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49,700 | Assim, considerando o teor das conclusões apresentadas, importa apreciar e decidir se a sentença enferma de erro de julgamento de facto e de direito ao ter anulado o acto de penhora do saldo da conta bancária da Reclamante. |
49,701 | A presente reclamação foi enviada para os serviços da Reclamada, que enviou para o Tribunal Tributário de Lisboa, por mensagem de correio electrónico, em 01/06/2021 petição de reclamação e mensagem de correio electrónico de fls. 412 a 530 do. |
49,702 | A primeira questão que vem colocada pela Recorrente e que importa decidir é a de saber se a sentença recorrida incorreu em erro de julgamento sobre a matéria de facto, por omissão de factos provados relevantes para a decisão da causa conclusões e da alegação de. |
49,703 | Nas alíneas a da conclusão da alegação de recurso, a Recorrente indica os factos pretendidos aditar ao probatório, sustentando que essa factualidade não foi impugnada, consta do requerimento apresentado em 27/07/2021 e é comprovável numa parte significativa por documentos existentes no PA conclusão da alegação de. |
49,704 | Está em causa a sentença do Tribunal Tributário de Lisboa, datada de 12/11/2021, que julgou procedente a reclamação apresentada pelo ora Recorrido, e anulou o acto de penhora do saldo da conta bancária. |
49,705 | Alega ainda que caso se considere que o requerimento da Recorrida devia ter sido registado no dia 06/04, por os dois actos então terem sido praticados no mesmo dia, importava apurar a que horas se praticou o acto de penhora. |
49,706 | Invoca que o indeferimento tácito do requerimento para prestação e dispensa parcial de garantia não tem efeito suspensivo na execução e que a execução só está suspensa a partir do dia 17/05/2021, data em que a Reclamação do indeferimento tácito de prestação de garantia e dispensa parcial foi remetida ao tribunal, advogando a legalidade da penhora por esta ter sido concretizada no dia 16/05/202 |
49,707 | Entende, assim, a Recorrente que a sentença incorreu em erro de julgamento por incorrecta interpretação e aplicação dos artigos 5, n. 1, da Lei Geral Tributária e 16, n. 2 e 17 do Código de Procedimento e de Processo Tributário. |
49,708 | Efectivamente, a Recorrente não coloca em causa este fundamento da reclamação cfr. conclusões a da p.da reclamação), apreciada pelo Tribunal a quo, com base no qual também julgou procedente a reclamação e anulou o acto reclamado. |
49,709 | Temos, por outro lado, que para que se possa, válida e relevantemente, invocar tal princípio é necessário que o interessado não o pretenda alicerçar apenas na sua mera convicção psicológica antes se impondo a enunciação de sinais externos produzidos pela Administração suficientemente concludentes para um destinatário normal e onde se possa razoavelmente ancorar a invocada confiança. |
49,710 | Assim sendo, há lugar ao conhecimento do recurso, por aqui não poder persistir a anulação do acto sindicado com fundamento em violação do principio da boa-fé, sem o conhecimento do erro de julgamento por violação dos artigos 5, n. 1, da LGT e 16, n. 2, e 17 do CPPT. |
49,711 | Importa, então, apreciar e decidir quanto ao acerto do entendimento sufragado pelo Tribunal Tributário de Lisboa, no segmento recorrido, para julgar procedente a reclamação, anular o acto de penhora reclamado e determinar o seu imediato levantamento. |
49,712 | Estando, então, assente que o procedimento com vista a suspensão do processo executivo ainda se encontra pendente, facilmente se conclui que o acto de penhora ora sindicado é também anulável por violar o princípio da boa- fé, na sua vertente da tutela da confiança, cuja aplicação é hoje inquestionável em sede da actividade administrativa tributária, sendo que, pese embora não estejam expressamente referidos no artigo 5 da LGT, a sua aplicabilidade resulta, em primeira linha, do disposto no artigo 26 da CRP, onde vem consagrado que: |
49,713 | - O requerimento a que se refere o n. 2 dá início a um procedimento, que é extinto se, no prazo legal, não for apresentado o correspondente meio processual e comunicado esse facto ao órgão competente para a execução. |
49,714 | Por sua vez, o artigo 17, n. 1 do CPPT preceitua que quando a garantia possa ser dispensada nos termos previstos na lei, deve o executado requerer a dispensa ao órgão da execução fiscal no prazo de 15 dias a contar da apresentação de meio de reacção previsto no artigo anterior. |
49,715 | Como bem observa a decisão recorrida, não cabe nos presentes autos, aferir se a reclamação graciosa e requerimento de suspensão da execução fiscal são admissíveis e tempestivos, ou se sobre eles deve ser formulado um juízo de deferimento ou indeferimento, uma vez que, tais questões se encontram a ser apreciadas nos respectivos procedimento de reclamação graciosa e reclamação de acto do órgão de execução fiscal cfr. pontos 7, 13 e 21 do probatório). |
49,716 | Com efeito, no procedimento tributário considera-se relevante como data de apresentação de petições e de quaisquer outros requerimentos, exposições ou reclamações a data da remessa por correio, sob registo, ou a data do envio do email, nos termos do artigo 2 do CPPT, e não a data do recebimento pelos serviços. |
49,717 | Sendo, assim, juridicamente relevante no procedimento tributário, como data de apresentação do requerimento, a da expedição, independentemente do seu recebimento nos serviços, quer no caso de remessa do requerimento por via postal registada, quer no caso da transmissão electrónica de dados a que foi equiparada a transmissão por telecópia, pelo que, prevalece, por identidade de razões, a data do envio sobre a do recebimento. |
49,718 | Alega ainda a Recorrente, se bem interpretamos, que a reclamação do acto do órgão de execução do indeferimento tácito da suspensão da execução fiscal por prestação de garantia e dispensa parcial, só tem por efeito a suspensão dos efeitos do acto reclamado e a suspensão da execução para novos actos, não para os actos já em curso conclusões 12 a. |
49,719 | Para além disso, Jorge Lopes de Sousa defende ainda que, estando-se perante um efeito suspensivo automático, é aplicável ao caso, por analogia, o disposto no artigo 12, n. 4, do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, podendo o reclamante, através de um incidente na reclamação com subida imediata, pedir que o juiz desse processo os declare ineficazes. Tudo sem prejuízo da adoção de outras medidas cautelares que entenda adequadas. cfr. ob. cit. pág.. |
49,720 | No procedimento tributário considera-se relevante como data de apresentação de petições e de quaisquer outros requerimentos, exposições ou reclamações a data da remessa por correio, sob registo, ou a data do envio do email, nos termos do artigo 2 do CPPT, e não a data do recebimento pelos serviços. |
49,721 | Atento o referido acervo conclusivo, delimitativo do objeto dos recursos, importa apreciar e decidir: impugnação da decisão sobre a matéria de facto erro na apreciação da; decisão de mérito direito de regresso e eventual verificação da excepção de prescrição - tudo, dependente da eventual alteração da decisão de. |
49,722 | Sem quebra do respeito sempre devido por entendimento contrário, afigura-se que a prova documental junta aos autos, conjugada com o dito depoimento, não permite, com suficiente segurança e no respeito pelas regras probatórias, dar como provada a matéria em causa, objecto da presente impugnação, como se explicitará de seguida. |
49,723 | A distinção entre o documento e a declaração que o documento serve para esclarecer a eficácia probatória do documento narrativo, que constitui sempre prova indirecta do facto narrado - assim, por exemplo, o recibo que o credor passa ao devedor não prova directamente o pagamento, só prova que o credor escreveu ou mandou escrever a declaração; esta é que, por sua vez, prova o pagamento.4 |
49,724 | O devedor ou o que cumpre tem sempre direito de exigir quitação ou recibo, documento particular no qual o credor declara ter recebido a prestação art. 787 do - supõe, portanto, a indicação do crédito, a menção da pessoa que cumpre, a data do cumprimento e a assinatura do credor.56 |
49,725 | A A. bem sabe que não basta alegar e que é necessário provar, e também bem sabe a forma adequada de o fazer, tanto mais que se tratava de factualidade impugnada pela parte contrária! |
49,726 | Estão sujeitos a prescrição, pelo seu não exercício durante o lapso de tempo estabelecido na lei, os direitos que não sejam indisponíveis ou que a lei não declare isentos de prescrição art. 298, n. 1 do. |
49,727 | Completada a prescrição, tem o beneficiário a faculdade de recusar o cumprimento da prestação ou de se opor, por qualquer modo, ao exercício do direito prescrito art. 304, n. 1 do. |
49,728 | Porém, em linha com o afirmado em , in fine, supra, podemos concluir que o significado essencial do ónus da prova art. 342 do não está tanto em saber a quem incumbe fazer a prova do facto como em determinar o sentido em que deve o tribunal decidir no caso de se não fazer prova do facto - vide, a propósito, Pires de Lima e Antunes Varela, Anotado, Vol. , cit., pág. 304 e Alberto dos Reis, CPC Anotado, Vol. , cit., pág. 27 |
49,729 | assim que teve conhecimento de tais factos, deduziu no processo de execução, incidente de arguição de nulidade, alegando o não cumprimento, em relação a si do disposto no art 864, n 2 do Código do Processo Civil, uma vez que se viu impossibilitada de reclamar o seu crédito, peticionando a anulação de todo o processado posterior ao momento em que a citação deveria ter ocorrido, e o cancelamento das inscrições prediais entretanto lavradas, incidente este que veio a ser indeferido. |
49,730 | Ressuma, pois, do exposto que a A. assaca a responsabilidade da falta de citação e demais intervenção no processo executivo aos exequentes, conforme resulta de forma expressa dos artigos 54 a 56 do articulado inicial. |
49,731 | O exequente A.. juntou aos autos certidão de ónus e encargos sobre o imóvel penhorado da qual constava a aludida hipoteca e requereu o cumprimento do art 864, n 2 do CPC; |
49,732 | Em sede de réplica, veio a autora reafirmar que a presente acção surge no seguimento do despacho judicial proferido no TJ de Amares, que indeferiu a arguição de nulidade suscitada, e que determinou que a questão de fundo se discutisse nos tribunais comuns. |
49,733 | Nos termos do disposto no art. 211, n 1 da CRP os Tribunais Judiciais são os tribunais comuns em matéria e criminal e exercem jurisdição em todas as áreas não atribuídas a outras ordens jurídicas. |
49,734 | E quer o pedido, quer a causa de pedir invocados pela autora, conforme supra se referiu consiste na omissão da sua citação no processo de execução que correu termos no TJ de Amares, para reclamar o crédito a que tinha direito, em virtude da hipoteca registada a seu favor. |
49,735 | Torna-se, pois, decisiva, a interpretação que se tenha da petição inicial, analisando-se para isso, a verdadeira causa de pedir escolhida e pretendida pela autora, de molde a dar forma ao pedido formulado. |
49,736 | A gravação é efectuada em sistema vídeo ou sonoro, sem prejuízo de outros meios audiovisuais ou de outros processos técnicos semelhantes de que o tribunal possa dispor, devendo todos os intervenientes no acto ser informados da sua realização. |
49,737 | Com o devido respeito, diga-se, desde já, que no entendimento do recorrente, andou mal o Tribunal a quo ao proferir a decisão da qual aqui se recorre. Mais concretamente, ao pronunciar-se da forma como o fez, o Tribunal a quo apreciou mal as questões de facto que se lhe colocavam, violando os fundamentos de direito nos quais assentou a decisão ora em crise, olvidando a necessária e imprescindível fundamentação fáctica e legal. |
49,738 | Chegando a tal conclusão por mera interpretação literal do disposto no art. 15, n. 3 e 4, não conjugando a leitura dos mesmos com os restantes princípios e normas legais aplicáveis. |
49,739 | De qualquer das formas, não nos parece que seja de acolher a interpretação trazida pelo aresto ora recorrido, pelo que o mesmo viola o disposto no art. 15, n. 3 e 4 do CPC, impondo-se a substituição do mesmo por outro que declare a nulidade da prova gravada e ordene a repetição da produção da mesma. |
49,740 | A falta ou a falha na gravação da prova constitui, assim, nulidade processual, nos termos definidos no n. 1 do artigo 195 do Código de Processo Civil, pois trata-se de irregularidade susceptível de influir no exame e decisão da causa, desde logo por retirar ao recorrente a possibilidade de impugnar em sede de recurso o julgamento da matéria de facto, com fundamento na prova gravada. |
49,741 | Outros, ainda, proclamavam que esse prazo de dez dias começava a contar da data limite em que a parte deveria ter solicitado a entrega da cópia do registo da gravação, nos termos do n. 2 do art. do Decreto-Lei n. 39/95, de 15 de Fevereiro g. acórdãos do Supremo Tribunal da Justiça de 8/7/2003, na revista n. 2212/03 e de 16/9/2008, na revista n. 2261/08, ambas da Secção). |
49,742 | Veja-se, neste sentido, por exemplo, o Acórdão da Relação de Lisboa de 002015 processo n. 8/16TCFUN.L1-2), o qual, além do mais, enfatiza, bem, o dever das partes de cooperarem com o tribunal no sentido de eventuais irregularidades da gravação que possam comprometer a desejável celeridade no andamento dos autos serem remediadas o mais cedo possível. |
49,743 | Vistas as conclusões do recurso que antes se transcreveram, torna-se evidente que o recorrente não especificou com a clareza necessária nem os factos provados e não provados relativamente aos quais defende uma reversão do juízo probatório. E, bem assim, que não indicou com precisão os meios de prova que entende deverem ser apreciados e serem aptos a motivar um juízo diferente. |
49,744 | Todavia, no caso em apreço, a rejeição do recurso, nessa parte, mostrar-se-ia uma solução desproporcionada e formalmente excessiva, se se tiver presente a dificuldade que tal tarefa representava ab initio, em razão do modo pouco adequado e igualmente menos claro segundo o qual a factualidade provada e não provada se mostra descrita no acórdão recorrido. |
49,745 | A menor AA aparenta não ter estabelecido uma relação afectiva ou de vinculação com o progenitor e, durante grande parte da visita, procura o contacto ocular/visual constante com as colaboradoras que se encontram a supervisionar as visitas. Por vezes, a AA chorava quando a colaboradora a levava para a visita ao progenitor. O pai BB... nem sempre cumpriu as orientações internas dos colaboradores por exemplo, deixar o telemóvel durante as, tendo chegado a elevar o tom de voz com uma funcionária. |
49,746 | A progenitora, .., encontra-se em paradeiro desconhecido e, apesar de estar autorizada a visitar a filha, não contacta a .. nem estabelece qualquer contacto com a bebé desde 15 de Outubro de 201 São desconhecidos, também, meios para contacto com a mesma. |
49,747 | A menor AA não conhece a mãe nem identifica a progenitora como tal e igualmente não possui qualquer familiar mais marcante na vida, inexistindo neste momento qualquer vinculação afectiva ou sentimento por parte da criança. |
49,748 | BB... referiu que já se encontra a viver com EE... há algum tempo, mas mantinha o pagamento do apartamento da Cruz Vermelha por considerar que, desta forma, seria mais fácil que AA lhe fosse entregue. |
49,749 | Perante esta solicitação, BB... alterou, imediatamente, o seu comportamento, elevando o tom de voz, praguejando e recusando contactar o primo, afirmando, indignado, que não pretendia que o ficasse com a sua filha. |
49,750 | ...Apesar de ser sensibilizado para a necessidade de avaliação do seu primo, demonstrou-se cada vez mais reactivo e zangado com a situação. Afirmou: "eu não moro com o meu primo, por isso a minha filha não vai para lá e ficar longe de Eu sou o pai se eu não quero e não concordo o Tribunal não pode dizer isso. No dia 29 vou a Tribunal e vou dizer que não quero que o meu primo fique com a minha filha!" cit.). |
49,751 | Até ao momento não obtivemos qualquer contacto por parte deste familiar pelo que não foi possível aferir as condições de vida do agregado familiar de .. nem confirmar a sua relação com o progenitor da AA BB.... |
49,752 | Relativamente a não foi possível apurar o solicitado, pois, apesar das várias tentativas de contactos telefónicos e da tentativa de visita domiciliária, os mesmos não tiveram sucesso. também não devolveu os contactos nem contactou os serviços. |
49,753 | Acresce que o progenitor de AA..., também se mostrou muito desagradado com esta tentativa de contacto e avaliação de , considerando que o mesmo não deveria ser avaliado nem considerado como alternativa. |
49,754 | Consideramos relativamente a EE..., existirem aspectos do seu discurso contraditórios no que respeita aos seus antecedentes e história de vida da mesma, bem como do facto de não ter nenhum dos seus filhos aos seus cuidados e responsabilidade, nem aparentar contactos regulares com os mesmos. Não obstante, são referidos aspectos de imaturidade afectiva e outros que remetem para fragilidades importantes com potencial impacto no seu funcionamento: é referido um défice cognitivo global ligeiro e que "Da análise da entrevista clínica e do exame do estado mental é possível afirmar que a examinanda sofre de debilidade mental ligeira e antecedentes de consumo recreativo de drogas ilícitas. A examinanda desconhece as necessidades das crianças nas diversas fases do desenvolvimento" ... |
49,755 | Face ao exposto, salvo diferente entendimento de Ex, consideramos existirem diferentes factores e fragilidades ao nível do agregado de BB... e EE..., pelo que entendemos não estarem reunidas as condições, a curto ou médio prazo, pum o agregado familiar se constituir como alternativa ao acolhimento residencial de AA.... |
49,756 | Importa referir que, pese embora os registos de contactos telefónicos e de envio de convocatória, o progenitor não compareceu a atendimento agendado na CPCJ de . FF... ainda não se encontra registada. No que concerne ao registo de nascimento da criança, a técnica de serviço social do , solicitou junto dos serviços da Conservatória do Registo Civil de agendamento de atendimento, contudo sem resposta ate ao momento. A EMAT reiterou este pedido, via email, junto da mesma conservatória dia 29 de Abril de 202 |
49,757 | , nascido a . de de 2008, actualmente com 12 anos de idade. De acordo com a prima paterna e tutora, PP, no contacto telefónico realizado a 29 de Abril de 2021, o foi morar consigo e com a sua mãe tinha apenas 3 anos de idade. O seu tio, pai do , ter-se-á separado da progenitora, alegadamente por descobrir que EE... tinha duas filhas de relações anteriores e nunca lhe ter contado. Aquando da separação, ficou com a progenitora que, entretanto, iniciou nova relação com o progenitor do filho ... Quanto ao progenitor do emigrou e não mais contactou o filho. A progenitora, junto do novo companheiro participou em alguns assaltos, sendo que num deles, realizado a um café, o estava presente. Esta situação originou a sinalização da criança que acabou por ser entregue aos cuidados da tia paterna, mãe de PP. Só mais tarde, a prima terá sido nomeada sua tutora. PP disse que, durante o tempo em que o menino morou com EE..., seria maltratado e negligenciado e que a progenitora deixava a criança frequentemente sozinha em casa. PP indica que o , aos 3 anos, quando foi morar com ela, não sabia falar qualquer palavra. Descreveu situações em que o ia com a tia comprar pão e que a criança se aproximava das pessoas com a mãe esticada como que a pedir esmola ou comida. O terá, possivelmente em resultado da falta de estimulação, um atraso cognitivo que, com o devido acompanhamento e estimulação, segundo a prima, tem evoluído favoravelmente. Segundo PP, EE... nunca procurou o filho. |
49,758 | Subtraía pertences de outros utentes, deixava o filho frequentemente aos cuidados de terceiros para sair, para além de, alegadamente, incentivar o filho, de 4 anos de idade, a roubar em superfícies comerciais. Segundo a técnica responsável do CAES, EE... só não foi expulsa do equipamento em virtude de ter um filho menor de idade aos seus cuidados. |
49,759 | Em Novembro de 2019, na realização de uma visita domiciliária, constatou-se que a progenitora tinha todos os móveis, num dos quartos, por montar - incluindo a cama de .. - e que a habitação se encontrava muito desorganizada, com brinquedos da criança, calçado e vestuário amontoados. O casal EE... e BB...) dormiam no sofá cama, juntamente com a criança. |
49,760 | Foram pontuais. No decurso da visita alimentaram a bebé, revezando a tarefa entre si. Na muda de fralda, a EE encarregou-se da tarefa, O progenitor manteve uma postura mais inibida e calada, sendo que, em algumas alturas, a EE teve que explicar o que a Técnica dizia, uma vez que o Sr. BB... nem sempre compreendia o que lhe era dito" |
49,761 | No decorrer da entrevista, a progenitora, ponderando que a relação com o progenitor poderia colocar em causa a reunificação com FF..., disse: "Se eu tiver que o deixar para ficar com a FF..., deixo-o. Eu só quero o melhor para a FF...." cit.). |
49,762 | que alguma vez tenha deixado a filha em perigo, já que jamais a Dra. TT o viu e já que não foi produzida a prova de visualização de imagens por si requerida. |
49,763 | Daí que se não identifiquem motivos para alterar qualquer elemento da matéria de facto provada, designadamente a descrita na al. dos factos provados, de resto sustentada como está nos relatórios juntos aos autos sobre os termos dos contactos entre AA... e o apelante, durante as visitas deste. |
49,764 | Assim, em consideração da força probatória do relatório pericial em causa, junto a fls. 318 e ss., procederá parcialmente a pretensão do recorrente, cabendo dar por provada a factualidade supra referida, o que se operará aditando ao elenco dos factos provados uma alínea sob a letra, com o seguinte teor: |
49,765 | Como se escreveu em Ac. proferido neste TRP proc. n 1053/12T8VFR.P1, relatado pela Sra. Desembargadora Maria de Jesus Pereira, no qual o ora subscritor interveio como, "o artigo 1978, do dispõe que: |
49,766 | Dada a ligação afectiva que se lhe reconhece para com a criança, bem se aceita e compreende a sua vontade de manter a criança perto de si e o vínculo parental que os une. Porém, para isso e passados já mais de dois anos, ainda agora BB... se revela apenas disponível para iniciar um processo de aprendizagem que lhe venha a facultar a capacidade de exercer a parentalidade. Em todo o tempo que passou, nenhuma evolução nessa aptidão se registou, como ele próprio admite. |
49,767 | Pelo exposto, com fundamento nas normas legais descritas, os juízes que integram este Tribunal Colectivo da 2 Secção do TRP, acordam em julgar improcedente a presente apelação, em razão do que confirmam a decisão recorrida. |
49,768 | O Município ...), inconformado com a sentença proferida em 2014-09-16 pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, que julgou procedente a impugnação judicial interposta por T., Lda., assim anulando a liquidação de taxa relativa a licenciamento no montante de EUR 3199,89, vem dela interpor o presente recurso. |
49,769 | : O que não pode é um pedido autónomo e independente, que consubstancia o iniciar de um novo procedimento urbanístico, ser entendido sempre e em todos os casos como apenas mais um pedido; |
49,770 | : Concretizando, um pedido de averbamento do processo para outro nome porque entretanto o terreno e projetos foram adquiridos por outrem, um pedido de junção de planta em falta, etc., em sede de saneamento/instrução, são pedidos dentro dum mesmo procedimento; |
49,771 | : Resumindo, no Município ...), o processo administrativo de obras é aberto com o primeiro requerimento que dá entrada com o primeiro pedido para um concreto local, sendo que a partir dai todos os procedimentos administrativos o passam a integrar documentalmente, ainda que não formalmente, como não pode deixar de ser; |
49,772 | : Mas por razões de diversa ordem, todas elas constantes do processo de obras e enunciadas na douta sentença, foram sendo recusados, isto é, terminaram com uma decisão da Administração sobre aquele concreto pedido; noutros casos foi a própria requerente que tacitamente desistiu do anterior ao apresentar novo subsequente projeto; |
49,773 | O pedido que incluiu o projecto que veio a ser, a final, licenciado, deu entrada nos serviços do Recorrente a 13/03/2002, não tendo sido indeferido, mas sim objecto de convite a aperfeiçoamento. |
49,774 | A Autora apresentou a 10 de Maio de 2000, nos serviços da entidade demandada, um pedido de licenciamento de uma obra de construção de um edifício de comércio e armazenagem, sito em, tendo sido aberto o procedimento n 412/2000, cfr. teor do doc. de fls. 16 dos autos e capa do Processo Administrativo. |
49,775 | Sujeito este pedido a parecer do ICERR, esta entidade veio a informar que apenas poderia ser licenciada a construção das edificações desde que estas respeitassem o afastamento mínimo de 5 em relação ao limite da expropriação prevista para o local, cfr. teor do doc. de fls. não numeradas do Processo Administrativo.; |
49,776 | Assim, foi a Autora notificada por carta datada de 10/08/2001 do indeferimento do pedido apresentado em 07/02/2001, baseado neste parecer do ICERR, cfr. teor do doc. de fls. não numeradas do PA; |
49,777 | Em 26/10/2001 a Autora apresentou pedido de licenciamento com a apresentação de um novo projecto de arquitectura, tendo este sim seguido para parecer do ICERR em 23/11/2001, cfr. teor do doc. de fls. não numeradas do Processo Administrativo.; |
49,778 | A Autora veio então apresentar pedido de licenciamento, com a entrega de novo projecto em conformidade com os condicionalismos referidos do ICERR e, a 14/01/2003, cfr. teor do doc. de fls. não numeradas do Processo Administrativo; |
49,779 | Assim, a Impugnante, aqui Recorrida, peticionou perante o TAF de Aveiro a anulação da taxa no montante de EUR 3199,89 cuja liquidação - efetuada pelos serviços do Município ...) - lhe foi dada a conhecer em dezembro de 2003, por entender que a mesma concretiza uma aplicação retroativa não prevista na lei do supracitado Regulamento, que nos termos do disposto no respetivo art. 3 apenas entrou em vigor a partir de 15 de março de 2002, tendo o procedimento de licenciamento sob o qual recaiu tido início em 10 de maio de 200 |
49,780 | Donde, na sua tese, o pedido que veio a ser deferido resulta de um procedimento, que teve início com a apresentação de um requerimento da Recorrida datado de 14 de janeiro de 200 |
49,781 | Em 16 de julho de 2001 foi exarada pelos serviços do Departamento de Gestão Urbanística de Obras Particulares da CM_ uma informação no processo com o seguinte teor cf. segunda pasta do processo administrativo: |
49,782 | Analisado o processo e face ao parecer desfavorável do ICERR propõe-se o indeferimento da pretensão, devendo ser dado a conhecer o teor do parecer dessa autoridade ao requerente bem como a planta anexa. |
49,783 | Em conformidade com as disposições legais em vigor, levo ao conhecimento de Ex. que sobre o processo de obras em epígrafe recaiu o despacho de 31/07/2001, que a seguir se transcrever: |
49,784 | T., Lda., tendo procedido ao licenciamento de um Edifício Comércio/Serviços e Armazenagem Localizado em proc. n. 412/2000) e após ter tomado conhecimento do teor do ofício n. 3699 de 10/08/2001, req. N. 768/2001, solicita que sejam anexados ao predito processo, os seguintes elementos: |
49,785 | Face ao vosso ofício acima referenciado Of. N. 3673, junto remeto cópia do Processo de Obras n. 412/2000 em nome de T. Lda., o qual se refere a um projecto de alterações para a construção de um edifício destinado a comércio, serviços e armazenamento, que a firma requerente pretende levar a efeito no lugar de ...), freguesia de N Sr. de Fátima, solicitando se digne emitir o parecer que tiver por conveniente sobre o assunto. |
49,786 | T., Lda., tendo procedido ao licenciamento de um Edifício Comércio/Serviços e Armazenagem Localizado em ...) proc. n. 412/2000) vem, na qualidade de proprietária, solicitar a Ex. a anexação dos seguintes elementos ao predito processo e consequente reapreciação: |
49,787 | A fim de Exa. se dignar emitir o parecer que tiver por conveniente, junto remeto cópia do Proc. de Obras n. 412/2000 em nome de T., Lda., o qual se refere a um projeto de alterações para a construção de um edifício destinado a comércio, serviços e armazenagem, que a firma pretende levar a efeito no lugar de. |
49,788 | Em 17 de maio de 2002 deu entrada na CM_ o ofício do ICERR n. 2740 de 15 de maio de 2002, com o seguinte teor cf. sétima pasta do processo administrativo: |
49,789 | Nesse sentido e após consulta efectuada ao Departamento de Projectos e Apoio Técnico do ICOR entidade que se encontra a coordenar a revisão do projecto da referida Variante, entende-se não haver inconveniente ao licenciamento da pretensão, desde que sejam respeitados os seguintes condicionantes: |
49,790 | A construção deverá respeitar o afastamento mínimo de 20,00 metros em relação ao eixo da E.N. 235 e nunca a menos de 5,00 metros do limite da expropriação prevista para o local, devendo este afastamento manter-se relativamente ao ramo de acesso ramo A+B) do Nó 3, previsto no projecto da variante, conforme o disposto na alínea do art. do Dec.-Lei n. 13/94 de 15/0 |
49,791 | Não será autorizado o encaminhamento de águas pluviais para qualquer órgão de drenagem da rede Viária Nacional existente e a, devendo as mesmas ser encaminhadas para o arruamento municipal a sul, conforme topografia do terreno. |
49,792 | Em 28 de junho de 2002 foi exarada no processo pelos serviços do Departamento de Desenvolvimento e Planeamento Territorial a informação técnica n. 164/2002, com o seguinte teor cf. sétima pasta do processo administrativo: |
49,793 | Em conformidade com as disposições legais em vigor, levo ao conhecimento de V. Ex. que sobre o processo de obras em epígrafe recaiu o despacho de 29/07/2002, que a seguir se transcreve: |
49,794 | Informa que em complemento da informação técnica do Departamento de Desenvolvimento e Planeamento Territorial em anexo, o projecto deve garantir o cumprimento do artigo 1 do Regulamento do P., apresentando para o efeito um estudo de arranjos exteriores e estacionamento dentro do lote. |
49,795 | Em 14 de janeiro de 2003 deu entrada nos serviços da CM_ um requerimento da Recorrida datado de 9 de janeiro de 2003, com o seguinte teor cf. oitava pasta do processo administrativo: |
49,796 | T., Lda tendo procedido ao licenciamento de um Edifício de Comércio/Serviços e Armazenagem, localizado em ...) Processo n412/2000), vem, na qualidade de proprietária, e em resposta ao Ofício camarário n 3425, de 302002, e ao respectivo aditamento, Ofício n16, de 002003, solicitar a EX., a anexação dos seguintes elementos ao predito processo e consequente reapreciação: |
49,797 | Em 22 de julho de 2003 é exarado despacho sobre o requerimento de entrada dos projetos de especialidades determinando que se informe de acordo com o parecer dos bombeiros cf. nona pasta do processo administrativo |
49,798 | Em conformidade com as disposições legais em vigor, levo ao conhecimento de Ex. que sobre o processo de obras em epígrafe recaiu a deliberação camarária de 29-11-2003 que a seguir se transcrever: |
49,799 | Em 15 de dezembro de 2003 dá entrada na CM_ requerimento da Recorrida datado de 14 de dezembro, pedindo a passagem de alvará de licença de realização de obras cf. décima primeira pasta do processo administrativo. |