. O maior requisito agora é ter quatro anos de experiência de navegação em uma gôndola familiar.Em maio, as famosas gôndolas de Veneza reapareceram ao longo do Grande Canal para transportar principalmente os moradores locais, por causa da longa ausência de turistas devido à pandemia de coronavírus neste ano.A cidade já havia enfrentado recentemente um grande desafio, quando no ano passado as marés atingiram níveis históricos, causando graves inundações. Apesar de ter se recuperado, o vírus atingiu fortemente o local.
2020-07-22 18:29:00
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https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2020/07/excesso-de-peso-de-turistas-faz-veneza-diminuir-numero-de-pessoas-em-gondolas.shtml
Entre os 10 países com mais casos, Chile e Peru reabrem por medo de crise econômica
Apesar de terem trajetórias diferentes durante a pandemia de coronavírus, os vizinhos Chile e Peru enfrentam neste momento um desafio parecido: tentam reabrir suas economias enquanto estão na lista dos dez países mais afetados pela Covid-19 no mundo.Com uma leve alta recente no número de casos, o Peru aparece em sexto lugar no ranking, enquanto o Chile —que registra uma sutil queda— é o oitavo.Mesmo com a América Latina no epicentro da pandemia, os dois governos têm insistido na reabertura, em parte por temerem os reflexos econômicos da crise.O presidente peruano, Martín Vizcarra, já afirmou que o aumento recente de contágios "não justifica um retorno ao confinamento". "Estamos numa situação em que temos que contar com o compromisso permanente da população, não é possível continuar com medidas tão duras", disse.Segundo estimativa do FMI, o PIB peruano deve cair 14% em 2020, o pior desempenho da América do Sul.Desde 11 de maio, o país já retomou atividades como mineração (responsável por 60% das exportações), comércio não essencial, pesca e parte da indústria.Na semana passada, voltaram a funcionar os voos internos, e nesta semana começaram a reabrir outros setores da indústria, além de bares e restaurantes —que precisam respeitar o limite de 40% da capacidade.Já no Chile, o ministro da Saúde, Enrique Paris, apresentou na última sexta (17) um plano de reabertura, que também começou a valer nesta semana. Dividido em duas etapas, prevê medidas diferentes para cada região do país.No caso chileno, a concentração de casos acontece na região metropolitana de Santiago, que reúne outros seis municípios e concentra 8 milhões de pessoas —o país soma pouco mais de 18 milhões.Apesar de terem números relativamente parecidos de casos e de mortes —362.087 casos e 13.579 mortes no Peru; 334.683 e 8.677 no Chile—, o combate à pandemia tem sido bastante diferente nos dois países.Vizcarra foi um dos primeiros líderes da América Latina a implementar uma quarentena dura, em 16 de março. O governo fechou as fronteiras e decretou que apenas trabalhadores essenciais tinham permissão para sair de casa.Além disso, apenas uma pessoa por família estava autorizada a ir ao supermercado ou à farmácia, em horários restritos.As medidas de isolamento, porém, não funcionaram, num país que tem um mercado informal de 72,6% da população, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Assim, muita gente foi obrigada a continuar saindo todos os dias para ganhar seu sustento.O grande número de mercados informais e na rua também foi um vetor de rápida contaminação. Parte da cultura local, são muito enraizados entre a população de ascendência indígena e nas comunidades rurais.Outro fator foi o deslocamento interno. Metrópoles como Lima, Arequipa e Piura costumam receber uma população que vive no interior e viaja para realizar trabalhos temporários.Com a interrupção total do transporte público devido às medidas de restrição, muitas pessoas passaram a voltar a seus povoados caminhando. "Isso fez com que levassem o vírus para suas comunidades, de forma muito rápida e descontrolada", diz à Folha Carmen Yon, antropóloga da saúde."Na verdade, a quarentena rígida só aconteceu no papel, no discurso. Pelo modo como vive a sociedade peruana, não dava para cumprir sem um comprometimento maior do Estado em apoiar essa população."O Peru teve um pico de casos no fim de maio, logo depois da primeira flexibilização, chegando a 8.800 infecções em um dia. Ao longo de junho e no início de julho o número diário de novos casos caiu para pouco mais de 3.000 —na última semana voltou a subir e a ultrapassar os 4.000.A região de Arequipa é a nova preocupação das autoridades e, nesta terça-feira (21), o Ministério da Saúde alertou para uma possível intervenção na cidade, com o envio do Exército para ajudar na ampliação de hospitais.O retorno dos voos internos era esperado ansiosamente pelo setor do turismo, que está parado desde o começo da pandemia."Ainda que não possamos abrir para os estrangeiros, o turismo interno pode ajudar a recuperar parte da nossa estrutura hoteleira, gastronômica e de cassinos. Também queremos investir nos encontros comerciais, que movimentam os hotéis", diz Carlos Canales, diretor da Câmara Peruana de Turismo.Os voos internacionais ainda não têm data para serem normalizados, e o governo informou que uma nova avaliação deve ser feita em agosto.Já o Chile apostou inicialmente em uma quarentena vertical, a partir de 18 de março. Com a piora nos números, porém, o governo se viu obrigado a determinar um "lockdown" total em 13 de maio para a região metropolitana de Santiago.Apesar de as cifras continuarem altas, a ligeira queda recente fez o governo de Sebastián Piñera dar início à reabertura da economia.O principal pico de casos no país aconteceu em meados de junho. Desde o último dia 14, porém, o Chile registra uma média de cerca de 2.000 diários.Assim, a situação, antes dramática, começou a melhorar. Segundo dados oficiais, o sistema de saúde da capital chegou a colapsar, mas agora a taxa de ocupação das UTIs está em 67%."Tivemos cinco semanas de melhora, o que nos permite iniciar uma nova etapa, de modo muito gradual e flexível", disse Piñera, na última sexta.As primeiras etapas de desconfinamento ocorreram na região sul do país, que foram menos atingidas.A primeira fase libera o trânsito de todas as pessoas que não integram grupos de risco e permite a retomada de parte do comércio e da indústria.Uma segunda fase, ainda sem data definida, permitirá o retorno de quase todas as atividades, mas com protocolos de higienização dos espaços de trabalho.No Chile, a pandemia acabou gerando também uma crise política que debilita ainda mais Piñera, que vinha enfrentando meses de manifestações populares.Nesta quarta-feira (22), o Senado votará a proposta que permite o saque antecipado de 10% dos fundos de pensão. A proposta, da oposição, foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada. No Senado, além dos votos da oposição, deve receber ainda os de quatro senadores da aliança governista."Piñera poderá, ainda, usar o poder de veto, se quiser. Porém, se o fizer, será terrível para sua imagem, e justamente com a classe média, que foi quem mais saiu às ruas em 2019", diz o analista político Guillermo Holzman."O sistema de pensões privadas são o pilar do neoliberalismo chileno. Se a oposição conseguir passar essa legislação, vai ser o começo do fim desse projeto." Mais Além disso, o governo chileno tem enfretado ainda novas manifestações, e há uma onda de saques a supermercados e farmácias —o sistema para distribuição de benefícios durante a pandemia não alcança todo o mercado informal, de 29,6% da população."A única alternativa de Piñera para evitar esse avanço e uma possível explosão popular é distribuir dinheiro de modo mais eficiente. O que a pandemia está expondo é a desigualdade que já sabíamos que existia no país, mas que hoje gera um problema trágico", afirma Holzman.No meio disso tudo, o país ainda vive um clima pré-eleitoral. Isso porque está marcada para 25 de outubro a votação para escolher os integrantes que vão participar da nova Assembleia Constituinte.
2020-07-22 18:47:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/entre-os-10-paises-com-mais-casos-chile-e-peru-reabrem-por-medo-de-crise-economica.shtml
Relator do Fundeb no Senado vai manter projeto aprovado na Câmara
O senador Flávio Arns (Rede-PR) afirmou nesta quarta-feira (22) que vai apresentar o relatório da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de renovação do Fundeb até sexta-feira (24). Segundo ele, o texto votado pelo Senado será o mesmo aprovado pelos deputados.A expectativa é que a apreciação da proposta ocorra até a primeira semana de agosto.A matéria, aprovada na Câmara nesta terça-feira (21), aumenta os repasses da União para a educação básica. A atual complementação de 10% sobe para 23% gradativamente até 2026.Arns foi designado à função de relator pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "O relatório vai ser pela aprovação do projeto, porque o Senado sempre esteve presente, construindo em conjunto com a Câmara o texto", disse o senador.Na Casa, a PEC precisa ser votada em dois turnos e da aprovação de três quintos dos senadores —49 votos. Se houver mudanças, o texto volta para a Câmara. É exatamente essa questão que o relator no Senado quer evitar.O acordo para a construção do texto entre Câmara e Senado começou a ser estruturado ainda no ano passado."Claro que os senadores têm o direito de discutir a matéria, encaminhar suas emendas, mas há um clima de entendimento de que o texto votado está bom, que temos urgência nisso. O Fundeb é urgente."Principal mecanismo de financiamento da educação básica, o Fundeb reúne parcelas de impostos e recebe uma complementação da União para estados e respectivos municípios que não atingem o valor mínimo a ser gasto por aluno no ano. A cada R$ 10 investidos na área, R$ 4 vêm do fundo. O complemento federal atual é de cerca de R$ 16 bilhões no ano.O texto aprovado torna o fundo permanente, previsto na Constituição, aumenta o papel da União no financiamento e altera regras de distribuição dos recursos.A PEC aprovada data de 2015 e, ao longo de 2019, a redação passou por diversas alterações. A previsão de complementação, por exemplo, chegou a ser de 40%.A alta na complementação, para 23%, ocorrerá de forma escalonada até 2026. A progressão começará com 12% em 2021 e passará para 15% em 2022. A partir do ano seguinte, esse recurso cresce dois pontos percentuais a cada ano. O gasto mínimo por aluno vai chegar em 2026 a R$ 5.508, o que representa um salto de 61% com relação ao gasto atual, de R$ 3.427, segundo cálculo da Consultoria do Orçamento da Câmara. Os dados são referente a 2019.O número de municípios pobres que receberão recursos extras também vai aumentar, chegando a 2.745 cidades, segundo o Movimento Todos pela Educação. Trata-se de uma alta de 46%, considerando que 1.699 municípios são beneficiados no formato atual.Segundo a área técnica da Câmara, essa expansão atingirá 17 milhões de alunos. A rede pública soma 35 milhões de matrículas da educação básica.Os recursos equivalentes aos 10% atuais da complementação continuam sob as mesmas regras, mas a PEC prevê que indicadores socioeconômicos de estudantes sejam definidos em lei complementar.Dos recursos extras, 2,5% vão para municípios que obtenham bons resultados. O texto prevê o cumprimento de condições de gestão, melhora em atendimento e redução de desigualdades, mas o formato também será definido em lei complementar.
2020-07-22 18:20:00
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Educação
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/07/relator-do-fundeb-no-senado-vai-manter-projeto-aprovado-na-camara.shtml
Kim Kardashian diz que Kanye West é 'uma pessoa brilhante, mas complicada'
Kim Kardashian, 39, disse nesta quarta-feira (22) que seu marido, o rapper Kanye West, 43, sofre de transtorno bipolar e pediu compaixão e empatia enquanto ele e sua família tentam lidar com a doença.O comunicado de Kardashian no Instagram foi seu primeiro comentário público sobre semanas de entrevistas, aparições públicas e tuítes delirantes de West, que provocaram preocupações a respeito da saúde mental do cantor vencedor do Grammy."Como muitos de vocês sabem, Kanye tem transtorno bipolar", escreveu a empresária e influenciadora digital, classificando-o como uma "pessoa brilhante, mas complicada". Kim Kardashian não mencionou o plano anunciado por West de concorrer à Casa Branca na eleição de novembro de 2020. O rapper realizou um comício na Carolina do Sul no final de semana sob a bandeira do Partido do Aniversário de sua criação, mas não delineou nenhuma diretriz política coerente."Aqueles que são próximos de Kanye conhecem seu coração e sabem que suas palavras às vezes não se alinham às suas intenções", escreveu sua esposa.Os comentários de Kardashian vieram na esteira de mais uma série de tuítes de West, incluindo um no qual disse que está tentando se divorciar --este logo foi apagado. Mais cedo nesta semana, ele disse que sua família está tentando interná-lo em uma instituição psiquiátrica.Kim Kardashian e Kanye West se casaram em 2014 e têm quatro filhos. Empresária do setor de cosméticos que alcançou a fama no reality show Keeping Up With the Kardashians, Kardashian disse que ela e sua família estão tentando obter ajuda para West e falou do estigma e dos mal-entendidos sobre saúde mental.O transtorno bipolar é uma forma de doença mental caracterizada por mudanças de humor incomuns entre energia extrema e depressão, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos. Pode ser tratado com uma combinação de medicação e terapia.
2020-07-22 17:28:00
celebridades
Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/kim-kardashian-pede-compaixao-e-empatia-ao-falar-sobre-transtorno-bipolar-de-kanye-west.shtml
Mortes: Dedicou-se à missão de desafiar a medicina
O cardiologista Omar Thomé sempre quis ser médico. Segundo o genro, o publicitário Celso Vergeiro, 56, ele acreditava que sua missão era salvar vidas.“O Omar gostava de se deparar com casos complexos e difíceis, porque se sentia desafiado. Ele ia estudar, se aprofundar e consultava os colegas para ver a melhor forma de tratamento. Os maiores desafios da medicina eram a alegria dele”, diz Celso.O cuidado com o próximo sempre foi uma de suas características marcantes.Filho de fazendeiro e dona de casa, Omar era o mais velho de três filhos. Apesar de gostar da atividade agrícola, viveu alguns anos em Mirassol (452 km de SP), sua terra natal, e se mudou. Passou uma temporada em Curitiba (PR) e depois foi para São Paulo.O primo, o engenheiro químico Cézar Thomé, 84, lembra que Omar tinha paixão por dirigir. “Logo que veio a São Paulo, Omar morava em hotéis. Quando ele se hospedou em um hotel da rua Boa Vista, fez amizade com um taxista japonês. Ele pagava a corrida e dirigia o táxi pela cidade toda com o rapaz no banco traseiro”, conta Cézar. Omar cursou a faculdade na Escola Paulista de Medicina e fez residência no Hospital das Clínicas. Tornou-se cardiologista, com atuação em vários hospitais e em consultório particular.Viveu para se dedicar à família e à profissão. Estudava e participava de cursos e congressos para se aprimorar.Era firme, inteligente e simples. Cuidou de todos –avós, pais, tios, filhos, primos, amigos e pacientes. Foi exemplo de humildade, honestidade, carisma e solidariedade.Omar Thomé morreu dia 14 de julho, aos 85 anos, de infarto. Deixa esposa, cinco filhos e netos. [email protected] os anúncios de mortesVeja os anúncios de missa
2020-07-22 17:21:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/07/mortes-dedicou-se-a-a-missao-de-desafiar-a-medicina.shtml
Por Covid-19, Justiça veta entrada de mais detentos em presídio de Porto Alegre
Por causa da Covid-19, a 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre determinou na última terça-feira (21) que o presídio Central de Porto Alegre, como é chamada a Cadeia Pública, deixe de receber novos detentos por 15 dias.O local não possui as tradicionais celas. Por causa da lotação — cerca de 4.200 presos para uma capacidade de 1.800 —, os detentos ocupam juntos as galerias. As galerias reúnem cerca de 300 detentos.Uma exposição de fotos e um documentário registraram a realidade do presídio.Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), há dois casos confirmados de Covid-19 no local. A Seapen avalia se irá recorrer da decisão e ressalta que estão proibidas visitas aos detentos.A juíza Sonáli da Cruz Zluhan visitou o local na segunda-feira e constatou que “quando mais de um preso, em mais de uma galeria, está contaminado, é indicação de que o vírus já está na casa prisional e pode se alastrar rapidamente”.“Tal interdição tem como finalidade apurar, com a maior precisão possível, os presos que já estão contaminados, evitando que novos apenados que adentrem o estabelecimento também se contaminem, o que causaria uma grande demanda de atendimento, inclusive hospitalar em alguns casos, sendo que não há leito suficiente e tampouco local de isolamento, pois todos os hospitais estão trabalhando com uma enorme demanda”, afirmou a juíza na decisão.​No entanto, os atuais detentos não serão transferidos. Em todo o estado há pelo menos 255 detentos contaminados e duas mortes. A doença, porém, também alcançou os servidores penitenciários: são 30 casos confirmados entre os funcionários, segundo o Amapergs, o sindicato dos servidores penitenciários, que representa 5.300 funcionários.Os servidores trabalham em mais de cem casas prisionais no estado, porém não atuam no Central e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ).As duas mortes dos detentos ocorreram na PEJ, que registrou um surto da doença. O local não foi interditado.“O sindicato representa os servidores, mas nos preocupamos também com a situação dos apenados”, acrescenta.
2020-07-22 17:30:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/07/por-covid-19-justica-veta-entrada-de-mais-detentos-em-presidio-de-porto-alegre.shtml
Igrejas perdem pastores e padres para Covid-19 e divergem sobre estratégias de reabertura
Dezenas de pastores da igreja evangélica Assembleia de Deus, alguns deles presidentes da denominação em cidades do Paraná, de Mato Grosso e do Ceará, e pelo menos 14 padres católicos morreram nos últimos meses por complicações da Covid-19.A CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), maior organização de igrejas evangélicas, com mais de 100 mil pastores associados e cerca de 25 milhões de fiéis, não informou um número exato de mortes, mas disse que entre as dezenas de líderes mortos estão pessoas de idades variadas.No campo católico, um relatório publicado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no fim de maio divulgou que 117 padres haviam sido infectados pelo novo coronavírus.As mortes provocaram impacto nas comunidades religiosas, que adotam estratégias diferentes para a retomada de atividades presenciais. O Ministério da Saúde não definiu orientações específicas para serviços religiosos presenciais, embora eles aconteçam hoje em diversas partes do país.Os templos são geralmente ambientes fechados, o que exige atenção maior às orientações sanitárias para minimizar os riscos de transmissão do novo coronavírus, que pode ser transportado pelo ar em partículas muito pequenas de saliva (aerossóis) liberados quando as pessoas espirram, tossem, falam e respiram.Segundo especialistas, cantar —uma prática comum nos encontros religiosos— também produz essas partículas.O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incluiu igrejas no rol de serviços essenciais em março, abrindo margem para a abertura dos templos —mas eles ainda precisam seguir regras de governos estaduais e prefeituras nesse quesito.No início de junho, ao sancionar a lei do uso de máscaras em espaços públicos, Bolsonaro retirou a obrigação da proteção em igrejas.A morte do pastor Sebastião Rodrigues de Souza aos 89 anos causou comoção entre os fiéis. Souza, que morreu no dia 8 de junho, era presidente das Assembleias de Deus em Mato Grosso e vice-presidente da CGADB desde 1995.O filho de Souza, Rubens Siro, também pastor em Mato Grosso, morreu pela doença aos 68 anos cinco dias antes. Em Cuiabá, as igrejas têm permissão para abrir desde o fim de abril.Souza era conhecido por ter construído em Cuiabá um dos maiores templos evangélicos do país, com capacidade para mais de 20 mil pessoas.Segundo nota da prefeitura de Cuiabá, o enterro do religioso atraiu milhares de pessoas ao cemitério Parque Bom Jesus. Uma equipe de fiscalização foi enviada ao local e usou sistema de som para que as pessoas mantivessem distanciamento entre si.Bolsonaro publicou uma nota de pesar pela morte de Souza, mas sem citar a Covid-19. Foi uma das raras vezes em que o mandatário lamentou publicamente uma morte causada pela doença.O Ministério da Saúde não tem orientações específicas para igrejas, apenas orientando para um reforço na higiene pessoal e de ambientes e na etiqueta respiratória."As ações devem ser tomadas de acordo com as necessidades de cada região, levando em conta parâmetros como quantidade de leitos ocupados, quantidade de casos e óbitos, quantidade de profissionais, insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs), além de avaliar a dinâmica socioeconômica e cultura de cada localidade", disse em nota.Na prática, cada instituição religiosa pode, tendo as regras estabelecidas pela administração local como base, escolher ser mais ou menos cautelosa ou até permanecer fechada.Em junho, a CNBB enviou aos bispos um documento com orientações para o retorno às atividades presenciais. O documento pede uso de máscaras e que os fiéis não se cumprimentem com apertos de mão, por exemplo. A água benta deve ser retirada da entrada das igrejas.Entre os evangélicos as estratégias podem divergir bastante. O grupo religioso não conta com uma única liderança e está divido em centenas de convenções (agrupamentos de igrejas) independentes entre si.Em nota, a CGADB diz que as igrejas afiliadas devem respeitar o distanciamento entre as pessoas e que o uso de máscara é obrigatório."A orientação é que todos cuidados necessários para evitar a propagação da doença sejam tomados por todos, ficando em casa, usando máscara e outros aparatos que evitem a circulação do vírus", afirma a instituição. Desde o início da pandemia, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que não faz parte da CGADB, se posicionou contra o fechamento de igrejas. Em um vídeo publicado em seu canal do YouTube em 19 de março, o pastor pede que as pessoas não tenham medo e não repassem por redes sociais "coisas ruins sobre o coronavírus".Para Ronaldo de Almeida, antropólogo da Unicamp e pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), o discurso de Malafaia segue a posição de Bolsonaro, mas não reflete a totalidade dos evangélicos. "O jogo político englobou e orientou esse debate", diz."A meu ver, a maioria dos evangélicos não caiu na linha do Malafaia e aderiu às medidas de distanciamento, ainda que com alguma confusão. Bolsonaro produziu uma sociedade muito confusa", afirma."A igreja evangélica é multifacetada. A maioria apoiou o presidente no início, quando ele tratou a pandemia como uma questão de menor importância, até que as mortes começaram a aparecer", diz o pastor Ariovaldo Ramos, da Comunidade Cristã Renovada, de São Paulo.Ramos tem conduzido os cultos de casa, pela internet. "Ser pastor nesse período tem sido um desafio hercúleo. Há muitos colegas que insistem em antecipar a volta dos cultos presenciais, mas faço parte do grupo que resiste, que sabe que a melhor forma de proteção é o isolamento social", afirma o líder.Pedidos de que os fiéis tenham coragem para enfrentar a pandemia, como os feitos por Malafaia, carregam o triunfalismo, presente em diversos ramos do pentecostalismo e do neopentecostalismo. A teoria, que tem origem na teologia da prosperidade, prega que os cristãos não devem aceitar infortúnios.O pastor Ramos considera a abordagem perigosa. "É uma posição muito preocupante, e não é cristã. Ela causa a impressão de que o fiel está protegido, mas os demais seres humanos não. Alguns podem usar isso chamando para os cultos presenciais, como um desafio de fé: se você tem fé, deve ir ao culto; se você não vai, então é desprovido de fé", diz.O pastor Sócrates de Oliveira de Souza, diretor-executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), conta que ficou 36 dias internado com a Covid-19 —14 deles em respiração mecânica na UTI.Segundo o pastor, a CBB recomenda que as cerca de 13 mil igrejas afiliadas espalhadas pelo Brasil sigam as recomendações das autoridades locais irrestritamente. Onde cultos presenciais estão liberados, é recomendado que aconteçam com presença reduzida de fiéis e sem pessoas dos grupos de risco. A Congregação Cristã no Brasil, uma das igrejas pentecostais mais antigas do país, suspendeu todos os cultos presenciais ainda em abril até nova decisão.A igreja Hillsong de São Paulo, que recebe milhares de frequentadores aos fins de semana, suspendeu as cinco reuniões que realizava todos os domingos.As duas igrejas, ramos bastante distintos do pentecostalismo, adotaram os cultos online."Ambientes fechados têm menor ventilação e menor troca de ar. Assim, há maior acúmulo de particulas no ambiente. Quanto mais alto falamos ou cantamos, expelimos mais dessas partículas, que também podem chegar a uma distância maior", explica Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas.Cultos evangélicos, principalmente pentecostais e neopentecostais, são repletos de música e momentos de emoção, com choro e orações em voz alta. Protocolos específicos para adaptar as diversas liturgias ao contexto da pandemia poderiam ser úteis no combate ao novo coronavírus dentro das igrejas.Segundo a médica, templos abertos e ventilados, distanciamento entre as pessoas, higienização constante de objetos de uso compartilhado e reuniões com tempo de duração menor ajudam a minimizar os riscos.
2020-07-22 16:58:00
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Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/igrejas-perdem-pastores-e-padres-para-covid-19-e-divergem-sobre-estrategias-de-reabertura.shtml
Veja como o emaranhado tributário complica a vida no Brasil
O Ministério da Economia entregou ao Congresso nesta terça-feira (21) o projeto de reforma tributária que unifica o PIS e a Cofins para criar uma Contribuição sobre Bens e Serviços, que deve simplificar o recolhimento desses tributos.Veja alguns dados sobre os problemas do sistema tributário nacional.
2020-07-22 16:31:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/veja-como-o-emaranhado-tributario-complica-a-vida-no-brasil.shtml
Repórter da Globo entra na água para resgatar homem eletrocutado: 'Adrenalina meio alta'
O repórter Rogério Coutinho, da TV Globo, passou um sufoco, na tarde desta quarta-feira (22), enquanto fazia uma reportagem para o jornal RJTV, no cais do Valongo, no Rio de Janeiro. Enquanto aguardava para entrar ao vivo, ele presenciou um homem ser eletrocutado em um alagamento, e entrou na água para ajudá-lo.Coutinho já havia mostrado no telejornal que o cais do Valongo estava alagado e técnicos da prefeitura estavam trabalhando no local. Após alguns minutos, ele retornou e contou sobre o acidente: “Eu vi o momento em que ele gritou, ficou submerso (...), aí eu entrei na água, o funcionário da Comlurb também."Demonstrando estar agitado, o repórter se desculpou e afirmou que estava com a adrenalina elevada ainda, além de molhado. Segundo ele, o funcionário da prefeitura ficou cerca de 40 segundos submerso, mas recebeu os primeiros socorros e estava consciente quando foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar.
2020-07-22 16:45:00
televisao
Televisão
https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2020/07/reporter-da-globo-entra-na-agua-e-ajuda-funcionario-da-prefeitura-eletrocutado-no-rio.shtml
Invasor pulou grade e pichou arquibancadas, gramado, traves e túnel na arena do Corinthians
A diretoria do Timão disse à polícia que o autor das pichações na Arena Corinthians invadiu o local pulando as grades do estádio.O Agora teve acesso ao boletim de ocorrência registrado pelo clube alvinegro sobre a pichação ocorrida na madrugada de terça-feira (21) para quarta-feira (22).Segundo o documento, o estádio, que fica no bairro de Itaquera, na zona leste da capital paulista, amanheceu com pichações nas arquibancadas, no gramado, nas traves, nas placas de publicidade e no túnel de saída de emergência.Com tinta spray, o invasor escreveu frases como "SEP" (sigla que pode ser Sociedade Esportiva Palmeiras), "8x0", "Eterno Freguês", "Cássio Frangueiro e Freguês", "Maldito Gambá" e "É os Porco".Em nota, o clube afirma que “imagens do sistema de câmeras de monitoramento serão disponibilizadas e auxiliarão as autoridades na identificação e punição exemplar aos responsáveis por ato vil e covarde”.Corinthians e Palmeiras se enfrentam na reabertura do Campeonato Paulista de futebol, na noite desta quarta (22), às 21h30. A competição estava suspensa desde o dia 16 de março deste ano, por conta da quarentena provocada pela pandemia de Covid-19, e voltará sem a presença de público.Pelas redes sociais, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, acusou torcedores do Palmeiras pela invasão e pela pichação da arena corintiana.“Acabo de receber a triste notícia de que nossa Arena foi invadida e depredada por vândalos palmeirenses. Não acreditamos na violência, futebol se ganha na bola. Passamos imagens para polícia e fizemos boletim de ocorrência. Garanto ao torcedor: esse ataque contra nossa casa não vai ficar impune”.Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-07-22 16:41:00
esporte
Esporte
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Trump escolhe símbolo da aproximação com a China para atacar Pequim
Do ponto de vista simbólico, o governo de Donald Trump não poderia ter sido mais incisivo em sua decisão de fechar o consulado chinês em Houston.Um capítulo importante da história da aproximação entre China e EUA passou pela maior cidade do Texas, em janeiro de 1979.Em dezembro de 1978, após anos de conversas iniciadas em 1972 pelo presidente Richard Nixon (1913-1994) e o fundador da China comunista, Mao Tsé-Tung (1893-1976), os dois países enfim acertaram os termos de reconhecimento diplomático mútuo.Ele começou a valer em 1979, e em 29 de janeiro uma comitiva chinesa liderada por Deng Xiaoping desembarcou pela primeira vez de forma oficial nos EUA desde a revolução comunista de 1949.Deng (1904-1997) foi o líder que executou a transição que transformou o atrasado país maoísta na segunda economia do mundo, baseada na combinação de capitalismo de Estado e ditadura comunista, regendo sobre abundante mão de obra barata.A visita naturalmente começou por Washington e, por sete dias, correu outras quatro cidades, mas o seu símbolo máximo ocorreu em Houston, quando Deng e auxiliares vestiram chapéus stetson, típicos dos caubóis americanos, após visitar um rodeio em Simonton, na área metropolitana.A imagem viralizou, embora obviamente naquela época o termo só se referia a patógenos. Jornais e TVs americanas se encantaram com a empatia do gesto. Num daqueles "e se" da história, a visita seria lembrada por outro motivo. Durante um evento em Houston, um membro texano do grupo supremacista branco Ku Klux Klan tentou matar Deng, mas foi contido por agentes do serviço secreto antes de tentar esfaqueá-lo.Houston sediou o primeiro consulado chinês no país, e agora parece destinada a marcar uma inflexão na história diplomática das potências, altamente atribulada desde que Trump assumiu o governo em 2017 e Xi Jinping entronizou-se como um líder personalista, em 2018.Embaixadas e consulados de países relevantes são centros de coleta de informação, quando não espionagem pura e simples, no mundo todo. Usualmente, oficiais políticos, culturais e de defesa são responsáveis pelo serviço —se não são apenas agentes disfarçados.É assim que agem a China, os EUA, a Rússia e qualquer país com pretensões estratégicas. A regra tácita internacional vigente é de que não se expulsa um diplomata, exceto em caso grave de comprovação de espionagem ou outros crimes.As acusações em Houston até aqui parecem bastante genéricas, enquadrando a ação em outra categoria, a de retaliação política. As periódicas expulsões de diplomatas russos e ocidentais de seus respectivos países anfitriões, uma prática que data da Guerra Fria, muitas vezes passam só por isso.Foi o que aconteceu com o canadense Mark Opgenorth no fim de 2009. Ele trabalhava na representação da Otan (aliança militar ocidental) em Moscou e um dia foi avisado pelo chefe de que deveria ir embora.Sua culpa? Após a guerra entre Rússia e Geórgia em 2008, as suspeitas de infiltração fizeram a Otan expulsar dois diplomatas russos de Bruxelas. Alguns meses depois, a conta veio. "Eu e uma colega tivemos de sair. Mas nunca fomos acusados formalmente de nada", contou o diplomata. O próprio Trump já havia fechado um consulado russo, em San Francisco, há três anos. Ali havia a proporcionalidade também, já que o Kremlin havia mandado cortar à metade o número de funcionários da embaixada americana em Moscou. Jogo jogado.Já o episódio de 2018 entre Moscou e Londres, quando o Reino Unido acusou o governo de Vladimir Putin de envenenar um ex-espião russo e sua filha na Inglaterra, reverbera até hoje nas relações entre os países.O episódio atual se insere na disputa entre Pequim e Washington, que está ficando mais acirrada o quão pior Trump está na corrida para tentar se reeleger em novembro, mas que também espelha uma dinâmica geopolítica e econômica que muitos veem fadada ao embate.Ele compreende uma linha do tempo que vai da aproximação simbolizada por Deng e seu chapéu de caubói e agora encarna a insólita cena dos bombeiros querendo apagar um suposto incêndio de documentos secretos chineses em Houston.
2020-07-22 15:35:00
internacional
Internacional
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SP tem 2º maior número de casos em 24h, e interior ultrapassa capital
O estado de São Paulo registrou, nas últimas 24 horas, 16.777 novos casos confirmados de coronavírus. O número, divulgado nesta quarta-feira (21), fica atrás apenas dos 19.030 registrados no dia 19 de junho, quando um problema no sistema do SUS acumulou dois dias de registros.O governo do estado afirma, no entanto, que a alta ocorreu devido a uma nova falha no sistema, na semana passada, o que levou a um represamento das notificações feitas pelos municípios.Com exceção desses dois dias atípicos, o recorde de novos casos havia sido registrado no início de julho, com 12.244. O estado acumula um total de mais de 439 mil casos confirmados.Há quase quatro meses em quarentena, o estado também registrou 361 novas mortes, chegando a 20.532, ou um quarto dos mais de 81 mil óbitos em todo o país —São Paulo tem cerca de 21% da população brasileira. Mais "O dado de hoje, que aponta salto de 16 mil casos desde ontem, decorre desse represamento no processo de notificação. Portanto, não significam um crescimento na velocidade da transmissão do coronavírus no estado de SP, já que o acumulado de novos casos dos últimos sete dias apresentam queda de 10% comparado com os dados dos sete dias anteriores", afirmou nota do governo.Antes, o coordenador-executivo do centro de contingência contra a Covid-19, João Gabbardo, havia dito que o número era maior do que o esperado. “Se nós analisarmos esta semana, de domingo a quarta-feira, vamos chegar a um número de casos confirmados de 27 mil, que é um número muito pequeno”, ponderou.O interior do estado de São Paulo também ultrapassou a capital, primeiro epicentro da pandemia no país, no número total de casos. Embora o interior paulista concentre 52,6% da população do estado, e a capital, 26,6%, esta é a primeira vez que isso acontece, confirmando uma tendência de aceleração observada nas últimas semanas, quando o avanço da doença na cidade de São Paulo se mostrou mais contido.Das 645 cidades paulistas, apenas oito ainda não registraram casos de Covid-19: Santa Mercedes e Monte Castelo (norooeste); Arco-Iris (na região de Marília), Cruzália e Florínea (oeste), Lagoinha e São José do Barreiro (Vale do Paraíba) e Ribeirão Corrente (vizinha de Franca).O interior soma agora 170.515, contra 167.801, segundo o secretário do desenvolvimento regional, Marco Vinholi. Os dados representam, respectivamente, 40,35% e 39,71% do total do estado. No saldo de mortes, porém, a capital permanece adiante, com 39,7% dos óbitos pela doença desde março, quando foi registrada a primeira vítima.“Na semana [epidemiológica] 20, o interior representava 14,07% dos óbitos que ocorreram naquela semana. Na semana 25, esse número foi para 33,87%. E agora na semana 29, 45,91%, comprovando a interiorização da pandemia”, afirmou Vinholi. Mais O estado tem, atualmente, 66,5% de seus leitos de UTI ocupados. O governador João Doria (PSDB) anunciou ainda que serão entregues 167 respiradores para cidades do interior paulista, chegando a marca de 3.011 novos equipamentos desde o início da pandemia.
2020-07-22 15:46:00
cotidiano
Cotidiano
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Nova Lei de Saneamento e uma agenda para os investimentos em infraestrutura
O Brasil possui uma infraestrutura incapaz de atender as necessidades de uma das maiores economias do mundo. Apesar de figurar com o 9º maior PIB do planeta, o país aparece em 72º lugar no total de 138 economias no ranking de qualidade de infraestrutura do World Economic Forum.Economistas das mais diversas tendências, de liberais a desenvolvimentistas, têm enfatizado que investimentos em infraestrutura incrementam a formação bruta de capital e não apenas geram empregos como ampliam o acesso e a qualidade de serviços de ofertados à população.Durante os governos FHC, Lula e Dilma foram investidos em média 2% do PIB ao ano em infraestrutura: na década de 1980, 3,5%, e na década de 1970, 5,2%. A média mundial de investimentos em infraestrutura nos últimos vinte anos foi de 3,8% do PIB ao ano.Os economistas Cláudio Frischtak e Katharina Davies estimam um investimento em infraestrutura de pelo menos 3% do PIB nos próximos 20 anos para que o Brasil possa igualar os índices de acesso e qualidade dos países desenvolvidos. Isto exigiria investimentos permanentes da ordem de R$ 240 bilhões ao ano para recuperar e repor o parque de infraestrutura existente, modernizá-lo e expandi-lo. Atestada por estudos técnicos, entre outros os de Fernando Puga e Gilberto Borça Junior, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a experiência mostra que nas últimas duas décadas e meia houve maior investimento nos setores de infraestrutura nos quais empresas estatais foram privatizadas, concessões foram feitas à iniciativa privada e foi implementada uma ação regulatória efetiva e alinhada com uma ação planejadora mais ampla.Também houve mais investimentos onde a concorrência entre os agentes neles presentes foi instituída. Assim, os setores de telecomunicações e de energia destacam-se positivamente, ao passo que os de saneamento e de transporte e logística apresentam índices inferiores de desenvolvimento.O caso do setor de saneamento no Brasil é exemplar nesse sentido. Apesar de aproximadamente 92% da infraestrutura existente continuar sendo estatal, temos um dos piores índices de acesso e qualidade ao saneamento básico do mundo. Mas mais do que isso, a infraestrutura existente é pouco eficiente e muito antiga. A necessidade de investimentos deveria unir a iniciativa privada e o setor público, além das empresas de tecnologia capazes de inovar na implantação e operação da infraestrutura também desse setor.A nova Lei de Saneamento aprovada definitivamente pelo Congresso Nacional no final de junho estabelece metas e cria uma oportunidade única de parceria entre investidores privados e públicos para que o Brasil chegue até 2033 a padrões minimamente civilizados, próximos da média dos países integrantes da OCDE, de acesso a saneamento pela população. Para tanto, serão necessários investimentos da ordem de cerca de R$ 500 bilhões, conforme estimativas do Governo Federal.Diante da comprovada incapacidade financeira e administrativa de o Estado dar conta, simultaneamente, de todos os investimentos necessários, a atração de investimentos privados é a única forma de ampliar a oferta e qualidade dos serviços de infraestrutura. Contudo, isto depende da superação de barreiras corporativas e político-ideológicas, sendo as seguintes medidas as mais significativas e prementes:Apesar de a receita parecer ser simples, a implementação desta agenda depende de que todos os envolvidos assumam responsabilidades e riscos e pressupõe superar as barreiras que impediram que o Brasil pudesse atrair a enorme liquidez de capitais existente no mundo para os investimentos em infraestrutura.Este cenário, no entanto, pode mudar relativamente rápido caso o Estado e suas instituições políticas, os investidores privados e setores da sociedade civil organizada estabeleçam um novo pacto social. Tal pacto deveria ter como foco uma análise de custos e benefícios gerados aos usuários finais de serviços de infraestrutura (os cidadãos e demais consumidores nas cadeias produtivas).A partir desta análise, a origem do capital ou do prestador do serviço (público ou privado) não deveria ser a prioridade nas escolhas públicas e sociais, mas sim a ampliação do acesso eficiente e sustentável à infraestrutura de qualidade, com o menor custo e no menor tempo possível, para resolver os enormes gargalos existentes.Por fim, o Brasil deve estar atento ao fato de que tem uma oportunidade impar de desenvolver a sua infraestrutura de forma aderente aos padrões do que podemos chamar de Terceira Revolução Industrial. Tal revolução significa pensar a infraestrutura do país de forma integrada com redes inteligentes de fibra óptica, energia renovável e transportes e logística. Isso será determinante na redefinição dos padrões de consumo e organização dos mercados nas próximas duas décadas.O novo livro, lançado no mês de setembro passado, do economista norte-americano, Jeremy Rifkin, “The Green New Deal”, é desafiador em mostrar que o parque de infraestrutura existente no Planeta terá que ser repensado e modernizado em muito pouco tempo para que seja possível a redução do impacto sócio-ambiental que atualmente poderá comprometer a vida das próximas gerações. Considerando a relevância da economia brasileira no cenário global, poderíamos liderar essa transformação dado que temos como implantar muita infraestrutura nova já compatível com os novos paradigmas da Terceira Revolução Industrial.Os cidadãos, de um modo geral, e os usuários afetados não estão, no dia a dia de suas vidas, preocupados se o capital é público ou privado ou se a empresa prestadora do serviço é estatal ou privada, mas sim se a infraestrutura existe ou não e se o serviço é bom ou ruim, dentro de determinados padrões de custos e benefícios gerados. E cada vez mais, esperamos, os seres humanos estarão mais preocupados com a sustentabilidade da infraestrutura e seus impactos sócio-ambientais.Mudar a lógica de como pensar a agenda de investimentos em infraestrutura é fundamental para que possamos avançar no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Investimentos em infraestrutura deveriam ser parte de políticas de Estado permanentes, independente dos governos e seus ciclos eleitorais, com planejamento de longo prazo e ampla participação dos investidores privados e da sociedade civil organizada.
2020-07-22 16:45:00
mercado
Mercado
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EUA fazem acordo para comprar 100 milhões de doses de possível vacina contra o coronavírus
Os Estados Unidos fecharam um acordo para pagar US$ 1,95 bilhão (R$ 9,97 bi) por futuras 100 milhões de doses de uma potencial vacina contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e Biontech, anunciaram as empresas nesta quarta-feira (22)."O governo dos EUA fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e pode comprar até 500 milhões de doses adicionais", afirmaram as duas empresas. A Pfizer é americana, e a Biontech, alemã.O objetivo dos laboratórios é fabricar 100 milhões de doses antes do fim de 2020 e provavelmente mais de 1,3 bilhão de unidades até o fim de 2021.Não está claro se os Estados Unidos receberão todas as primeiras doses a serem fabricadas nem se a produção total poderá ser ampliada até o fim do ano.O acordo ocorre em meio a uma mudança radical de postura do governo de Donald Trump. Após meses minimizando a pandemia, o presidente passou, nos últimos dias, a defender o uso de máscaras, disse que a situação é grave e decidiu suspender grandes eventos de campanha.Os Estados Unidos são o país mais atingido pela doença no mundo, com mais de 140 mil mortes e quase 4 milhões de infectados —os números seguem em alta.O governo Trump havia feito parcerias com outros laboratórios que buscam a vacina, mas esse foi o maior acordo já anunciado.A Pfizer e a Biontech não receberão o dinheiro até que a vacina seja aprovada nos testes clínicos, que devem começar até o final de julho e envolver até 30 mil pessoas.Assim, a aprovação poderia ser obtida em outubro, caso os testes finais sejam bem-sucedidos. Só depois disso seria feita a entrega.Na segunda-feira (20), o governo britânico anunciou um acordo para reservar 30 milhões de doses dessa mesma vacina, mas não revelou o total a ser pago.A vacina precisa ser aplicada em duas doses. Assim, o lote de 100 milhões permitiria imunizar 50 milhões de pessoas, o que equivale a um sexto do total de habitantes dos EUA (328 milhões). O acordo indica o preço de US$ 39 (R$ 200) por duas doses. O custo seria pago pelos planos de saúde e pela rede pública, segundo o governo.Essa é uma das iniciativas mais avançadas entre as 150 vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19 pelo mundo.Ela utilliza um mensageiro químico de RNA (mRNA) para instruir as células a produzir proteínas que imitam aquelas encontradas na superfície do coronavírus, o que leva o sistema imunológico a reconhecê-las como um inimigo e a se preparar para se defender, criando anticorpos.Esses anticorpos serão úteis para conter uma invasão real do coronavírus, tornando a pessoa imune a ele.No entanto, embora a tecnologia mRNA seja conhecida há alguns anos, até hoje nenhuma vacina que a utilize foi aprovada.A Pfizer recebeu autorização na segunda-feira para fazer estudos de vacinas para Covid-19 no Brasil. No país, ocorrem também estudos sobre imunizações desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e uma do laboratório chinês Sinovac.Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse nesta quarta que as pesquisas estão fazendo grande progresso, mas que a aplicação das vacinas só deve ocorrer de fato no começo de 2021.
2020-07-22 15:27:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/eua-fazem-acordo-para-comprar-100-milhoes-de-doses-de-possivel-vacina-contra-o-coronavirus.shtml
Netflix e criadores de 'Stranger Things' são acusados pela segunda vez de plágio
Após serem processados pelo ex-colaborador Charlie Kessler por plágio em 2018, os criadores da série "Stranger Things", os irmãos Matt e Ross Duffer, e a Netflix foram acusados pelo mesmo motivo, mas agora por uma empresa chamada Irish Rover Entertainment.Segundo publicação do site The Wrap, a documentação já foi encaminhada para a justiça norte-americana e nela, alega que a série plágio de um roteiro chamado "Totem", escrito por Jeffrey Kennedey e registrado em nome da produtora.A Irish Rover Entertainment afirma que a produção da Netflix plagiou o enredo, personagens, terma, diálogos e até mesmo o cenário como arte conceitual. Jeffrey Kennedy argumenta que não teria como a história não ser plagiada, já que teve a ideia após a morte de um amigo de infância com epilepsia. Mais Já a Netflix alega que o escritor de "Totem" pede uma reivindicação sem fundamento, principalmente após a empresa ter se recusado a pagá-lo. Eles também afirmam que os irmãos Duffer nunca escutaram falar sobre Jeffrey Kennedey ou "Totem", roteiro que nunca saiu do papel.Coincidentemente, um dos co-escritores de "Totem" trabalhou na produção das duas primeiras temporadas de "Stranger Things". Aaron Sims foi o responsável pela produção de arte conceitual da série.Sucesso ao redor do mundo, a série dos irmãos Duffer já alcançou recordes inéditos e até mesmo indicação no renomado prêmio do Emmy Awards. A 3ª temporada da série "Stranger Things", lançada ano passado, conquistou mais de 40,7 milhões de espectadores em poucos dias e se tornou a série mais vista na plataforma em seus primeiros quatro dias."Stranger Things" se prepara para ganhar a 4º temporada, que ainda não se sabe se é a última. Em março desse ano a Netflix divulgou um vídeo dos bastidores do encontro dos atores Millie Bobby Brown, Finn Wolfhard, Noah Schnapp, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin e Joe Keery, para leitura dos novos episódios.
2020-07-22 14:42:00
cinema-e-series
Cinema e Séries
https://f5.folha.uol.com.br/cinema-e-series/2020/07/netflix-e-criadores-de-stranger-things-sao-acusados-pela-segunda-vez-de-plagio.shtml
Com pouca adesão, centros de acolhida na zona sul de São Paulo podem ser desativados
A operadora de caixa Rafaela Fidelis dos Santos, 25, foi diagnosticada com Covid-19 em junho e se viu em uma situação delicada. A médica pediu que a moradora do Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, se isolasse do filho e do marido enquanto se recuperava.“Falei que morava em uma casa pequena e que não tinha espaço para ficar em isolamento”, contou.Apesar de explicar a situação na UBS Santa Lúcia, ela não foi informada de que havia um serviço disponível para esse isolamento no próprio distrito: o Centro de Acolhimento.Preparado para receber pacientes como ela, com sintomas leves da doença e que vivem em locais com grande risco de transmissão, o centro de acolhida no Jardim Ângela tem sido pouco utilizado, apesar do investimento, segundo funcionários do local.“Quando o paciente tem teste positivo para a Covid-19, a UBS (Unidade Básica de Saúde) deve dar a opção de que ele pode ficar no centro de isolamento. O posto tem o papel de enviá-lo pra cá. E não está acontecendo”, afirma Maria (nome fictício), que trabalha no centro de acolhida do Jardim Ângela, zona sul, mas que pediu para não ser identificada.Segundo a funcionária, desde que começou a receber residentes, em 18 de maio, a estrutura feita para cerca de 300 pessoas não recebeu mais do que 4 pacientes nas últimas semanas. “Temos uma mega estrutura, tipo hotel, e não estamos recebendo ninguém.”Funcionários desse centro e de outro em Paraisópolis relataram que nos últimos dias houve demissões nessas unidades e que eles foram informados pela direção de que os espaços serão fechados dia 30.O Centro de Acolhida foi criado em uma parceria entre o governo do estado e a iniciativa privada. Escolas foram adaptadas para esse serviço. A ideia era que os moradores permanecessem no local enquanto precisassem do isolamento, para não aumentar a propagação do coronavírus.Ali, os moradores contam com programação, que envolve palestras, sessões de filmes e TV a cabo, além de seis refeições, bingo e cultos religiosos.Foram destinados para o serviço dois colégios em Paraisópolis, também na zona sul de São Paulo, e um terceiro no Jardim Ângela, na Escola Estadual Luís Magalhães.A unidade iria receber pacientes encaminhados por médicos, para que ficassem isolados pelo tempo necessário. Mas a falta de divulgação tem sido apontada como um dos problemas para maior uso das unidades.A medida foi anunciada como um dos métodos para ajudar no combate à pandemia em comunidades, um dos pontos mais vulneráveis na propagação do coronavírus, tendo em vista as moradias pequenas e o tamanho das famílias.“O enfrentamento à Covid-19 nas comunidades é um grande desafio para o Brasil. Com a união de todos, governo e iniciativa privada, transformamos mais esta escola em uma extensão das casas para as pessoas infectadas que mais irão precisar desse apoio neste momento”, disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, à época da inauguração.Rossieli também disse que o espaço iria obedecer a protocolos de higiene, como o uso de máscaras e de talheres descartáveis para as cinco refeições diárias, além de organização do local para manter o distanciamento social entre pessoas nos diferentes estágios da doença.Segundo a gestão estadual, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Sírio-Libanês cuidam das unidades. O custo de R$ 3,7 milhões seria bancado pela entidade Todos pela Saúde, uma fundação do Itaú Social, também segundo o governo do estado.Em Paraisópolis, a situação também começou complicada, mas a gestão diz que houve aumento no número de pacientes. Os centros estão instalados desde 29 de abril nas escolas estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Goes Marcucci.A jornalista Ana Leite, 50, voluntária na ONG Parceiros da Educação e coordenadora dos centros de acolhida de Paraisópolis e do Jardim Ângela, diz que o líder comunitário Gilson Rodrigues foi procurar a entidade para isolar pessoas mais pobres que estavam infectadas, mas, no início das atividades, houve confusão.“As pessoas confundiam com hospital de campanha e a gente desmistificou isso”. relata. “A gente percebeu que tinha muito preconceito com a doença, medo de contrair o vírus , além das pessoas que escondiam a doença.”A expectativa inicial era de que o local ficaria lotado rapidamente, mas Ana diz que foi o contrário. “Não foram ocupados todos os espaços disponíveis, então procuramos as organizações sociais que cuidam das unidades de saúde e oferecemos o centro, inclusive colocamos à disposição da Secretaria Municipal de Desenvolvimento”, comenta.Depois de algumas semanas, ela diz que houve crescimento do uso dos espaços. Segundo números dela, cerca de 270 pessoas passaram pelos centros de Paraisópolis entre 29 de abril e 28 de junho.Procurada para falar sobre a baixa ocupação e sobre se há previsão de fechamento dos centros de acolhida, a Secretaria Estadual de Saúde indicou que a reportagem deveria questionar o munícipio. A Prefeitura, por sua vez, não respondeu até a publicação deste texto.
2020-07-22 14:50:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/07/com-pouca-adesao-centros-de-acolhida-na-zona-sul-de-sao-paulo-podem-ser-desativados.shtml
Businessman Arrested in Political Slush Fund Scheme
The businessman José Seripieri Filho, Júnior, founder of Qualicorp, was arrested this morning (21), in an operation that is investigating irregularities related to the election campaign of José Serra in 2014, when he was elected senator by São Paulo.The arrest is temporary. Saripieri was also the target of a search and seizure operation at his home.The Federal police served three other temporary arrest warrants and 15 search and seizure warrants related to unrecorded donations that would total R$ 5 million. The Electoral Justice authorized the operation.Senator José Serra (PSDB), 78, is suspected of leading a slush fund scheme that benefited his campaign in 2014.This month, Serra and his daughter, Veronica Serra, were the target of a criminal operation. Police are investigating them for maintaining accounts abroad that were funded by Odebrecht.Both were indicted by the Operation Car Wash's task force for money laundering of Rodoanel Sul works abroad.Translated by Kiratiana FreelonRead the article in the original language
2020-07-22 14:31:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/brazil/2020/07/businessman-arrested-in-political-slush-fund-scheme.shtml
Cadastramento para sistema de pagamentos do PIX começa em outubro, diz presidente do BC
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que vai adiantar uma etapa de implementação do sistema de pagamento instantâneo, chamado de Pix, para outubro, antes do lançamento da plataforma, previsto para novembro."Em outubro o consumidor poderá se cadastrar e apontar como ele vai querer ser identificado no sistema", afirmou em live promovida nesta quarta-feira (22) pelo jornal Valor Econômico.De acordo com o BC, em 5 de outubro os interessados poderão fazer o registro das chaves de endereçamento para receber um pagamento instantâneo."As chaves são o método fácil e ágil de identificação do recebedor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer a transferência", detalhou em nota.O presidente do BC disse ainda que qualquer imposto sobre transações que desincentive a intermediação financeira gera preocupação."O BC não comenta sobre temas tributários, mas sempre preocupa a qualquer banqueiro central qualquer tipo imposto em transações financeiras que gere desintermediação", disse.O ex-presidente do BC e presidente do conselho do Credit Suisse, Ilan Goldfajn, também participou do evento e pontuou que o imposto sobre transações digitais, defendido pelo governo, poderia afetar o processo de digitalização de pagamentos e da moeda."Vejo um risco para a agenda digital, pode gerar um percalço que nós deveríamos evitar", reclamou. Mais Durante o evento, Campos Neto, disse que a autonomia do BC deve ir à votação no Senado em 15 de agosto."Quando conversamos sobre a PEC da Covid [Orçamento de guerra], parlamentares que votaram contra aumentar poderes do BC argumentaram que se já tivéssemos autonomia isso não seria um problema", justificou.Sobre o retorno da atividade econômica, ele avalia que desempenho do segundo trimestre vai ditar o crescimento do ano. "Indicadores de alta frequência mostram retorno em V [com volta na mesma velocidade da queda], mas acredito que isso deve suavizar lá na frente", ponderou.Campos Neto declarou que, mesmo com a alta volatilidade no câmbio, o BC só deverá intervir se houver disfuncionalidade no mercado."Conversando com outros países, as intervenções não foram bem sucedidas. A volatilidade em si é difícil de atacar, mas para o longo prazo vejo normalização", argumentou.
2020-07-22 13:58:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/cadastramento-para-sistema-de-pagamentos-do-pix-comeca-em-outubro-diz-presidente-do-bc.shtml
Fãs enxergam Bolsonaro no cotovelo de Luísa Sonza e cantora sugere cobrir com tatuagem
Luísa Sonza, 22, chamou atenção de alguns internautas de um jeito inusitado. Alguns deles comentaram que o cotovelo da cantora se parece com o rosto do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).As comparações tomaram conta das redes sociais, principalmente no Twitter, na noite desta terça-feira (21). "Não é possível que só eu estou vendo o rosto do Bolsonaro nessa foto", escreveu um internauta. A brincadeira chegou aos ouvidos de Sonza, que por sua vez fez questão de comentar sobre o assunto."Galera arranquei meu cotovelo", escreveu a cantora voz de "Braba". Ainda depois a artista sugeriu que gostaria de cobrir o próprio cotovelo com uma tatuagem. "Alguém aí tem ideia de tatuagem no cotovelo?", questionou. Mais Brincadeiras a parte, Luísa Sonza já mostrou que não simpatiza com Bolsonaro. Durante a sua primeira participação na Parada Gay de São Paulo em 2019, a cantora fez um apelo em seu discurso com “Ele Não”, famoso slogan contra o presidente.Além de ser engajada na causa LGBTQ+, Sonza é uma das artistas que faz questão de levantar a bandeira do movimento feminista, tanto em seus trabalhos como na vida. Em sua música "Eliane" do álbum "Pandora", a cantora fala sobre a força das mulheres e suas inspirações: sua mãe, Eliane Gerloff, sua avó e sua irmã. ."Minha mãe foi uma das grandes inspirações para composição desta música, porém gosto de ressaltar que ela também representa a luta e força de todas as mulheres. Superar desafios em uma sociedade ainda muito machista, e lutar por nosso espaço é extremamente relevante”, afirmou Sonza ano passado, época em que lançou o single.
2020-07-22 14:00:00
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Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/fas-enxergam-bolsonaro-no-cotovelo-de-luisa-sonza-e-cantora-sugere-cobrir-com-tatuagem.shtml
Minas Gerais enfrenta interiorização da pandemia de coronavírus
Vinte dias depois de passar a marca de mil mortes pelo novo coronavírus no estado, Minas Gerais dobrou a estatística. Nesta segunda-feira (20), o estado chegou a 2.004 mortes e 94.132 casos confirmados.Apesar de uma média total de 9,5 mortes por 100 mil habitantes, baixa se comparada aos outros estados do Sudeste —Rio de Janeiro (70,4), Espírito Santo (56,1) e São Paulo (43,1)— ou à média nacional (38,1), nos primeiros 20 dias de julho, Minas registrou em média 52 mortes por dia e 2.339 novos casos. Passada a data prevista para o pico da curva, 15 de julho, o estado parece ter entrado em um platô: ao invés de descer depois de atingir o ponto alto da curva, deve seguir com padrão alto de casos, na mesma média, por algum tempo. A estabilização começou a ser desenhada na semana entre os dias 5 e 11 de julho, segundo o pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes. O cenário ainda é preocupante já que, historicamente, Minas costuma registrar maior volume de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no inverno. "Minas ainda está numa fase de crescimento, dando recentemente os primeiros sinais de uma possível estabilização, mas entrando em um período do ano que, em função do clima, é preocupante para síndromes respiratórias", explica ele. Na quinta-feira (16), mesmo dia que o governador Romeu Zema (Novo) esteve em Uberlândia e outros dois municípios para entregar respiradores para a rede pública, o prefeito Odelmo Leão (PP) anunciou em suas redes sociais: “Temos apenas dois leitos de UTI disponíveis na rede pública de saúde. Na rede particular, são nove”. Pelo boletim do dia, 97% dos leitos municipais de UTI estavam ocupados.A segunda cidade mais populosa de Minas Gerais, com 691 mil habitantes, vive um dos epicentros da pandemia do novo coronavírus no estado. Com a interiorização crescente, cerca de 90% dos 853 municípios mineiros já registraram casos. Até esta segunda, 772 municípios haviam tido ao menos um caso confirmado e 343 ao menos uma morte pela Covid-19. “Já estamos, praticamente, no intervalo do jogo. Já estamos indo agora, talvez, para o segundo tempo, com a consciência de termos feito o melhor que estava ao nosso alcance”, afirmou Zema em Uberlândia.A pequena Frei Lagonegro, com 3.400 habitantes, foi um dos municípios que registrou os primeiros casos na semana passada, quatro meses depois do início da pandemia. Os dois casos confirmados são um casal, que contraiu o vírus em Betim, região metropolitana de BH, a 387 km de distância. A prefeitura rastreou pessoas com quem eles tiveram contato e monitora a situação. As três entradas do município seguem com barreiras sanitárias, em horários de pico, dando orientações a quem chega e medindo temperatura. Uma pesquisa conduzida na UFV (Universidade Federal de Viçosa) mostra que, diferente da maioria dos estados, em Minas, a pandemia não seguiu o caminho direto de um início na capital e migração para o interior. O estado teve vários pontos de epidemia, com influência importante de estados vizinhos como Rio de Janeiro (em Juiz de Fora) e São Paulo (em Uberlândia). “Houve o processo de interiorização que eu chamo de multifocal. Não foi só Belo Horizonte e espalhando pelo estado, mas teve vários focos e espalhando para cidades menores”, explica o professor do departamento de Física, Sílvio Ferreira. Entre os municípios ainda sem casos ou mortes até o momento está São Tomé das Letras, no sul do estado, que fechou a entrada para pessoas de fora logo no início da pandemia e não tem previsão de abrir. A taxa de ocupação de leitos e os números de casos em cidades vizinhas fizeram o município manter o fechamento —para moradores, o comércio segue funcionando.Com cerca de 7.000 habitantes e destino de muitos turistas de São Paulo, a cidade costumava receber uma média de 5.000 visitantes por fim de semana. Em feriados, chegava a ter entre 25 mil e 30 mil pessoas de fora. O cenário heterogêneo da pandemia em Minas pode ser observado ainda pelos índices de isolamento social e as medidas adotadas pelas prefeituras. Em Poços de Caldas, onde os casos e mortes passaram de 12 e 2, respectivamente, no fim de abril, para e 294 e 8 no meio de julho, o índice de isolamento passou de 46% no dia 15 de abril para 38% em 15 de maio, 36% em 15 de junho e 33,9% na última quarta-feira (15). Belo Horizonte, que recuou na flexibilização das atividades depois de aumento de casos, viu o isolamento passar de 47% no dia 15 de abril para 38% em 15 de junho. A média da capital ainda está acima do estado —no dia 15 de julho, era de 37,5% em Minas, o 5º pior índice do país, enquanto BH registrava 39,9%.Os dados são da InLoco, que faz rastreamento de dados de geolocalização de celulares de cerca de 60 milhões de usuários no país, 35 milhões deles sempre ativos. A curva de isolamento social em Minas Gerais vem caindo, segundo a gerente do projeto do Índice de Isolamento Social da empresa, Luiza Botelho. No estado, há dados coletados de 3,2 milhões de pessoas. A empresa não divulga o número de aplicativos usados para o levantamento, nem os nomes, mas diz que há apps dos setores de varejo e entrega entre eles e que os dados são usados com consentimento dos usuários. ​Um estudo conduzido pela UFMG em parceria com a UFRN (Rio Grande do Norte), com base em dados da InLoco, avalia o impacto do isolamento em aumento de casos no interior. “O fato de as pessoas não terem adotado isolamento, como na capital, deixa esses municípios muito vulneráveis. Agora a gente está vendo essa relação entre crescimento de casos em cidades pequenas e isolamento social”, aponta o professor do departamento de Sociologia da UFMG Marden Campos.
2020-07-22 14:15:00
cotidiano
Cotidiano
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/07/minas-gerais-enfrenta-interiorizacao-da-pandemia-de-coronavirus.shtml
Brasil completa 13ª semana com transmissão fora de controle, indica cálculo
O Brasil é um dos cinco países sul-americanos que continuam sem controle da transmissão de coronavírus, segundo cálculos para esta semana feitos pelo centro de acompanhamento de epidemias do Imperial College.Pela 13ª semana seguida, a taxa de contágio (Rt) brasileira está acima de 1, o que significa que a velocidade de infecção está crescendo. A taxa indica para quantas pessoas em média cada contaminado pelo coronavírus transmite o patógeno.Na semana iniciada neste domingo (19), o Rt calculado para o Brasil é de 1,01, o que mostra uma redução em relação à semana passada (1,03) e à anterior (1,11). Especialistas em epidemias têm ressaltado que, como o país é grande e diversificado, a velocidade da transmissão pode variar bastante de acordo com a região, como mostra o acompanhamento dos casos feito pela Folha.Na semana passada, a OMS afirmou que o Rt brasileiro varia, geograficamente, de 0,5 a 1,5.O centro britânico calcula a taxa com base no número de mortes reportadas, por ser menos sujeito a subnotificações; como há uma defasagem entre o momento do contágio e a morte, mudanças nas políticas de combate à epidemia levam em média duas semanas para se refletirem nos cálculos.Além do Brasil, apresentam transmissão acelerada a Argentina (1,3), a Colômbia (1,22), o Peru (1,05) e o Equador (1,01). A taxa da Venezuela é 1, e o contágio está perdendo força na Bolívia (0,99) e no Chile (0,85).Entre os 31 países no mundo que ainda apresentam contágio em expansão, a taxa mais alta é a de Israel, com 1,51: cada duas pessoas transmitem o vírus para outras três, que por sua vez transmitem para mais 4,5 e assim por diante. O Imperial College acompanha também outros 25 países que, apesar da Rt menor que 1, ainda são considerados com transmissão ativa, por terem mais de 100 mortes por Covid-19 desde o começo da pandemia e mais de 10 mortes em cada uma das últimas duas semanas.Desses, a menor taxa é a de Portugal, com 0,66 (cada 100 pessoas transmitem para 66, que passam a outras 44, que contaminam outras 29, desacelerando a infecção).Os dois países mais atingidos pelo coronavírus na Europa, Espanha e Itália, registravam taxa de contágio abaixo de 1 na semana passada, mas voltaram a perder o controle da transmissão, segundo os cálculos do Imperial College. Estão agora com 1,15 e 1,1, respectivamente.O mesmo acontece com a Bélgica, país com maior número de mortos por 100 mil habitantes do mundo: a taxa de transmissão era de 0,53 na semana passada, e saltou para 1,27.De acordo com o centro britânico de epidemiologia, o Brasil pode registrar mais 7.800 mortes por Covid-19 nesta semana, maior número entre os 56 países acompanhados. Índia, com 5.120, e México, com 5.270, vêm em seguida.Com base nos óbitos relatados, o Imperial College estima também que o número de casos de contágio no Brasil seja cerca do dobro dos registrados.
2020-07-22 13:56:00
equilibrio-e-saude
Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/brasil-completa-13a-semana-com-transmissao-fora-de-controle-indica-calculo.shtml
São Paulo Samba Schools Want to Postpone Carnival until May 2021
Samba schools in São Paulo will ask the city to postpone Carnival parades from February to May or June 2021, if there is no vaccine against the new coronavirus by the end of the year.Presidents of the Special and Access groups discussed the postponement at a meeting held on Monday evening (20) at the League of Samba Schools of São Paulo. The Presidents will deliver the proposal the Bruno Covas management (PSDB).The proposal to postpone the parades was confirmed in the report by the schools Império de Casa Verde and Imperador do Ipiranga. According to the vice president of the Império da Casa Verde school, Fabio Leite de Sousa, Fabinho, the schools support the request for postponement. "We discussed [at the meeting] that we are not able to do the parade in February. The proposal is to do [the parades] in May. Our priority is the health and safety of all components," Fabinho said.Another reason to ask for the postponement is the lack of time for schools to prepare Carnival. Due to the quarantine, some have not yet defined even the samba-enredo to start making fantasies and allegories. In the same period last year, schools were already rehearsing and preparing the props.This year, the city of São Paulo will also not have the traditional New Year's Eve party due to the pandemic of the new coronavirus. Mayor Bruno Covas announced the decision on Friday (17).Translated by Kiratiana FreelonRead the article in the original language
2020-07-22 14:25:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/saopaulo/2020/07/sao-paulo-samba-schools-want-to-postpone-carnival-until-may-2021.shtml
Consulta ao 3º lote de restituição do Imposto de Renda 2020 sai nesta sexta-feira
A Receita Federal abre nesta sexta-feira (24), às 9h, a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda 2020.Segundo o fisco, serão disponibilizados R$ 5,7 bilhões para 3.985.007 contribuintes. A grana cai na conta indicada na hora de enviar a declaração no dia 31 de julho. Do total, informa a Receita, R$ 2.056.423.308,19 são correspondentes a contribuintes que têm prioridade estabelecida por lei.Dentre eles estão 88.420 idosos acima de 80 anos; 646.111 contribuintes entre 60 e 79 anos; 47.170 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; e 346.793 contribuintes cuja maior fonte de renda é o magistério. Mais De acordo com o órgão, foram contemplados ainda 2.856.513 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 28 de março.Para saber se teve a grana da restituição liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita Federal na internet, por meio do link http://idg.receita.fazenda.gov.br.Na consulta, que pode ser feita no Portal e-CAC, é possível acessar o serviço "Meu Imposto de Renda" e checar se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Neste caso, o contribuinte pode avaliar as falhas e fazer a correção, enviando uma declaração retificadora.Neste ano, o calendário de restituições mudou. Em vez de sete lotes, são pagos cinco, que vão até o mês de setembro. Confira como enviar a declaração retificadora do IR 2020 Mais A Receita disponibiliza, ainda, o aplicativo "Meu Imposto de Renda", que facilita a consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Em todos os casos, é preciso informar o CPF do contribuinte para ter acesso às informações.A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no Portal e-CAC, no serviço 'Meu Imposto de Renda'.Caso o valor não seja creditado, o contribuinte pode contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.Recurso exclusivo para assinantes assine ou faça login Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaLeia tudo sobre o tema e siga: Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-07-22 14:15:00
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Grana ou Dinheiro
https://agora.folha.uol.com.br/grana/2020/07/receita-paga-r-57-bilhoes-em-restituicao-do-imposto-de-renda-veja-como-consultar.shtml
Indigenous Village Chief in Rio de Janeiro State Dies of Covid-19
Chief Domingos Venite, 68, leader of the Sapukai Guarani tribe, in Angra dos Reis, on the coast of Rio de Janeiro state, died in the early hours of Tuesday (21). The chief, infected with the novel coronavirus, had been admitted to the Covid-19 Treatment Reference Center (Santa Casa) since June 23. Domingos was the leader of the largest indigenous tribe in the state of Rio.The City of Angra dos Reis decreed an official three-day mourning for the chief's death. The municipal government informed that the indigenous "received all the necessary care."Since the beginning of the pandemic, the village had been isolated since the beginning of the pandemic. According to the city, there are 340 indigenous people from the Guarani tribe in the Sapukai Village. The tribe had 85 cases of coronavirus, 84 of which were recovered. There are currently 15 suspected cases.Ecologist Sérgio Ricardo Verde Potiguara, a member of the State Council for Indigenous Rights (CEDIND-RJ), lamented the chief's death. According to him, the state of Rio has eight villages in three municipalities (Maricá, Angra, and Paraty). 2010 IBGE census pointed out that there are 15,865 indigenous people in the state.The State Department of Health reports that since the beginning of the pandemic, 147 cases of Covid-19 have been reported in Indians living in the state of Rio de Janeiro, 88 in Angra dos Reis and 59 in Paraty. One death was recorded in Angra dos Reis.Translated by Kiratiana FreelonRead the article in the original language
2020-07-22 14:20:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/scienceandhealth/2020/07/indigenous-village-chief-in-rio-de-janeiro-state-dies-of-covid-19.shtml
Amber Heard nega ter cortado dedo de Depp e diz que atirou garrafas para fugir dele
A atriz norte-americana Amber Heard, 34, negou nesta quarta-feira (22) ter cortado a ponta do dedo do ex-marido Johnny Depp, 57, durante uma discussão violenta, dizendo que o astro de Hollywood jogou garrafas contra ela "como granadas".Heard estava testemunhando na Suprema Corte de Londres pelo terceiro dia em favor do grupo editorial do jornal britânico The Sun, que Depp está processando por difamação depois de ter sido rotulado de "espancador de mulheres" em um artigo de 2018.A atriz, que acusa o astro de "Piratas do Caribe" de abuso físico em pelo menos 14 ocasiões, foi interrogada sobre um incidente na Austrália em março de 2015, quando ela diz que foi submetida a uma provação como refém por três dias. Mais Depp disse à corte que a ponta do dedo dele foi cortada durante uma briga em que Heard atirou uma garrafa de vodka que atingiu sua mão. "Só joguei coisas para escapar de Johnny quando ele estava me batendo", afirmou Heard, que já havia admitido ter atirado objetos em legítima defesa.Ela disse que pegou uma garrafa de Depp da qual ele estava bebendo e a jogou no chão, dizendo que isso o levou a atirar garrafas nela. "Ele as pegou e começou a usá-las como granadas ou bombas... jogando uma após a outra na minha direção."A advogada de Depp Eleanor Laws afirmou que o relato de Heard de que o ator havia cortado o dedo ao esmagar um telefone contra uma parede e depois continuar a agredi-la era uma mentira. Laws também acusou Heard de apagar um cigarro na bochecha de Depp. "Não, Johnny fez isso bem na minha frente. Ele costumava fazer coisas assim", disse Heard. Mais Em depoimento da última semana, Depp também foi acusado de escrever em uma parede com sangue da ponta do dedo decepado. Depp disse no tribunal que sofreu "alguma espécie de colapso nervoso" durante uma briga com Heard, mas negou que a tivesse atacado violentamente e a acusou de cortar o dedo dele ao atirar uma garrafa.As revelações ocorreram no terceiro dia da aparição de Depp no ​​banco das testemunhas na ação que ele move contra a editora do tabloide britânico The Sun, News Group Newspapers, sobre um artigo no qual o ator foi rotulado de "espancador de mulheres".O astro de Hollywood também surpreendeu ao afirmar que Heard já ofereceu maconha à filha Lily-Rose, 21, quando ela tinha apenas 13 anos de idade. Ele disse ainda que levou um soco na cara da sua ex-companheira quando ela descobriu sobre a perda de US $ 650 milhões (cerca de R$ 3,47 bilhões). Mais De acordo com uma declaração da advogada do The Sun no tribunal, Depp atacou violentamente a ex-mulher em pelo menos 14 ocasiões por três anos a partir de 2013, quando ficou furioso por ciúmes e consumia grandes quantidades de álcool e drogas.Em declaração dada por Heard ao tribunal de Londres no dia 15 de julho, segundo The Sun, a atriz disse que Depp tentou escrever o nome dela com sua urina dentro de uma casa alugada por eles em Queensland, na Austrália. Ainda segundo a publicação, atriz afirmou que o ator de "Piratas do Caribe" precisou ser escoltado de sua casa e, neste momento, alegou que precisava urinar."Ele voltou para dentro e fez isso bem na frente deles, rindo loucamente", disse ela. "Ele disse que estava tentando escrever meu nome nas paredes e tapetes, enquanto fazia xixi na casa." O gerente imobiliário de Depp, Ben King, negou o acontecimento e afirmou ao tribunal que tinha certeza de que não havia urina na casa alugada. "Eu não vi nenhum sinal de urina e não senti o cheiro", disse King, acrescentando que voltou à casa para acompanhar uma equipe de limpeza, que "não mencionou nada sobre fazer xixi".Depp e Heard se conheceram no set do filme "Diário de um Jornalista Bêbado" em 2011, e casaram-se quatro anos depois –mas se separaram em maio de 2016, com um acordo de US$ 7 milhões no divórcio. A paz durou até que Heard escreveu, em dezembro de 2018, um artigo para o jornal The Washington Post dizendo ser uma sobrevivente de violência doméstica, sem citar o nome de Depp Com informações da Reuters
2020-07-22 13:35:00
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https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/amber-heard-nega-ter-cortado-dedo-de-depp-e-diz-que-atirou-garrafas-para-fugir-dele.shtml
Las escuelas de samba de São Paulo quieren aplazar el Carnaval a mayo de 2021
Las escuelas de samba de São Paulo pedirán al Ayuntamiento que posponga los desfiles de carnaval de hasta mayo o junio de 2021, si no hay una vacuna contra el nuevo coronavirus antes de fin de año.El aplazamiento fue discutido por los presidentes de las escuelas de los grupos especiales y de acceso en una reunión celebrada el lunes por la noche (20) en la Liga de Escuelas de Samba de São Paulo. La propuesta aún no se ha llevado a la dirección de Bruno Covas (PSDB).La propuesta de aplazar los desfiles fue confirmada por las escuelas Império de Casa Verde e Imperador do Ipiranga. Según el vicepresidente Império da Casa Verde, Fabio Leite de Sousa, Fabinho, la solicitud fue apoyada por las escuelas. "Se ha decidido [en la reunión] que no podemos celebrar el desfile en febrero. La propuesta es hacer [los desfiles] en mayo. Nuestra prioridad es la salud y la seguridad de todos los componentes", explicó Fabinho.Otra razón para solicitar el aplazamiento es la falta de tiempo para que las escuelas preparen el Carnaval. Debido a la cuarentena, algunos aún no han definido siquiera el tema del samba ni que decir tiene los disfraces y figuaras. En condiciones normales en esta época, las escuelas ya estarían ensayando.Asimismo, la ciudad de São Paulo tampoco celebrará la tradicional fiesta de fin de año este año, debido a la pandemia del nuevo coronavirus. La decisión fue anunciada por el alcalde Bruno Covas el viernes (17).Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGA Lea el artículo original
2020-07-22 13:31:00
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https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/cultura/2020/07/las-escuelas-de-samba-de-sao-paulo-quieren-aplazar-el-carnaval-a-mayo-de-2021.shtml
Príncipe George completa sete anos de idade e posa para fotos
O príncipe George, terceiro na linha de sucessão do trono britânico após seu avô, o príncipe Charles, e seu pai, o príncipe William, apareceu ostentando um sorriso com "janelinha" em duas novas fotos publicadas para marcar seu aniversário de sete anos celebrado nesta quarta (22).As fotos, tiradas no início do mês por sua mãe Kate Middleton, conhecida oficialmente como duquesa de Cambridge, foram divulgadas pelo Palácio de Kensington na noite de terça-feira, véspera do aniversário do jovem príncipe. (veja abaixo)Os três filhos de William e Kate raramente são vistos em público e poucas fotografias deles são publicadas, mas a publicação dos retratos tirados por Kate já se tornou uma tradição em ocasiões especiais. Mais "O duque e a duquesa de Cambridge estão felizes em compartilhar duas novas fotografias do príncipe George antes de seu sétimo aniversário amanhã", anunciou o Palácio de Kensington em nota, que não especificava onde as fotos foram tiradas.Uma delas mostra George vestido com uma camisa polo verde escura, seu cabelo bem penteado, e em outra ele usa uma camiseta com estampa de camuflagem e tinha os cabelos despenteados. Ele parece ter perdido um ou mais dentes de leite.George é o mais velho dos filhos do casal William e Kate. Sua irmã Charlotte tem 5 anos e seu irmão Louis 2.
2020-07-22 13:16:00
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https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/principe-george-completa-sete-anos-de-idade-e-posa-para-fotos.shtml
Plano para conter gafanhotos tem mais de 400 aeronaves à disposição no RS
A ameaça de uma nuvem de gafanhotos com 30 km² e com potencial para causar um prejuízo diário de mais de R$ 1 milhão no Rio Grande do Sul deixou autoridades do setor agrícola e cidades da fronteira gaúcha com Argentina e Uruguai em alerta.O plano de contingência conta com 70 aeronaves espalhadas pela fronteira e mais de 400 em todo o estado, segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho.Usadas na aviação agrícola, as aeronaves lançam defensivos agrícolas para combater a praga. O bombardeio de agrotóxicos gera apreensão.“É preciso de uma estrutura gigantesca e temos que atacar de todas maneiras e de forma rápida. Temos mais de cem profissionais técnicos à disposição”, explica o secretário.O plano de contingência tem um custo previsto de R$ 600 mil para 21 dias e foi elaborado em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).A nuvem, que no início da semana estava na Argentina a cerca de 115 km do município gaúcho de Barra do Quaraí, agora está a cerca de 110 km do estado. Porém, o maior deslocamento foi em direção ao Uruguai. A nuvem está em região agrícola de Entre Rios, na Argentina, a 20 km do Uruguai, segundo Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da da Seapdr. ​ Uma projeção da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) indica que, considerando a direção dos ventos, de Norte para Sul, a nuvem pode não ingressar em território gaúcho. O Mapa monitora também uma segunda nuvem, formada no Paraguai.Barra do Quaraí, a 608 km de Porto Alegre, é localizada na tríplice fronteira, com divisa tanto com a Argentina como com o Uruguai.Apesar da possibilidade dos gafanhotos não entrarem no país, o prefeito Iad Choli (PSB) está apreensivo. “Nossa cidade é grande produtora de arroz. Porém, neste período estamos na entressafra, quando cresce o pasto. Se a praga ataca o pasto, o gado fica sem comida e tem perda de peso, afeta toda economia”, diz Choli.Mesmo com o alívio momentâneo, os trabalhadores rurais agora se solidarizam com os vizinhos uruguaios, que podem ser afetados pela nuvem. “Não queríamos que atingisse país algum, o que a gente não quer pra gente, não quer para outros também”, diz Idélcio Pilar Rodrigues, presidente do Sindicato Dos Trabalhadores da Agricultura Familiar e Assalariados Rurais (Sintraf) de Barra do Quaraí.
2020-07-22 12:46:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/plano-para-conter-gafanhotos-tem-mais-de-400-aeronaves-a-disposicao-no-rs.shtml
Desoneração da folha de pagamento tem que ser discutida na reforma tributária, diz secretário do Tesouro
Em meio às negociações em torno do veto presidencial que barra a desoneração para setores da economia a partir do ano que vem, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta quarta-feira (22) que o debate sobre esse tema tem de ser feito dentro da reforma tributária e com ampla abrangência.No início de julho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei com regras trabalhistas, mas vetou o trecho que prorroga até o fim de 2021 a desoneração da folha de pagamentos, que hoje vale para 17 setores da economia.Sob o argumento de que o veto vai ampliar o desemprego no pós-pandemia, parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulam para derrubar a decisão do presidente e manter o benefício.Até o momento, o governo não formalizou uma contraproposta para evitar a derrubada do veto e insiste no argumento de que a prorrogação é inconstitucional.“A desoneração da folha é um pilar da reforma tributária, vai ser discutida em contexto mais amplo e isonômico. Mas, para isso, temos que avançar na reforma tributária”, disse Funchal em videoconferência nesta quarta.O governo apresentou na terça-feira (21) a primeira fase da reforma tributária do Executivo, limitada à unificação de Pis e Cofins. A proposta de desoneração ampla, segundo a Receita Federal, será a quarta última etapa a ser enviada ao Congresso, ainda sem previsão de data.“O ministro Paulo Guedes sempre menciona que é um ponto importante que precisa ser discutido, mas precisa estar dentro do debate da reforma tributária”, ressaltou Funchal. Ele não mencionou como está a articulação do governo especificamente em relação ao veto.Na videoconferência, o secretário afirmou ainda que não há como criar novos programas sociais no país sem que o efeito seja aumento de tributos e alta nos juros. Por isso, segundo ele, é preciso focalizar programas existentes hoje. “O Renda Brasil tem que ser discutido com profundidade e calma. É uma politica que demanda recursos, a gente tem o comando constitucional do teto de gastos. O ponto é se aprofundar na análise de como melhorar a qualidade do gasto, como remanejar as despesas”, disse.Em relação à ampliação de repasses federais ao Fundeb aprovada pela Câmara, Funchal disse que, embora esses recursos não gerem impacto no teto de gastos, essas despesas continuam existindo. Ele defendeu que é necessário debater qual será a fonte dessa verba nova.
2020-07-22 13:06:00
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Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/desoneracao-da-folha-de-pagamento-tem-que-ser-discutida-na-reforma-tributaria-diz-scretario-do-tesouro.shtml
Prestes a completar dez anos, One Direction reativa redes sociais: 'Muitas histórias'
Os fãs do One Direction já podem comemorar. A banda preparou uma surpresa especial para essa quinta-feira (23), data em que é comemorado os dez anos de existência do grupo britânico, criado Simon Cowell no programa The X Factor.A novidade foi divulgada no perfil oficial da boyband –que estava parado desde 2016, época em que anunciaram o hiato– e agitou fãs e internautas. "Amanhã! Eu e você temos muitas histórias", era a legenda na publicação.Um site com conteúdos inéditos será lançado para celebrar o aniversário, com músicas inéditas, gravações ao vivo, remixes, vídeos, entre outras coisas. A plataforma também vai permitir que os fãs criem uma playlist personalizada. Essa seleção vai depender de como será a navegação do usuário pelo site. Formado originalmente por Harry Styles, Zayn Malik, Niall Horan, Louis Tomlinson e Liam Payne, o One Direction –também conhecido por '1D'– vendeu mais de 70 milhões discos e singles ao redor do mundo. No início dos anos 2010, a banda chegou a ser descrita como os novos "The Beatles" por alguns críticos, já que o grupo provocou o ressurgimento do conceito boyband inglesa. Segundo o portal The Huffington Post 2012 foi "o ano do One Direction"O grupo britânico já foi indicado para mais de 400 prêmios e venceu mais de 350 deles, como o Brit Awards, Billboard Music Awards, American Music Award, MTV Europe Music Award, World Music Award, ente outras premiações da indústria da música.One Direction começou a se desmantelar em 2015 quando Zayn Malik anunciou que abandonaria a boyband no meio da turnê On The Road Again. De acordo com ele na época, o principal motivo era o estresse. No mesmo ano a banda anuncio que faria uma pausa em 2016 por tempo indeterminado. "Ok, muitos rumores rolando. Nós não estamos terminando, mas vamos fazer uma merecida pausa em algum ponto do ano que vem", escreveu Niall Horan em seu Twitter.Entre os muitos sucessos do 1D, as músicas "What Makes You Beautiful", "Best Song Ever", "Little Things" "Story Of My Life" e "You and I" marcaram a trajetória da banda.
2020-07-22 12:27:00
musica
Música
https://f5.folha.uol.com.br/musica/2020/07/one-direction-movimenta-rede-sociais-com-anuncio-de-comemoracao-do-aniversario-da-banda.shtml
Que tipo de cidadania nos deixará a pandemia?
Como em tantas outras dimensões da vida, a Covid-19 também representa um divisor de águas na forma como entendemos ser cidadão e exercer nossa cidadania. Esta ideia de cidadania que emerge em tempos de emergência sanitária e distanciamento social é muito mais semelhante às expressões conservadoras e limitadas em vigor até meados do século 20 do que às manifestações de civilidade e encarnações da subjetividade política do século 21.Em tempos pré-pandêmicos, a noção de cidadania era caracterizada por um processo triplo de autonomia individual expansiva que nos permitia estar cada vez mais livres do Estado nacional e ser sobrecarregados com responsabilidades mais pessoais. Para começar, a cidadania pré-Covid tornou-se notória por sua desterritorialização. Em um contexto cada vez mais globalizado de crescente mobilidade espacial, tanto a percepção quanto a definição de ser um cidadão deixaram de estar ligadas a uma âncora territorial específica. A identidade política individual foi definida não por pertencer a uma área geográfica ou espacial específica, mas por características compartilhadas com outras pessoas que também participaram das esferas de ação globalizadas: o mercado, as cidades, o meio ambiente, a ciência, a estética cosmopolita e os estilos de vida contemporâneos.Em segundo lugar, diferentemente do que aconteceu no século anterior, a cidadania pré-Covid desenvolveu-se a partir da politização das esferas privada e cotidiana da vida pessoal. Estas esferas tornaram-se verdadeiras trincheiras onde se travaram batalhas pela expansão dos direitos e liberdades, abandonando as instituições formais da política vistas como incapazes ou desinteressadas em articular respostas para os problemas genuínos de nosso tempo. É a chamada política de estilo de vida —ou política de vida— onde as relações com empresas e seus produtos, assim como com ONGs e suas causas, foram vistas como mais promissoras para introduzir mudanças e gerar respostas às prioridades das pessoas do que eventuais interações com os braços do Estado ou seus chefes visíveis no governo.Finalmente, a cidadania em vigor até a quarentena foi baseada no princípio de desafiar e liderar as elites governantes, em vez de se permitir ser dirigido e liderado por elas. A fonte da autoridade, e até mesmo a sabedoria, para determinar o que eram problemas genuínos e o tipo de direção necessária, não foram reconhecidos nas autoridades estabelecidas e dificilmente poderia se esperar que surgissem de rituais partidários ou parlamentares. As respostas estavam nas ruas, a deliberação cívica encarnando o espírito de cidadania foi reconhecida nas mobilizações e marchas ou na vibração dos fóruns das redes sociais. A pandemia nos afastou de tudo isso, praticamente da noite para o dia. Isso nos trouxe de volta a uma realidade de sujeitos ancorados em um espaço territorial limitado, tão restrito que até se torna inferior ao espaço nacional. Nossa percepção e realidade de sermos cidadãos do mundo foi suspensa, não sabemos por quanto tempo. De repente fomos deslocalizados para nos tornarmos sujeitos imóveis de jurisdições hiperlocais. Os residentes de uma cidade são impedidos de se mudar ou se estabelecer em outras localidades do mesmo país por representantes do Estado ou mesmo pelos habitantes da cidade de destino. Este forçado e inesperado sedentarismo hiperlocalizado da cidadania pós-covid resgata a proximidade como uma referência de segurança e conforto social da recuperação dos laços de vizinhança e da expectativa de melhorias urbanas e ambientais nas áreas próximas, bem como através da valorização do comércio de proximidade.A quarentena também colocou o governo e o Estado de volta aos holofotes. Se diante de desafios globais como as mudanças climáticas, a igualdade de gênero ou a heteronormatividade sexual, as autoridades estabelecidas eram percebidas como reativas e atrasadas, promovendo um processo de auto-responsabilidade individual para resolver problemas, exercendo pressão direta sobre os atores do mercado ou da sociedade civil, a pandemia baralhava novamente as cartas e nos levava de volta ao século 20. Ao organizar a resposta coletiva à ameaça viral, os governos deixaram de ser o alvo da desconfiança pública e se tornaram os líderes incontestáveis da emergência sanitária. A popularidade das entidades presidenciais e estatais cresceu linearmente e proporcionalmente às restrições ao movimento social e à atividade econômica, desde a primeira semana da declaração da pandemia. Da mesma forma, cresceu a delegação de poder e a deferência às autoridades para a gestão da resposta. Enquanto patrulhavam empresas e outros atores sociais por sua atitude diante da crise, os cidadãos suspenderam seu ativismo inercial para resolver problemas diretamente e reconheceram os governos como a única e exclusiva autoridade para resolver o desafio viral.Ser um bom cidadão em tempos de pandemia é dissociado de manter uma posição crítica e desafiadora diante do Estado para assumir uma ética obediente e desmobilizada. A cidadania pós-pública delega a soberania às autoridades a tal ponto que o questionamento das iniciativas de controle social, flexibilidade das liberdades civis e ampla vigilância dos movimentos populares é suspenso. Após passar pela transição do terror infeccioso para a paz viral com o menor custo humano possível, os indivíduos revisam sua noção de direitos civis e políticos, aceitam as patrulhas estatais e as adotam militantemente diante de seus pares como um mecanismo ordenador e coeso. O retorno da autoridade do Estado é o lado negativo de uma cidadania mais passiva e paternalista, provavelmente estranha àqueles que não a experimentaram (ou leram sobre ela) durante o século 20.Entretanto, devemos nos despedir das expressões mais rebeldes e autônomas de cidadania típicas das duas primeiras décadas do nosso milênio? Provavelmente não. A autonomia continua firme e forte no ressurgimento das redes de vizinhança, no voluntariado de bairro e na identificação da comunidade que alimenta o novo localismo promovido pela quarentena, bem como na continuidade on-line da politização do consumo e das coletas das organizações de mercado e da sociedade civil. A rebelião, por outro lado, espera apenas o momento em que os efeitos da brutal recessão econômica são combinados com a redução das restrições ao distanciamento social e o fim dos paliativos monetários esquálidos que ainda existem.
2020-07-22 12:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/que-tipo-de-cidadania-nos-deixara-a-pandemia.shtml
Prisão de desembargadora leva a disputa com delator, cobrança e exposição de mensagens
A prisão de uma ex-presidente de Tribunal de Justiça, sob suspeita de participação em um esquema de venda de sentenças e grilagem, desdobrou-se em uma disputa de bastidores que envolve um delator de outro caso, uma cobrança de R$ 120 mil e a exposição de trocas de mensagens particulares.O conflito foi parar na Justiça do Distrito Federal e também na polícia, com dois boletins de ocorrência. O primeiro com pedido de medidas restritivas com base na Lei Maria da Penha, que foi negado pela Justiça, e o segundo por calúnia.O caso começou em novembro passado com a prisão da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, do TJ da Bahia, no âmbito da Operação Faroeste. Meses depois, em março deste ano, sua filha Luciana conheceu o advogado Renato Araújo Júnior. ​Durante o governo de Michel Temer (MDB), Renato foi coordenador de Registro Sindical do Ministério do Trabalho e chegou a ficar preso por quase cinco meses em 2018, após a Operação Registro Espúrio, que apurou suspeitas de fraudes na pasta. Ele assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e foi solto.Renato e Luciana começaram a trocar mensagens sobre a situação jurídica de Maria do Socorro, e o escritório do advogado passou a trabalhar na defesa da desembargadora, com pedidos de liberdade protocolados em tribunais superiores.Por causa do passado de Renato na Registro Espúrio, quem assinava as peças era a sua sócia, a advogada Naiara Mendes Pinheiro. Mas a tentativa de discrição caiu por terra em 22 de maio. Nesse dia, Renato e Naiara apresentaram uma ação de cobrança na Justiça do Distrito Federal afirmando que prestaram serviços no valor de R$ 120 mil a Maria do Socorro e a Luciana e nunca foram pagos. Na ação, são expostas trocas de mensagens por WhatsApp entre Luciana e Renato, nas quais ela se compromete a fazer o pagamento por serviços do advogado e diz que espera ajuda financeira de um tio seu."No dia 10.abr foi formalizada a proposta de honorários e os respectivos serviços que seriam prestados pelo valor de R$ 120 mil", diz a ação dos advogados. "Todavia, devido o caso ser de repercussão nacional consignou-se que não deveria aparecer o nome do dr. Renato, por estar envolvido em outros processos abordados pela mídia."Ainda na ação, são listadas as vezes em que Luciana enviou mensagens com promessas de pagamento, em frases como: “Não se preocupe que acertaremos tudo” (9.abr), “Eu não vou ser sacana com você. Confie” (11.abr) e “De qualquer modo posso vender meu carro” (13.abr).À Justiça, porém, a defesa de Maria do Socorro e Luciana apresentou outra versão. Segundo o advogado das duas, Breno Valadares dos Anjos, Renato e Luciana mantiveram "relacionamento amoroso (...) durante todo o período narrado".São apresentadas outras capturas de telas de mensagens, que não estavam na ação inicial, com indícios de que havia um flerte entre os dois. Nelas, Renato responde, quando Luciana informa que pretendia pagar o serviço, frases como "desconta no 'dote' quando casarmos" e "estou sendo fofo com minha sogra".“Em suma, toda e qualquer ação desenvolvida pelo sr. Renato seria gratuita e sem compromisso, pelo simples fato de que foi feita por mera liberalidade e na base da confiança”, diz a defesa de Luciana e da mãe desembargadora.“As partes acionadas nunca pediram qualquer prestação de serviço ao autor ou autores, nunca concordaram em pagar valores, nunca assinaram contrato. A verdade é que a relação sempre foi pessoal, nunca profissional. Toda e qualquer atitude no sentido de ajudar Luciana, com a liberdade de sua mãe, foi voluntária e gratuita." A defesa da desembargadora e da filha também informa que elas não assinaram contrato e que só haveria pagamento pelos serviços prestados se resultasse na “liberdade da ré Maria do Socorro, sendo claríssima a condição e não havendo qualquer determinação de valor”.Em meio a essa situação, Luciana registrou um boletim de ocorrência contra Renato, com pedido de medida protetiva com base na Lei Maria da Penha, no qual ela afirmava ter medo que o advogado forjasse “uma situação para prejudicá-la”.O pedido foi rejeitado pela Justiça. Em seguida, Renato registrou outro BO contra ela, com acusação de calúnia.Procurado, Renato diz que nunca existiu namoro e que vive um relacionamento estável há três anos. Ainda diz que não mantém nenhum contato com Luciana e que ela está bloqueada em suas redes sociais e aplicativos de conversa. Ele afirma que irá ingressar com uma ação de danos morais contra a filha da desembargadora.“Luciana se utilizou de inverdades para subverter processo judicial de cobrança em trâmite regular”, diz Renato. Ele diz acreditar que ela “procedeu desta forma para eximir-se de pagar os honorários advocatícios” em “uma tentativa desesperada de subverter a verdade dos fatos”.Diz ainda que desde que saiu da situação da Registro Espúrio tem “tentado tocar a vida advogando” e sofre constantes ataques da turma do ex-deputado Roberto Jefferson, que preside o PTB, partido que comandava o Ministério do Trabalho.“Metade da minha advocacia é pra baixa renda pro bono e metade tento pegar casos melhores. Foi o primeiro caso que tive problema”, afirma.Em nota divulgada nesta sexta (24), Renato ainda afirma que apresentou notificação extrajudicial, "oportunizando acordo", e que não esperava repercussão sobre o caso.Segundo ele, "no momento de ajuizar a ação pediu sigilo, porém o sigilo foi negado judicialmente. Jamais tendo intenção de expor qualquer conversa, apenas resolver a questão".A desembargadora Maria do Socorro ainda tenta obter a liberdade na Justiça. No último dia 4, o ministro Og Fernandes, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou a sua liberdade.Após denúncia do Ministério Público Federal, a desembargadora se tornou ré sob acusação de integrar organização criminosa e promover lavagem. A defesa da desembargadora tem negado as acusações contra ela.
2020-07-22 12:27:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/07/prisao-de-desembargadora-leva-a-disputa-com-delator-cobranca-e-exposicao-de-mensagens.shtml
Cacique de tribu de Río de Janeiro muere de Covid-19
El cacique Domingos Venite, de 68 años, líder de la tribu Sapukai Guaraní, de Angra dos Reis, en la Costa Verde de Río de Janeiro, murió la mañana del martes (21). Infectado del nuevo coronavirus, llevaba ingresado en el Centro de referencia de tratamiento Covid-19 (Santa Casa) desde el 23 de junio. Domingos era el líder de la tribu indígena más grande del estado de Río.La ciudad de Angra dos Reis decretó un duelo oficial de tres días por la muerte del cacique. El gobierno municipal informó que los indígenas "recibieron toda la atención necesaria".Desde el comienzo de la pandemia, el poblado ha estado aislado y han sido tomadas las medidas preventivas y de orientación para pueblos indígenas. Según el consistorio, viven 340 indígenas de la tribu guaraní en la aldea Sapukai. En la tribu se detectaron 85 casos de coronavirus, 84 de los cuales fueron curados. Actualmente hay 15 casos sospechosos.El ecologista Sérgio Ricardo Verde Potiguara, miembro del Consejo de Estado para los Derechos Indígenas (CEDIND-RJ), lamentó la muerte del cacique. Según Verde, en el Estado de Río hay ocho aldeas en tres municipios (Maricá, Angra y Paraty). El censo de 2010 del IBGE señaló que viven 15.865 indígenas en el estado.El Departamento de Salud del Estado informa que desde el comienzo de la pandemia, se han reportado 147 casos de Covid-19 en indios que viven en el estado de Río de Janeiro, 88 en Angra dos Reis y 59 en Paraty.Traducido por AZAHARA MARTÍN ORTEGALea el artículo original
2020-07-22 13:09:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/es/cienciaysalud/2020/07/cacique-de-tribu-de-rio-de-janeiro-muere-de-covid-19.shtml
Unicamp cancela ingresso para universidade por meio do Enem
A Unicamp anunciou, nesta quarta-feira (22), que não será possível o ingresso por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2021.A Unesp também avalia não usar a nota do exame nacional neste ano para a seleção de alunos. Entidades criticam a decisão de não usar o Enem para a seleção.A universidade alega incompatibilidade de calendário com o Enem, que teve a prova adiada por causa da pandemia do novo coronavírus --agora, a previsão é que as provas em papel aconteçam nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 e, as digitais, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021.Com a nova data de realização da prova, a divulgação dos resultados só será feita em 29 de março, após o início do ano letivo na Unicamp, que está previsto para 15 de março.Agora, as 639 vagas previstas via edital serão transferidas para o vestibular —totalizando, assim, 3.234 vagas. Em nota, a universidade informa também que a reserva de vagas do exame para candidatos de escola pública (10%) e candidatos autodeclarados pretos e pardos (10%) ficará garantida —este último percentual se soma aos 15% que já eram previstos no vestibular.Fred Amâncio, secretário de educação de Pernambuco e vice-presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), lamenta a decisão da Unicamp."Lutamos muito para que houvesse um adiamento da prova do Enem e essa data foi escolhida com o objetivo de contar com a sensibilidade das faculdades de permitirem o ingresso ainda no primeiro semestre dos alunos por meio do resultado dos exames", disse Amâncio."Para minha surpresa, por uma questão de 15 dias [entre o início das aulas e a divulgação das notas do Enem], a universidade optou por essa medida", completou.O secretário acredita que o ingresso via vestibular próprio limita a seleção de alunos. "Espero que outras universidades não sigam esse caso e mantenham a utilização do Enem, porque essa é a forma mais democrática de acesso [ao ensino superior] do país."A Unesp ainda avalia se vai usar a nota do Enem 2021 para a seleção do próximo ano. O possível recuo ocorre exatamente no ano em que a universidade planejava ampliar a oferta de vagas para seleção pelo exame nacional.Uma reunião na próxima quarta (29) da Câmara Central de Graduação da Unesp vai decidir sobre o uso do Enem. Uma das propostas é de que a nota do exame só seja usada para selecionar estudantes para as vagas remanescentes, ou seja, aquelas que não forem preenchidas após as primeiras chamadas do vestibular próprio da universidade.Já a USP decidiu manter a oferta de 25% de suas vagas para seleção pelo Enem. Das 11.147 vagas, 2.905 são ofertadas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), do Ministério da Educação.Belmira Bueno, diretora-executiva da Fuvest, disse que a manutenção de dois tipos de ingresso na USP é uma forma de garantir mais condições de acesso para alunos de escola pública. “O aluno pode tentar garantir a vaga dele por dois exames, aumenta sua chance de sucesso. Fizemos o esforço de manter as duas possibilidades para diminuir as desigualdades sociais que se acentuaram com a pandemia.”Para Belmira, a decisão de adiar a data da prova da Fuvest em 45 dias foi uma sinalização importante para os estudantes, mas não compensa todos os meses de perda de aula presencial. Ela lembra ainda que, neste ano, 50% das vagas disputadas pela Fuvest são reservadas para alunos de escola pública.“O adiamento não compensa a perda de ensino e aprendizado, mas espero que seja um alento para esse momento de ansiedade e insegurança dos candidatos. E precisamos lembrar que alunos de escola pública estão concorrendo entre eles, o que atenua a desigualdade de condições que tivemos neste ano”, disse.Coordenadores dos vestibulares das três universidades paulistas debatem ainda a possibilidade de que, excepcionalmente, as provas da próxima edição abordem apenas os conteúdos relativos ao 1º e 2º ano do ensino médio, como forma de minimizar as perdas de aprendizado deste ano. Ainda não há uma decisão sobre a proposta.“Considero que seria uma forma mais justa de avaliar os alunos em um contexto tão atípico e excepcional. É preciso sensibilidade com as dificuldades que eles estão enfrentando neste ano”, diz Belmira.Para Iago Montalvão, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e estudante de economia na USP, a decisão da Unicamp é resultado da falta de diálogo do MEC com as universidades e pode desgastar a imagem do Enem."Para nós, o Enem é mais democrático do que o vestibular por permitir o acesso de pessoas de outros estados e até mesmo pelo formato pedagógico, que exige menos decoreba", afirmou.Presidente da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e estudante de cursinho, Rozana Barrozo também considerou prejudicial a decisão da Unicamp. "É simbólico que as universidades deixem de aceitar vagas pelo Enem. É o resultado da política de um governo que desvaloriza a importância do Enem."Em nota, o MEC informa as universidades podem optar por utilizar as notas do Enem em seus processos seletivos próprios, não cabendo ao MEC a gestão desses processos.A pasta diz ainda que é responsável pela condução do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em que as universidades federais que aderem ao sistema podem utilizar a nota do Enem para a classificação, mas que não há registro de adesão da Unicamp em nenhuma das edições da seleção unificada.No início de julho, a Unicamp divulgou as novas datas para o vestibular de 2021. A primeira fase acontece entre os dias 6 e 7 de janeiro e a segunda, nos dias 7 e 8 de fevereiro. As datas foram mudadas em decorrência da pandemia de Covid-19.Além disso, as provas da primeira fase seriam divididas em dois dias, de acordo com a área do curso escolhido pelos candidatos. As provas desta primeira fase terão questões reduzidas, antes eram 90 e agora serão 72 e o tempo para a realização também sofreu alteração, se antes poderia ser feito em cinco horas, passou para quatro. As inscrições podem ser feitas entre 30 de julho e 8 de setembro na página da Comvest.​ Mais
2020-07-22 13:29:00
educacao
Educação
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/07/unicamp-cancela-ingresso-para-universidade-por-meio-do-enem.shtml
Arena amanhece pichada, e Corinthians registra boletim de ocorrência
A Arena Corinthians amanheceu pichada nesta quarta-feira (22), dia em que receberá o clássico diante do Palmeiras. A diretoria do time alvinegro registou boletim de ocorrência e acusa torcedores palmeirenses pelo vandalismo.Corinthians e Palmeiras se enfrentam na reabertura do Campeonato Paulista às 21h30. A competição estava suspensa desde o dia 16 de março, diante da pandemia da Covid-19, e voltará sem a presença de público. Mesmo assim, a Polícia Militar fez reunião com integrantes das duas torcidas e afirma que irá intensificar o policiamento na região durante a partida.O gramado da arena foi pichado com a mensagem "8 x 0", uma alusão à vitória do time alviverde pelo Campeonato Paulista de 1933 –maior goleada na história do dérbi. O Palmeiras, na época, ainda se chamava Palestra Itália. Na ocasião, Romeu Pelliciari marcou quatro gols, Imparato fez três, e Gabardo, um.Além do gramado, também apareceram pichadas outras partes do estádio, como as traves e as placas de publicidade. Desde cedo, torcedores compartilharam imagens das pichações pelas redes sociais.Em uma das traves, apareceu escrita com tinta verde as palavras "Cássio frango". Os postes de iluminação na região de Itaquera também receberam pichações e cartazes que recordam outras conquistas e vitórias palmeirenses.O delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), disse que conduzirá investigação para identificar os autores. Pela manhã, ele esteve reunido com dirigentes corintianos e recebeu imagens do sistema de câmeras de monitoramento da arena.À tarde um homem chegou a ser conduzido para o 65º Distrito Policial (Arthur Alvim), na zona leste da capital. Ele prestou depoimento e foi liberado.“Trata-se de uma pessoa, que inclusive postou imagens das pichações, e foi levada para delegacia próxima do estádio para ser averiguada, mas liberada já. A polícia seguirá investigando”, diz Saad à Folha, no começo desta noite.Funcionários do Corinthians tentam apagar as pichações antes de a bola rolar. A partida terá transmissão da Globo na TV aberta, na TV fechada e no pay-per-view.Em nota, o Corinthians disse que as “imagens do sistema de câmeras de monitoramento serão disponibilizadas e auxiliarão as autoridades na identificação e punição exemplar aos responsáveis por ato vil e covarde”.O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, também se manifestou pelas redes sociais. “Acabo de receber a triste notícia de que nossa Arena foi invadida e depredada por vândalos palmeirenses. Não acreditamos na violência, futebol se ganha na bola. Passamos imagens para polícia e fizemos boletim de ocorrência. Garanto ao torcedor: esse ataque contra nossa casa NÃO vai ficar impune”, publicou o dirigente em sua conta no Twitter."O Sport Club Corinthians Paulista lamenta a ação de vândalos palmeirenses que, ao arrepio da lei e da ordem, invadiram criminosamente o interior da Arena Corinthians na madrugada desta quarta com o único objetivo de depredar suas instalações. O clube comunica que já lavrou boletim de ocorrência por invasão de propriedade particular e que as imagens do sistema de câmeras de monitoramento serão disponibilizadas e auxiliarão as autoridades na identificação e punição exemplar aos responsáveis por ato vil e covarde e que não condiz com a grandeza e com a estatura da agremiação envolvida no confronto esportivo previsto para a noite desta quarta na Casa do Povo."
2020-07-22 12:00:00
esporte
Esporte
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2020/07/itaquerao-amanhece-pichado-e-corinthians-registra-boletim-de-ocorrencia.shtml
Mariana Rios se emociona e diz que 'despencou do céu' quando descobriu aborto espontâneo
Mariana Rios, 35, falou pela primeira vez sobre o aborto espontâneo que sofreu há pouco mais de dez dias, durante o programa Encontro com Fátima Bernardes nesta qurta-feira (22). A atriz esperava seu primeiro filho com o noivo Lucas Kalil.O bate-papo, acompanhado de uma especialista, abordou o luto perinatal e contou com o relato emocionante de Rios, que disse não ter passado pelo susto do sangramento. "Fui fazer um exame de rotina sozinha e meu médico percebe que tinha uma coisa estranha com o coração do bebê. Quando recebi a notícia eu senti que tinha voado até o céu e de lá despenquei", afirmou.Com a voz embargada, Rios contou que optou por não fazer a curetagem do embrião e esperou seu organismo processar naturalmente. "Tive que esperar e aconteceu somente anteontem, na segunda. Foi um dia que eu rezei muito (...) Desculpa a minha voz. Fico emocionada."A atriz falou que não se arrepende de ter colocado expectativas na gestação e que se fosse o caso faria tudo de novo. "Tudo que acontece na minha vida sempre tento agradecer pelas coisas positivas. Eu coloco aquilo na minha frente e penso: 'O que tiro de positivo?'", completou a cantora. Mariana Rios também contou como foi dar a notícia da perda para o noivo, que "embarcou no sonho da paternidade junto com ela". "Não foi diferente quando tive que contar que o coração do bebê não estava mais batendo. Aquele dia eu tinha ido sozinha, ele tinha um compromisso importante. Quando soube respirei fundo, tentei me acalmar. Pensei: 'Deixa eu chegar em casa.' Não queria falar por telefone e criar um desespero."A ex-apresentadora do The Voice Brasil disse ter unido forças para apoiar o noivo, que ficou muito abalado com a notpicia. "Tentei ficar o mais calma possível para consolá-lo. Eu estava muito mal também mas nesse dia eu uni forças. No dia seguinte ele acordou melhor e eu desabei. A gente passou por esse processo juntos, de total sentimento, de conexão."Mariana Rios e Lucas Kalil estão noivos desde novembro de 2018. O casal ia realizar uma cerimônia neste ano mas em virtude a pandemai do novo coronavírus, cancelaram a celebração. A atriz afirmou que não definiu uma nova data para o casamento e que isso "não é um problema" para os dois.“Sei que muitas noivas estão passando pela mesma situação e gostaria de dizer algo. O casamento é a união de duas pessoas que escolheram passar pela vida juntas. A festa é apenas a comemoração dessa união. O mais importante agora é você ser grato por estar vivo", desabafou.
2020-07-22 11:28:00
celebridades
Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/mariana-rios-se-emociona-e-diz-que-despencou-do-ceu-quando-descobriu-aborto-espontaneo.shtml
Cardiologista e fundador da plataforma Missão Covid é convidado de live da Folha
Leandro Rubio Faria, cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo é o convidado desta quarta (22) do Ao Vivo em Casa, série de lives da Folha, às 17h. A entrevista será feita pelo jornalista Emilio Sant'Anna.Faria é um dos fundadores do projeto Missão Covid, uma plataforma online que conecta médicos voluntários a pessoas com sintomas da Covid-19 para um primeiro atendimento remoto e gratuito.Devido às medidas de isolamento social necessárias contra a disseminação do novo coronavírus, a telemedicina foi liberada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em março, em caráter excepcional durante a pandemia.A prática da telemedicina vinha sendo debatida pela comunidade médica e encontrava resistência. Em 2019, chegou a ser aprovada pelo Conselho, que revogou a medida após pressões de conselhos regionais.Com a chegada da Covid-19 no país —o Brasil ultrapassou 81 mil mortos pela doença nesta terça (21)— a aprovação do atendimento remoto facilita a identificação de casos e já conta com iniciativas que aliam a prática à inteligência artificial para acompanhamento de pacientes. Poder, Mundo, Mercado e Painel S.A.Saúde Ilustrada​ e Comida
2020-07-22 11:40:00
equilibrio-e-saude
Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/cardiologista-e-fundador-da-plataforma-missao-covid-e-convidado-de-live-da-folha.shtml
China nega retaliação contra Nokia e Ericsson
O Ministério do Exterior da China contestou na terça-feira (21) uma reportagem de que o país está estudando retaliar contra as fabricantes de equipamentos de telecomunicações Nokia e Ericsson caso a União Europeia imponha restrições à gigante chinesa da tecnologia Huawei Technologies.A China sempre se manteve aberta a cooperação com empresas internacionais em seu mercado de comunicação sem fio 5G, de nova geração, entre as quais a Nokia e a Ericsson, que já ganharam concorrências para projetos chineses, declarou um porta-voz do Ministério do Exterior do país na terça-feira.“A posição da China sobre o 5G é consistente e clara”, disse Wang Weshin em mensagem a jornalistas. “Opomo-nos à prática errônea de distender o conceito de segurança nacional e de desafiar as regras internacionais de comércio a fim de excluir cetras companhias de um determinado país”.Wang fez o comentário em resposta a uma pergunta sobre uma reportagem que informava sobre possíveis represálias chinesas contra as duas gigantes europeias das telecomunicações. O The Wall Street Journal reportou que o Ministério do Comércio da China está estudando impor controles de exportação que impediriam que a Nokia e a Ericsson enviassem produtos feitos na China a outros países, caso as nações europeias proíbam fornecedores chineses de vender equipamento para suas redes 5G, acompanhando a decisão dos Estados Unidos e a do Reino Unido. O jornal americano citou fontes não identificadas.Wang definiu a reportagem como “falsa”. “Também esperamos que os países europeus ofereçam um ambiente de negócios justo, liso, aberto e não discriminatório para as companhias chinesas”, ele disse. Tradução de Paulo Migliacci
2020-07-22 11:13:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/china-nega-retaliacao-contra-nokia-e-ericsson.shtml
Depois de tentar desidratar texto, governo comemora aprovação do Fundeb
Depois de permanecer distante das discussões sobre a renovação do Fundeb e tentar desidratar o texto da proposta, o governo Jair Bolsonaro passou a comemorar publicamente a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que torna permanente o principal mecanismo de financiamento da educação básica no País.Na terça (21), deputados aprovaram em dois turnos a PEC que prevê mais que o dobro de gastos da União na educação básica, passando a complementação dos atuais 10% para 23%. O resultado na Câmara foi considerado uma derrota do governo, que passou a se empenhar nas negociações praticamente às vésperas da votação.Nesta quarta, no entanto, tanto Bolsonaro quanto o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, fizeram publicações para vincular o Fundeb ao governo."Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Um governo que faz na educação. Transformamos o Fundeb em permanente, aumentamos os recursos e colocamos na Constituição", escreveu Bolsonaro."Aprovamos o Fundeb na Câmara dos Deputados! O que os governos anteriores não fizeram o presidente Jair Bolsonaro deu o primeiro passo em menos de dois anos. Esse governo se preocupa com a educação, afinal de contas, ela é um dos pilares para o desenvolvimento de um País", publicou Ramos, que comanda o ministério responsável pela articulação política. O texto da relatora, deputada Professora Dorinha (DEM-TO), passou por alterações realizadas até a manhã da terça.O governo Bolsonaro tentou desidratar o texto e adiar sua vigência para 2022, mas firmou acordo com parlamentares em troca de apoio para criar o Renda Brasil, projeto de assistência social que pode substituir o Bolsa Família.O Fundeb reúne parcelas de impostos e recebe uma complementação da União para estados e respectivos municípios que não atingem o valor mínimo a ser gasto por aluno no ano. A cada R$ 10 investidos na área, R$ 4 vêm do fundo.O complemento federal atual é de 10% —cerca de R$ 16 bilhões no ano.O texto aprovado torna o fundo permanente, previsto na Constituição, aumenta o papel da União no financiamento e altera regras de distribuição dos recursos.Dos sete deputados que votaram contra o texto, seis são do PSL e aliados do presidente Jair Bolsonaro. São eles: Márcio Labre (PSL-RJ), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Júnio Amaral (PSL-MG), Filipe Barros (PSL-PR), Chris Tonietto (PSL-RJ) e Bia Kicis (PSL-DF). Também votou contra o deputado Paulo Martins (PSC-PR).O governo, com apoio de congressistas alinhados, insistiu em estabelecer um teto para o uso dos recursos do Fundeb no pagamento de profissionais da educação. O texto da Dorinha, no entanto, vai em direção contrária.Fala em uso de ao menos 70% para salários e prevê um teto, de modo que 15% dos recursos seja para investimentos.Em outra derrota do governo, PEC também veta o uso de recursos do fundo para pagamento de aposentadorias.No final da tarde, o presidente tentou se cacifar politicamente com a votação, apesar de o governo ter se ausentado do debate até a véspera da votação."Uma negociação que levou anos. Queriam 40%. Eu queria dar 200%, mas só que não tem dinheiro. Foi negociado, passou para 23%. A Câmara e o Executivo mostraram responsabilidade", disse o presidente a apoiadores na frente do Palácio da Alvorada.Bolsonaro disse ainda que o Senado deve aprovar a proposta e que o governo "conseguiu mais uma vitória".​
2020-07-22 11:34:00
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Educação
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Dupla Matheus e Kauan fará show virtual com tema de festa julina: 'Show de saudade'
A dupla sertaneja Matheus e Kauan anunciou nesta terça-feira (21) que mais um show virtual está por vir, agora, com a temática de festa julina. A sexta apresentação da dupla vai acontecer no sábado (25), no canal do YouTube da dupla, às 20h."Vai ser um show de saudade do público do Brasil inteiro dentro deste novo normal que virou o mundo do showbusiness", conta os músicos, que por causa da pandemia do novo coronavírus tiveram que adiar a agenda de shows presenciais desde março.Os músicos prometem fazer jus ao repertório de sucesso como "Litrão", "Que sorte a nossa", "O nosso santo bateu", "Te assumi pro Brasil", entre outras canções que marcam os dez anos de carreira de Matheus e Kauan. Assim como Luan Santana, o show de Matheus e Kauan foi transmitido na televisão no mês passado, durante o especial da Globo "Arraiá em Casa". Para a próxima apresentação, os sertanejos garantem uma noite especial para os fãs. "Vamos fazer um apanhado geral das nossas canções aliado a grandes hits que fazem parte dos festejos julinos. Aguardem surpesas", finalizam.Vale lembrar que o mês de julho tem sido muito especial para Kauan, dupla com Matheus. Isso porque o músico ganhou seu terceiro filho com a esposa Sarah Bianconili. Os dois já são pais de Bernardo e Sophia, e se casaram após seis anos juntos, em dezembro de 2018. “Oi mundo, cheguei! Que Deus te abençoe filho. Nós te amamos”, escreveu o cantor nas redes sociais no último dia 2 de julho, em que o pequeno Arthur chegou ao mundo.
2020-07-22 10:06:00
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Quase metade dos domicílios brasileiros não tem acesso a rede de esgoto
Aproximadamente 34,1 milhões de domicílios brasileiros, o equivalente a 49,2% do total nacional, não tinham acesso a esgotamento sanitário por rede e mais de 2,2 mil municípios, 39,7% do país, não contavam com esse serviço em 2017, informou, nesta quarta-feira (22), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).O balanço consta da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico e, segundo especialistas, apesar da defasagem de três anos, os dados refletem a realidade atual do saneamento brasileiro, pois o setor não recebeu os investimentos necessários para mudar o cenário no período.A pesquisa sobre o saneamento nacional não era publicada desde 2008. No estudo, o instituto investigou a situação do setor em todos os municípios do país, avaliando a oferta do serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição e esgotamento sanitário por rede coletora.Segundo o levantamento, 9,6 milhões de domicílios não tinham acesso a abastecimento de água por rede, mesmo com o percentual de cidades brasileiras beneficiado pelo serviço chegando a 99,6% (5.548 municípios) do total em 2017. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou na semana passada o novo marco regulatório do saneamento básico, medida que estimula a participação da iniciativa privada no setor. De acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, apenas 3,1% das entidades que faziam tratamento de esgoto no Brasil em 2017 eram privadas –em 2008, último ano do estudo, esse total era de 2,1%.A proporção de municípios onde a prefeitura era única ou uma das entidades executoras caiu de 57,1% em 2008 para 46,2% em 2017. Mas o peso das companhias estaduais na oferta passou de 32,4% para 41,6%. A participação de autarquias municipais teve leve alta de 9,6% para 11,0%.No que diz respeito ao tratamento de água, no levantamento mais recente, 3,6% das entidades responsáveis pelo serviço eram do setor privado, proporção menor do que os 4,5% de 2008. Já as companhias estaduais ficavam com 69,5% dos trabalhos, e as municipais com 10,3%.A pesquisa confirma levantamentos realizados por entidades e empresas do setor sobre problemas na gestão dos recursos. Cerca de 40% da água utilizada no Brasil em 2017 foi desperdiçada ao longo do sistema de distribuição até o destino final. Além disso, 5,5% do volume de água distribuído no país não recebe tratamento antes de chegar à população.De acordo com Fernanda Malta, gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, todo sistema de abastecimento de água apresenta perdas físicas ao longo de suas etapas. No caso das perdas físicas na distribuição, elas ocorrem, principalmente, devido a vazamentos nos reservatórios e na própria rede."No Brasil, cerca de 40% do volume da água que entra no sistema de distribuição (reservatórios de rede) se perde antes de chegar aos usuários do serviço (domicílios e estabelecimentos ligados à rede) devido a esses vazamentos. Esse percentual varia entre as grandes regiões geográficas, mas supera 30% em todas elas", disse Fernanda Malta.Em relação à cobrança de tarifa pelos serviços de saneamento básico, 91,9% dos municípios com rede de abastecimento de água cobravam tarifa pelo serviço, enquanto 61,1% tinham tarifa de esgotamento sanitário.Subsídios, como instrumentos econômicos de política social para garantir a universalização do acesso ao saneamento básico, estavam presentes em 72,6% das cidades com abastecimento de água e 67,8% das que tinham esgotamento sanitário.No Norte, para ambos os serviços, apenas 40% das localidades apresentava esse instrumento de política social. No Nordeste, 79,2% dos municípios tinham subsídio por serviços de abastecimento de água, enquanto no Sul a proporção era de 79,3% das cidades com rede de esgoto.O modelo de saneamento básico sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro abre caminho para o envolvimento de empresas na universalização do acesso a água e esgoto. O projeto foi aprovado pelo Senado no final de junho, com 65 votos favoráveis e 13 contrários, com oposição de toda a bancada do PT.A previsão do marco é que o Brasil deveria chegar a 90% dos domicílios com esgotamento e 99% com abastecimento de água até 2033, daqui a 13 anos. Patrícia Sampaio, professora de Direito Administrativo da FGV e especialista em infraestrutura e saneamento, avalia que o país precisa priorizar o tema do saneamento se quiser atingir a meta."O desafio é muito grande. Vai depender muito de como serão robustas as regras para atrair investimentos. A ideia de que haverá um incentivo na lei traz um ambiente mais favorável de segurança jurídica e clareza nas normas", definiu Patrícia. Ela apontou que, apesar de os dados do IBGE serem de 2017, atualmente os números são parecidos.Edson Aparecido da Silva, secretário executivo do Ondas (Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento) e assessor de saneamento da FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), entende que o déficit de saneamento no Brasil não será resolvido de forma tão simples, pois as deficiências se encontram principalmente onde habitam pessoas em processo de vulnerabilidade, como favelas e periferias das grandes cidades."Atender essas áreas não interessará ao setor privado, já que que não há retorno financeiro e a necessidade de investimentos são grandes", disse Edson.O advogado Rubens Naves, ex-membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente, da Superintendência Jurídica da Sabesp e autor do livro "Água, crise e conflito em São Paulo", concorda que o debate gira em torno de uma possibilidade de se desenvolver uma atividade econômica empresarial e não em uma forma efetiva de fazer o cidadão - especialmente o mais vulnerável - ter acesso ao saneamento básico."Fica de fora todo um contingente de pessoas em áreas de ocupação irregulares, de favelas e de proteção ambiental", analisou Naves.Já o advogado Luiz Felipe Pinto Lima Graziano, membro dos Comitês de Saneamento e de Ética e Compliance da Abce (Associação Brasileira de Consultores de Engenharia) e da Comissão de Estudos de Saneamento Básico do Iasp (Instituto dos Advogados de Săo Paulo), avalia que uma maior participação do setor privado traz boas expectativas, mas deve ser acompanhada de perto."O maior desafio será de governância, de incentivo para novos contratos. O grande ponto será a fiscalização desses contratos", apontou o advogado. O novo marco regulatório do setor terá custo estimado da universalização dos serviços é de R$ 700 bilhões durante o período. Onze dispositivos do texto foram vetados pelo mandatário. Entre os vetos, está o que permitia que estatais que prestam os serviços hoje renovassem contratos por mais 30 anos sem licitação. Também foi vetado trecho que, segundo o governo, impediria que o setor de resíduos sólidos se beneficiasse das novas regas estabelecidas pelo marco legal.
2020-07-22 10:00:00
mercado
Mercado
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Governo pode criar nova estatal para privatizar Eletrobras
O governo do presidente Jair Bolsonaro poderá criar uma nova estatal como parte de seus planos para privatizar a Eletrobras, maior elétrica da América Latina, segundo documentos divulgados na noite de terça-feira (21) pela empresa ao mercado.O Ministério de Minas e Energia solicitou a inclusão de R$ 4 bilhões no orçamento de 2021 para prever recursos "caso se faça necessária" a nova empresa pública, de acordo com ofício enviado à estatal e tornado público pela empresa.O documento, assinado pela secretária-executiva da pasta Marisete Pereira, destaca que o projeto de lei que propõe a desestatização prevê criação de uma estatal que ficaria com ativos como a usina binacional de Itaipu e o complexo nuclear de Angra dos Reis, além de programas de governo no setor elétrico. Mais "Caso o Congresso Nacional aprove o projeto de lei 5.877 de 2019 (da privatização) até 2021, a previsão de tais recursos na referida lei Orçamentária se faz indispensável", afirma o ofício, ao ressaltar que o lançamento da nova empresa só aconteceria em caso de aprovação da proposta para a Eletrobras.Pela Constituição brasileira, usinas nucleares não podem ser operadas por agentes privados, enquanto a hidrelétrica de Itaipu foi viabilizada em acordo binacional com o Paraguai e também não poderia ser privatizada.O governo prevê levantar cerca de 16 bilhões de reais com a privatização da Eletrobras, que aconteceria por meio de uma capitalização da companhia por meio da emissão de novas ações e envolveria pagamento de outorgas à União. A operação poderia ser realizada no primeiro semestre de 2021, caso o projeto de lei seja aprovado pelos parlamentares ainda neste ano.Nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa online, o ministro de Minas e energia, Bento Albuquerque, disse que tem trabalhado no tema em conjunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes.Segundo ele, o projeto de privatização da Eletrobras é uma prioridade do governo do presidente Jair Bolsonaro, acrescentando que a proposta tem sido alvo de negociações com o Congresso e pode passar por ajustes."Dentro da agenda do Pró-Brasil [programa federal para retomada do crescimento após o coronavírus], o projeto de lei [da Eletrobras] é uma das prioridades. Não é uma prioridade só do ministro Paulo Guedes, é uma prioridade do governo", afirmou."Já recebemos contribuições por parte do Congresso Nacional, contribuições essas que entendemos que são efetivamente um aperfeiçoamento ao projeto de lei. Estamos em tratativas permanentes e acreditamos que ele possa ter sua aprovação no segundo semestre deste ano."O ministro ainda afirmou que não tem conhecimento sobre planos no governo para desestatização da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), responsável pela gestão de contratos de exploração de petróleo em regime de Partilha."Não existe nenhum trabalho no sentido de privatização da PPSA", disse Albuquerque. Ele ressaltou que eventual desestatização da empresa dependeria de aprovação do Congresso.
2020-07-22 08:27:00
mercado
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Cidades receberão telemedicina com inteligência artificial contra Covid-19
Dez cidades brasileiras receberão treinamento e tecnologia de telemedicina com inteligência artificial para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.A iniciativa é do Instituto Votorantim, que lançou nessa terça (21) edital para inscrição dos municípios com mais de 350 mil habitantes.Com objetivo de auxiliar cidades na gestão de recursos para enfrentar a pandemia, o Instituto Votorantim doará o programa de inteligência artificial e treinamento para profissionais da saúde e gestores municipais para tirarem dúvidas dos cidadãos e também acompanharem pacientes com doenças crônicas e com suspeita de infecção pelo coronavírus.As cidades selecionadas receberão apoio técnico para implantar o programa Laura P.A. Digital para a realização de consultas e acompanhamento de casos confirmados de Covid-19 a distância. Para selecionar os dez municípios que receberão a doação, a entidade levará em conta a situação epidemiológica local.De acordo com Talita André, gerente de inovação do instituto, cidades com população superior a 350 mil habitantes e com aumento do número de casos confirmados de Covid-19 tendem a ter colpaso do sistema público de saúde."O momento da curva de casos em que essas cidades se encontram é aquele em que a Saúde colapsa e as fake news aumentam junto com o medo da doença. A medida que os contágios sobem e o relaxamento da quarentena aumenta, pessoas com sintomas que podem ser de Covid-19 ficam confusas sobre o que devem fazer. Não sabem se devem ir aos postos de saúde ", afirma.Para tentar impedir o colapso, o instituto aposta no uso de robôs em redes sociais para tirar dúvidas dos cidadãos. A tecnologia também será usada para o acompanhar o quadro clínico de pessoas com doenças crônicas que possam ter deixado de ir a consultas de rotina por medo de serem infectadas pelo Sars-CoV-2.Com o uso do robô, a secretarias municipais de saúde poderão orientar as pessoas sobre a melhor forma de agir. Quando pacientes manifestarem sintomas da Covid-19 mas não tiverem a infecção confirmada, agentes de saúde entrarão em contato. Os servidores terão em mãos as informações fornecidas pelo cidadão aos robôs do projeto.A partir da entrevista, o profissional decidirá se o paciente deve ser encaminhado para teleconsulta ou se ele terá monitoramento do seu quadro clínico. No caso do acompanhamento dos sintomas, o paciente receberá durante 14 dias mensagens do robô sobre a evolução de sinais como febre e dores. Caso haja agravamento do quadro, o paciente é encaminhado para teleconsulta. São três níveis de atendimento projetados para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde O paciente entra no site da prefeitura ou no canal pelo WhatsApp, para tirar dúvidas e também fazer a triagem dos sintomas da Covid-19. Uma vez classificado o risco do paciente ele pode continuar sendo monitorado por 14 dias pelo robô ou escalar para o segundo nível de atendimentoQuando acionados profissionais da saúde (enfermeiros, estudantes de medicina e voluntários) podem fazer o atendimento do cidadão via chat ou telefone. A recomendação é que no nível 2 haja, pelo menos, um profissional de saúde para cada 100 mil habitantesCaso seja necessário o paciente pode ser direcionado para teleconsulta com um médico. A recomendação é que no nível 3 haja, pelo menos, um médico para cada 150 mil habitantesTodos os dados armazenados pelo programa ficarão disponíveis para consulta exclusiva dos agentes de saúde municipais. Os servidores serão treinados para interpretar essas informações, rastrear e acompanhar casos de risco leve, moderado e alto para a infecção pelo coronavírus."Ofereceremos treinamento para que as equipes de tecnologia possam integrar a ferramenta ao sistema de saúde e também para que os profissionais possam interpretar os dados dos pacientes para a tomada de decisões", diz André.De acordo com o insituto, a ferramenta também possibilitará empregar no atendimento a distância os profissionais da saúde que tiveram desvio de função e foram afastados da linha de frente por fazerem parte dos grupos de risco.André explica que alocando esses funcionários no atendimento virtual, os demais, na linha de frente, ganham margem para atuar em outras funções, desafogando o sistema de saúde municipal.A gerente de inovação afirma que a presença de empresas ligadas a Votorantim S.A nos municípios não é fator decisivo para a escolha das cidades que receberão a doação nem critério de desempate.
2020-07-22 09:00:00
cotidiano
Cotidiano
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Kanye West diz que tenta se separar de Kim Kardashian há dois anos
Kanye West, 43, voltou a falar sobre o casamento com Kim Kardashian no Twitter durante a madrugada desta quarta-feira (22). O rapper afirmou que tenta se divorciar da esposa, com quem tem quatro filhos, há dois anos.West também mostrou prints da sua conversa com a sogra, Kris Jenner. Segundo ele, a empresária está ignorando suas mensagens. Na madrugada de terça, o cantor contou também que estava passando pela mesma situação do filme "Corra!" (2017), já que a sogra e a esposa estavam querendo interná-lo a força em uma clínica psiquiatra."Elas tentaram voar com dos médicos pra mim. Kris e Kim fizeram isso sem a minha aprovação ... não é isso que uma esposa deve fazer. Supremacia branca", escreveu o rapper, que logo excluiu os tuítes.Em outra publicação também excluída, Kanye West escreveu: "Kim estava tentando viajar para Wyoming com um médico para me internar como no filme 'Corra!', só porque eu chorei para salvar a vida as minhas filhas ontem".A atitude da socialite teria sido motivada após o cantor, que lançou sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos, revelar que pensou em abortar a primeira filha North West, 7. No discurso, feito neste domingo (19), West caiu em prantos e mostrou que não estava bem. Kanye West também fez um tuíte dizendo que suas filhas nunca estampariam uma capa da Playboy. Ele e Kim Kardashian são pais de quatro crianças: North, 7, Saint, 4, Chicago, 2, Psalm, 1. O filme "Corra!" citado pelo rapper conta a história de um jovem negro que é raptado pela família da namorada branca em troca de uma lavagem cerebral.Recentemente o site norte-americano TMZ, afirmou que a família do rapper estava muito preocupada já que ele tem ao menos uma crise de transtorno bipolar por ano. Em 2018, o músico já havia falado que parou de tomar seus remédios para controlar o problema, pois isso reteria sua criatividade.No último domingo (19), West chorou ao contar sobre quando pensou na possibilidade de Kim fazer um aborto da primogênita do casal, North West, 7. A fala aconteceu durante o primeiro evento da campanha do rapper, em North Charleston, na Carolina do Sul."Quase matei minha filha", afirmou o músico com lágrimas nos olhos. Ele também disse que seu pai também desejo abortá-lo. West disse que a revelação poderia irritar a mulher dele, mas que se ela quiser se divorciar depois desse discurso, "pelo menos eles têm a North".Vale lembrar que Kanye West anunciou que concorreria à presidência no Twitter no último dia 4 de julho, dia da Independência dos Estados Unidos. Apesar do apoio de Kim Kardashian, a candidatura virou piada entre alguns famosos.Ele oficializou a candidatura na semana passada, mas ainda não sabe se ela será aceita porque as cédulas eleitorais já haviam sido impressas em Estados como Indiana, Nova York e Texas. Uma pesquisa eleitoral apontou que ele tinha 2% de intenções de voto.
2020-07-22 10:51:00
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Celebridades
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2020/07/kanye-west-revela-que-ha-dois-anos-tenta-se-divorciar-de-kim-kardashian-supremacia-branca.shtml
Hidroxicloroquina é remédio mais citado em peças de desinformação no mundo, mas volume cai
Entre os medicamentos apontados como tratamentos para a Covid-19 em peças de desinformação, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram os mais citados em todo o mundo. As bases de dados Coronavirus Facts Alliance e CoronaVerificado mostram que os checadores desmentiram 161 conteúdos falsos sobre remédios de janeiro até o dia 20 de julho. Desses, 31,7% envolviam essas duas substâncias, o equivalente a 51 conteúdos. ​Usadas no tratamento de malária, lúpus e artrite, a cloroquina e a hidroxicloroquina começaram a ser apontadas como alternativa contra o novo coronavírus em fevereiro. Os boatos continuam sendo compartilhados até hoje, especialmente no Brasil, mas tiveram mais força nos meses de março e abril.Checadores da Nigéria foram os primeiros a desmentir um boato de que a cloroquina seria a cura para a Covid-19. A informação partiu de um post publicado no Twitter pela revista China Science no dia 17 de fevereiro. O tuíte dizia que a droga teria “certo efeito curativo na Covid-19”, o que desencadeou uma série de comentários sobre o remédio na Nigéria. Perfis usaram a hashtag “chloroquine”, dizendo que ela iria curar a doença. A informação, no entanto, estava incorreta. Na verdade, pesquisas feitas na China mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina conseguiam eliminar o novo coronavírus de culturas de células. Esse é um primeiro passo na pesquisa médica, mas não o ponto final. O fato de um remédio funcionar em uma cultura de células não significa que ele seja eficaz dentro do organismo.Em março, o médico francês Didier Raoult disponibilizou publicamente um polêmico pre-print(estudo sem revisão por terceiros), no qual mostrou dados do tratamento de 20 pessoas com hidroxicloroquina.Apesar de severas falhas metodológicas apontadas por outros cientistas, incluindo a exclusão de pacientes que reagiram mal, o medicamento virou uma bandeira política para os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido).Nas semanas seguintes, notícias falsas sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina ganharam força, e circularam nas mais variadas partes do mundo, incluindo França, Índia, Estados Unidos, Filipinas, Venezuela, Dinamarca, Reino Unido, Irlanda, México, Alemanha, Tanzânia e Canadá. O Brasil foi o terceiro país que mais desmentiu boatos sobre esses medicamentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da França.A partir de maio, contudo, diversos estudos clínicos, com testes duplo-cegos, mostraram a ineficácia dessas substâncias no tratamento da Covid-19. Um deles, publicado pelo periódico The New England Journal of Medicine, mostrou que a hidroxicloroquina é ineficaz como profilaxia. Outro, publicado pelo Annals of Internal Medicine, que o remédio não funciona no tratamento de pessoas não hospitalizadas.Pesquisas dos projetos Recovery Trials, da Universidade de Oxford, e do Solidarity Trial, da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre o uso da droga no tratamento de pacientes internados em estado grave, foram interrompidas porque o medicamento não mostrou resultado.Desde então, no resto do mundo, a desinformação sobre esses medicamentos perdeu força. Em junho, informações falsas sobre esse assunto foram verificadas somente por checadores do Brasil e da França.No Brasil, notícias falsas sobre a hidroxicloroquina continuaram sendo compartilhadas em julho. Somente na semana passada, a Lupa verificou três conteúdos.Um deles dizia que o governador da Bahia, Rui Costa, teria recolhido o medicamento de farmácias do estado e proibido seu uso. Outro afirmava que pacientes diagnosticados com Covid-19 poderiam “pedir a cassação do CRM [registro no Conselho Regional de Medicina]” de profissionais que se recusassem a prescrever a droga. Uma terceira peça de desinformação dizia, entre outras coisas, que a OMS “proibiu” o remédio. Nenhuma dessas informações é verdadeira.Fakes sobre ivermectina começaram na Espanha, mas são destaque no BrasilEnquanto a cloroquina e a hidroxicloroquina foram usadas em peças de desinformação ao redor do mundo, a ivermectina, outra droga sendo usada contra Covid-19 sem eficácia comprovada, é mais citada especificamente no Brasil. De dez conteúdos falsos checados, seis são de plataformas brasileiras.O primeiro boato sobre esse medicamento apareceu na Espanha, no início de abril. O texto dizia que a ivermectina era capaz de matar o novo coronavírus em 48 horas, curando o paciente infectado da doença. A publicação distorcia informações de um estudo publicado pela Universidade Melbourne, realizado com células in vitro.No Brasil, a Lupa verificou outras peças de desinformação sobre a ivermectina. Uma delas afirmava que a Marinha do Brasil havia estabelecido um protocolo de tratamento da Covid-19 para uso domiciliar com esse remédio. Outra, que um estudo comprovou que o uso da droga estava relacionado à diminuição do número de infectados por Covid-19 em Natal (RN). Nenhum é verdadeiro.Ainda não há um remédio comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus.Em junho, pesquisadores do Recovery Trial publicaram um pre-print citando potenciais benefícios no uso de dexametasona no tratamento de casos graves de Covid-19. Essa substância não atua diretamente contra o vírus, e, portanto, não cura a doença. Contudo, pode ajudar na modulação da resposta imune do organismo, evitando o fenômeno chamado “tempestade de citocinas” —uma resposta exagerada do sistema imunológico que causa danos ao próprio organismo.Assim que essa notícia saiu, começaram a circular peças de desinformação tratando esse medicamento como a cura da Covid-19, o que não é verdade. Boatos desse tipo foram verificados na Itália, nas Filipinas e na Ucrânia, entre outros países.Esta coluna foi escrita pela Agência Lupa a partir das bases de dados públicas mantidas pelos projetos CoronaVerificado e LatamChequea Coronavírus, que têm apoio do Google News Initiative, e pela CoronaVirusFacts Alliance, que reúne organizações de checagem em todo mundo. A produção das análises tem o apoio do Instituto Serrapilheira e da Unesco. Veja outras verificações e conheça os parceiros em coronaverificado.news
2020-07-22 11:04:00
equilibrio-e-saude
Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/hidroxicloroquina-e-remedio-mais-citado-em-pecas-de-desinformacao-no-mundo-mas-volume-cai.shtml
Sem registro na Anvisa, remédio mais caro do mundo teve alíquota zerada por Bolsonaro
O governo Jair Bolsonaro (sem partido) zerou a alíquota de importação do medicamento conhecido pelo nome comercial de Zolgensma. O presidente comemorou a decisão em suas redes sociais na segunda-feira (13).Utilizado no tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME), o remédio é tido como o mais caro do mundo --atualmente, custa cerca de R$ 12 milhões (dose única, valor levantado pelo próprio governo federal). No entanto, ele ainda não foi registrado na Anvisa, procedimento necessário para assegurar que o medicamento está de acordo com a legislação sanitária e para minimizar eventuais riscos à saúde. Ex-diretores da Anvisa e ex-membros do Ministério da Saúde disseram à Folha que não se lembram de outra ocasião em que o Executivo tenha zerado a alíquota de importação de um medicamento que não tivesse passado antes pelo controle da Anvisa, o que é visto como a criação de um precedente negativo. Em primeiro lugar, por ignorar uma etapa do controle de segurança dos medicamentos, esvaziando a competência técnica e facilitando a exposição a risco. Em dezembro de 2019, por exemplo, um parecer técnico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) afirmou que ainda há "grande incerteza sobre os efeitos" do Zolgensma no tratamento de AME.Em segundo lugar, por dar uma chancela do governo brasileiro a um medicamento de altíssimo custo, facilitando judicializações que podem ter impacto enorme no orçamento do Sistema Único de Saúde. Ao zerar a alíquota, argumentam, o governo brasileiro deu seu reconhecimento de que se trata de uma terapia válida. Essa decisão fortalece o argumento dos interessados no medicamento ao ingressarem na Justiça e exigirem a compra pelo sistema público de saúde. Dado que uma única dose do remédio custa cerca de R$ 12 milhões, qualquer determinação judicial de compra do Zolgensma atualmente terá consequências orçamentárias significativas, ponderam. "É muito importante seguir o arcabouço de pesquisa institucional que foi construído com tanto cuidado e também preservar o interesse coletivo, o bem comum. Mas existe essa tensão entre a necessidade individual e o bem comum", afirma a professora Hillegonda Maria Novaes, da Faculdade de Medicina da USP. Ele afirma que foi criado um precedente que é "péssimo". "Até o momento, medicamentos que não foram registrados na Anvisa não têm sido fornecidos [na Justiça], só em casos excepcionais, tratados como anomalias que não devem acontecer", completa. Mais Para Diovana Loriato, diretora nacional do Iname (Instituto Nacional de Atrofia Muscular Espinhal), a medida do governo ajuda, mas ainda é um primeiro passo. "Além do custo da medicação, tinha o imposto da importação, de cerca de 4%, e tem também o ICMS, que gira em torno de 18% do valor da medicação. A medida é importante, passo positivo, mas a gente precisa que os governadores tenham a mesma sensibilidade do governo federal para que as famílias não tenham esse pesado custo", argumenta. Ela diz que mais de 20 famílias no Brasil têm feito campanhas nas redes sociais para conseguir arrecadar os valores necessários para importar o Zolgensma. "É um primeiro passo de uma longa jornada, com alíquota zerada, ICMS zerado, incorporação no SUS e inclusão do medicamento no rol da OMS para que seja de fornecimento obrigatório pelos planos de saúde", continua. Sobre a decisão da zerar o imposto ter precedido o registro na Anvisa, Diovana não vê problemas de segurança. "O registro possibilita que o medicamento possa passar a ser comercializado no Brasil. Estamos falando de um medicamento aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration, agência de fármacos e alimentos dos EUA), pelo EMA (órgão europeu) e também no Japão. É uma medicação segura. A aprovação na Anvisa vai acontecer nos próximos dias. Não tem qualquer tipo de problema esse imposto ter sido zerado um pouco antes da aprovação, que vai sair e já aconteceu nas agências mais sérias do mundo", diz. O Zolgensma foi registrado pelo FDA em 2019, decisão que foi sucedida por denúncias e investigação por manipulação de dados. A agência chegou a falar em responsabilizar cível e criminalmente a Novartis, laboratório que desenvolve o medicamento. No entanto, o FDA afirmou em maio de 2020 que o medicamento é seguro para uso e não puniu a empresa. Em nota, a Anvisa diz que o processo de registro do Zolgensma foi peticionado em 13 de janeiro de 2020. Após análise inicial, a agência pediu à Novartis alguns "dados necessários para comprovar a eficácia e segurança da medicação". A empresa, então, enviou o que foi requisitado em 26 de junho e a Anvisa avalia a possibilidade de registro. Sobre o processo no FDA, a Anvisa diz que acompanhou todo o processo e que "dados finais mostraram que a manipulação não impactou na qualidade, segurança e eficácia do produto". O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão interministerial responsável pela resolução de zerar a alíquota de importação, diz que o Ministério da Saúde foi consultado e não apresentou objeções. "Segundo informou o Ministério da Saúde, trata-se de terapia experimental e a importação é permitida, sob conta e risco dos interessados." Sobre a ausência de registro na Anvisa, disse que ele é sujeito a prazos e regulamentos próprios e "não tem correlação com o imposto de importação". "A partir do estudo sobre a classificação fiscal, confirmada a não produção e não havendo óbice do Ministério da Saúde, o governo brasileiro conferiu tratamento similar ao que é concedido aos demais produtos de saúde na mesma situação", completou. A decisão foi motivada, afirmam, pelo pleito oficial de uma família que tem uma criança que sofre de AME. O Ministério da Saúde diz que o fim da alíquota não interfere nos valores pagos nas aquisições feitas pela pasta, "uma vez que é isenta". "Logo, não haverá impacto em eventuais processos judiciais nos quais a União seja parte."
2020-07-22 08:00:00
equilibrio-e-saude
Equilibrio e Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/sem-registro-na-anvisa-remedio-mais-caro-do-mundo-teve-aliquota-zerada-por-bolsonaro.shtml
Uma carta sobre a intolerância
Há algumas semanas, colegas me convidaram a participar de uma carta de denúncia sobre a intolerância da direita, mas também do centro e da esquerda. O texto me pareceu anódino, e até chato, como costuma acontecer com esse tipo de petição. Mas suas consequências foram além do estilo e hoje estão sendo discutidas em nível mundial. Em termos concretos, se trata de uma intervenção de 152 intelectuais em defesa da liberdade de imprensa e de pensamento na era de Donald Trump.A carta foi assinada por escritores e intelectuais como Margaret Atwood, Salman Rushdie, Noam Chomsky, J.K. Rowling e Martin Amis, pelo enxadrista Gary Kasparov e pelo músico de jazz Wynton Marsalis. Também recebeu a adesão de acadêmicos e intelectuais trans como Jennifer Finney Boylan (que logo se arrependeu de ter participado) e Deirdre McCloskey, além de poetas, historiadores e jornalistas dos principais veículos de comunicação dos Estados Unidos.Ainda assim, a “carta”, como ficou conhecida neste país do norte, também inclui intelectuais de direita como David Frum (que escreveu o infame discurso de George Bush sobre os três eixos do mal) e também de outros personagens que rejeito com todo meu pensamento, mas cuja companhia como signatários de um texto não me incomoda.E aqui está o centro da discussão e do debate. Deve existir só uniformidade intelectual? Devemos conversar apenas com aqueles com quem já estamos de acordo?A carta sustenta que o perigo é a falta de discussão, promovida não só pelos autoritários em nível mundial mas também por aqueles que resistem a eles; “as forças do iliberalismo estão ganhando terreno em todo o mundo e tem um poderoso aliado em Donald Trump, que representa uma verdadeira ameaça à democracia. Não se pode permitir que a resistência imponha seu próprio estilo de dogma e coerção, algo que os demagogos de direita já estão explorando. A inclusão democrática que queremos só pode ser obtida se nos expressarmos contra o clima intolerante que se estabeleceu por toda parte”.A carta foi publicada pelos principais veículos de comunicação do planeta e foi tema de artigos nos jornais The New York Times e The Washington Post. As críticas foram ferozes. Confesso que ainda é difícil para mim compreender o impacto e a raiva, mas a razão é muito simples.O texto se manifesta a favor da liberdade de expressão e ponto. Mas o problema é que muitos daqueles que o assinam são “intragáveis” para outros. Eu também desgosto de muitos desses personagens, mas, uma vez mais, isso não implica que devamos ignorá-los ou que em meu caso particular eu não deseje assinar uma petição em companhia de pessoas que eu não tolero. Pelo contrário: as ideias que rejeitamos só podem ser rejeitadas quando as compreendemos.O texto faz uma referência implícita e muito crítica à demissão de um editor de opinião do New York Times por ter publicado um texto (em minha opinião desprezível) de um senador republicano que pedia repressão violenta aos manifestantes antirracistas do movimento Black Lives Matter. Era necessário demiti-lo?Entre os signatários há pessoas que foram assessores de Tony Blair, intelectuais republicanos adversários de Trump e, claro, a já citada autora da saga de Harry Potter, que foi acusada de “transfobia” por opinar que “conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo elimina a capacidade de muitas pessoas de falar de sua vida de maneira significativa”. Mais Quando fez essas declarações, surgiram apelos por um boicote às suas obras, que conheço porque minha filha mais velha leu e releu apaixonadamente os livros, que confesso não ter lido. Não considero que uma obra literária deva ser censurada por conta das opiniões de seu autor. Se fosse esse o caso, nos veríamos privados de muitas obras centrais da literatura ou da arte.Na nossa região, um dos maiores escritores, Jorge Luis Borges, elogiou a última ditadura militar argentina antes de rejeitá-la, no final de sua vida. Fez o mesmo com relação à ditadura de Pinochet no Chile, mas seus contos continuam a ser o que são, apesar da postura lamentável do autor. Seria justificável censurar sua obra por isso?Borges, em seu melhor momento, que foi sua fase antifascista, dizia que era impossível dialogar com fascistas pois seus argumentos eram irracionais e não se pode discutir com a desrazão.Para mim, dialogar com fascistas é como dialogar com uma parede, mas uma parede que quer nos demolir. O corte à liberdade de expressão precisa ocorrer em algum momento, e é bom que discutamos como e quando. Mas sem muita discussão, em muitos casos as opiniões dos signatários foram rechaçadas e até comparadas ao fascismo.O argumento, no caso, giraria em torno de publicar uma petição contendo a assinatura de Hitler, mas ninguém é Hitler (ou nazista) na lista de signatários. Se fosse esse o caso, eu não teria assinado. Todos os signatários se declaram opositores de Trump, o que, no marco dos Estados Unidos, significa ser antifascista e antirracista.Vivemos momentos que não são típicos na vida da democracia, e esta se vê seriamente ameaçada não só por aqueles que a atacam mas também às vezes pela falta de discussão entre aqueles que a defendem.Federico Finchelstein é historiador e professor de história na New School for Social Research, em Nova York.www.latinoamerica21.com, um projeto plural que difunde diferentes visões sobre a América Latina.Tradução de Paulo Migliacci
2020-07-22 08:00:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/uma-carta-sobre-a-intolerancia.shtml
Proposta do Ipea para recuperação prioriza investimento privado em vez de público
Centrado na manutenção do equilíbrio fiscal, o conjunto de medidas proposto pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para acelerar o desenvolvimento econômico pós-pandemia prioriza o incentivo ao investimento privado em vez do público.Em linha com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o documento defende a realização de reformas estruturais --como novas flexibilizações do mercado de trabalho e maior abertura ao comércio exterior-- para acelerar a recuperação econômica.Com a crise econômica global decorrente da pandemia, muitos economistas passaram a defender a flexibilização do teto de gastos para abrir espaço no Orçamento para ampliação dos investimentos públicos como estratégia de combate à crise. Nesta terça (21), os países membros da União Europeia, por exemplo, aprovaram um pacote de mais de 1,8 trilhão de euros (R$ 11 trilhões) para reconstrução da economia do bloco no pós-pandemia.Na avaliação do Ipea, no entanto, a manutenção do teto é condição necessária para a retomada da economia.“Para que um aumento dos investimentos públicos, por exemplo, fosse suficiente para estimular a economia de forma significativa e ajudasse o país a superar os gargalos de infraestrutura, seria preciso uma elevação muito substancial desses gastos. Os efeitos negativos desse tipo de medida, via piora na percepção de risco dos agentes em relação à sustentabilidade da dívida pública, possivelmente seriam maiores do que os efeitos positivos dos investimentos”, afirma o instituto no documento.As ações propostas pelo Ipea, porém, também têm custos ao envolverem incentivos fiscais, desonerações e subsídios como forma de estimular o setor privado e atrair capital externo.“A rigor, não temos uma avaliação quantitativa do impacto fiscal das propostas. O que apresentamos não é um plano fechado, é um conjunto de sugestões, abrindo o leque de opções para o governo”, afirma o presidente do instituto, Carlos von Doellinger.O documento foi apresentado à equipe econômica do governo no sábado (18), segundo Doellinger. “O ministro [Paulo Guedes] vinha se queixando que o Ipea não estava tão atuante. Nos últimos meses nós tivemos dificuldade mesmo. Mas aí tomamos essa iniciativa para botar para trabalhar junto”, diz.As propostas do Ipea de dividem em quatro eixos: atividade produtiva e reconstrução das cadeias de produção, inserção internacional, investimento em infraestrutura e proteção econômica e social de populações vulneráveis. Todas são voltadas para o curto e médio prazo.No cenário em que são implementadas reformas fiscais, tributária e microeconômicas (chamado de “transformador”), o Ipea prevê uma taxa acumulada de crescimento do PIB de 42,5% entre 2021 e 2021, quase o dobro do percentual estimado no cenário de referência pós-pandemia (25,1%).Entre as medidas voltadas para a atividade produtiva, o Ipea propõe a concessão de empréstimo sem juros a empresas com faturamento bruto anual inferior a R$ 4,8 milhões com carência de um ano condicionado à manutenção dos empregos durante os seis meses posteriores ao fim do isolamento social. Outra sugestão pensada para as micro e pequenas empresas é o uso estratégico de compras públicas para estimular sua atividade.O documento propõe ainda a criação de uma indústria de reciclagem automotiva e de grandes programas de concursos nacionais para premiar soluções a problemas apresentados.Quanto à inserção internacional, o Ipea propõe, entre outras ações, ampliar o volume de recursos desembolsado pelo BNDES no financiamento de exportações e a criação de um Plano de Ação de Promoção Comercial tendo em vista as mudanças no cenário internacional pós-pandemia, em especial no setor agrícola.No eixo relativo aos investimentos em infraestrutura, são propostos um programa emergencial de manutenção de rodovias via RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) e facilitação da participação de capital estrangeiro em concessões com a retirada da exigência de comprovação de capacidade técnica, por exemplo.Permitir a construção ferroviária privada por autorização e ampliar o acesso à banda larga são outras sugestões do Ipea nesse eixo.No último eixo, relativo à proteção econômica e social de populações vulneráveis, é sugerido um subsídio para incentivar novas contratações viabilizado pela desoneração temporária da folha salarial.“Uma possível forma de estimular maior geração de empregos é, por exemplo, tornar a contratação de duas pessoas, para cada uma trabalhar por vinte horas semanais, mais barata do que a contratação de uma só pessoa para trabalhar por quarenta horas semanais”, afirma o Ipea.Outra proposta nesse campo é a unificação de benefícios direcionados a crianças e adolescentes em um único programa de transferência universal no valor do benefício variável do Bolsa Família (atualmente em R$ 41 por mês). Para isso, seriam extintos esses benefícios variáveis e o básico do Bolsa Família, o salário-família e a dedução por filhos dependentes no IRPF (o Benefício de Superação da Extrema Pobreza do Bolsa Família continuaria a existir, compensando o fim do básico).O Ipea também sugere a distribuição de tablets e laptops para alunos da rede pública, a implementação do tempo integral na educação básica e a criação de um novo sistema de financiamento estudantil no ensino superior, com a unificação do ProUni e dos auxílios estudantis oferecidos por instituições sem fins lucrativos.Para a as instituições públicas, a proposta é da criação de uma contribuição feita por ex-alunos cuja renda esteja acima da faixa de isenção do IRPF com a finalidade de financiar bolsas de permanência para estudantes de baixa renda."É uma proposta para abrir a discussão. Vão aparecer comentários, críticas, vai ter muita gente que vai espinafrar, outros vão elogiar. Estamos labçado ideias, não é um plano obrigatório de execução. É um conjunto de opções para não ficar só nas mesmas coisas", afirma o presidente do Ipea.
2020-07-22 07:00:00
mercado
Mercado
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/proposta-do-ipea-para-recuperacao-prioriza-investimento-privado-em-vez-de-publico.shtml
Brazil Records 1,346 Deaths and Passes 81 thousand Deaths
Brazil recorded 1,346 new deaths by Covid-19 and 44,887 cases of the disease, this Tuesday (21). As a result, the country already totals 81,597 deaths and 2,166,532 infections.The data comes from an unprecedented collaboration between the news media Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1, and UOL to gather and disseminate the pandemic numbers of the novel coronavirus.Brazil has a rate of about 39 deaths per 100 thousand inhabitants. The United States, which has the highest absolute number of deaths, and the United Kingdom, both ahead of Brazil in the pandemic (that is, they started to suffer from the problem before), have 43.4 and 68.5 deaths for every 100 thousand inhabitants, respectively.In Argentina, where the pandemic landed nine days later than in Brazil and which followed a much stricter quarantine, the rate is 5.3 deaths per 100 thousand inhabitants.The Ministry of Health reported on Tuesday (21) that Brazil registered 41,008 cases of contamination by the new coronavirus and 1,367 deaths from Covid-19 confirmed in the last 24 hours.The total has already reached 81,487 deaths and 2,159,654 cases due to the new coronavirus in the country since the beginning of the pandemic.Translated by Kiratiana FreelonRead the article in the original language
2020-07-22 14:09:00
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Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/scienceandhealth/2020/07/brazil-records-1346-deaths-and-passes-81-thousand-deaths.shtml
Bolsonaro tenta associar protestos contra governo a métodos violentos
Enquanto setores da sociedade civil organizam uma marcha com discurso contra o governo para o próximo domingo (7), o presidente Jair Bolsonaro prepara com aliados uma estratégia para tentar diferenciar esses atos das manifestações semanais de seus apoiadores.De acordo com interlocutores do presidente, a estratégia conduzida até o momento é diferenciar os protestos pró e contra o Palácio do Planalto.Com isso, Bolsonaro tentará insistir na tese de que os que o apoiam têm como hábito organizar movimentos pacíficos, enquanto a oposição adota métodos violentos. Na terça-feira (2), o presidente classificou atos contra seu governo de “marginais e terroristas”.Seus auxiliares aguardam com expectativa as manifestações de domingo para aferir o tamanho da oposição nas ruas. Na segunda-feira (1º), o presidente já havia dito a seus apoiadores que não deveriam sair de casa no final de semana.Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que "liberdade de expressão tem que valer para todo mundo". A declaração ocorreu em resposta a um apoiador que, em frente ao Palácio da Alvorada, disse que o mandatário deveria processar críticos que se referem a ele como "genocida"."Se o cara me chama de fascista, por exemplo, e eu processo, não acontece nada. Se eu chamo ele de fascista, levo R$ 20 mil no ombro. Não adianta, minha taxa de sucesso é próxima de zero. E outra coisa: se é liberdade de expressão, tem que valer pra todo mundo", respondeu Bolsonaro. A fala foi transmitida no perfil do presidente no Facebook.Na noite de quinta, em live, o chefe do Executivo chamou aqueles que se manifestam contra seu governo de idiotas, marginais e viciados."Domingo, o pessoal de verde e amarelo, que é patriota, que pensa no seu país, que é conservador, esses que trabalham, que são liberais, que acreditam que o Brasil pode ficar melhor pelo trabalho... Não é ficar em casa, não. Não vá, não compareçam a esse movimento, que esse pessoal não tem nada a oferecer para nós. Bando de marginais. Muitos ali são viciados. Outros ali têm costumes que não condizem com a maioria da sociedade brasileira. Eles querem o tumulto, querem o confronto", disse na transmissão online.Em meio a esse acirramento, alguns integrantes do Palácio do Planalto fazem um esforço para arrefecer a temperatura da crise institucional. Contudo auxiliares presidenciais veem com reticência a possibilidade de o presidente realmente se comprometer a baixar o tom, dado seu histórico intempestivo.Há leituras diferentes sobre a orientação dada por Bolsonaro para que seus apoiadores não apareçam na Esplanada dos Ministérios, por exemplo.Há quem defenda que, de fato, ele queira evitar confrontos. Porém também há quem diga que o presidente apenas procurou uma vacina para o caso de haver mais manifestantes contrários a ele do que a favor. Além disso, outros argumentam que, caso o ato seja marcado por violência, Bolsonaro poderá apontar o dedo para seus opositores.Contra este grupo mais ponderado de assessores pesa a intempestividade do chefe da República. Eles citam como exemplo um episódio da semana passada. Ministros militares voltaram a seus gabinetes na sexta-feira (29) certos de que o presidente não iria à manifestação do domingo seguinte. Não só ele foi como chegou de helicóptero e ainda montou em um cavalo da Polícia Militar do Distrito Federal.Integrantes desta ala lembram também que, em março, no início da pandemia, Bolsonaro chamou cadeia nacional de rádio e TV para dizer que seus apoiadores não deveriam sair às ruas. Dois dias depois, no entanto, o próprio estava junto com os manifestantes em frente ao Palácio do Planalto. Reflexo dessa tentativa de distensionar a crise é o fato de que o presidente pouco falou esta semana com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Ele deixou de fora de seus discursos as críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal), e seus aliados fizeram um gesto em direção à corte.Na mesma semana, depois de sobrevoar ato antidemocrático ao lado de Bolsonaro no domingo, o ministro Fernando Azevedo (Defesa) fez uma visita a um dos integrantes da corte, o ministro Alexandre de Moraes, na segunda-feira. Bolsonaro compareceu à posse de Moraes no TSE, no dia seguinte.Partiram do magistrado ações que impuseram derrotas ao governo, como a vedação da nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal e a autorização para busca e apreensão na operação contra fake news, que tem aliados do governo como alvo.O grupo que vê com reticência o compromisso de Bolsonaro de baixar o tom contra os protestos também aponta as publicações feitas pelos filhos do presidente das redes sociais. Em especial o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos -RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).Ambos têm atacado partidos de esquerda que criticam o presidente e ainda endossado o posicionamento do presidente americano Donald Trump de adotar uma postura dura e de apoio à repressão aos atos anti-racistas que tomaram as ruas das cidades americanas.Partidos de oposição, como a Rede e o PSB, divulgaram notas sobre os atos marcados para domingo no país, que devem ocorrem em meio ao agravamento da crise do novo coronavírus, que já deixou mais de 30 mil mortos no Brasil. Ambos desencorajam seus filiados a participar das manifestações.“A Rede Sustentabilidade mantendo sua coerência de defender a vida e a democracia, orienta seus filiados, simpatizantes e a população em geral a não participarem, no momento, das manifestações de rua. Nosso cuidado continua sendo a preservação da vida e o combate a pandemia que continua a rondar e ameaçar a vida de nossa população”, diz nota divulgada pela sigla. “Estamos na luta contra esse governo da morte, pelo impeachment do presidente e pela derrocada do neofascismo que ele representa.”Em nota, o PSB fala que, apesar de reconhecer uma escalada de autoritarismo no país, não acredita que este seja o momento para a população ir às ruas.“Não estamos, no entanto, em um momento normal para tais manifestações, sendo necessário ponderar suas consequências. Inicialmente, não se pode afastar as limitações sanitárias impostas pelo momento agudo de disseminação do novo coronavírus no Brasil. Realizar grandes aglomerações deve piorar a progressão da doença, algo preocupante diante da flagrante fragilidade da atenção à saúde”, diz o texto.
2020-06-04 23:15:00
poder
Poder
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/bolsonaro-tenta-associar-protestos-contra-governo-a-metodos-violentos.shtml
Refazer pedido à Caixa amplia chance de receber auxílio emergencial
Refazer o pedido do auxílio emergencial, em vez de contestar o motivo pelo qual a solicitação foi recusada, pode ser a melhor forma de destravar o benefício.As duas opções (contestação e nova solicitação) estão disponíveis pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial e podem ser utilizadas por pessoas que tiveram seus cadastros considerados inconclusivos ou não foram aprovadas conforme as regras estabelecidas pelo governo federal.A diferença entre elas, porém, é que só ao refazer o pedido é possível corrigir informações preenchidas com erro, conforme explica Tatiana Thomé, vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal.“É preciso fazer uma nova solicitação quando houver a necessidade de corrigir informações prestadas anteriormente”, explicou, em entrevista coletiva pela internet no sábado (30). Há diversas informações prestadas por quem pede o benefício que podem estar em desacordo com as regras do programa.Alguns dos problemas cadastrais que mais geram recusas estão relacionados a erros ou omissões ao informar os parentes que residem no mesmo endereço, segundo Tatiana.“Uma questão que aparece é o cadastro familiar divergente”, diz Tatiana. “Vamos supor que uma chefe de família cadastra os parentes que moram no mesmo endereço, mas um dos integrantes da família também se cadastra e não declara os mesmos parentes. Esse é um dos problemas que dá muito erro de cadastro”, explica a vice-presidente.Reconhecendo a importância da correção de informações cadastrais, o Ministério da Cidadania anunciou nesta quinta-feira (3) que os casos de dados inconclusivos serão automaticamente direcionados para a opção de nova solicitação.A mudança é resultado de um acordo com o MPF (Ministério Público Federal), que solicitou melhorias na comunicação entre a Caixa e os cidadãos que tiveram o auxílio emergencial recusado.O que costuma dar errado?Há alguns motivos que frequentemente resultam na recusa ao pedido do auxílio emergencial.Quando esses motivos são identificados, o aplicativo sugere a nova solicitação ou a contestação.Veja quais são os principais motivos para que o pedido de auxílio emergencial seja recusado: O sistema considera que a pessoa está empregada (vínculo empregatício ativo)Houve o óbito de membro da família que havia sido indicado no pedidoO sistema identifica que o cidadão recebe benefício do INSS ou seguro-desempregoA renda familiar declarada é superior a 3 salários mínimos ou a ½ salário mínimo por pessoa COMO REFAZER O PEDIDO OU CONTESTAREntre no aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” e selecione acompanhe a sua solicitação.Informe os dados cadastrais: CPF; data de nascimento e nome da mãe (há a opção de clicar em mãe desconhecida).A tela seguinte vai dizer o motivo para que o auxílio tenha sido negado.O aplicativo oferecerá, na mesma tela, duas opções para o cidadão:Realizar nova solicitaçãoContestar essa informaçãoA) Se escolher nova solicitação O cidadão vai preencher todo o seu cadastro novamente.Dica 1Ao refazer a solicitação, é importante verificar quais são as regras do programa.Informações de renda familiar, por exemplo, devem estar dentro das exigências.Veja abaixo quais são os critérios a serem atendidos por quem pede o benefício:Pode receber o auxílio quem acumular as seguintes condições:Também é preciso cumprir pelo menos uma dessas condições:Dica 2Se mais de um membro da família pedir o auxílio, é importante que todos informem corretamente quais sãos os demais membros da família que vivem no endereço.Se a mãe que recebe o benefício não declara o filho, o benefício dele poderá ser negado, mesmo que ele preencha os requisitos para ser atendido pelo programa, por exemplo.B) Se optar pela contestaçãoA contestação é para o caso em que a pessoa tem certeza que preencheu corretamente todas as informações.Assim como no caso de novo pedido, ao escolher a contestação, o cidadão será informado sobre o motivo da negativa.Será necessário confirmar a intenção de contestar a análise feita pela Dataprev, que voltará a analisar o pedido de benefício.DicaRepare que, ao optar pela contestação, o candidato ao auxílio não tem a chance de corrigir dados que ele pode ter informado com erro.Como a contestação só pode ser realizada uma única vez, pode valer a pena fazer um novo pedido, em vez de contestar o antigo.DADOS INCONCLUSIVOSEssa mensagem aparece quando as informações prestadas pelo cidadão nem sequer puderam ser analisadas.Isso significa que a Dataprev nem conseguiu acessar as informações cadastrais sobre quem fez o pedido.MotivosHá alguns motivos que podem gerar uma análise inconclusiva:Se a resposta recebida for a de dados inconclusivos, é necessário realizar uma NOVA SOLICITAÇÃOVai mudarO governo informou que vai retirar a informação dados inconclusivos do aplicativo. A informação será substituída pela opção REALIZE NOVA SOLICITAÇÃO.AtualizeFonte: Caixa Econômica FederalAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da FolhaAssinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
2020-06-04 23:15:00
grana
Grana ou Dinheiro
https://agora.folha.uol.com.br/grana/2020/06/refazer-pedido-a-caixa-amplia-chance-de-receber-auxilio-emergencial.shtml
Centrão blinda Eduardo Bolsonaro, e análise de fala sobre AI-5 está parada há 6 meses
Completam-se nesta sexta-feira (5) seis meses de total paralisia da análise, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, das declarações de Eduardo Bolsonaro de que a resposta do governo de seu pai a uma hipotética radicalização da esquerda seria a volta do AI-5, o ato que marcou o início do período mais duro da ditadura militar (1964-1985).Em 5 de dezembro de 2019 o deputado Igor Timo (Podemos-MG) foi escolhido relator do caso, que, pelas regras, pode resultar desde advertência até a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).Igor não quis dizer à Folha se já chegou a uma conclusão ou quando exatamente apresentará seu relatório, limitando-se a afirmar que ainda está trabalhando nele. "Não podemos tratar desse assunto aqui não [por telefone] porque isso pode gerar um efeito colateral muito complicado."Além do corporativismo, o Conselho de Ética da Câmara tem histórico de baixa punição. Mais importante do que isso, no momento, é a blindagem promovida pelo centrão, o grupo de siglas médias que passou a apoiar o governo Jair Bolsonaro em troca de cargos e verbas na administração federal. Em meio à paralisia no conselho, Eduardo subiu o tom na retórica autoritária após a manifestação sobre o AI-5, chegando a dizer que ninguém se preocuparia se uma bomba destruísse o Congresso e, mais recentemente, que é preciso agora saber não "se" haverá uma ruptura, mas "quando" ela ocorrerá."Até entendo quem tem uma postura moderada para não chegar num momento de ruptura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas falando abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer", afirmou após aliados da família serem alvo de busca e apreensão no inquérito do STF relacionado às fake news.De acordo com Igor Timo, todas essas novas falas serão levadas em conta. "Nós vamos analisar tudo o que está acontecendo."Assim como o pai Jair Bolsonaro, Eduardo tem um histórico de falas de teor antidemocrático. É dele, por exemplo, a afirmação de que bastaria um cabo e um soldado para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), a mais alta corte do Poder Judiciário.Desde o início da pandemia do coronavírus, o Congresso está realizando sessões virtuais. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é possível que as sessões presenciais voltem em julho.O deputado Igor Timo afirmou que está à espera de que o presidente do Conselho de Ética, Juscelino Filho (DEM-MA), marque sessão para que ele apresente o relatório. Juscelino disse, porém, o contrário. Que é preciso a apresentação do relatório antes para que ele possa marcar a sessão de análise."Vou falar com ele [Igor Timo], ele tem que apresentar, só posso pautar depois que ele apresenta", afirmou o presidente do colegiado.Até parlamentares de esquerda e independentes dizem, porém, considerar dificílima a aprovação de um parecer que recomende a cassação do mandato do filho de Bolsonaro. A família Bolsonaro é campeã de incursões no Conselho de Ética da Câmara, mas nunca houve punição.Desde a criação do órgão, em 2001, nenhum sobrenome político foi mais acionado. Assim como Jair, alvo de quatro representações, Eduardo também se destaca e já recebeu cinco, desbancando do pai o título de recordista.Duas delas foram em 2016, no episódio das cusparadas durante a sessão que autorizou o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele as direcionou a Jean Wyllys (PSOL-RJ), que havia cuspido no pai de Eduardo momentos antes.As três outras representações são do ano passado. Por atacar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) nas redes sociais —em um post, divulgou a imagem da deputada em uma nota de R$ 3, em sinal de sua suposta falsidade— e duas pela citação ao novo AI-5. Da primeira já há relatório favorável ao arquivamento sob o argumento, principal, de que o deputado tem imunidade por suas falas e opiniões.A posição é amparada no artigo 53 da Constituição, segundo o qual "os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos".Críticos da leniência do conselho, porém, apontam que essa imunidade não é absoluta e que algumas atitudes e manifestações podem representar "abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional", uma das razões constitucionais para a perda do mandato.Os dois últimos casos foram unidos na relatoria de Igor Timo.O Conselho de Ética é o primeiro passo para uma possível cassação. Com 21 deputados titulares, o órgão tem a média de 1 recomendação de cassação para cada 4 representações. Nos últimos anos esse ritmo tem diminuído mais ainda.Mesmo que o conselho aprove a recomendação de cassação do mandato, o congressista só perde o cargo caso pelo menos 257 dos 513 deputados votem, no plenário, nesse sentido.O último a ser cassado pelo plenário foi Eduardo Cunha (MDB-RJ), em decorrência da Operação Lava Jato.Um dos integrantes da oposição no órgão, o deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou que na volta dos trabalhos presenciais do colegiado irá defender a análise do caso de outros deputados bolsonaristas que têm defendido posições contrárias aos preceitos democráticos."Até então a gente vinha conversando sobre a necessidade de uma advertência ou suspensão no caso do Eduardo. Mas a gente, pela situação da isolamento, estamos todos nós de máscara e de boca fechada. Eles resolveram falar mais e falar pior. Então a situação dele piora muito", diz o deputado."Não tenho dúvida que o caso dele tem ser admitido e, ao ser admitido, tem que ser punido. E não dá pra ser só com uma simple advertência."A Folha não conseguiu falar com Eduardo Bolsonaro.Em relação a Jair Bolsonaro, o hoje presidente da República foi levado ao órgão de 2011 a 2016 sob acusação de declaração racista, de ter agredido o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de ter afirmado que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia e por ter homenageado o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão à luta armada durante a ditadura militar. O que foi o AI-5O que diz a lei sobre apologia à ditaduraNão há legislação que tipifique como crime a apologia à ditadura militar. Mas, segundo especialistas, falas a favor do regime podem ser enquadradas como crime com base na Lei de Segurança Nacional, na Lei dos Crimes de Responsabilidade e no artigo 287 do Código Penal.A Lei de Segurança Nacional, em seu artigo 22, qualifica como crime “fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social”. Já o artigo 23 da mesma lei diz que é crime “incitar à subversão da ordem política ou social, à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis”.
2020-06-04 23:15:00
poder
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https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/centrao-blinda-eduardo-bolsonaro-e-analise-de-fala-sobre-ai-5-esta-parada-ha-6-meses.shtml
Após troca de prisioneiros, Trump diz ser possível chegar a acordo com Irã
Os Estados Unidos e o Irã realizaram uma nova troca de prisioneiros nesta quinta-feira (4), apesar das tensões entre os dois países.Michael White, ex-membro da Marinha dos EUA, foi detido no Irã em julho de 2018. Ele "estará com sua família nos Estados Unidos em breve", afirmou o presidente Donald Trump em uma rede social.O republicano prometeu continuar agindo em favor da libertação de "todos os americanos reféns no exterior", questão sobre a qual obteve êxitos nos últimos três anos.O presidente agradeceu ao Irã pelo gesto. "Isso mostra que um acordo é possível!", escreveu Trump, indicando que havia falado com White por telefone.Teerã, por sua vez, anunciou que um cientista iraniano, Majid Taheri, detido nos Estados Unidos por "razões falaciosas", segundo o regime, foi libertado por Washington ao mesmo tempo que White.Taheri se declarou culpado em dezembro de desvios financeiros e também foi acusado de ter enviado um instrumento técnico ao Irã, violando as sanções impostas por Washington a Teerã.No entanto, um juiz dos EUA ordenou sua libertação nesta quinta, de acordo com documentos judiciais consultados pela agência AFP.Em meados de maio, as autoridades iranianas afirmaram que pretendiam trocar todos os prisioneiros com Washington, após a última operação, realizada em dezembro, entre o americano Xiyue Wang e o iraniano Masud Soleimani.White, que serviu 13 anos na Marinha dos Estados Unidos, foi preso em julho de 2018 na cidade de Mashhad, no norte do país, depois de visitar uma mulher que ele teria conhecido online.No ano seguinte, ele foi condenado a dez anos de prisão por ter insultado o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, e por ter feito comentários contra o regime nas mídias sociais sob um pseudônimo.Segundo o ex-governador do estado do Novo México Bill Richardson, que pressionou pela libertação de White, ele havia sido diagnosticado com a Covid-19.A tensão nas relações entre o Irã e os Estados Unidos aumentou desde que Trump abandonou em 2018 o acordo nuclear internacional assinado entre várias grandes potências e Teerã.A libertação de prisioneiros tem sido vista como uma maneira de acalmar as tensões, que atingiram o pico em janeiro, após o assassinato pelas forças americanas do poderoso general iraniano Qassem Soleimani em um ataque a Bagdá, no Iraque.
2020-06-04 22:45:00
internacional
Internacional
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/06/apos-troca-de-prisioneiros-trump-diz-ser-possivel-chegar-a-acordo-com-ira.shtml