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Artigos A canelite pode arruinar seu treino A Síndrome do estresse tibial medial também conhecida como periostite tibial ou canelite é uma lesão comum em mulheres. Esta condição é caracterizada por dor no terço inferior e de dentro da canela. A lesão é causada por trauma por esforço repetido no tecido conjuntivo que envolve o osso da tíbia, conhecido como periósteo. Ignorar esta lesão pode agravar os sintomas ou resultar em uma condição mais grave, como uma fratura por estresse dos ossos da perna. Quais os riscos de eu desenvolver a lesão? Estatisticamente, os fatores de risco para o desenvolvimento de Shin splint em corredoras incluem: treino de corrida inadequados, fraqueza dos músculos anteriores da perna, em especial do músculo tibial anterior, principal supinador na fase apoio médio da corrida, desequilíbrio entre os músculos anteriores e posteriores da perna, muitas vezes causado pelo uso excessivo de salto alto no dia-a-dia, inflexibilidade e rigidez dos músculos gastrocnêmio, sóleo, e os músculos plantares (comumente o flexor longo dos dedos). Alguns autores atribuem também como fator de risco, aumentos repentinos da atividade física, incluindo intensidade e duração fazendo com que os músculos fiquem incapazes de absorver o impacto da força de choque ao solo, e também, comprometendo a capacidade de remodelação óssea, principalmente em mulheres com história prévia de osteopenia ou osteoporose. O uso de tênis inadequado, inclusive tênis muito velhos também podem contribuir para dores nas canelas. Mulheres que possuem pisada pronada são particularmente propensas a desenvolver a doença, principalmente quando associada à fraqueza do músculo tibial anterior, pois, a falta de supinação do pé, associada à rotação interna excessiva da tíbia na fase de propulsão levaria também ao acúmulo de carga na face interna da perna, desencadeando a lesão. Mas, por que dói?Alguns autores acreditam que esta dor seja causada por ruptura de fibras de Sharpey que ligam a fáscia medial do músculo sóleo. A Fáscia é um tecido fibroso conectivo que recobre grupos musculares ao periósteo da tíbia. Diagnóstico A canelite geralmente ocorre no final do treino e melhora ao repouso, aplicação de gelo local ou uso de analgésicos e antiinflamatórios. No entanto, pode ocorrer também durante o início do exercício. A apresentação clínica típica desta condição envolve dor na palpação local e, às vezes, inchaço. Se a corredora erroneamente associa a dor à um “evento comum” a corredores ou simplesmente tenta ignorá-la, pode haver progressão e a dor pode permanecer durante todo o treinamento ou durante a atividade de baixa intensidade e pode, inclusive continuar em repouso. O exame de escolha para o diagnóstico é a ressonância nuclear magnética da perna, que freqüentemente mostra o espessamento do periósteo da região da dor. O principal diagnóstico diferencial desta lesão é a fratura de estresse, observada na ressonância magnética, cintilografia óssea de 3-fases e radiografias simples. Recomenda-se também o exame de densitometria óssea e a avaliação de um endocrinologista para se descartar doenças do metabolismo ósseo, principalmente nas corredoras de alto rendimento, devido ao risco de uma progressão para uma fratura de estresse. Outras lesões crônicas que podem mimetizar a canelite incluem a síndrome compartimental crônica de esforço, compressão do nervo tibial e a síndrome do aprisionamento da artéria poplítea. TratamentoA canelite deve ser tratada inicialmente com gelo e antiinflamatórios não esteróides, para reduzir a inflamação, seguida de fisioterapia que objetiva a redução da inflamação e reequilíbrio da musculatura a fim de se prevenir a recidiva da lesão. Devo parar de correr?Para a cura, recomenda-se o descanso que vai de uma semana até 3 meses. Tudo isso dependerá dos sintomas e do desequilíbrio muscular encontrado durante o exame físico. Para os raros casos mais graves, recomenda-se muletas. Para os casos mais leves que, felizmente são a grande maioria, recomenda-se diminuir a duração ou a intensidade do seu exercício e, em seguida, construir-se lentamente, um novo treino, de preferência sob a supervisão do fisioterapeuta. Calçados e palmilhas apropriados são também necessários para se evitar a recidiva da lesão. Recomenda-se a realização de baropodometria, popularmente conhecido como “teste de pisada” para a detecção de pisadas patológicas, principalmente a pronação excessiva. Nos casos refratários e em recidivas podem incluir terapia de ondas de choque extracorpóreas, método mais comummente usado para tratar tendinopatias dos membros inferiores. Alguns autores recomendam também a infiltração local com cortisona, analgésicos e plasma rico em plaquetas (PRP). Há também as opções cirúrgicas. Estas são reservados para casos que não respondem ao tratamento conservador, incluindo “Fasciotomia Posterior”, técnica que envolve a liberação do tecido fibroso conectivo denominado “fáscia”, que recobre grupos musculares. Apesar de ser uma lesão comum e de aparente fácil resolução, a canelite ou shin splint pode afastar a corredora por um longo período e comprometer a performance cardio-respiratória. Por isso, assim como em outras lesões, a prevenção é a melhor saída. E isso envolve o conhecimento da composição corporal através de um check up que envolva o aparelho locomotor, seguido do trabalho de fortalecimento, reequilíbrio e melhoria da flexibilidade muscular sob a supervisão de um educador físico que entenda da biomecânica da corrida.
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Grávida aos 40 anos PUBLICIDADE Você sabia que, segundo uma publicação extraída da revista Nature (Inglaterra), os partos após os 40 anos tenderiam a diminuir a redução dos níveis de estrógeno, que entre outras atividades, desenvolve uma função protetora ao organismo? A conclusão dos pesquisadores foi de que ter um bebê após os 40 anos aumenta as chances da mulher viver mais e melhor. PUBLICIDADE
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Diretor Comercial do GRUPO MVC. Consultor Sênior. Professor da FGV-RJ, Pós Graduado em Planejamento Estratégico pela Columbia University (USA). Por mais de 20 anos ocupou cargos executivos na CICA (SP), Bacardi (RJ), Heublein (SP), Emulzint (RJ) entre outras. Estruturou e tem ministrado diversos cursos voltados para a área comercial de empresas. . Sua área de atuação está voltada para a Negociação e Gestão Comercial abrangendo programas de Negociação, Vendas, Distribuição, Logística, Comunicações, Marketing de Relacionamento, Marketing e Gestão Estratégica de Serviços ,tanto para o setor do comércio, da indústria e de serviços. Co-autor do livro de Gestão de Vendas para os cursos de MBA da Fundação Getulio Vargas, editado pela Editora FGV. . Autor de artigos no INSIGHT MVC e outras publicações. Autor dos vídeos/DVDs: Negociação em Vendas: O Poder Mudou de Lado e Quando Decorei Todas as Respostas, Mudaram Todas as Perguntas (Commit/MVC). Produziu também o programa de E-Learning sobre Vendas Consultivas, já disponível no mercado (BASE RIO)
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Notícias Projetos apoiados pelo Ouro Negro apresentam resultado Avenida 9 de fevereiro de 2016 | 14:58 Compartilhe: Na segunda-feira (8) de Carnaval desfilaram diversas entidades contempladas no Ouro Negro, programa gerido pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult) que apoia desfiles de entidades baianas de matrizes africanas e indígenas em todos os circuitos da folia da capital. O bloco afro Mundo Negro, uma das 94 entidades apoiadas pelo programa, é oriunda do Beirú e, de acordo com Cariane Freitas, 23 anos, vice-presidente do bloco, “é o único o bairro verdadeiramente negro de Salvador”. Segundo Cariane, a comunidade do Beirú se envolve nas atividades e cursos promovidos pela associação carnavalesca. “Algumas dessas atividades têm resultado no desfile que fazemos anualmente no Carnaval”. Nesta mesma linha atua o bloco Okambí, que surgiu em 1982, no Engenho Velho de Brotas, por iniciativa do músico Jorjão Bafafé, com o nome que significa ‘nascidos do coração’. O bloco desenvolve atividades em parceria com a Associação Cultural Grupo União – do mesmo bairro-, entre elas, oficinas de percussão e dança para as crianças das escolas municipais. Em 2016, o bloco Okambí homenageia Mercedes Baptista, a primeira dançarina negra que subiu ao palco no Brasil, com show da cantora Lis Braga. O grupo já levou ao trio a cantora Ellen Oléria em edição anterior do desfile. O ritmo homenageado no Carnaval 2016, o samba, teve com um dos seus representantes nesse penúltimo dia de desfile de folia de Momo com o bloco Samba Terramar, criado em 2008. Gerson Celestino, 55, organizador de alas do bloco desde 2008, explica que o Samba Terramar “acompanhava a Mudança do Garcia e, há alguns anos, desfila com o apoio do Carnaval Ouro Negro”. Uma das alas destaque do bloco é a ‘Ala Tribo da Paz’, em que seus integrantes desfilam com adereços indígenas na cor branca, representando a paz. Quem agitou os foliões durante o desfile desta segunda-feira foi a Banda Quebrando o Gelo, encerrando a participação do bloco no Carnaval 2016. Homenagens Ao celebrar os 50 anos de samba de Nelson Rufino, homenageado e convidado principal do desfile, o bloco Mangue estampou em sua camisa fotos do sambista. “Nós sempre homenageamos sambistas vivos da Bahia, como a sambista carioca Gal do Beco”, disse Rogério Lima, presidente do bloco oriundo do projeto desenvolvido no terreiro Tumbí Obé Ogi, em Cajazeiras. É o terceiro ano que O Mangue é contemplado pelo Carnaval Ouro Negro. Além do trabalho com a música no terreiro, o Mangue também atua em parceria com o movimento LGBT da região e no entorno do bairro. Outra homenagem este ano foi promovida pelo Afoxé Filhos de Korin Efan, ao Mestre Erenilton Bispo dos Santos, alabê da Casa de Oxumaré (Federação), que faleceu aos 70 anos em fevereiro de 2014. Enquanto vivo, Mestre Erenilton era conhecido pelo dom de chamar os Deuses à terra, por conta do profundo conhecimento dos cânticos sagrados, nas quatro principais nações do candomblé (ketu, ijexá, jêje e angola). Segundo Denis Lima, associado do bloco, este é o momento de encontro das pessoas que pertencem a diversos terreiros de candomblé. Divulgar a força e união do Axé, no sentido religioso da língua iorubá, é a principal proposta do Afoxé Filhos de Korin Efan. Homens, mulheres e crianças saíram pelas ruas com a camisa cujo slogan é Agdavi de Ouro – Um toque que chama os Deuses em referência às varinhas que tocam os tambores (Agdavi) e ao ouro que simboliza a deusa Oxum.
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O dia das mães é um dia muito especial tanto para os filhos, que homenageiam suas genitoras, como para as mães, que recebem as homenagens. Mas você sabe qual a origem da data do dias das mães? Esse dia especial na vida de muitas pessoas surgiu nos Estados Unidos, em 1905, após a morte da mãe da jovem Anna Maria Reeves Jarvis. Essa jovem entrou em depressão e para amenizar sua dor, as suas amigas, ao se reunir, decidiram fazer uma festa em especial a memória da mãe de Anna Maria. Sentindo a importância que era de uma mãe receber essa homenagem, ela quis que essa homenagem fosse estendida a todas as mães, tanto as que já morreram quanto, principalmente, as que ainda não. Quando se tornou oficial a data do dia das mães? O dia das mães se tornou oficial em 09 de maio do ano de 1914 e quem oficializou essa data foi o presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson. Hoje diversos países comemoram o dia das mães só que em datas diferentes e as homenageiam dando presentes para simbolizar o amor que sente por elas. Esta é a segunda data mais comemorada do país, comercialmente falando. Perdendo apenas para o Natal, o Dia das Mães é a data que mais movimenta as lojas, já que os filhos não hesitam em dar o melhor dos presentes àquelas que lhe deram a vida e os enchem de carinho, não importando a situação. As mães já recebiam uma homenagem especial, lá na Grécia Antiga. Sempre na chegada da Primavera uma bonita e grande festa era feita, dedicada à Deusa Rhea, mãe dos Deuses. Já na Inglaterra, as homenagens também eram feitas, mas de uma forma diferente: durante o século 19, todo quarto domingo de Quaresma era dedicado às mães das operárias inglesas, que recebiam o dia de folga para ficar com as suas mães e prepararem o ”mothering cake”! Mesmo com todas as demonstrações anteriores, foi nos Estados Unidos que a ideia de haver um dia especial às Mães foi concretizada. Em 1905, a escritora Ana Jarvis, residente no estado de Virgínia, perdeu a sua mãe. Para gerar um conforto à filha, que ficou muito deprimida, as amigas de Ana decidiram organizar uma festa para celebrar a memória da mãe de Ana. Ela ficou muito feliz, porém, quis que todas as mães, vivas ou não, fossem lembradas neste dia. No dia 26 de abril de 1910 ocorreu a primeira celebração oficial do Dia das Mães, no estado de Virgínia. Os outros estados americanos seguiram a ideia e adotaram a comemoração. Um pouco depois, em 1914, o Presidente Woodrow Wilson decretou que o Dia das Mães fosse comemorado, em todo o país, no segundo domingo de maio. Bastou pouco tempo para que mais de 45 países no mundo adotassem o Dia das Mães em seus calendários. Valelembrar que o Dia das Mães é comemorado em datas distintas do mês de maio, em cada um dos países!
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Como cuidar para o Sistema Imunológico Você parece pegar cada bug que está acontecendo ao redor do escritório ou na escola? Se assim for, você provavelmente terá que dar um pouco sobre o seu sistema imunológico . É provável que você tenha sido excesso de trabalho dele, e ele não pode reunir as suas defesas contra os germes outros combatem facilmente. Felizmente, algumas coisas básicas estão no cerne de cuidar de seu sistema imunológico. Instruções 1 Comer uma dieta de baixa gordura. Isso não só reduzir o colesterol e ajuda a perder peso, mas aumenta a produção de células-T , que combatem a infecção. 2 Tome um multivitamínico. A pesquisa mostrou que as vitaminas , especialmente a vitamina A , desempenham um papel importante na saúde do sistema imunológico. 3 Flavor sua comida com a cebola eo alho . Eles são especialmente úteis na prevenção do câncer . 5 Reduza o estresse. A pesquisa mostrou que um alto nível de estresse por si só é suficiente para comprometer seriamente o seu sistema imunológico . 6 Exercício. Isso estimula o seu sangue para produzir interleucina e interferon , que combater a infecção. 7 Obter um pouco de sol , mas não muito. Embora a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele , passar um pouco de tempo ao ar livre ajuda a prevenir outros tipos de carcinomas , como o câncer de cólon. 8 Use preservativos. HIV , o vírus que causa a AIDS , é transmitido principalmente através do contato sexual , e sequestra o sistema imunológico para que ele não pode lutar contra as infecções. 9 Rest. Dê tempo ao seu corpo para se recuperar de atividades do dia . Durma o suficiente e não ter vergonha de apenas sentar e não fazer nada por um tempo. 10 Lave as mãos quando você chega em casa para o dia, depois de usar o banheiro e antes de preparar alimentos . Ajude o seu sistema imunológico por se livrar de alguns germes antes de ter a chance de entrar em seu corpo .
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Como Corinthians misto pode ajudar Tite a driblar um de seus 'fantasmas' Dassler Marques Do UOL, em São Paulo 11/02/201606h00 Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians Maycon escuta Tite em treino na terça-feira: estreia nos profissionais Poucos temas incomodam tanto Tite quanto o baixo aproveitamento de jogadores jovens entre os profissionais. Corinthians x Capivariano, nesta quinta-feira, oferece uma possibilidade interessante para o treinador dar sua resposta O jogo marcado para as 21h (de Brasília) vai marcar a estreia do volante Maycon, 18 anos, entre os profissionais. Com apenas duas semanas de trabalhos entre os jogadores adultos, ele se tornou a grande aposta da diretoria corintiana entre os jovens para 2016. Tudo porque havia sido o principal jogador no vice-campeonato da Copa São Paulo, com seis gols marcados. Antes mesmo de completar a participação no torneio Sub-19, o Corinthians já vislumbrava a utilização de Maycon entre os profissionais. De acordo com Tite e o gerente de futebol Edu Gaspar, a decisão de emprestar Marciel para o Cruzeiro em troca de Willians foi tomada, entre outros motivos, porque havia outro jogador da mesma posição que pedia passagem. Era exatamente o garoto que estreia nesta noite. Internamente, a decisão de ceder um dos jogadores mais promissores ao Cruzeiro rendeu muitas críticas ao Corinthians e a Tite. Em especial, porque a justificativa para liberar Marciel foi a perspectiva de ter mais minutos em campo pelo novo clube. No entanto, a equipe mineira adquiriu outros atletas mais rodados para a posição, como o argentino Romero. Hoje, há oito volantes no elenco cruzeirense. Maycon, por sua vez, aproveita bem o pouco tempo nos profissionais. Ele se impressionou com a intensidade dos trabalhos em campo no Corinthians em relação ao que estava acostumado a vivenciar na base, mas em ótima condição física conseguiu uma adaptação rápida. A concentração dele nas atividades foi elogiada publicamente por Tite. A aposta é que possa reproduzir isso diante do Capivariano, ao lado dos também estreantes como titulares Willians e Guilherme no meio. O sucesso dele entre os adultos ajudaria a evitar, de certa forma, que o Corinthians pudesse viver um novo caso Marquinhos na troca que levou Marciel ao Cruzeiro. A ideia de que acelerou o processo de saída do zagueiro para a Roma, em 2013, incomoda Tite. O negócio é considerado desastroso do ponto de vista financeiro e esportivo, já que se trata atualmente de um dos jovens mais bem cotados na Europa. Por ele, o Corinthians ganhou cerca de R$ 10 milhões um ano antes de ser vendido novamente por R$ 100 milhões ao PSG-FRA.
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sexta-feira, outubro 03, 2014 A Historia da Copa do Mundo FIFA de 1978 Copa do Mundo FIFA de 1978 A Copa do Mundo FIFA de 1978 foi a 11ª Copa do Mundodisputada, e contou com a participação de 16 países. 7 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu naArgentina.Foi uma copa cercada de polêmicas. Muito se deveu ao clima político vivido na Argentina. O país vivia uma brutal ditadura imposta pelos militares, que viram na organização do torneio a oportunidade ideal para popularizar o regime e promover a distração nacional dos problemas políticos e econômicos. Uma autêntica política de pão e circo época se dizia que o craque holandês,Johan Cruijff, se recusara a jogar a Copa, supostamente como forma de protesto contra o regime militar. Recentemente o ídolo do futebol holandês informou que não jogou a copa devido a problemas familiares, pois seus familiares sofreram uma tentativa de sequestro em Barcelona (Espanha), o que deixou a todos traumatizados, necessitando de sua atenção em tempo integral. Como não estaria focado 100% no mundial, preferiu estar ao lado de seus familiares.A organização da Copa de 1978 também apresentou muitas falhas. Os estádios ficaram, em alguns lugares, prontos na última hora, e por isso os gramados recém plantados se soltavam sob os pés dos jogadores. Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, os principais rivais faziam um tour pelo país, se desgastando com longas viagens. No grupo da Argentina, a Itália roubou a cena e venceu os seus três jogos da primeira fase. Com um gol de Bettega, despachou os donos da casa, 1 x 0. Era a geração de Paolo Rossi, Conti eScirea começando a brilhar. A Argentina venceu Hungria eFrança, ambas por 2 x 1 e ficou com a segunda vaga. O bom time francês não levou sorte e acabou eliminado. Craques comoRocheteau, Platini, Tigana e Six brilhariam mais quatro anos depois.No grupo do Brasil, outro drama pós-70. A seleção canarinho, perdida em meio aos malabarismos táticos do técnico Cláudio Coutinho, não empolgava. O time era lento, apático e não se encontrava. Possuía dois jogadores da verdadeira linhagem de camisas 10, Zico e Roberto Rivellino (tricampeão em 1970), mas nenhum dos dois brilhou. Além disso, Coutinho deixou simplesmente o craque Paulo Roberto Falcão, então no Internacional, de fora. No primeiro jogo, o Brasil empatou com aSuécia por 1 x 1. Neste jogo, um lance incomum: no último lance do jogo, há um escanteio a favor do Brasil. A bola é centrada na área e Zico marca um gol de cabeça. Mas o árbitro galês Clive Thomas anulou o gol, argumentando que encerrou o jogo com a bola no ar. O Brasil ainda empatou com a Espanha em 0 a 0. E só se classificou ao vencer a Áustriano terceiro jogo, 1 x 0, gol de Roberto Dinamite. Mesmo com a derrota, a Áustria, que vencera os dois primeiros jogos, ficou com a outra vaga. A Holanda, sem Rinus Michels e Cruijff, não era a mesma e também teve dificuldades em se classificar. Venceu o fraco Irãpor 3 a 0, depois empatou com o Peru em 0 a 0 e perdeu da Escócia por 3 a 2. O Peru foi a grande sensação do grupo, com seu futebol clássico e técnico, que tinha Teófilo Cubillas como seu principal artífice. Venceu, ainda na primeira fase, a Escócia por 3 a 1 e goleou o Irã por 4 a 1. Alemanha Ocidental e Polônia dividiram as vagas de seu grupo entre si sem maiores dificuldades. Neste grupo, a Tunísia fez história ao conquistar a primeira vitória de uma seleção africana em copas, fazendo 3x1 no México. Estavam na segunda fase: Argentina, Peru, Brasil e Polônia no Grupo A, e Alemanha, Itália, Países Baixos e Áustria no grupo BNa segunda fase, a Laranja Mecânica reencontrou seu melhor futebol e embalou na Copa: goleou a Áustria por 5 x 1; empatou com a Alemanha Ocidental em 2 x 2 e ganhou da favorita Itália 2 x 1, conseguindo uma vaga para a final. A Azurra que foi a grande sensação da primeira fase com 100% de aproveitamento empatou com a Alemanha em 0 x 0, derrotou a Áustria por 1 x 0 e foi disputar o 3º lugar, por ficar em 2º lugar do grupo.. No grupo de Brasil e Argentina, o maior escândalo da história das Copas. O Brasil, modificado com as entradas deRodrigues Neto, Jorge Mendonça e Roberto Dinamite nos lugares de Edinho, Zico e Reinaldo, se recuperou da apatia da 1ª fase e venceu o Peru por 3 a 0. A Argentina passou pela Polônia por 2 a 0. Em Rosário, argentinos e brasileiros duelaram numa verdadeira batalha, mas o jogo ficou no 0 a 0. Foi jogo nervoso, pois Coutinho escalou o jogador Chicão (falecido em 2008) para intimidar os argentinos com um jogo duro e de marcação. Mas este empate seria fatal para o Brasil. Na última rodada, a equipe venceu tranquilamente a Polônia por 3 a 1. Com este resultado, restava à Argentina vencer o Peru por 4 gols de diferença. Uma vantagem considerável, pois desde que César Luis Menotti se tornara técnico da seleção, os alvi-celestes jamais tinham vencido um jogo por mais de 3 gols. O Peru, literalmente, abriu mão do direito de jogar, e levou suspeitíssimos 6 a 0. Uma curiosidade: o goleiro peruano, Ramón Quiroga, era argentino de nascimento, e falhou em vários gols. Outra, o horário do jogo foi modificado para antes do jogo da Argentina, dando à equipe albi-celeste a vantagem de saber por qual resultado jogar. Argentina x Peru gerou um número de teorias da conspiração: de que os argentinos teriam comprado o jogo, ou que a ditadura argentina teria ameaçado os jogadores do Peru. Um fato real, confirmado posteriormente por jogadores do Peru, era que o então ditador Jorge Rafael Videla visitou o vestiário peruano antes do jogo, acompanhado do ex-Secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, e falou em solidariedade latina. Por outro lado, é bastante plausível que, dado que a Argentina entrou em campo contra o Peru já sabendo de antemão de que resultado ia precisar para chegar à final (4 X 0), tais teorias da conspiração iriam ocorrer de qualquer jeito, mesmo que a Argentina tivesse vencido de apenas4 X 0 e não de 6 X 0. Assim, vale observar: se o Brasil (jogando em país neutro contra os peruanos) foi capaz de fazer 3 X 0 num Peru que naquele momento ainda tinha chances de ir à final da competição, será que a Argentina (jogando em casa) não seria capaz de fazer 4 X 0 num Peru que naquela altura já não tinha chance de nada, nem de ir à final da competição nem à disputa de 3º lugar? Ao Brasil, restou vencer a Itália na decisão de 3º lugar com um golaço de Nelinho, onde a bola fez uma curva improvável e surpreendeu o experiente goleiro Dino Zoff. O outro gol foi marcado por Dirceu, o grande destaque verde-amarelo no torneio. Na grande final, num Estádio Monumental de Nuñez lotado, os donos da casa queriam a revanche de 1974 e o título em 1978. A Argentina pressiona e Mario Kempes abre o placar. Os holandeses empatam com um belo gol de cabeça de Dirk Nanninga. Aos 45 do segundo tempo, um susto para os argentinos: Rensenbrink acerta a trave de Fillol, para alívio geral nas arquibancadas. Na prorrogação, a Argentina atropela os Laranjas com dois gols - Kempes, de novo, e Bertoni, vingando a derrota de 4 x 0 sofrida na Copa de 74. Para encerrar o controvertido certame, o emblemático Coutinho, treinador da seleção brasileira, soltou mais um de seus malabarismos linguísticos: Nós somos os campeões morais desta Copa!. Todavia, o título real ficou mesmo com a Argentina. Curiosidades Pela primeira vez, as seleções ostentaram o logotipo do fabricante no uniforme. Foi a primeira Copa em que a Argentina usou o escudo da AFA, Associação de Futebol Argentino no uniforme, nas Copas anteriores a camisa albiceleste estava sem o devido escudo. Foi a última Copa em que 16 seleções participariam da fase final. A partir do Mundial da Espanha, em 1982, seriam 24 seleções. O Brasil utilizou dezessete dos 22 jogadores inscritos. Apenas quatro disputaram todos os jogos completos: Leão, Oscar, Amaral e Batista. Para disputar suas sete partidas, o Brasil percorreu 4.659 quilômetros pela Argentina. Já a Argentina percorreu apenas 618. A Seleção Francesa tentou, sem êxito, boicotar a sua ida a Copa em resposta ao assassinato de freiras francesas por parte do Regime Militar. Na decisão entre as seleções da Argentina e Holanda, um torcedor de 49 anos sofreu um ataque cardíaco no momento em que atacante neerlandês Rob Rensenbrink acertara a trave do goleiro argentino Ubaldo Fillol, porém foi socorrido a tempo de festejar a conquista inédita do título. Os holandeses viraram de costas para o sanguinário ditador Jorge Rafael Videla na hora de receberem as suas medalhas de prata. Esta Copa protagonizou o segundo escândalo de doping da história do torneio. O meia escocês Johnstone foi flagrado nos exames antidoping na partida em que sua seleção foi derrotada pelo Peru por 3x1. Johnstone, após o anúncio do doping, e de seu desligamento da delegação, fez as malas, e voltou para casa mais cedo. Depois do episódio, ele nunca mais foi convocado pela Escócia em competições internacionais. No jogo Brasil e Suécia na 1ª fase, o jogo estava empatado em 1x1 até os acréscimos no final da partida, quando houve um escanteio a favor do Brasil. Quando o escanteio foi cobrado, o meia brasileiro Zico subiu de cabeça, e marcou o que seria o gol da vitória brasileira. Estranhamente, o juiz galês Clive Thomas encerrou o jogo, para desespero do time brasileiro. Sua alegação foi que ele terminara o jogo com a bola no ar. O time brasileiro entrou com duas representações contra o juiz na Comissão de Arbitragem e no Comitê Disciplinar da FIFA. O juiz foi afastado, e nunca mais apitaria uma partida de Copa. Eliminadas na primeira fase, as seleções da França e da Hungria proporcionaram um verdadeiro papelão, sendo que a França, em protesto contra as más arbitragens, entrou também de camisa branca, pois a mesma estava sorteada para os húngaros, o árbitro do jogo, o brasileiro Arnaldo César Coelho, se recusava a começar a partida, enquanto a questão dos uniformes não estivesse resolvida, os jogadores da França acabaram sendo obrigados a jogarem com uniformes verdes listrado de branco, cedidos as pressas por um time amador, o Kimberley, os franceses venceram por 3x1. O jornal inglêsSunday Times denunciou que os argentinos estavam fraudando os testes antidoping. Diziam que a urina para os exames após cada partida não era fornecida pelos jogadores, que inferiam fortes doses de anfetaminas. Um homem teria sido contratado só para urinar. O jogador Rob Rensenbrink da seleção neerlandesa, marcou o gol 1000 da história da Copa do Mundo, convertendo um penalti, no jogo Escócia 3x2 Países Baixos. A seleção da Tunísia tornou-se a primeira seleção africana a ganhar uma partida de Copa do Mundo, batendo o Méxicopor 3x1. As Águias de Cartago conseguiram ainda um empate em 0 a 0 com a Alemanha Ocidental, então campeã do mundo. O Brasil se autoproclamou campeão moral por ter sido a única seleção invicta da Copa e porque o goleiro do Peru, Quiroga, teria facilitado a partida contra a Argentina. A Argentina precisava ganhar de uma diferença superior a quatro gols. Ganhou de 6 a 0. Além disso, Quiroga nasceu na Argentina e naturalizou-se peruano. Atendendo a pedidos das emissoras de TV argentinas que alegaram estarem se adaptando a era do canal a cores, novidade da época na vizinha Argentina, a FIFA repentinamente alterou o horário dos jogos decisivos do Grupo B das semifinais da Copa de 1978: sendo que o jogo Brasil x Polônia seria disputado no horário vespertino, e o jogo Argentina x Peru no horário noturno, o selecionado argentino entrou em campo praticamente com o resultado em mãos. Fernando Rodríguez Mondragón, filho de um chefe do tráfico de drogas Colombiano, declarou em 2007 à Rádio Caracol (Colômbia) que o desarticulado cartel de Cáli subornou a seleção do Peru, com uma cifra não revelada, para que deixasse a seleção da Argentina ganhar o decisivo jogo da segunda fase. A Argentina se classificou tendo os mesmos pontos que o Brasil, mas com melhor saldo de gols. Foi a primeira edição da Copa que o Brasil terminou sem ser derrotado e não foi campeão, tal feito se repetiria em 1986, onde foi eliminado pela França nas quartas de final; nessa copa a Argentina novamente viria a ser campeã. Houve rumores de que a Ditadura Militar argentina desejava o título a todo custo, o que segundo algumas pessoas, explicaria boa parte dos episódios estranhos ocorridos durante a Copa. A comemoração da imensa torcida argentina pela vitória de 6x0 sobre o Peru serviu para acabar com os protestos das Mães da Praça de Maio, que buscavam informações dos filhos desaparecidos, pois os mesmos haviam feito vários protestos contra o governo militar do país.
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Historiografia do Paraná A História do Paraná compreende a formação de três comunidade regionais: a do Paraná tradicional, que se esboçou ainda no século XVII, com a procura do ouro, e estruturou-se no século XVIII sobre o latifúndio campeiro dos Campos Gerais, com base na criação e no comércio do gado. E, mais tarde, no século XIX, nas atividades extrativas e no comércio exportador de erva-mate e da madeira. As do Paraná moderno, já no século XX, sendo a do Norte, com a agricultura tropical do café e que, pelas origens e interesses históricos, ficou, a princípio, mais diretamente ligada a São Paulo, e a do Sudoeste e Oeste, dos criadores de suínos e plantadores de cereais, que pelas origens e interesses históricos, ficou a princípio mais intimamente ligada ao Rio Grande do Sul. Outros historiadores seguiram as orientações de Brasil Pinheiro Machado. Ruy Wachowicz reforçou a noção da identidade paranaense fragmentada em decorrência do processo de colonização do Estado e concebeu o conceito de Três Paranás: Em consequência das fases históricas que condicionaram a colonização do território paranaense, podemos dividir a ocupação do estado em três áreas histórico-culturais. A primeira área corresponde ao que chamamos de Paraná Tradicional. Esse Paraná iniciou sua história no século XVII, com a descoberta do primeiro ouro encontrado pelos portugueses no Brasil. A segunda área cultural do estado corresponde ao norte do Paraná. A terceira área histórico-cultural originou-se após meados da década de 1950. A este deslocamento populacional chamamos de frente sulista, ocupando a maior parte do sudoeste e parte do oeste paranaense. (WACHOWICZ, 2002, p. 287.) Na página de Geografia também estão disponibilizados informações, textos, vídeos, sons e imagens sobre o Paraná.
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Bonito Sobre Bonito Grutas Atividades aquáticas Outros passeios Dica Nascimento Poucos destinos turísticos no Brasil são tão preservados quanto Bonito, pequena cidade do interior do Mato Grosso do Sul. Preparada com hotéis e pousadas para receber grande volume de turistas todo ano, Bonito conseguiu estabelecer regras que respeitam o que ela tem de mais... bonita. Os passeios são todos feitos com guias, que orientam um número limitado de visitantes por vez e ajudam na preservação de cachoeiras, rios, grutas e áreas verdes de beleza incomparável. Seja bem-vindo a Bonito, cidade que faz jus ao nome. As grutas são formações geológicas de rochas calcárias. No caso da maior atração de Bonito, a Gruta do Lago Azul, essa formação tem 100 metros de largura e 70 metros de profundidade. Para chegar ao fundo da gruta, onde existe um lago que parece um grande espelho azulado, basta descer os quase 300 degraus rústicos, esculpidos na pedra. Outra gruta famosa na região é a Gruta de São Miguel. Para chegar até ela é preciso percorrer uma trilha suspensa em meio à mata nativa. A Gruta de São Miguel está localizada dentro de um dos tantos parques de Bonito, a Reserva Natural Parque Ecológico Vale Anhumas. Se você escolheu Bonito para passar as férias, não esqueça de levar roupas leves, protetor solar, roupa de banho e muita disposição, principalmente se for fazer trilhas. Não se preocupe com roupas de mergulho, snorkel e máscara de mergulho, pois é possível alugar tudo isso lá mesmo. A flutuação é uma das atividades preferidas pelos turistas, que têm a oportunidade de deslizar por águas tranqüilas e transparentes, observando peixes de perto e contemplando a vegetação ribeirinha. O Rio Sucuri é um dos lugares ideais para a atividade. Nem só de flutuação vivem os turistas em Bonito. Há muitas outras atividades, como prática de rapel, de mergulho, caminhadas, banhos de cachoeira e descanso depois de tudo isso em algum bar da cidade, nos quais é servida uma mistura exótica, que leva cachaça, guaraná em pó, mel e canela. Opte por ficar na cidade apenas depois que o sol se for, pois as atrações que valem a pena estão longe do centro. Isso muda apenas em julho, quando é realizado na cidade o Festival de Inverno de Bonito, com várias atividades artísticas. Bonito concentra o maior número de atrações, mas aproveite para circular pela região. Uma ida à cidade de Jardim, a 75km de Bonito, é obrigatória. Cenário de um importante episódio da Guerra do Paraguai, a pequena cidade abriga o Rio da Prata. Tire uma tarde para flutuar pelas águas transparentes do rio e se deparar com plantas exóticas e peixes coloridos. Checklist • Clima: tropical úmido. A época mais recomendada para se visitar a cidade é entre os meses de dezembro e março. Apesar de ser o período de chuvas, é quando a vegetação está mais verde, os animais aparecem e as cachoeiras estão mais caudalosas. Temperatura média anual é de 22ºC. • Site oficial: http://www.portalbonito.com.br/home/home.asp
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Victor Priori avisa à cúpula do PSDB que pretende disputar a Prefeitura de Jataí O presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, disse ao Jornal Opção que o empresário Victor Priori quer disputar a Prefeitura de Jataí. O problema é que, como se afastou da política por algum tempo, Victor Priori abriu espaço para o vereador Vinicius Luz pleitear a prefeitura. Agora, é muito difícil, senão impossível, o jovem político retirar sua postulação. Afrêni Gonçalves afirma que a cúpula estadual não vai interferir em Jataí. Os políticos locais terão de encontrar um denominador comum, por intermédio do consenso ou de prévias. A questão é que, com prévias, as chances de Vinicius Luz aumentam. Victor Priori quer ser ungido pelo partido.
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Classificação oficial dos meios de hospedagem Comments Description Classificação oficial dos meios de hospedagem. Profª. Fernanda Alves. Por que classificar?. Aumento e evolução dos meios de hospedagem ao longo dos anos. Cresce a exigência dos hóspedes sobre qualidade. Necessidade de padronização nacional e internacional. Objetivos da classificação. - PowerPoint PPT Presentation Download Classificação oficial dos meios de hospedagem Transcript Classificação oficial dos meios de hospedagem Profª. Fernanda Alves Tema da Apresentação Aumento e evolução dos meios de hospedagem ao longo dos anos. Cresce a exigência dos hóspedes sobre qualidade. Necessidade de padronização nacional e internacional. Por que classificar? * Tema da Apresentação * Tema da Apresentação Os objetivos da classificação hoteleira servem para orientar: A sociedade em geral: sobre os aspectos físicos e operacionais que vão distinguir os diferentes tipos e as categorias de meios de hospedagem; Aos consumidores: para que possam aferir a compatibilidade entre qualidade oferecida e preços praticados pelos meios de hospedagem de turismo; Aos empreendedores hoteleiros: sobre os padrões que deverão prever e executar em seus projetos, para a obtenção do tipo e da categoria desejados; O controle e a fiscalização: sobre os requisitos e padrões que deverão ser observados, para manutenção da classificação. Objetivos da classificação * Tema da Apresentação * Tema da Apresentação A Embratur determina que: Os símbolos oficiais que indicarem a classificação do estabelecimento serão representados por intermédio de placa, em modelo idêntico para todo o território nacional, na qual constará o tipo e a categoria da classificação atribuída ou reconhecida pela Embratur. A placa será afixada em local de máxima visibilidade, vale citar, na fachada principal do estabelecimento. Categorias A Embratur tem classificado os meios de hospedagem em categorias representadas, por símbolos, no caso, estrelas. Classificação oficial - Embratur * Tema da Apresentação * Tema da Apresentação
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SETE DE SETEMBRO Desfile celebra a Independência 02 Setembro 2016 18:18:16 Evento cívico acontece na quarta-feira (7), às 8h30min, no Centro da cidade Redação Jornal Metas Foto: Arquivo Jornal Metas Escolas e entidades esportivas participarão do desfile A rua Coronel Aristiliano Ramos, no Centro de Gaspar, será palco, na manhã da próxima quarta-feira (7), do desfile cívico alusivo às comemorações de 194 anos da Independência do Brasil. O evento acontece às 8h30min e irá reunir centenas de estudantes das redes municipal, estadual, particular e federal de ensino. Além disso, segundo o organizador do evento, Gabriel Corrêa, o desfile deste ano traz novidades: a participação de entidades esportivas que farão uma alusão aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. As polícias Rodoviária, Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros de Gaspar também estarão presentes. O desfile terá início na Sociedade Alvorada e seguirá até o pátio do Salão Cristo Rei, sendo que o palanque para as autoridades será montado na Praça Getúlio Vargas. Como manda a tradição, a abertura do desfile fica por conta do Clube Musical São Pedro. Se chover, o evento será cancelado. Em Ilhota, o desfile acontece às 9h, com início na rua Joleto Valgas, seguindo pela Leoberto Leal, até o pátio da Igreja São Pio X. Trânsito A partir das 6h, a rua Coronel Aristiliano Ramos estará fechada entre a Sociedade Alvorada e a ponte Hercílio Deeke. Também não será permitido o tráfego de veículos nas ruas transversais, como Augusto Beduschi, Irmãos Krauss e Eurico Fontes. A rua Industrial José Beduschi estará interditada entre o Te Contei e a Agropecuária Girassol. Na rua São José, o trafégo de veículos estará liberado apenas entre o Colégio Madre Francisca Lampel e rua Doralícia Garcia.
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LANÇAMENTO – “A Instrumentalina” mostra a infância sob a ótica de Lídia Jorge A escritora portuguesa Lídia Jorge, na sua casa no Algarve. (foto: reprodução) 31 de maio de 2016 14:59 O livro “A Instrumentalina” foi editado pela primeira vez pelas Publicações Dom Quixote, em 1992, e traduzido para vários idiomas. Agora, a história criada pela escritora portuguesa Lídia Jorge chega às livrarias em nova edição publicada pela Editora Peirópolis. A narrativa coloca em cena uma mulher adulta que revisita a sua infância, passada numa grande casa tradicional, dominada por um avô patriarca. Ela recorda a delicada relação com o tio Fernando, que vem morar na casa a pedido do avô. Ele chega com suas paixões: uma bicicleta, uma máquina fotográfica de fole e uma de escrever. A personalidade irreverente e rebelde do mais velho arrebata a atenção da criança observadora e carente de afeto que crescia na década de 1960 ao sul de Portugal. As lembranças dos seus encontros num campo de margaridas, tendo por fundo uma bicicleta como único veículo de libertação, constituem a matéria-prima deste texto cujo título toma por nome a alcunha desprestigiante que haviam dado a esse “instrumento” : a instrumentalina. As ilustrações desta nova edição são de Anna Cunha.
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“CHEGOU O MOMENTO DE DEUS REVELAR O MESSIAS”, DIZ O RABINO-CHEFE DE JERUSALÉM “CHEGOU O MOMENTO DE DEUS REVELAR O MESSIAS”, DIZ O RABINO-CHEFE DE JERUSALÉM As coisas continuam interessantes no que tange à Israel e a espera pelo Messias, segue o artigo traduzido… (Sabemos que primeiramente o falso messias dos judeus, o anticristo, será revelado, e enganará Israel e o resto do mundo com falsa paz e segurança.) Em uma história surpreendentemente sub-relatada, um dos rabinos-chefe de Jerusalém, o Rabino Shlomo Amar emitiu uma decisão na segunda-feira de que Deus deve trazer o Messias e acelerar a redenção final. A decisão foi entregue durante um encontro espiritual durante toda a noite entre rabinos do movimento Chabad-Lubavitch e uma gravação do momento foi postado no YouTube (em hebraico). Nos dias que antecederam a decisão por Amar, perto de 6.000 rabinos e líderes da comunidade judaica participaram da Kinus Hashluchim anual (Conferência Internacional de Emissários de Chabad-Lubavitch) no Brooklyn, NY. O movimento Chabad-Lubavitch tem emissários que servem ao povo judeu em mais de 75 países ao redor do mundo. A cada ano, eles se reúnem em Nova York para a sua conferência anual. Depois de concluídos os procedimentos oficiais da conferência, Amar e outros se reuniram na sede mundial da Chabad-Lubavitch, também no Brooklyn, NY, para uma farbrengen informal. A farbrenguen é uma confraternização no mundo Chabad-Lubavitch, onde pensamentos inspirados são compartilhados e melodias espirituais sem palavras, chamadas Niggunim, são cantadas. Os alimentos doces, vinho e outros itens são servidos frequentemente. Durante esta reunião espontânea, e sem dúvida influenciado pelo sucesso inebriante da conferência que tinha acabado de concluir, Rabbi Berel Lazar, um dos dois principais rabinos da Rússia, lembrou Amar que há 25 anos, o Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, o último cabeça do movimento Chabad-Lubavitch, que faleceu em 1994, tinha pedido a Amar para emitir um din psak (decisão rabínica oficial) sobre a questão da redenção do povo judeu. Vinte e cinco anos mais tarde, neste encontro, nas primeiras horas da manhã de 09 de novembro de 2015, Amar concordou que tinha chegado o momento de declarar que Deus deve acelerar a chegada do messias. Na presença de dezenas de colegas e segurando as mãos dos dois homens sentados mais próximos a ele, Amar pronunciou, “Vimos por este meio governar de acordo com a demanda do público -, vemos o autor, mas não podemos ver o réu – que Deus Todo-Poderoso rapidamente porá um fim e revelará o Mashiach (Messias) na frente de nossos olhos na realidade”. Apesar da hora tardia, sua declaração foi recebida com um caloroso “Amém!” da multidão. Imediatamente após, a multidão começou a cantar “Nós queremos Mashiach agora! Nós não queremos esperar! “Estas palavras vêm de uma música que as crianças Lubavitch são ensinadas a cantar a partir de uma idade muito precoce. Como é possível que um rabino, mesmo um dos principais rabinos de Jerusalém, possa tomar uma decisão na lei judaica que obriga Deus? A agência de notícias Breaking Israel News colocou esta questão ao sênior Chabad Rabino Uri Kaploun que disse: “Tudo o que me vem à mente é o axioma em Chazal (os sábios judeus) que Lo BaShamayim Hi (que não está no Céu): uma vez que a Torá foi dada, a corte terrena faz com que as decisões, e o Tribunal Celestial está, por assim dizer, obrigado por eles”. Certamente depois do mistério da salvação das almas, centro do nosso Movimento, o segundo assunto que mais me fascina é exatamente a questão da conversão do povo judeu – eles afirmam ser a revelação do Messias – na realidade o judeu Jesus Cristo, não existe outro Messias. Desde o momento da condenação de Jesus no patíbulo, onde parte daquele povo gritava: caia sobre o seu Sangue, são passados já quase dois mil anos, tempo citado por Jesus como “tempo das nações pagãs”, onde a Palavra de Deus foi tirada dos judeus e dada aos gentios, que a fariam produzir muitos frutos. O que aconteceu então foi que parte de Israel se converteu para Jesus Cristo, e parte ficou no erro, seguindo os fariseus e saduceus, e assim até hoje. A parte que se converteu se espalhou pelo mundo, na chamada diáspora, e na maioria perdeu a origem do seu sangue, não sabe que é judeu e sim é, continuando a ser fiel e Jesus Cristo, formando a base da Igreja Católica que seguiu os judeus e apóstolos. Continua fiel ao mesmo e único Deus, e não se arredou mais desta fé, uma raiz bendita que brota daqueles que se converteram já no início, com a pregação dos apóstolos. Outra parte continuou cega, seguindo sua saga pelo mundo, aferrada ainda ao culto antigo, ao velho testamento. Segue aos rabinos como acima vimos e estão espalhados pelas sinagogas do mundo e de Israel. Neste sentido, devemos esclarecer novamente algo que a imensa maioria do próprio povo judeu não entende e que a humanidade ignora totalmente. Se pode dizer que existe na verdade não somente um povo judeu, mas dois. Existe uma grande multidão deste povo, que é bom, ordeiro, trabalhador, super inteligente, criativo e voltado para a paz, e existe dentre eles um germe maldito, um “espinho na carne”, que tem raiz na maldita tribo de Dã, uma centelha super inteligente, mas maligna, cuja alma é voltada para o ódio, a sedição, a intriga, o roubo, a mentira, a traição, algo que chega a ser assustador, porque dentre eles, se pode dizer, existem verdadeiros demônios vivos. E assim milhões de judeus bons, pagam pela maldade de alguns dominados pelo mal, que os lideram. Não é, porém que todos os judeus maus são apenas desta tribo – porque existem outros das diferentes raízes que os seguem e a eles obedecem – mas o comando do mal, as manipulações universais desta claque demoníaca, estão nas mãos deste pequeníssimo segmento, do qual já eram protagonistas, Anás, Caifás , dentre outros membros do sinédrio, e também Judas. Tal é esta raça infiltrada e perversa, que ela sempre esteve presente em todas as deflagrações mundiais, e desde os tempos do Êxodo, através da infiltração, da intriga, do ódio e da exploração financeira, eles estavam presentes. Basta correr as linhas da história mundial, e se verá o quanto isso é verdadeiro. Sim, onde estiver o roubo e a exploração diabólica do ouro, do dinheiro eles estão! Eles são os grandes mestres neste sentido. Dã era sim, filho do patriarca Jacó, mas não com Raquel e sim com sua escrava, Bala (Gê 30, 4-6), que era uma filha dos homens, não pertencia à raça escolhida, e então Dã herdou na raiz o sangue da mãe. Por revelações particulares sabemos que posteriormente ele se casou com outra mulher fora da raiz, e por mistério de Deus toda a geração que se seguiu ao que veio dele, embora continuasse misturada à semente no meio do povo escolhido, na realidade não transmitia mais o sangue da bênção, que vinha desde Adão, Noé, Abraão e Isaac. Tanto é que o Pai Jacó, antes de morrer abençoou todas as outras 11 tribos, mas amaldiçoou Dã dizendo: “Dã será uma serpente no caminho”, e assim tem sido por mais de três milênios. Por que descrevo isso? Porque existe muito ódio na humanidade voltado contra todo o povo judeu, quando na verdade são bem poucos os judeus que têm culpa dos males causados por alguns dentre eles, como atualmente temos este grupo das chamadas 13 famílias que hoje controlam todo o mundo, dotadas de um espírito de ódio brutal, que tem tramado por séculos, e que está em vias de produzir aquele que a Escritura declara como “filho da perdição”, e que mais comumente se conhece como anticristo, um ente originário exatamente desta tribo. São aqueles que o Apocalipse afirma que “se dizem judeus e não são, mas mentem, e são sim uma Sinagoga de Satanás (Ap 3, 7-13). O fato é que embora os judeus tenham lá seus meios de se identificar como pertencendo a uma ou outra tribo, na realidade apenas Deus sabe identificar com perfeição quem pertence a quem. Entretanto este segmento rebelde é que está por trás, desde sempre, impedindo que aconteça a conversão da maioria deste povo – nem todos aceitarão que Jesus é o Messias – para que então eles caminhem junto com a Igreja Católica, rumo à Jerusalém Celeste. Será um grandioso dia, um tempo de glórias, embora que só vai acontecer mais adiante. Sim, depois da grande guerra – provocada exatamente por este germe putrefato que permeia o povo escolhido – e depois que grande parte deles for enganada através da pessoa do anticristo, um danita pervertido que sintetiza em si toda a maldade que um ser humano pode possuir. Muitos judeus o aceitarão inicialmente como fosse o Messias esperado, como acima afirma o Rabino Shlomo Amar. E tudo leva a crer que, pessoas como ele, afundadas demais nos escaninhos da lei, e sem se dar conta do mistério do sangue, acabarão por ser enganadas pelo falso messias, o anticristo, que virá antes do retorno de Jesus, na glória. Muito embora já existam certos rabinos chamados “messiânicos”, que pregam que Jesus é o Messias e que não virá outro, a verdade é que existe entre muitos judeus um ódio sobrenatural contra Jesus Cristo – um judeu com sangue da tribo de Judá – e estes irão até o fim teimando em não aceita-lo, até porque instigados exatamente por alguns venenosos rabinos, que pertencem igualmente a esta claque do mal. Entretanto se cumprirá sem dúvida, a profecia que está em Zacarias 12, 10 “Farão lamentações sobre Aquele ao qual traspassaram como se fosse um filho único, chorá-lo-ão amargamente como se chora um primogênito”. Como isso se fará é mistério ou são mistérios que apenas o Pai Eterno guarda entre os Seus indestrinçáveis segredos. Uma das coisas que influirá grandemente para que eles enfim entendam o mistério da Cruz é certamente a preservação que Deus fará deste povo, quando a guerra se estender sobre eles e forem derrotados os exércitos invasores, como bem explicam, tanto Zacarias como Ezequiel. O segundo fator, quem sabe o terceiro, se dará com a Missa no Calvário, e o estupendo milagre que se dará ali, diante dos olhos de muitos rabinos. Estas duas coisas são certas, e que contribuirão grandemente para que os judeus voltem a ter olhos para ver, e ouvidos para ouvir. Quando for levantado o anátema que pendia sobre eles! Como sabemos que muitos deles têm coração duro, e também sabemos que Deus tem um amor extremado pelo Seu povo é certo que o Pai tem outros meios e modos de abrir os seus corações, uma deles talvez esteja nas mãos do Movimento Salvai Almas, pelo que sei, um dos únicos grupos de oração preocupados com a conversão dos Judeus, conforme está em nosso Catecismo: “Antes do segundo Advento deverá acontecer a conversão do povo judeu”. Ou como mensagem ao Movimento: “A casa de Israel ressuscita, e caminha junto para o Novo Reino”. Mas este é segredo ainda, e espantoso por sinal. Certo é que um dos grandes sinais de que tudo isso está próximo, se deu no cumprimento das antigas profecias que falavam do retorno do povo judeu para seu país, recolhido por Deus dentre todos os países e continentes, formando o novo Estado de Israel. Isso aconteceu após a segunda Guerra Mundial, quando aquela região inteira foi comprada, e se instalou ali a nação como hoje a vemos. Esta é um sinal inequívoco da proximidade dos eventos finais, que culminarão com o Juízo Final e a instalação, ainda aqui neste planeta, do Novo Céu e da Nova Terra, conforme nos avisam as Escrituras, em especial Isaías 65, 17 em diante. Bom ler para se inteirar melhor! Rezemos também pela conversão do povo Judeu. Já tivemos anistias neste sentido, e com certeza os frutos se farão ver doravante, cada vez com maior clareza. Tempos atrás consta que o Rabino Kaduri, antes de morrer deixou escrita uma frase, e pediu que fosse lida somente um ano depois de sua morte. Quando a profecia foi aberta nela constava: Jesus é o Messias! Nossas orações podem apressar o retorno deles para Cristo, e isso porá fim a este mundo de intrigas, discórdias e guerras, imoralidades e vícios, quando todos serão santos. Sim, neste tempo sumirão da terra todos os maus, aqueles voltados para a revolta, e todos os que possuem o sangue da maldição, que vem daqueles trogloditas antigos, os que a Bíblia chama de “filhos dos homens”. Todos estes irão desaparecer, para nunca mais infectarem a humanidade. Então esta terra será repovoada apenas pelos filhos de Deus, portadores do sangue da bênção que veio de Adão, quando haverá paz na terra e assim para sempre. Como eu anseio por este dia, como luto para que venha logo! Pelas pontinhas que o Pai já me fez ver em sonhos, eu lhes digo: vale a pena gastar tudo o que temos, nem que sejam as continhas do nosso terço, para comprar um lugar na Nova Terra. Somente os que lutam por ela estarão lá!
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Volante Alison volta a treinar com bola e fica próximo de retorno 4 set 2016 09h23 comentários Após ser submetido a uma artroscopia no joelho direito em função de uma entorse em julho, Alison está prestes a reforçar o Santos na sequência da temporada. Isso porque o volante já treina com bola no CT Rei Pelé e, assim, que completar o processo de transição poderá voltar a ser relacionado pelo técnico Dorival Júnior. saiba mais Com 23 anos, Alison já sofreu três cirurgias no joelho direito por conta de ruptura nos ligamentos. A última ocorreu em julho, após o departamento médico do Peixe tentar a cura através de um tratamento mais conservador, como a fisioterapia. Em 2016, o volante, que tem contrato com o clube da Vila Belmiro até o fim de 2017, atuou em nove partidas, acumulando quatro vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Ao todo, soma 87 jogos pelo Santos, com um gol marcado desde que se tornou profissional, em 2013.
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Alunos que ocuparam escolas explicam o movimento que ganhou destaque Publicado em 07 de dez de 2015 O programa Hora da Verdade na TV conversou com dois alunos que fizeram parte das ocupações nas escolas Orlik Luz e Suely Machado, em Franca. Eles explicaram como foi o movimento que ganhou amplo destaque e fez o governador Geraldo Alckmin suspender a reorganização escolar. Veja também que as fotos que caíram na rede social de uma francana e um cantor sertanejo movimentou a cidade. O programa traz nudes que fizeram sucesso nos últimos anos no mundo. Assista: Eu Eu tive oportunidade de ver uma entrevista de 30 min com o Governador, e também fui atraz para ver detalhes do projeto, e pelo que pude entender, a reorganização seria uma boa opçao. Uma das coisas do projeto que vi, foi que a distancia mais longa de uma escola para outra na reogarnização é de 1,5 km. Outro ponto importante do projeto é que as escolas desocupadas, virariam creches para o municipio e novas ETEC. Não iria ter dispensa de professores (como dito pela midia e estudantes), afinal, professor é funcionário publico. Outra coisa sobre os professores, é que o Estado efetivou a 2 meses 6.000 professores temporários.E para fechar.... as notas das escolas no enem e avaliações do MEC são maiores nas escolas reoganizadas. Bem foi isso que vi..... mas os alunos, que estão na sala de aula, devem ver algo que a sociedade não esta vendo. Publicado: 07 de dez de 2015 Otávio O que é nudes? Publicado: 07 de dez de 2015 Apenas uma mera opinião O negocio é bem esse mesmo.. o que aparece na mídia, mas a questão é que quem esta dentro da escola, e mais ainda dentro da sala de aula (alunos e professores) veem coisas que a população em geral não vê. Para mim (que estou dentro da sala de aula) isso não pode ser bom, não da maneira imposta que está sendo colocada, não houve discussão nenhuma, foi imposto tudo a um mês atras, pegou todos de surpresa. E na prática é apenas uma contenção de despesas, mas alunos dentro de uma sala de aula, e o nosso digníssimo Governador só voltou atras (por um curto tempo) pois sua popularidade baixou de 38 para 28%. Publicado: 07 de dez de 2015 Darsio Batista Esse Eu me cheira alguém que trabalha nos órgãos centrais da educação ou um tremendo de puxa saco do governo Alckmin.
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Estabelecer uma estrutura internacional, bem como definir papéis e responsabilidades dos governos contratantes, órgãos governamentais, administrações locais, indústrias portuárias e de navegação nacionais e internacionais, a fim de garantir a proteção marítima.
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Qual a diferença entre ruas e avenidas? Enquanto o Dicionário Aurélio define a rua como uma via pública para circulação urbana, total ou parcialmente ladeada de casas e a avenida como via urbana mais larga do que a rua, em geral com diversas pistas para circulação de veículos, cada município brasileiro tem autonomia para nomear seus logradouros. Sendo assim, uma rua no Rio de Janeiro (RJ) pode ser uma avenida em Teresina (PI). Dependendo da legislação - ou da falta dela - a mesma cidade pode ter ruas e avenidas com características bem diferentes. Em Porto Alegre (RS), por exemplo, não há uma regra para a denominação das vias. Quando o loteador faz o orçamento, no momento da urbanização de uma área, propõe o que é rua e o que é avenida. É muito intuitivo, explica Eduardo Azambuja, engenheiro da Secretaria de Planejamento Municipal da capital do Rio Grande do Sul. Ele diz ainda que, quando a Câmara de Vereadores dá ou muda o nome de uma via, pode alterar o tipo do logradouro. Um exemplo são as antigas estradas nas zonas rurais, que ganham meio-fio e passam a ser avenidas. Para evitar confusões, a prefeitura de São Paulo (SP) baixou um decreto, em dezembro de 1988, estabelecendo critérios. As ruas paulistanas têm largura entre 7,2 e 19,99 m de largura, e as avenidas, mais de 20 m. Já as travessas ou passagens têm largura entre 3,61 e 7,19 m. Esta pergunta foi enviada pelo internauta Antonio Carlos. Clique aqui e envie já a sua.
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Que tal uma experiência diferente na sua viagem? Viajar é uma ótima forma de descobrir e aprender novas coisas. Seja um costume, uma comida ou um sotaque, é impossível sair de uma viagem menos rico em novos conhecimentos. Melhor ainda é quando percebemos que somos tão apaixonados por algo que conseguimos passar não só o conhecimento adiante, mas também uma grande experiência para outras pessoas! E aí começa nossa história: o Mundi foi convidado pelo +Asas e pelo Duda Itajahy a fazer parte de uma dessas experiências incríveis na simpática Casa Beludi, no Rio de Janeiro. O Duda, nosso anfitrião, é publicitário por formação, mas encontrou na mixologia uma paixão tão grande que é capaz de mergulhar no assunto e nem perceber a hora passar. E o +Asas é uma agência especializada em promover as mais diferentes experiências, como esta que vamos contar agora. Mas o que é mixologia? Para você ficar por dentro do assunto e acompanhar o restante do post, este ponto é importante. Mixologia é o contrário do apenas misturar coisas e torcer para dar certo em um drink. Podemos dizer, de uma forma bem simples, que a mixologia é o estudo das misturas. É saber encontrar o melhor conjunto para o resultado que se quer chegar em sua próxima bebida. O que achamos da experiência do Duda Itajahy? Batizada de Estão Chegando os Alquimistas…, a experiência oferecida pelo Duda é um misto de simpatia e muito ensinamento – você realmente presta atenção no gosto e tenta entender a composição das bebidas depois dessa aula. Além, é claro, de ser totalmente contagiante – pois, afinal, todo o evento é prático e cheio de degustações. Dessa forma, quem se inscreve nesta experiência, pode ir entendendo todo o processo de combinações para se chegar ao drink perfeito. Ah, e com direito de fazer sua própria infusão e tudo! A experiência começa ainda na entrada da casa, em um ambiente superagradável e com a presença da natureza por todos os lados – contrastando com o Rio de Janeiro lá fora. Nosso curso começa com a água. Aprendemos nesta parte como que, com diferentes essências, podemos mudar completamente o gosto das bebidas. A ordem aqui neste ponto é brincar de experimentar as misturas, trocar ideias com o restante do grupo e provar os resultados. Depois passamos para o fundo da casa, que tem uma queda d’água constante e impressionante. Por lá misturamos bebidas alcoólicas (rum e/ou vodka) com diversas polpas de frutas que estavam disponíveis, o espírito de alquimista aqui já está acionado. As próximas etapas são dentro da casa. Os tubos e frascos de vários tamanhos dão aquele ar de laboratório, que cai muito bem com a atividade e com o nome da experiência, mas com um clima muito mais aconchegante. Nesta parte a magia acontece. Aprendemos infusões, harmonia entre os ingredientes e até detalhes sobre como o gelo deve ser usado em um drink. Além dos daqueles preparados pelo mestre Duda, o grupo também faz a própria bebida – no caso, um mojito (veja o nosso logo abaixo). Um pouco mais pra perto do final do evento, chega a hora de preparar nossa própria infusão com três ingredientes dos vários disponíveis na mesa. É uma tarefa mais complicada, mas fica bastante claro que, nesta etapa do encontro, já temos muito mais noção das possíveis harmonias entre as opções: paramos de trabalhar com chances de dar certo para passar para o campo do experimento com muito (muito!) mais base. Embora essa seja a parte final, não significou o fim. O Duda é um anfitrião de mão cheia e muito animado com o que faz. Respondeu várias perguntas do grupo, deu diversas dicas, explicou seu processo de trabalho, bateu papo e, claro, elaborou drinks incríveis para a gente. Valeu a pena demais! Ficamos com a impressão de que, mesmo sendo algo voltado para líquidos, o conhecimento adquirido acaba se transportando também para os alimentos. Para quem gosta descobrir novos sabores, está aí uma grande experiência! Obrigado, Duda e +Asas pelo convite. Adoramos! Como participar de uma experiência? O +Asas é uma agência especializada em descobrir e explorar novos achados pelo Rio de Janeiro, proporcionando assim uma outra perspectiva da cidade. Composto por anfitriões apaixonados pelo que fazem, o serviço se encarrega de criar a ponte entre eles e o viajante (ou morador), que está buscando fazer algo diferente. As experiências disponíveis são muito variadas! Você pode encontrar roda de samba, confeitaria, moda, fotografia, trilha e várias outras. O site é muito fácil de navegar, o pagamento é feito através do cartão de crédito na própria página e a equipe é superprestativa. Para dar uma olhada e escolher sua próxima experiência, acesse www.maisasas.com.br e divirta-se! Comentário […] que têm grandes paixões e adoram compartilhar conhecimento. Em dezembro, fomos aprender sobre mixologia de drinks com o Duda e, hoje, falaremos sobre tudo que aprendemos com o Marco sobre um patrimônio nacional: o […]
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Título de Capitalização O título de capitalização é uma modalidade de investimento financeiro muito popular no Brasil Quem está pensando em poupar ou fazer um investimento a longo prazo, contando ainda com a possibilidade de receber prêmios através de sorteios – estes mensais ou semanais – tem como uma boa e rentável opção o título de capitalização. O que é título de capitalização Um título de capitalização é um título de crédito, administrado por empresas de capitalização ou instituições bancárias – como o Bradesco, Santander, Caixa, Itaú e BB – que possui como foco principal a formação de um capital. Além disso, os títulos de capitalização permitem que o assegurado tenha chance de participar de sorteios lotéricos, podendo receber outros valores – além da aplicação – através destes. Um exemplo popular de título de capitalização é a Tele Sena, que traz os mesmos benefícios, já que após o período de 12 meses, é possível resgatar o valor total pago no título, acrescido de juros. Na maioria dos títulos de capitalização, o valor pode ser resgatado – total ou parcialmente – no final da vigência do contrato, podendo ser ou não acrescido de juros referentes ao período de colaboração. O tempo de vigência do contrato pode ser escolhido pelo cliente: o pagamento é realizado apenas pelo período desejado. Como funciona a Capitalização O funcionamento dos títulos de capitalização é simples: o cliente faz uma economia programada, ou seja, poupa a quantia que quiser, já sabendo o quanto poderá resgatar, ao término do contrato. Porém, a capitalização conta com a vantagem dos sorteios através das loterias federias: além do valor capitalizado, o cliente ainda pode concorrer à diversos prêmios em dinheiro, semanal ou mensalmente. De acordo com o título, a periodicidade de sorteios é diferenciada. Para mais dicas sobre título de capitalização, assista ao vídeo abaixo: Como declarar título de capitalização Assim como todo investimento, os títulos de capitalização devem ser declarados no IRPF. Este é um fator que merece bastante atenção, para que o contribuinte não tenha dores de cabeça futuras com a Receita Federal. Os valores dos títulos resgatados e contemplados no ano devem ser inseridos na opção “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, localizada na “linha 7 – outros”. Ter um Título de Capitalização é um bom negócio? Por conta dos baixos juros aplicados, o título de capitalização pode ser considerado um mau investimento. Por outro lado, a obrigatoriedade de manter o dinheiro ‘’parado’’, pode ser um bom negócio para quem deseja uma garantia de dinheiro, a longo e determinado prazo. Caso você queria o título para garantir o pagamento de um aluguel, por exemplo, não é recomendado, já que será impossível movimentar o valor investido até o término do contrato. Saber se esta modalidade de investimento financeiro é interessante ou não, depende bastante da finalidade que o valor investido terá, bem como a urgência do resgate!
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quinta-feira, outubro 08, 2009 «Termino com um desafio: peço ao Ludwig que me aponte uma contradição, basta apenas uma, entre doutrina católica e ciência.» (1) Mais que um conjunto de crenças, a ciência é o processo de escolher e transformar crenças para formar ideias correctas acerca da realidade. Por isso a ciência subordina as crenças aos dados. Se estes contradizem uma hipótese a ciência recomenda crer essa hipótese falsa. E se não há dados que favoreçam uma hipótese a ciência recomenda que não se confie nessa. As religiões vão no sentido inverso. Cada religião define-se por um conjunto fixo de crenças, costumes e rituais. São o seu fundamento, à luz dos quais interpretam tudo o resto, e exprimem os anseios e tradições do povo de origem e dos povos que a adoptaram. Estas abordagens são incompatíveis. Enquanto a ciência visa escolher hipóteses segundo critérios objectivos de adequação à realidade, independentes do sujeito, as religiões são manifestações de subjectividade que projectam sobre a realidade o acto pessoal de crer. A diferença é óbvia ao longo da história. Filósofos gregos especularam que o universo seria feito de água, fogo, ar ou terra. Os alquimistas elaboraram a especulação e, eventualmente, nasceu a química e a moderna teoria dos átomos. Ficou muita treta pelo caminho mas, como o processo foi guiado pelos dados, os gregos até podiam ter proposto que o universo era feito de marmelada ou arenques fumados. Tanto fazia. Mais cedo ou mais tarde, empurradas pelo que se observa, estas especulações acabariam por convergir numa descrição mais próxima da realidade. Coisa que o fundamento subjectivo das religiões impede. Por isso as religiões divergem constantemente, e o seu número só não cresce sem parar porque muitas duram pouco. Religiões e ciência são incompatíveis à partida porque não podemos subordinar as crenças aos dados que obtemos ao mesmo tempo que assentamos uma visão do mundo num crer arbitrário. E porque não podemos encontrar formas objectivas de seleccionar crenças ao mesmo tempo que nos governamos por actos pessoais de fé. Isto não impede que alguém seja religioso e cientista. Também há pára-quedistas que fazem mergulho. Mas a capacidade humana para fazer e pensar coisas incompatíveis não faz com que deixem de o ser. Não é por um cientista ir à missa que provam a compatibilidade. Para isso teriam de mostrar como se faz ciência com rezas, fé e dogmas religiosos. E não é só no processo que há contradição. Também naquilo que é aceite como verdade as religiões contradizem a ciência. Por exemplo, muitas religiões – entre as quais a católica – afirmam a existência de seres conscientes e imateriais. Deus, almas, anjos, espíritos santos. E isto a ciência diz, claramente, ser impossível. Não é algo que esteja fora do conhecimento científico nem dependente dos modelos ainda incertos da neuropsicologia. É algo que segue da física mais fundamental. O processamento de informação, no sentido mais lato que abrange certamente qualquer forma de consciência, exige energia e acarreta custos em entropia. Disso não há escapa. A menos que a ciência moderna esteja redondamente enganada. Os poderes do deus católico são outro exemplo. As teorias científicas servem-nos por serem claras e explícitas, e a teoria da relatividade é das melhores que temos nisso. Quando nos diz que não se pode acelerar objectos à velocidade da luz é mesmo isso que quer dizer. Não há excepções, nem para o Capitão Kirk, nem para o Kal El nem para o Jeová. Não se pode. Ponto. É assim que se faz em ciência porque se a teoria é correcta, desta forma dá-nos uma visão clara e útil da realidade. E se a teoria for incorrecta damos logo com o gato. Por isso, afirmar que um amigo invisível pode acelerar coisas a velocidades superiores à da luz contradiz a ciência moderna. Da cosmologia ao GPS, muito na ciência depende de ser impossível fazer tal coisa. Para disfarçar esta contradição é costume alegar-se que Deus opera num domínio diferente ou que ele é que criou as leis da natureza e pode fazer o que quiser. Nada disso serve. Só há duas possibilidades. Ou a ciência está correcta nisto e é impossível deslocar objectos mais depressa que a luz. Ou não é impossível e a ciência está enganada. Torçam-se como quiserem, mas dizer que há um deus que o pode fazer é contradizer a ciência. E há os milagres, que os católicos adoram. Literalmente. Quando alguém se cura e dá jeito mais um santo, reúne-se cientistas para certificar que a cura é cientificamente impossível e oficializa-se o milagre. É uma fantochada, é certo. Não há qualquer contradição porque não há milagre. Há só aldrabice e trapalhada. Mas a ideia que querem transmitir é que o deus católico manda na ciência. A ciência diz que não pode e vem Deus e, pimba, já está. Os milagres são cartazes publicitários apregoando a incompatibilidade entre pensar objectivamente na realidade e acreditar que isto anda tudo a mando do homem invisível. É claro que o Bernardo vai dizer que Deus é um ser transcendente, que está para além do tempo e do espaço, é incompreensível para a mente humana e essas coisas. O que o leva a mais uma contradição com a ciência. Em ciência, essas desculpas são inaceitáveis. Porque não há maneira nenhuma de saber se isso é mesmo assim ou se é tudo treta. Nem faz qualquer diferença... 190 comentários: Eu estou a vender pedras preciosas do além. São rarissimas, têm poderes de outro mundo e são imateriais. Tu pareces-me o tipo de pessoa com abertura de espirito para comprar umas quantas. 10 Euros a peça. Poes-me o dinheiro na conta que no mesmo instante eu envio-tas através de energia multicosmica. Não é bem assim, o impossível deve ser substituído por inexplicável, já que se trata de um mecanismo de cura desconhecido, no fundo as tais remissões espontâneas. De notar que o elemento fé aqui é muitíssimo importante, embora tal não implique qualquer tipo de crença religiosa. De certa forma, cura-se quem se quer mesmo curar, já que, mesmo com tratamentos médicos convencionais ou outros, o restabelecimento da saúde é sempre um processo de auto-cura ou a tal vis medicatrix natura. Não é bem assim, o impossível deve ser substituído por inexplicável, já que se trata de um mecanismo de cura desconhecido, no fundo as tais remissões espontâneas. Argumento pela ignorância. Como não se sabe o que se passou, é deus que fez isto. Ó Bernardo, santa ingenuidade. Ter espanto por algo inexplicável é interessante e bonito, mas inferir daí qualquer metafísica que seja é digno de numerologias e horoscopias!! O Ludwig tem razão quando diz que o problema é que quando se escapa para o domínio do não observado, do não empírico, do não verificado, entramos no domínio da especulação e da fantasia. E se é aqui que se confinam os milagres, estamos mesmo perante o deus-das-lacunas. Imagino perfeitamente um tipo da idade média a interpretar uma doença como algo divino, ou então demoníaco. Ah, espera aí, isso aconteceu mesmo assim!! «Quando nos diz que não se pode acelerar objectos à velocidade da luz é mesmo isso que quer dizer. Não há excepções, nem para o Capitão Kirk [...]» Objectos, de facto, não viajam mais rápido que a luz (apesar de se tratar de uma enorme desconsideração da warp drive...). Mas mais à frente o português muda: «Por isso, afirmar que um amigo invisível pode acelerar coisas a velocidades superiores à da luz contradiz a ciência moderna.» Exceptuando a parte do amigo invisível, se a coisa for uma velocidade de fase, então posso acelerá-la a velocidades infinitas. As perturbações na velocidade de fase propagam-se, no limite, à velocidade da luz mas a fase pode viajar mais rápido. Podia-se fazer isso num jogo de futebol, quando os espectadores fazem a onda. Sincronizava-se toda a gente e punha-se o estádio inteiro em fase. Se calhar talvez não num estádio mas numa Comic-Con... Isto só para poder contrariar o Ludwig, para variar um pouco. De facto, só posso apontar este pequena ambiguidade dicionarista que a língua portuguesa permite. Concordo com o texto e acho que a tese NOMA é uma ideia muito má tendo aliás sido, não estranhamente e desde a sua concepção, imediatamente reconhecida como uma oportunidade paliativa por vários religiosos. É que a tese das NOMA é apenas usada como uma espécie de limite pouco claro entre o conhecimento e os nichos de um certo deus das lacunas - o próprio Stephen J. Gould usou a analogia dos fractais... Por mero acaso, digamos que é um golpe fortuito do destino, estou de acordo consigo. Claro que existe contradição entre a doutrina católica e a ciência. Se não existisse a doutrina católica seria científica ou a ciência tinha-se transformado numa religião (o que os primos tentam fazer com muito esforço) e o Ludwig voltaria ao seu sonho de juventude jogando matraquilhos. Se não existisse contradição entre doutrina católica e ciência nem este blogue teria razão de existir. Além disso, não faria sentido falar de fé. A fé tanto pode ser uma crença justificada como uma crença não justificada. Não vou explicar o que entendo por isto para o meu comentário não ficar maior do que o seu post. Se a doutrina católica contradiz a ciência, falando de anjos e outros seres espirituais, então significa que a doutrina católica é falsa? A resposta é negativa e o Ludwig dá a justificação, de uma forma mais uma vez brilhante, no seu post. Eu não iria tão longe ao afirmar que a ciência pode estar redondamente enganada. Eu diria, muito simplesmente, que a ciência não nos dá todas as respostas e nem nos dá as respostas definitivas. A ciência do Ludwig, baseada nos dados empíricos e na observação, ainda menos certezas nos dá (a ciência da teoria das cordas, como uma vez os irmãos metralha (penso eu que foram eles...) muito bem mostraram neste blogue, é o equivalente aos anjos e seres espirituais católicos e é um avanço da ciência empírica na direcção da metafísica; isto é uma teoria pessoal que ando a desenvolver nas horas de lazer). Exige-nos, também, fé. Eu nunca vi um neutrino na minha vida (adoro este exemplo...) mas se num exame universitário afirmar que não existe porque nunca o vi, consideram-me a resposta errada. Exigem que acreditem no testemunho dos cientistas, nas experiências que dizem que fizeram, nos rituais dos peer per review, na honestidade da comunidade científica, etc. Eu aceito essas exigências. Não ponho em causa a existência dos neutrinos, agora fiquei com comichão num pé e até penso que é uma concentração de neutrinos em viagem para o rés-do-chão do meu prédio que me iritou a pele. Mas o Ludwig não tem a mesma atitude que eu. Diz que as curas certificadas por médicos são fantochadas, diz que é tudo uma grande fraude, é tudo mentira, o testemunho não conta, não existiam câmaras fotográficas para testemunhar a Ressurreição e mesmo que existissem também já podia existir o photoshop e era tudo uma aldrabice, etc. Penso que o mínimo exigível é que apresente os dados empíricos que consubstanciam a sua afirmação (não me atirem com o David Hume para cima porque o que ele diz é muito simplesmente não acreditem em milagres porque as testemunhas são sempre mentirosas). A ciência é uma tarefa inacabada e limitada. É por isso que aqui estamos e continuaremos a estar até que o Ludwig se farte ou nós nos fartemos. O naturalismo do Ludwig é o seu calcanhar de Aquiles, a sua grande fragilidade. Enquanto não conseguir provar empiricas que Deus não existe, os anjos e outros seres espirituais não existem, faz todo o sentido ter fé. Aquilo que o Ludwig considera a fragilidade das religiões - a sua divisão e as suas diferentes crenças - é a sua força. Fico por aqui porque a noite vai ser longa e o cansaço é imenso. Isto não impede que alguém seja religioso e cientista. Também há pára-quedistas que fazem mergulho Escolheu uma analogia que não o ajuda. Só contraria a sua tese. Se há paraquedistas que fazem mergulho significa que fazer bem uma coisa não os impede de fazer bem a outra. Mas a capacidade humana para fazer e pensar coisas incompatíveis não faz com que deixem de o ser. Muitos menos o desejo do Ludwig e sua repetição ad infinitum tornam ciência e religião incompatíveis. Não é por um cientista ir à missa que provam a compatibilidade. Para isso teriam de mostrar como se faz ciência com rezas, fé e dogmas religiosos. É aqui que se torna límpida a debilidade da sua argumentação. E aqui caiem grande parte dos seus quatro anos de tretas. Ninguém tem interesse em fazer ciência com rezas, fé e dogmas religiosos. É você que tem que provar que alguém só pode ir à missa com o objectivo de fazer ciência. Sim. Se apontar um laser para a Lua e mexer o ponteiro muito rápido posso fazer a bolinha andar mais depressa que a luz. Ou se o rei morrer e o seu filho, em Marte, instantaneamente ficar rei podemos dizer que a herança do reino é mais rápida que a luz. Onde discordo é que isto sejam coisas. Se bem que o dicionário permita usar coisa como objecto e vice-versa, neste caso penso que estaríamos a reificar conceitos que não correspondem a coisas. A velocidade da pintinha, da monarquia e da fase não são velocidades de coisas. «Eu diria, muito simplesmente, que a ciência não nos dá todas as respostas e nem nos dá as respostas definitivas.» Nisso estou de acordo. A ciência não responde a tudo. Mas o problema é a conclusão implícita da maioria das pessoas que aponta isto: que a religião responde a alguma coisa. Isso é falso. A ciência não responde a tudo mas todas as respostas que temos é a ciência que nos dá. Mais nada dá respostas fiáveis. O resto são perguntas, como na filosofia, ou escolhas, como na política ou ética, ou disparates, como na teologia, superstição, misticismos e afins. «Não é bem assim, o impossível deve ser substituído por inexplicável, já que se trata de um mecanismo de cura desconhecido, no fundo as tais remissões espontâneas.» Um mecanismo desconhecido será simplesmente inexplicado. Nada sugere que tenha de ser inexplicável -- não se explica hoje, mas amanhã talvez. O inexplicável é o impossível de explicar. Ou seja, aquele que é impossível abarcar no que a ciência permite. E para isso os católicos invocam sempre uma intervenção sobrenatural. Nem que seja para curar o salpico do óleo de fritura. Mas o problema é a conclusão implícita da maioria das pessoas que aponta isto: que a religião responde a alguma coisa. Isso é falso. Ludwig A afirmação que citei é uma afirmação com cariz científico ou uma opinião? Se é ciência espero pelo modelo, pelos dados empíricos, pelas demonstrações, pelo peer per review, pela comprovação por outros cientistas (o Dawkins não, por amor de Deus), pela refutação de outras refutações. Dê-me os melhores dos melhores, não cite o Joao nem o Barba Rija, por favor. Se é opinião, vale o que vale. Respeito-a, é um direito seu exprimir as suas opiniões. Afinal é aqui que desabafa. Já agora, para esclarecer os menos entendidos, a superstição, misticismos e afins (no sentido que penso ser o seu), são condenados pela Igreja Católica. Como há muita gente que não sabe do que fala (não é o seu caso), é necessária esta pequena adenda. Já agora, mais um esclarecimento na sequência da sua resposta ao Nuno Gaspar: concordo consigo quando responde que ciência e religião não se devem misturar. Todavia, penso que o Ludwig não é coerente pois mistura diariamente ciência e religião. Nisso, está no mesmo lado do meu irmão Perspectiva que é coerente consigo mesmo na medida em que a Reforma Protestante decidiu que todos os cristão podiam ler a Bíblia sem intermediários e que a Bíblia era infalível, não continha erros e devia ser lida literalmente. Foi isso que deu origem ao actual criacionismo. Felizmente nós, católicos, temos os Padres da Igreja e o nosso Papa para iluminar o nosso caminho e dizemos que a Bíblia é passível de interpretação, contém metáforas, muitas passagens não devem ser lidas literalmente, etc. A grande afirmação de fé do ateísmo é: “ o nada criou tudo por acaso, sabe-se lá como”. Essa não é, evidentemente, uma afirmação científica. É uma afirmação de fé. O nada não é mero espaço vazio ou mesmo uma flutuação quântica. O nada é mesmo nada! Do nada, nada vem. Com base em que observações e experiências se pode avançar uma ideia tão absurda como a ideia de que o nada criou tudo por acaso, sabe-se lá como? A existência de um Deus eterno, infinito, omnipotente e omnisciente é uma alternativa claramente superior. Deus, existindo e comunicando, revelou o essencial sobre a origem do Universo, da vida e do homem. Só Ele pode afirmar isso com autoridade, porque Ele é omnisciente e omnipotente. Nenhum cientista pode falar com autoridade das origens, pelo simples facto de que nenhum cientista estava lá para ver. A religião cristã depende da revelação objectiva de Deus e não da preferência subjectiva. A existência da Bíblia, do Povo de Israel, de Jesus Cristo, de informação codificada no genoma, de triliões de fósseis e camadas de sedimentos nos cinco continentes, de mutações cumulativas e degenerativas, não são dados subjectivos. Por outro lado, nunca ninguém viu informação codificada (capaz de codificar ideias, conceitos, instruções operativas) a surgir sem uma origem inteligente. A ideia de que “o nada criou tudo por acaso, sabe-se lá como” é um crer arbitrário e destituído de sentido. Diferentemente, a ideia de que Deus criou a vida pela sua Palavra está longe de ser arbitrária, porque a vida depende de informação codificada e esta depende sempre de inteligência. O criacionismo não nega qualquer observação científica ou lei natural, mas apenas a filosofia naturalista de que “o nada criou tudo por acaso, sabe-se lá como”. Esta filosofia é uma crença arbitrária que afirma a irracionalidade do Universo, da vida e do homem e depois, de forma irracional, pretende ser racional e científica. O Ludwig sofre desta doença. A capacidade humana para pensar racionalmente justifica-se pelo facto de o homem ter sido criado à imagem de um Deus racional. A física nada diz sobre a existência se seres espirituais, mas apenas de seres físicos. A física não explica a origem de informação codificada no DNA e no entanto esta existe. A própria teoria da evolução não é uma realidade física e existe. Um carro funciona de acordo com as leis da física, mas a sua origem não pode ser explicada apenas com base nelas. A física não explica tudo. Desde logo, não explica a própria existência do mundo físico. A lei da conservação da energia diz que a massa e a energia se mantém sempre constantes. A lei da entropia diz que a energia transformável em trabalho vai diminuindo, pelo o Universo não pode ser infinitamente antigo. Logo, o Universo teve um princípio, e não pode ter sido a sua própria causa. Só um Deus eterno e espiritual pode ser a causa do mundo físico. Este não se pode ter causado a si próprio a partir do nada. Quando a Bíblia diz que Deus é omnipotente, isso significa que Ele não está sujeito às leis da física e da química, pelo simples facto de que foi ele que as estabeleceu. Não há como negar isso a partir das leis da física e da química. A única coisa que sabemos é que ninguém conseguiu explicar a origem de informação codificada no DNA, carros, telemóveis, computadores, teorias científicas, etc., a partir das leis da química, porque tudo isto depende de inteligência e informação. É uma afirmação testável, por isso científica. Se está correcta ou não os dados o dirão. Mas note que deve ser fácil demonstrar que está errada. Basta mostrar uma resposta a alguma pergunta que a) se saiba ser a resposta correcta por algum critério que não seja o mero desejo do crente e b) que se obtenha só pela religião e não pela ciência. Já há muito tempo que discuto estas coisas, com muitos crentes. Nunca me mostraram tal resposta... «Mais que um conjunto de crenças, a ciência é o processo de escolher e transformar crenças para formar ideias correctas acerca da realidade. Por isso a ciência subordina as crenças aos dados.» A igreja tem conhecido ao longo dos séculos uma evolução que é às vezes usada como evidência da sua auto-revisão, no caminho da verdade verdadinha. Espero que o Bernardo não caia também ele no ridículo de confundir um cadastro repugnante que por motivos externos tem inclinado a igreja ora para aqui ora para ali ao longo dos séculos, com um processo autêntico de estudo e revisão do seu conteúdo. Só verificada esta pequena honestidade me poderão entreter argumentos sobre “os factos de Deus” e o seu peso na fé, de tal forma que nenhum deles belisque a ciência. (a não ser que os argumentos que aí vêm se destinem apenas à metafísica da numerologia e da horoscopia, como diz o Barba...) Tu tens razão, mas estava a ler o teu post e estava a imaginar o disparate inevitavel. Alias logo a seguir alguem intrepertou a tua intervenção literalmente. O movimento mais rapifo que a luz não existe para particulas ou entidades que tenham continuidade no espaço tempo. Não são coisas como diz o Ludwig. Eu posso fazer uma imagem num ecran mover-se mais rapido que a luz porque ele não é uma coisa continua. Os pixeis não se movem, isso é ilusão. Tal como a onda. A ilusão criada é que se move, mas as pessoas estão imoveis. Se os nossos amigos acharem que isto contradiz a ciencia, estão enganados. A ciencia não diz que é impossivel criar essa ilusão. O que a ciencia diz é que não consegues fazer passar informação sob qualquer forma mais depressa que a luz. Mesmo aquilo a que Einstein chaou de asção fantasmagórica à distancia não é mais rapida que a luz. Pois não se consegue que a informação viage. Ele na realidade não cumpre os principios de localidade, mas não tem utilidade para transferir informação porque é apenas aleatoria. Não é bem assim. Isso é um strawman. Nada não existe. É um conceito. O que existia antes do big bang é algo que esta para alem desse conceito. Exitem algumas hipoteses diferentes. POdem-se dividir em duas: ciclicas e não ciclicas. Nas ciclicas temos por exemplo expansão , contração seguindo-se de nova singuilaridade e novo big bang. Mas tambem a a explicação pela teoria das cordas de que a expansão foi um soft bang originado pela colisão entre branas. Nos modelos aciclicos, tens alguns em que antes da singularidade não existia tempo ou espaço. Não é nada. É mais complexo do que isso. Nada é o que tens dentro de uma caixa vazia. Mas antes do tempo existir e do espaço existir nem nada tens. SIm, eu sei, é complicado perceber, mas talvez isso seja a chave para compreender como surgiu o universo. Mas deixe-mos a fisica. A Fé dos Evangélicos é que o nada criou Deus. Eu acho que apesar de tudo, o nada criar Deus, é um pouco mais fantasioso que o nada criar o universo. Porque? Porque o universo existe. DEus não. E agora safa-te desta, que a evidencia anedotica serve de onde tu vens mas não para onde queres ir. Por isso é uma nódoa. Felizmente nós, católicos, temos os Padres da Igreja e o nosso Papa para iluminar o nosso caminho Sim, senhor. Felizmente. Se não, ja sei que eram uns bastardos sem moral, sem brio e sem compaixão. E alem disso deprimidos e sem motivação para viver. A Igreja tem de facto uma utilidade indesmentivel para os pobres de espirito. Mas afirmações como essa que tentam generalizar essa utilidade são um exagero. Guarda o teu paternalismo condescendente para outros blogues. Aqui cada um pensa por si, e não quer ou não pode viver na fantasia. Ouve, acredita no que quiseres. Mas a palhaçada que vens para aqui fazer é ridicula. Imagina que era eu ou outro daqui irmos para os foruns religiosos trollar o tempo todo? Sim, és um Troll. Estou a insultar-te? Épá, a tua falta de perspicacia aliada à persistencia são um insulto para os leitores deste blogue. Vai para o do Luciano que é o que mereces, já que achas parecidos. Enjoas mais que o perspetiva. És enfadonho. A relevância da sua formação é importante a partir do momento em que fala de forma autoritária e me manda estudar. Só faz isso quem tem formação relevante num determinado campo científico. Por acaso, se eu quisesse ir para um curso da faculdade de ciências não necessitaria de fazer o exame para maiores de 23 anos. À partida tinha habilitações para entrar directamente no curso. Primo Parente, vamos directos ao assunto. Claro que é preciso acreditar nos cientistas para que possamos estar tranquilos quanto à validade do produto científico. Eles fazem por nós uma verificação que na prática (ou no limite) também poderíamos fazer. E mesmo os cientistas têm que acreditar uns nos outros entre o vasto quadriculado da especialização. Mas qual é mesmo o problema nisso? Resposta: não há nenhum problema nisso. O problema seria se considerássemos as conclusões do trabalho de alguém que mais ninguém pudesse verificar. Na verdade, este seria um grande problema. Principalmente se surgir misturado na escola, onde os miúdos são ensinados no seu crescimento académico a considerar como válida, sem verificação, a verificação que outros fizeram. Por isso acrescento que misturar a religião na escola não é um erro. É terrorismo intelectual. (mas isto já era outra conversa) Eu li esse post e na altura não o critiquei nem o vou fazer agora. Como é óbvio não concordo com muitas coisas que ali foram escritas e penso que con sigo rebatê-las. Este não é o momento para o fazer. Talvez em Novembro. Infelizmente não tenho lido todos os posts, nem a maioria dos comentários. Mas do que li já me apercebi da tendência a pensar numa única divisão: ou temos ciência ou temos religião. E a divisão estabelece-se, do modo mais intuitivo, entre o que se prova factualmente e o que não se prova. Acontece que há determinadas áreas do saber (incluindo em muitos aspectos a construção da ciência) em que nada se prova factualmente e que ainda assim não religião. A diferença substância é que quando falamos de crença religiosa não falamos necessariamente de conhecimento, ao passo que outros tipos de crença (por exemplo, a de que Portugal fica na Europa) constituem conhecimento pacifico entre os seres humanos. Depois ainda há aqui um outro aspecto: um mesmo problema pode ser visto pela religião, mas também por pontos de vista racionalmente mais elaborados (ainda que a religião também ofereça muitas vezes pontos de vista elaborados). Vamos pegar num pequeno exemplo: o problema moral do aborto. Sendo um problema moral este é essencialmente filosófico, apesar que a religião aponta sempre caminhos e direcções (estou a pensar em concreto na religião católica). Qual é a diferença, então, entre olhar o problema com a religião ou com a filosofia. É que pela religião, o ponto de partida é a crença dogmática, ao passo que pela filosofia começa-se por questionar essa mesma crença. Mas, voltando ao princípio, se pela filosofia nada se prova factualmente, qual a vantagem da filosofia em relação à religião? É que com a filosofia somos persuadidos racionalmente pelos argumentos mais convincentes. Esta diferença é total: a religião (aqui incluo praticamente todo o formato religioso) não está interessada em discutir um problema, mas em justificar uma só versão do problema, ao passo que o que se passa com a filosofia é a discussão ampla e livre. Não sei se estou a ser muito claro, mas penso ter avançado um ou outro aspecto que nos permite compreender que: não é preciso falarmos somente de ciência ao pensar em adversários da religião. Não é de todo correcto pensar que ou provamos e existe ou não provamos e não existe. Estas são posições são debilitadas, como é a posição de Dawkins no god delusion. Provavelmente nem é muito correcto que a discussão em torno da existência de deus se passe somente ao nível da religião/ciência. E não é forçoso que algo que não se prove não exista. Os problemas fundamentais da vida humana não são provados, mas discutidos racionalmente.Espero ter sido claro. O António afirma que seria capaz de rebater os raciocínios expostos nesse texto. E eu afirmo que conseguiria rebater os argumentos do António. Claro que isto não faz sentido... Não faz grande sentido ver alguém afirmar algo, responder eu seria capaz de refutar as tuas alegações, mas não o faço porque não tenho tempo ou disponibilidade sem mais, e esperar que nos levem a sério. Para isso, mais vale não perder tempo em primeiro lugar a comentar que não se tem tempo e disponibilidade para comentar. Embora vá fora do âmbito do post permita-me comentar o seu comentário. Houve um tempo, chamo-lhe o meu período da ingenuidade, em que acreditei que a filosofia era tudo isso que escreveu. Agora tenho uma dupla perspectiva: pode ser tudo isso mas também pode ser só e só uma técnica de manipulação mental. Não o mandei estudar, o que disse foi Ninguém o obriga a acreditar, se tiver capacidade e tempo pode tirar um curso e investigar directamente esse tipo de fenómeno.Que quer dizer exactamente o que eu disse.Se quiser pode investigar em detalhe o neutrino e provar que ele existe ou que é uma fabricação malévola. Agora isso é profundamente disparatado porque com eu disse a forma com a ciência incorpora o conhecimento é pela repetição independente das experiências e não pela crença ou falta dela. Que tristeza... Ao menos tu tens um blogue cheio de comentários não é? E estas cheio de coisas interessantes para contar. Tenho a certeza. Vá, agora vai fazer os trabalhos de casa senão a mama zanga-se. Exigem que acreditem no testemunho dos cientistas, nas experiências que dizem que fizeram, nos rituais dos peer per review, na honestidade da comunidade científica, etc. Eu aceito essas exigências. Não ponho em causa a existência dos neutrinos, agora fiquei com comichão num pé e até penso que é uma concentração de neutrinos em viagem para o rés-do-chão do meu prédio que me iritou a pele. «Provavelmente nem é muito correcto que a discussão em torno da existência de deus se passe somente ao nível da religião/ciência.» Também acho que devemos preservar alguma esperança na filosofia, que para este pleito tem dado um contributo inestimável em apenas 2500 anos :) E se é verdade que os problemas fundamentais da vida humana não são provados mas discutidos racionalmente, não é menos verdade que devemos esperar que a discussão racional prove pelo menos alguma coisa. Caso contrário, e pelos meus cálculos, há discussão a mais ou racional a menos. Julgo aliás que foi por isso que o desafio inicial do Bernardo constitui um bom avanço ao júri, em termos de resultado esperado: «peço ao Ludwig que me aponte uma contradição, basta apenas uma, entre doutrina católica e ciência.»Isto sem qualquer acrimónia. os neutrinos vêem-se. Não sei donde concluiu que não se vêem, deve ter sido num site anti-ciência... Uma partícula que não interage não pode existir. Os neutrinos interagem, mas não directamente com o fotão. Para além disso têm uma massa muito pequenina. Isto faz com que eles passem pelos detectores quase sem interagir uma vez que uma das formas mais fáceis de ver uma partícula é através da sua interacção com o fotão (basta reparar no que você está a ler). Hoje em dia a existência dos neutrinos não é sequer um postulado, é um facto experimental. Vá ver o KamLand e o SuperKamiokande. Detectam neutrinos! O neutrino foi postulado há umas décadas para salvar a conservação da energia e do momento. Parece-me algo bastante plausível: a partícula interage pouco e tem uma massa pequena. Qual seria a hipótese que lhe parecia mais plausível, o 4-momento não é conservado para alguns tipos de interacções? Possivelmente o neutrino não foi a única hipótese avançada, mas foi a que sobreviveu: os motivos parecem claros. Tirei essa conclusão de várias conversas com um amigo físico. Além disso, num blog - arsphysica.wordpress.com - li este diálogo: Eu sei que essa pergunta pode parecer,sem sentido… mas preciso fazê-la:É possível ver um neutrino a olho nú? Há algum tipo de percepção humana capaz de identificar um neutrino? obrigada! Fernanda Terça-feira, 5 Mai 2009; Week 19 em 14:53:21 UTC Responder Olá Fernanda, Não, não é possível enxergar um neutrino com olho humano, assim como não é possível enxergar um átomo com os olhos. Leonardo Terça-feira, 5 Mai 2009; Week 19 em 18:53:08 UTC A Fernanda não sei quem é. O Leonardo é um doutorando em Física. Quando eu falei em ver, falei em ver mesmo não numa campaínha que toca quando um neutrino passa a grande velocidade por uma maquineta qualquer. O exemplo que utilizei sobre os neutrinos foi para mostrar a incapacidade da população em geral acompanhar o desenvolvimento científico e verificar todas as descobertas que aparecem por aí. O aaagusto sabe muito bem disso. Por isso, é necessário acreditarmos no testemunho dos outros. Dir-me-à que se nos informarem que um antibiótico é bom para curar uma doença, podemos ocmprová-lo empiricamente. Mas em certos campos - a física é um deles - temos de acreditar naquilo que nos dizem. Já viu o que seria 10 milhões de cidadãos construirem cada um o seu acelerador de partículas para comprovar empiricamente os resultados do CERN? Até Novembro. A partir de agora, fecho mesmo a loja. Para não ser tentado a comentar, não lerei o blogue. «Se é tão fácil de testar, então espero que antes de Novembro apresente um paper com as provas científicas do que afirma.» Não sei o que o paper tem a ver com o assunto, mas o teste é simples. Da minha hipótese que a religião não dá respostas que a ciência não dê, prevejo que nenhum dos religiosos aqui me possa dar sequer um exemplo de uma pergunta clara à qual a religião, e não a ciência, dê uma resposta que qualquer pessoa racional perceba ser a correcta. Isso a ciência faz e a religião não. Desta forma será muito fácil mostrarem que estou enganado. Se estiver, claro... Eu estou de acordo com o teu comentário. Aliás, escrevi algo semelhante num comentário lá para cima: «A ciência não responde a tudo mas todas as respostas que temos é a ciência que nos dá. Mais nada dá respostas fiáveis. O resto são perguntas, como na filosofia, ou escolhas, como na política ou ética, ou disparates, como na teologia, superstição, misticismos e afins.» Mas não gosto da metáfora da perspectiva, em que, como o exemplo do aborto, a religião vê o problema de uma perspectiva e a filosofia de outra. Porque esta metáfora dá a ideia que estão a ver a mesma coisa de lados diferentes, quando não é isso que fazem. A filosofia tenta ver as coisas de várias perspectivas. Quando isso permite esclarecer os problemas o suficiente para ter hipóteses testáveis, prossegue-se com a ciência. Quase tudo o que é ciência já foi filosofia. As religiões não tentam ver o mesmo problema de uma outra perspectiva. O que fazem é olhar para o lado, onde pintaram uma caricatura do problema e só vêem isso. Gostava de saber se tens coragem de repetir aqui o comentário que fizeste no blogue do Luciano. (((((((((((((( Faço-o por ele: ))))))))))))))) Mais uma vez, excelente. Não sei se já reparou num pormenor irónico e preocupante. O Ludwig lecciona uma disciplina a que deu o nome de Pensamento Crítico em que ensina os seus alunos “a decidir em que crenças acreditar”. Do programa fazem parte os seguintes tópicos: “Estrutura de argumentos,Erros em argumentos falaciosos,Avaliação crítica,Comunicação e fontes de informação,Decisão e “trade-offs,Raciocínio Científico” Falta saber se não anda o Estado Português a sustentar no ensino universitário público, e com cobertura dita científica, a propaganda da tralha ultra-ateísta. RESP. LUCIANO Muito pertinente isso que você apontou. O Ludwig deve ser investigado pelo conteúdo de suas aulas, pois se ele estiver usando as aulas dele para pregação ateísta, isso é frontalmente contra os princípios laicos. Ele tem que se limitar ao conteúdo, e não a agenda pessoa dele, no momento da aula. Há uma inserção atual de grande número de ateus em academias, principalmente de ciências, em algo que pode ser comparado à estratégia Gramsciana dos comunistas. Aqui nesse texto há mais detalhes, mas vou dedicar não só um artigo, mas alguns deles, no futuro, para tratar dessa variação da estratégia Gramsciana Um destes dias disse-me que se eu tivesse algo de pertinente a dizer que o fizesse. Acho que tenho um comentário pertinente. Queria comentar um comentário seu. O Nuno disse o seguinte: João, Depois do teu comentário ao António Parente, a ti, só me ocorre mandar-te para o caralho. Caralho era o nome dado antigamente a uma espécie de cesto da gávea, aquele balde no topo de um mastro de um navio, onde costuma estar o preto do barco dos piratas do Asterix. Estar no caralho permitia avistar terra mais facilmente. No entanto, era dos piores sítios para se estar visto que os balanços do barco eram sentidos com mais intensidade no caralho do que, por exemplo, no convés. Portanto, ninguém queria ia para o caralho. A tarefa de estar no caralho era usada então como castigo e era atribuída aos marinheiros menos graduados. Ir para o caralho passou então a ter um significado pejorativo e hoje em dia tem uma conotação muito ofensiva, muito diferente de há uns séculos. Pareceu-lhe suficientemente pertinente? : ) PS: Este comentário tem o objectivo de apaziguar a linguagem usada por aqui, se bem que para o fazer usei mais vezes a palavra caralho que todos os outros comentadores juntos. No entanto, o sentido em que eu usei o termo não tem carácter ofensivo... A linguagem não é importante. O Nuno Gaspar tem nos mandado a todos frequentemente para sitios piores. Eu nem me ralei com isso. Ralei-me com outras coisas. Quero que o Nuno Gaspar venha aqui dizer se foi ele ou não que escreveu aquilo no blogue do Luciano. Porque tambem sei que por la acontecem coisas estranhas. Penso que revela muito acerca das pessoas quando decidem fazer estas insinuações antes sequer de tentarem informar-se... E eu penso que pessoas de bem deviam ter descoberto isso há algumas luas atrás. Querem pactuar e alimentar essas pessoas é porque são como elas. Para mim, esse Nuno Gaspar e o Antonio Parente não merecem mais respeito que o balde de subprodutos intelectuais que aprovam. Ontem o Antonio Parente disse-o com clareza, e hoje só falta a confirmação clara do NG. Acreditar e defender a religião é uma coisa, estou aqui para discutir ideias, ser-se cumplice daquela coisa é outra. Desta vez achei o seu comentário pertinente. Cumprimento a sua sensibilidade à linguagem utilizada no blogue. Mas não nos esclareceu se acha a forma como o João tratou os comentários do António Parente, como anteriormente os do Eurico de Moura, como anteriormente qualquer comentador de que discorda, contribui para um saudável debate de ideias. Ludwig, Não são insinuações. São factos. Na sua página web da Faculdade de Ciências e Tecnologia estão gravações de palestras onde faz propaganda de ideias ultra-ateístas que deveriam estar reservadas à sua agenda pessoal e não da Universidade. O Antonio Parente teve o que merece. Nunca foi cordial comigo, não lhe devo nada. O Eurico Moura, como se pode ir ver, começou por ser tratado com toda a cordialidade e paciência. Passou das marcas quando tentou atingir o profissionalismo da pessoa com quem dialogava. Ja pediu desculpa e eu aceito isso. Se ele não quer falar comigo o problema é dele. Mas antes de pedir desculpa negava o sucedido. Se fossem todos anjinhos eu pedia-lhes desculpa, como o fiz quando achei que era razoavel. Agora tu vens com acusações da treta, pactuas com pessoas que chamam doentes mentais aos ateus (e o antonio tambem), vais ter o tratamento que mereces. Como disse ao Antonio, acredita no que quiseres, mas a partir do momento que vens para aqui propangandear blogs como os do Luciano, e te comportas como um troll sem argumentos serios, tens de te aguentar com a critica. E o Antonio tambem. Voces persistem. A critica a voces tambem. Agora lamuriam-se que eu sou mau? Vão lá ler as coisas que o vosso amigo escreve. Vão lá ver se ele quer dialogar sériamente. «Não são insinuações. São factos. Na sua página web da Faculdade de Ciências e Tecnologia estão gravações de palestras onde faz propaganda de ideias ultra-ateístas que deveriam estar reservadas à sua agenda pessoal e não da Universidade.» Uma coisa que tento ensinar aos alunos é a distinguir entre factos e juízos de valor. Se calhar o Nuno teria a ganhar em ouvir as minhas aulas com mais atenção. Mas, já que me faz essa acusação, importa-se de me dar um exemplo, citando-me, daquilo que eu disse e que a minha universidade me deveria proibir de dizer nas aulas? Ou prefere deixar essa acusação assim vaga para me poder caluniar sem me dar a possibilidade de me defender? Não me importo nada. Explique, por exemplo, o que é que a sua Universidade, e concretamente a Faculdade de Ciências e Tecnologia, tem a ver com as suas crenças pessoais para publicar na página que esta lhe concede a interpretação que faz do que é Fé e do que é Religião como na palestra que foi fazer a Viseu em Maio de 2009? Eu não sou o Jonas, nem o Josebias. Que o Luciano faça essas acusações ja é a palhaçada habitual, mas tu teres entrado nessas ondas só mostra o que vales. O que eu te gabei na altura foi a capacidade de condenar a impersonificação independente de quem era o alvo. E continuo a dizer que fizeste bem. Infelizmente tens feito muitas asneiras depois disso. Escolhes mal as pessoas que segues. Quanto ao Jonas e Josebias, não faço a minima ideia quem são. Eu não sou. Se te parece que eu preciso de mais nicks para dizer mais coisas então estas mesmo enganado. O que eu digo é com esta conta do Google. Há muito tempo que não comento em blogues que não exijam uma password, por via das duvidas. Mais ou menos desde que aconteceu alguem, no blogue Deus Lo vult ou coisa parecida, se identificar completamente como sendo eu. Pos o meu blogue como homepage, o meu mail no sitio do mail, mas... Não era eu. Estranhamente, nem fazia um comentário muito comprometedor, mas não era eu. Sem ser preciso por a password deixei de comentar, assim é facil dizer claramente e em pouco tempo, que não fui eu. Infelizmente é o estado das coisas desde que uma certa pessoa entrou em cena. O meu departamento e a minha faculdade cedem espaço de alojamento aos funcionários para páginas pessoais. Estas podem incluir informação que seja útil aos alunos, por exemplo, mas podem incluir também actividades não-profissionais. E se bem que sejamos incentivados a interagir com a comunidade, por exemplo aceitando convites como esse da escola secundária em Viseu, essa actividade não está regulamentada pela universidade e temos bastante liberdade de pensamento e expressão. Essa liberdade pode parecer estranha para um religioso, mas é uma peça fundamental da vida académica. Mas o Nuno ficou muito aquém daquilo que lhe pedi, por isso não posso dizer nada em detalhe. Precisava que me indicasse, daquilo que eu disse nessa palestra em Viseu (afinal já não é nas aulas de pensamento crítico...), o que é que devia ter sido proibido pela universidade para quem eu trabalho (e que não me pagou nada por essa palestra, que dei voluntariamente, a título pessoal). Note que é isto que está em causa: «propaganda de ideias ultra-ateístas que deveriam estar reservadas à sua agenda pessoal e não da Universidade.» Dê-me um exemplo concreto dessa propaganda que a universidade devia proibir-me de fazer. Já agora, Nuno Gaspar, na minha faculdade há um grupo chamado Novos Universitários Católicos, composto por professores e alunos, que se «um grupo que se encontra todas as semanas às quartas-feiras, às 14 horas, para celebrar a Eucaristia, a que se segue também um tempo disponível para a confissão sacramental, para quem quiser aproximar-se dela.» Acha que isto devia ser proibido por não ter nada a ver com ciência e tecnologia? Eu não. Penso que aceitar as diferentes formas de pensar de diferentes pessoas faz parte do ambiente de tolerância e liberdade de expressão que queremos na faculdade. Por isso, ao contrário do Nuno, eu sou contra andar a caluniar as pessoas lançando suspeitas sobre a sua actividade profissional só por causa daquilo em que acreditam ou não acreditam. Mesmo até se tirarem as quartas feiras à tarde para ir à missa. Você pode dizer aquilo que quer e bem lhe apetece em Viseu ou na China. Ninguém o deve proibir de dizer ou pensar o que quer que seja e de o discutir com quem quiser. O que eu acho é que não deve misturar a sua condição de docente com a propaganda de crenças pessoais. E se é este género de assuntos que a sua Faculdade promove na ligação à comunidade, tudo bem. Talvez a Faculdade de Letras se interesse pela divulgação de problemas da estrutura e interacção proteica. Na semana que passou não me restou tempo algum para acompanhar este blog nem os comentários (foi daquelas de começar às 8:00 e terminar às 21:00 / 22:00). Li na alguns comentários, apenas hoje. E chamou-me a atenção o tom do seu comentário e apenas tentei brincar um pouco com o termo. Portanto, não sei quais foram os comentários do João e do Eurico Moura que se está a referir. Pode dizer onde estão esses comentários? «O que eu acho é que não deve misturar a sua condição de docente com a propaganda de crenças pessoais.» O que é que isto quer dizer? Se teme que reprove alunos por não acreditarem no mesmo que eu, pode estar descansado. Em nenhuma das minhas disciplinas pergunto o que é que eles acreditam. Se acha que devo dar aulas sem nunca deixar transparecer o que creio ou não creio, parece-me que isso seria até inconstitucional. Sou contra que se expulse professores por serem católicos, muçulmanos ou ateus. E se acha que devo esconder a minha profissão quando me convidam a ir a algum lado, penso que é uma exigência ridícula. Explique-se, por favor... E se é este género de assuntos que a sua Faculdade promove na ligação à comunidade» Alguns. Por exemplo, eu tive um professor de bioética que é padre jesuíta. Recentemente, nas celebrações de Darwin, ele foi convidado a dar uma perspectiva católica sobre a evolução. Na FCT. Não vejo problema nisso. Lá por ser uma faculdade de ciência e tecnologia não quer dizer que tenha de usar palas nos olhos. E os sítios onde fui fora da FCT foi por iniciativa de quem me convidou e não por iniciativa da FCT, que não manda ninguém palestrar por aí. O incentivo de que eu falava é que ser convidado para falar noutros sítios, principalmente se relacionado com o que lecciono (pensamento crítico), é uma mais valia para o meu CV. «Talvez a Faculdade de Letras se interesse pela divulgação de problemas da estrutura e interacção proteica.» Talvez. Não vejo qual é o mal, e terei todo o gosto em lá ir se me convidarem. Já agora, convido-o a si a visitar o blog da biblioteca da FCT, onde se organizam vários eventos culturais que não se restringem às proteínas (embora já tenha havido uma exposição com esse tema). Quando há dias por aqui se deixaram uns comentários sobre opções políticas -- de esquerda, na parte que me cabe -- receei desde logo que o futuro me trouxesse uma quota de responsabilidade por comentários como o das 18:51. Ei-la... Como no espantoso prognóstico de Rabelais no ano de 1533: «Os papa-hóstias, os hipócritas e os mostradores de relíquias, moinhos de rezas e outras quinquilharias vão sair das suas tocas. Deles guarde-se quem quiser. Guardem-se das espinhas de peixe e guarde-vos Deus da peçonha.» «O que eu acho é que não deve misturar a sua condição de docente com a propaganda de crenças pessoais.» O que é que isto quer dizer? Quer dizer que você pode defender ou praticar qualquer confissão religiosa ou ateísta onde quiser desde que, a bem da separação entre ciência e religião que defendeu há alguns comentários atrás, deixe claro onde acaba a disciplina científica e começam as crenças pessoais. Eu acho que apresentar na página web oficial do professor da cadeira de Pensamento Crítico numa Universidade pública apenas palestras com conotação anti-religiosa e em que defende a sua condição de descrente não o ajuda muito nisso. Pode ser que esteja enganado. Já tive professores que descobri que eram padres apenas no final do ano lectivo. Eu acho que apresentar na página web oficial do professor da cadeira de Pensamento Crítico numa Universidade pública apenas palestras com conotação anti-religiosa E eu acho que isso é mentira. Pois existe muito mais naquelas paginas que palestras e só uma é sobre religiao, as outras duas palestras sao sobre a evoluçao. Só se falará de religiao ao falar de evolução porque... A religião se colocou a ela propria no assunto. Ja ouviste falar em criacionismo? Pois eu acho que nem eles te querem. «Eu acho que apresentar na página web oficial do professor da cadeira de Pensamento Crítico numa Universidade pública apenas palestras com conotação anti-religiosa e em que defende a sua condição de descrente não o ajuda muito nisso. Pode ser que esteja enganado.» A minha página pessoal está albergada nos servidores do CENTRIA, o centro de investigação do qual sou membro. A minha página oficial no CENTRIA é esta. Nesta página oficial, onde pode consultar publicações, projectos e o que é relevante para o CENTRIA, está uma ligação que diz Personal web page. É essa que vai dar aqui, à minha página pessoal. Pessoal. Repito, pessoal. Percebeu agora? E se for aqui pode ver que a FCT também disponibiliza espaço para uma página pessoal a cada pessoa afecta à FCT. Repito, pessoal. Finalmente, penso que deve ter procurado mal se só encontrou na minha página pessoal palestras acerca de ateísmo. Tem também os meus artigos, informação sobre as aulas que dou, interesses de investigação, software, etc. Parece-me que essa sua perseguição é um bocado ridícula... Já agora, eu não defendo que a ciência e a religião estejam separadas. Bem pelo contrário. Como já expliquei aqui muitas vezes, a minha opinião é que a religião mete constantemente o bedelho onde não tem competência para o fazer, especulando sem fundamento acerca de coisas que vão desde os processos que deram origem ao universo até às bases da consciência e ao que nos acontece depois de morrer. E se acha aceitável que organizem missas na FCT e grupos de católicos usando os recursos de apoio às aulas, como o Moodle, como explica essa sua implicação com o que eu tenho na minha página pessoal? É só hipocrisia ou há aí mais alguma coisa? Mais ou menos. Teria percebido há mais tempo se não tivesse colocado no seu perfil a página pessoal da FCT onde destaca as suas actividades relacionadas com as suas crenças pessoais. Quem sugere voluntariamente a confusão é você. perseguição? não se faça de vítima. Já lhe disse que não tenho nada contra que você faça propaganda de Dawkins e Dennet a quem tiver interesse nisso, até acho útil e estimulante a sua divulgação e discussão, desde que não apareça com falinhas mansas mascarada sob uma aparência de estatuto científico que não tem. Já agora, eu não defendo que a ciência e a religião estejam separadas. Bem pelo contrário. Como já expliquei aqui muitas vezes, a minha opinião é que a religião mete constantemente o bedelho onde não tem competência para o fazer, especulando sem fundamento acerca de coisas que vão desde os processos que deram origem ao universo até às bases da consciência e ao que nos acontece depois de morrer. ...e também haverá muitas tentativas ditas científicas para meter o bedelho em assuntos de religião e especular sobre aquilo em que os outros acreditam ou deixam de acreditar, sem ter qualquer capacidade, fundamento e possibilidade para tal, criando espantalhos a torto e a direito e deduzindo generalizações falsas, importunando e perturbando a sã convivência e complementaridade em que religião e ciência poderão conviver. Mas afinal, defende que religião e ciência devem estar separadas ou não? E se acha aceitável que organizem missas na FCT Acho aceitável e recomendável que se celebrem missas na FCT como acho aceitável e recomendável que se organizem as discussões e actividades que ultra-ateistas aí pretendam levar a efeito, desde que não importunem quem não pensa como eles e desde que identifiquem e deixem bem claro onde acaba a responsabilidade docente e onde começa a convicção pessoal. Durante uma aula, numa escola dita laica, não acharia bem que se rezasse ou que se fizesse propaganda a um livro de Sam Harris. «Teria percebido há mais tempo se não tivesse colocado no seu perfil a página pessoal da FCT» Coloquei no meu perfil a minha página pessoal, que está alojada no CENTIA, sob o link personal web page. Se não percebeu, sugiro que não terá sido culpa minha... «...e também haverá muitas tentativas ditas científicas para meter o bedelho em assuntos de religião e especular sobre aquilo em que os outros acreditam » Mais uma vez, as suas alegações vagas beneficiariam de algum exemplo concreto. «Durante uma aula, numa escola dita laica, não acharia bem que se rezasse ou que se fizesse propaganda a um livro de Sam Harris.» Imagine que eu era católico. Imagine que me tinham convidado para falar sobre evolução e cristianismo e eu tinha ido a vários sítios defender que a ciência é perfeitamente compatível com a religião. Imagine que eu tinha essas palestras gravadas na minha página pessoal, exactamente como tenho estas agora. A razão porque o considero um hipócrita, Nuno, é a certeza que se fosse esse o caso não me vinha incomodar com estes disparates nem sentia esses estranhos pruridos que agora o motivam. E também pelo seu argumento, onde considera igualmente condenável rezar uma missa na aula e falar de um livro escrito por um ateu... Nunca esperei ter muitas visitas no blog. E não morro à fome. Mas por causa disso repearei que andou por la alguem com o IP escondido. Pergunto-me quem terá sido e porque. Questions, questions... Volto a perguntar-te, diz la onde esta o teu blogue. Deve estar cheio de textos erudito e ter uma afluencia fenomenal, tal qual a igreja catolica em paises com dinheiro. Conta lá Casti, onde é o teu blogue? E que tal as notas, achas que este ano te safas? Question, questions... DEvo ser um gajo muito pouco relevante, para ter um troll pessoal que me segue a outros blogues... Alguem brilhante, que acha que o stalking eletrónico é uma coisa divertida (mas ainda assim não muito bom, porque esconde o IP,). Sinceramente, acho que não tens de dar mais satisfações ao NG. Quem quer que leia as tuas respostas à acusação do Nuno Gaspar fica de imediato com a imagem de falta de fundamento que o Nuno Gaspar tem. Isso é tão obvio que mais ninguem aqui comentou sobre o assunto. Nem o palerma do meu trol pessoal foi capaz de acrescentar nada. Eu diria que uma correlação mais forte estaria não entre ser religioso e hipócrita mas sim entre o dizer-se religioso e ser hipócrita. Repara:Tens pessoas frontais. Essas terão a tendência a dizer-se crentes se crerem, ou ateus se o forem. Depois tens os hipócritas, que terão propensão para dizer aquilo que mais convém, independentemente daquilo em que acreditam. Se estivesses numa sociedade onde existisse uma pressão social no sentido de te afirmares ateu, os hipócritas teriam mais tendência para se afirmar ateus, e assim terias uma correlação entre aqueles que se afirmam ateus e a hipocrisia. Mas acontece precisamente o contrário. Como existe uma pressão social no sentido de te afirmares crente, os hipocritas crentes afirmam-se crentes, e os hipócritas ateus afirmam-se crentes.Assim é de esperar que exista correlação entre a declaração de crença e a hipocrisia. Porque é que ele é ultra ateista? Anda ai a dinamitar clinicas de abortos ou centros internacionais em nome do ateismo? Ou apenas por escrever livros... Coisa que se compararmos a igreja produz muito mais a defender a ideia oposta. Eu não li o Sam Harris, mas para ele ser considerado ultra-ateista tinha de no minimo propor demolir igrejas (coisa que a Igreja catolica fez sempre que pode com as outras religiões, normamente contruia em cima do que deitava abaixo), cuspir nos idolos, dizer que a Religião é tão má como o cancro da prostata, (ok, tem os seus problemas mas nem ele deve achar que é assim tão má), e propor que os religiosos fossem julgados por crimes contra a humanidade, e com a fogueira como pena maxima, alem de um sistema de créditos por confissões conseguidas. A razão porque o considero um hipócrita, Nuno, é a certeza que se fosse esse o caso não me vinha incomodar com estes disparates nem sentia esses estranhos pruridos que agora o motivam. A razão porque você me considera hipócrita é uma razão imaginada. A razão porque eu o considero hipócrita a si é uma razão bem concreta. É você que persegue professores de religião e moral e capelães nos hospitais, a cujas aulas ou ajuda só recorre quem quer, e vem agora reclamar pela sua liberdade de expressão e credo. Seja respeitador das diferenças e de quem não pensa como você e verá que não criará pruridos a ninguém. O Nuno é incoerente defende o respeito de forma apenas instrumental. Quando o cardeal patriarca diz que o ateísmo é o maior drama do mundo, o Nuno não é capaz de admitir neste espaço que à luz dos seus critérios isso é falta de tolerância e respeito. Mas o Ludwig, que critica professores de moral e capaelães apenas por serem indevidamente pagos com o dinheiro dos nossos impostos (o Nuno chama perseguição, mas a única coisa que o Ludwig fez foi criticar), já é acusado de não ter respeito. Mas não ter respeito por algo não é hipocrisia nenhuma, muitas vezes pelo contrário. Se eu oiço um indivíduo a fazer um comentário racista, por exemplo, serei mais hipócrita se demonstrar respeito do que se demonstrar revolta.* E o Nuno NÃO tem respeito pela IURD, por exemplo. Não tem o devido respeito por quem acredita na cartomancia, ou por quem acredita que os extraterestres raptam pessoas para fazer experiências sexuais.Isso não é hipocrisia, embora do seu ponto de vista seja intolerância. Do meu ponto de vista não é intolerância sua. Pode pensar e dizer o que quiser da IURD. Mas deve reconhecer que eles devem ser livres de se associar e prestar culto. Que não devem ser impedidos pela violência ou coerção de dizer o que pensam. Eu aceito que eles acreditem no que acreditam, e sinto-me disponível para dialogar com eles. Respeito cada uma das pessoas, mesmo que ache absurdas as suas crenças.E seria um hipócrita se escondesse que considero as suas crenças absurdas. Se o Nuno acredita que esconde-lo seria sinal de tolerância, então terei de concluir que para si o comportamento hipócrita é virtuoso na medida em que leva à tolerância, mesmo que não se tenha apercebido disto por estas palavras. Eu discordo. Acredito que não existe contradição entre frontalidade e tolerância.As pessoas devem aceitar que os outros possam achar as suas crenças absurdas, tal como eu aceito que os católicos possam achar o meu ateísmo absurdo. Isso não precisa de impedir o diálogo. E isso sim é tolerância. Quanto à hipocrisia, parece-me uma crítica que, pelo que conhecemos a respeito do Ludwig, não podia fazer menos sentido. Também discordo do Ludwig quando este lhe chamou hipócrita. Na verdade, não faço ideia de o Nuno é ou não, não o conheço. Mas creio que aquilo a que o Ludwig se referia demonstra incoerência e não hipocrisia. O Nuno defende a tolerância e o respeito, como disse, apenas de forma instrumental. Hoje vi nas notícias uma senhora que não era da CDU mas que tinha ficado revoltada por esse partido não constar nos bolhetins de voto da sua câmara. Para ela, a democracia era mais importante que o seu partido. Ela não defendeu a democracia para ajudar o seu partido, ela fê-lo mesmo prejudicando-o.Isto é coerência. Um dia vi no youtube um video onde uns ateus tinham um programa. Algures telefonou para lá outro ateu contando uma história pessoal. Ele tinha visto um autocolantes em automóveis que citavam a Bíblia dizendo que apenas os tolos não acreditavam em Deus. Então tentou usar os tribunais para impedir que este insulto pudesse ser vendido e colocado nos automóveis. Ele esperava ouvir congratulações, porque o seu caso em tribunal até tinha pernas para andar.Em vez disso, foi severamente criticado. Por estar a atentar contra a liberdade de expressão dos religiosos. Todos os comentários desse video eram de ateus concordando com os apresentadores do programa: a liberdade de expressão é importante. Isto é tolerância: defender o dieito dos outros a criticarem-nos. E também é coerência: defender a liberdade de expressão, mesmo quando é má para o nosso clube.E é isto que eu não vejo no Nuno. Vejo o oposto. *Não, isto não é comparar a religião com o racismo, como já expliquei antes essa interpretação apenas mostra alguma dificuldade em lidar com os raciocínios lógico-dedutivos.Se alguém disser todos os carros são verdes, logo o carro do meu pai é verde e outro responder mas ambos concordamos que o carro do meu tio é azul, logo nem todos os carros são verdes, logo não podes afirmar que o carro do meu pai é verde por essa razão, ou mais resumidamente ambos concordamos que o carro do meu tio é azul, ele NÃO está a comparar o carro do tio ao carro do pai. Está a dar um contra-exemplo. Você anda desejoso de ouvir um comentário meu sobre as declarações do Cardeal acerca do ateísmo e eu faço-lhe a vontade. Se ele disse que o ateísmo é um dos maiores dramas da humanidade contemporânea concordo inteiramente com ele. Não o ouvi dizer que o ateísmo era uma palhaçada, ou um disparate, ou uma treta, ou coisa de mamadus, ou que os ateístas acreditavam em coisas tipo pai-natal ou sereias. Não. Se o fizesse diria que estava a tomar uma atitude intolerante e desrespeitosa. Dizer que as mortes na estrada são um drama não lembra a ninguém poder ser considerado um insulto a quem morre. Eu aceito que professores da FCT se organizem em grupos religiosos ou participem em palestras onde exprimem a sua visão religiosa das coisas. Nem tenho nada contra que falem isso nas suas páginas pessoais, em conversa com alunos ou algo semelhante. Tudo isso faz parte da liberdade de crença e expressão. Nem sou contra que se ensine religiões nas escolas. Sou contra é que o estado empregue pessoas seleccionando-as pelas suas crenças religiosas para desempenhar funções de uma religião específica. Isto é contrário aos princípios de laicidade que o Nuno também diz defender, e que invoca para me criticar. E é por isso que, além de inconsistente, eu julgo que o Nuno Gaspar é hipócrita. Porque diz que é na defesa desse princípio da laicidade que eu não devia ter aquelas palestras na minha página pessoal, mas é a favor que o estado pague a pessoas pela sua religião. A sua delas, e a sua do Nuno, é claro. E isto de dizer que se defende um valor mas aplaudir que o espezinhem só porque dá jeito é hipocrisia. O Nuno Gaspar é um troll e vocês alimentaram-no. Agora aguentem-se! É uma pessoa invulnerável a argumentos racionais e persiste na calúnia e mentira, apesar de ser inevitavelmente corrigido nas suas acusações pérfidas, vagas e preconceituosas. É um idiota, no fundo, sem qualquer decência e respeito por ninguém que não seja da sua equipa. Depois entra em contradições como dizer que o cardeal não desrespeitou o ateísmo ao considerá-lo um drama para a humanidade. Contradição porque Dawkins, Harris ou Hitchens nunca disseram que a Religião é uma Palhaçada, e consideram-na um dos dramas da humanidade, embora não lhes passe pela cabeça dizer que é a pior. Com este critério, a sua crítica evapora-se. Pensam no entanto que o Nuno se encha de vergonha e / ou admita o seu erro ou se remete ao silêncio? Então ainda não compreenderam o que é um troll. Ah, e sim, o casti tb' é um troll, joao, não o alimentes, que a conversa poderia aqui reduzir-se a metade sem as vossas extraordinárias contribuições e contra-contribuições :D. Está quase a chegar ao nível do camarada comissário Bobijoanov, ao insultar com os dentes arreganhados e a babar-se de raiva, sem argumentar UM ÁTOMO, desesperado(s) a tentar afugentar quem vos faz frente com latidos imbecis de troll, idiota, palhaço, etc... Parabéns, obrigado por mostrarem a todos o vosso nível de béu-béus, sempre alertas contra a Reacção, eheh, o camarada secretário-geral saberá certamente recompensar-vos com algum biscoitinho! Eu queria mesmo ouvir as suas palvras sobre o cardeal, e na verdade elas confirmam a acusação que vinha fazendo. O Nuno é incoerente e apenas defende a tolerância e o respeito de forma instrumental. Se for a ICAR que, pelos seus critérios, for intolerante ou desrespeitosa, o Nuno não será capaz de fazer qualquer crítica pública. Digo isto porque sei que se um ateu afirmasse que a religião é o maior mal do mundo, o Nuno iria considerar essa afirmação intolerante. E baseio esta afirmação no video que recomendou, em que isso era dito com todas as letras.O João tem razão: dizer que aquilo em que se acredita é responsável pelo maior mal da humanidade não parece sob nenhum critério menos grave do que dizer que é absurdo. Por isso, o video que recomendou não aludia a nenhuma alegação de que a religião é absurda (barba, para ser justo essa alegação está algo presente nas palavras de Sam Harris) mas sim à alegação de que os ateus a consideram o maior mal da humanidade. E de que consequentemente são intolerantes. E o Nuno recomendou-o. Ora curiosamente a alegação era falsa, e saber que era esse o caso não preocupou muito o Nuno. Mas ter recomendado o video foi suficiente para perceber que se um ateu nconsiderasse areligião o maior mal do mundo, o Nuno iria considerá-lo intolerante.Certamente não se inibiu de recomendar um video de quem o fez. Mas se um cardeal diz o anaálogo do ateísmo, então não há intolerância nem desrespeito. Sabe Nuno, a forma de me mostrar que eu não tinha razão em dizer o que disse seria afirmar que o cardeal tinha tido um momento menos feliz, que tinha feito um discurso algo intolerante, mas que no geral é uma pessoa bastante tolerante, etc, etc... Se o Nuno tivesse feito isso, nesse ponto eu teria ficado sem grande razão. Mas o Nuno fez o contrário. Mostrou que não é a tolerância que importa, é o clube. Agora o Nuno afirma que considerar uma crença absurda é que é intolerante. Então eu quero saber: existem pessoas que acreditam que os extraterrestres as raptaram para fazer experiências sexuais, e outras que acreditam que a terra é plana. O Nuno acredita que estas crenças não são absurdas e ridículas, ou é intolerante? Ou como é? «E isto de dizer que se defende um valor mas aplaudir que o espezinhem só porque dá jeito é hipocrisia.» Em rigor poderíamos dizer que é, mas na prática diria que não.Acho que a tendência natural é existir um certo enviesamento cognitivo que nos faz identificar com mais facilidade violações a valores que consideramos positivos quando elas acontecem por parte daqueles a quem à partida consideramos inimigos. Acredito que tem a ver com associações emocionais (tolerância bom, ateus mau, ateus contra tolerância faz sentido; por oposição cardeal bom, tolerância bom, cardeal contra tolerância não faz sentido). Uma pessoa incoerente terá dificuldade em reconhecer as violações aos valores em que acredita quando eles vêm da parte daqueles de quem gosta, e não creio que seja necessariamente por desonestidade. A minha opinião, neste momento, é que o Antonio Parente, o Nuno Gaspar e claro o Casti, são Trolls. Não são melhores que o Prespectiva. Não participam coerentemente e incisivamente nas discussões, são futeis nas acusações, e gritam que estão a ser insultados se lhes devolvemos na mesma moeda. Basicamente dedicam longas horas do seu tempo a boicotar uma conversa que não lhes agrada. Afugentam eventualemnte defensores mais sérios da religião e tenho a certeza que se um de nós se portasse do mesmo modo num forum de religião ou num blogue religioso, nos chamariam de trols, ultra-ateistas, fanaticos ateus, etc. O que têm deixado por aqui escrito sugere fortemente este ponto. Aqui não se alimenta o ódio, incita à violencia, ou outras barbaridades do género. No entanto eles falam como se assim fosse. Quem diz que o ateismo é o pior mal da humandade esta isento de suspeita quanto a tolerancia? É uma hipocrisia. A conversa da moral ser monopolio da religião, do proposito da vida, etc, é treta. A Religião está cheia de defeitos. Os religiosos não são mais que os não religiosos. Não valem mais, não prestam mais, não têm mais moral nem mais compaixão. Os religiosos são mais preconceituosos, mais manipulaveis, menos abertos acerca da vida e se houver uma correlação com a violencia é francamente positiva. Aliás, há. A religião é uma fantasia que deve ser tolerada em nome da paz e da sociedade, porque esta sociedade a tem tão enraizada que é impossivel apaga-la sem magoar ninguem. Querer acabar com a religião é errado, mas querer considera-la livre de critica é absolutismo teocratico. Considerar um bom ateu um ateu calado é o mesmo que considerar um bom padre um padre calado - para manter a coerencia. A religião é um problema. Não trás respostas, trás poucas soluções e suficientes problemas para o mundo. MAs não é o pior dos males atuais. Isso é a fome, a doenças, a exploração, a violencia, etc. Ludwig,Nem sou contra que se ensine religiões nas escolas. Sou contra é que o estado empregue pessoas seleccionando-as pelas suas crenças religiosas para desempenhar funções de uma religião específica. Se houver alunos ou doentes nos hospitais com interesse em aulas ou apoio ateísta ou budista, não tenho nada a opôr. Não vejo onde há incoerência. Barba, João (e João Vasco): É difícil ler duas frases seguidas vossas sem que não comecem a disparar ao interlocutor que não tenha ideias sobre religião coincidentes com as vossas. Afinal, quem é que dá mais importância ao clube? Eu falo por mim. Não tenho nenhuma antipatia pessoal forte com a religião. Antipatiso muito mais com vendedores de banha da cobra de outras variadades. É a arrogancia de alguns crentes em querer o monopolio do que é a moral ou a tolerancia ou a abertura ao dialogo que me chateia. «Se houver alunos ou doentes nos hospitais com interesse em aulas ou apoio ateísta ou budista, não tenho nada a opôr. Não vejo onde há incoerência.» É evidente que o Nuno não aceitaria que o estado contratasse pessoas exigindo que fossem ateístas, e discriminando negativamente os religiosos. Nem seria permitido pela Constituição. Mas, no contexto em que eu disse opor-me a que contratassem pessoas pela sua religião, ele responde isto. E há outros indícios. Diz que devemos respeitar as pessoas de outras crenças mas insinua que eu sou incompetente só porque não concorda com o que eu acredito (achas provável que ele fizesse isto se eu fosse católico?). Diz-se defensor da tolerância mas acha que a FCT me devia proibir de ter na minha página pessoal as palestras que dou onde falo sobre ateísmo. É inconsistente, concordo. Mas de uma forma tão tendenciosa e com contradições entre o que demonstra e o que diz defender que me parece razoável concluir que é também hipócrita. Já agora, incoerência é falta de ligação entre os elementos. Por exemplo, ela foi à fonte. Ontem tussi. O gato é preto é um texto incoerente. A contradição, explícita ou implícita, é inconsistência. Não concordo contigo, Sorry. A conversa da moral ser monopolio da religião, do proposito da vida, etc, é treta. Isso é ignorÂncia de quem diga tal coisa. A ética e a moral não tem necessidade de se fundamentarem na existência de divindades, é uma conversa demasiado filosófica para o meu gosto mas muito deriva das definições do que se entenda por cada um dos nomes.(ética, moral) Seja como for , é um facto que a maior parte dos ditames morais ocidentais tem uma origem católica assim como esta deriva do facto de ter sido a igreja a continuadora do direito do império romano numa época em que este foi desarticulado pelas migrações dos povos das estepes, vulgo invasões bárbaras. Por isso essa leitura é simplista e redutora. A Religião está cheia de defeitos. Os religiosos não são mais que os não religiosos. Não valem mais, não prestam mais, não têm mais moral nem mais compaixão. Os religiosos são mais preconceituosos, mais manipulaveis, menos abertos acerca da vida e se houver uma correlação com a violencia é francamente positiva. Aliás, há. Não concordo e acho francamente que estás a cometer um equívoco lamentável. A segunda parte do que dizes está em contradição com a primeira. : )Não será por aí que desdizes a religião. A religião é uma fantasia que deve ser tolerada em nome da paz e da sociedade, porque esta sociedade a tem tão enraizada que é impossivel apaga-la sem magoar ninguem. Querer acabar com a religião é errado, mas querer considera-la livre de critica é absolutismo teocratico. Considerar um bom ateu um ateu calado é o mesmo que considerar um bom padre um padre calado - para manter a coerencia. Acho que aqui está o teu equívoco, a religião não é uma fantasia, é uma realidade para milhões de pessoas. Essa é a sua força e ao mesmo tempo o seu fracasso. Força porque as pessoas acreditam a fundo ( algumas só ) e fracasso porque não funciona da forma que seria suposto funcionar. Seja como for tomar as pessoas religiosas por comentários soltos e bacocos deixados aqui por certas criaturas não é prudente porque não reflecte a real dimensão do fenómeno. A maioria dos crentes em Portugal diz que é crente mas basicamente não sabe nada de nada porque não pratica. Se lhe perguntarem diz que sim, mas na prática tem muitas dúvidas. Não vale a pena tomar a parte pelo todo, repara que o nuno gaspar diz a certa altura Aqui estou de acordo contigo. Quando vir mais empenho no combate a esses males na organização ateísta do que na Igreja Católica decido acreditar no ateísmo. Como se isto fizesse sentido !! não faz e ele sabe que isto nunca acontecerá, o laicismo é como o civismo e como a limpeza das ruas. É necessário deve ser vigiado mas não é uma religião nem tem objectivos fora do seu âmbito: a vigilância e separação dos poderes intemporal e secular. Notar que esta vigilância que os nossos acompanhantes detestam é praticada por ONG nos EUA por exemplo sobre a polícia , sobre os tribunais, exército etc faz parte de um sistema auto-regulado a capacidade de ter relatórios dos seus cidadãos sobre abusos. Como calha de nós termos separação estado igreja, tudo o que vá contra isso é um abuso e deve , de forma saudável e democrática , se denunciado. Esses senhores trolls e outros que partilham da ideia que deveriam estar numa redoma , estão enganados. É curioso reparar que não respondeu aos meus argumentos, nem à pergunta que eu fiz. Vou repeti-la:«existem pessoas que acreditam que os extraterrestres as raptaram para fazer experiências sexuais, e outras que acreditam que a terra é plana. O Nuno acredita que estas crenças não são absurdas e ridículas»? De resto, gostaria de fazer umas observações sobre o que me disse: «é difícil ler duas frases seguidas vossas sem que não comecem a disparar ao interlocutor que não tenha ideias sobre religião coincidentes com as vossas. Afinal, quem é que dá mais importância ao clube?» O Nuno. Por exemplo, à discordância consigo chama disparar. É como o António Parente: refere-se à discordia e à crítica sempre com termos que aludem à violência e ao belicismo.Refere-se aos seus argumentos e razões como vitórias, como golpes. Chamam general ao Ludwig, dizem que foi espancado quando acreditam ter refutado a sua argumentação (geralmente de forma algo disparatada, na minha opinião). E por aí fora. Claro que se estou a discutir religião com um crente, é normal que os meus argumentos sejam uma crítica às ideias que um crente defende.No entanto, caso não tenha reparado, nesta discussão já discordei do Ludwig e do Barba Rija. Eu não me importo de dar razão ao Nuno quando diz que Sam Harris trata a religião como ridícula (ao contrário do que o Barba disse), porque para mim ser verdadeiro é mais importante que ganhar pontos contra o Nuno.E isto nem foi nada que o Nuno me pedisse para admitir. Foi espontâneo: o Barba escreveu algo que me pareceu menos correcto, e eu critiquei-o. Contraste isto com a posição do Nuno, que recomendou um video que tinha uma falsidade grosseira. Nós chamamos a atenção para essa falsidade, mas o Nuno nunca foi capaz de reconhcer isso. Caso não tenhas reparado, o Nuvens de Fumo acabou de criticar as palavras do João.E se ele não o fizesse, eu seria capaz de o fazer. O João diz muitas coisas correctas, mas como toda a gente por vezes diz coisas menos sensatas, mesmo sobre religião. E não é por estar na minha equipa (eu tento não ver as coisas dessa forma) que deixo de o criticar. Outro exemplo do tipo foi relativo às legislativas passadas. Eu alegava que se devia votar PS, e ele também. Mas ele acreditava que a proposta de Louçã de acabar com os benefícios fiscais era má. Eu defendi que era boa. Porque acreditava que era esse o caso, e a honestidade de dizer o que penso era mais importante do que a equipa por quem estava a torcer. É esta coerência que não vejo em ti, nem no António Parente, nem no Luciano, nem noutros. Sujeitam tudo à vossa jihad (agora fui eu a atribuir um significado bélico a meras palavras e posições ideológicas, mas foi só para dar um exemplo). Para ti a inconsistência é tão evidente que só pode ser sinal de hipocrisia. Ou, melhor dizendo, é um indício forte de hipocrisia. Mas eu discordo. Eu acredito que muitas vezes as pessoas acreditam genuinamente nas contradições mais gritantes. Acho perfeitamente possível que as contradições que são tão evidentes para ti (e para qualquer pessoa neutral também) não o sejam para ele. Acho perfeitamente possível que ele acredite naquilo que diz. Note-se que é um absurdo. Nós sabemos perfeitamente que se há uns dias atrás alguém dissesse que a religião era o pior mal do mundo, ele evidentemente teria considerado isso um exemplo perfeito de intolerância. Mas agora lembrou-se que o Cardeal diz isso sobre o ateísmo, e está convencido que o cardeal não é intolerante. Então, é possível que ele acredite que: Saber ouvir não é algo que nasça connosco. Pessoalmente posso garantir que tive um curso de gestão dedicado ao assunto e achei na altura ridículo e imbecil e nem imaginam os nomes que disse por estar ali a apanhar um secão de 3 dias. Mas depois faz muito sentido. Saber ouvir as posições, ideias, formas de comunicação das outras pessoas é difícil, normalmente estamos mais interessados em falar e ter razão e isso envenena tudo, mesmo argumentos racionais. Porque se não ouvimos não há nenhuma troca de informação. Apenas esgrima de argumentos mas sem haver real envolvimento das pessoas. Negociar, ouvir, escutar são acções muito difíceis, todos temos sempre que aprender a melhorar esses aspectos. «Mas eu discordo. Eu acredito que muitas vezes as pessoas acreditam genuinamente nas contradições mais gritantes. Acho perfeitamente possível que as contradições que são tão evidentes para ti (e para qualquer pessoa neutral também) não o sejam para ele.» Concordo. É possível crer em contradições e não o notar, ou notar e encolher os ombros e continuar a crer. E isso pode não ser hipocrisia. Hipocrisia é o caso particular em que se apregoa a defesa de algo como virtude mas sem aderir de facto a esse princípio. E parece-me que o Nuno Gaspar padece desta aflição. Há várias virtudes que ele apregoa, como a tolerância, o respeito e a liberdade de crença que, quando aplicadas à crença dele, é evidente que quer dizer o mesmo que nós com estes princípios. Mas não é isso que transparece nas insinuações que faz, que o revelam uma pessoa intolerante e com pouco respeito pelos outros ou pela sua liberdade de se exprimir sempre que discordem dele. Nota que eu não estou a inferir a hipocrisia apenas da inconsistência, mas sim do tipo de inconsistência. Especificamente, da inconsistência entre os princípios que diz defender e a forma como os aplica. João Vasco, concordemos que existe uma diferença entre Palhaçada e Absurdo. Não vou conceder seja o que for nesse ponto particular. Aliás, já várias vezes li que o ateísmo era absurdo do ponto de vista de certas entidades abomináveis das neves e nunca vi católicos muito preocupados com essa intolerância. Eu estou como tu, acho ridículo, ignorante, mas não intolerante. O facto da historia dizer que a teocracia foi como começou a lei não quer dizer que isso hoje esteja correto. Esse é um argumento ad antiquitatem. Como o da tourada. A moral e a etica evoluiem a um ritmo mais rapido que o que a religião pode acompanhar. As bases sao judaico-cristâs, mas mesmo esse facto não impede que a evolução mostre que todos temos de partilhar a responsabilidade do bem comum, ateus ou não. Isto é obvio. A responsabilidade e a lei civil surgiram precisamente por isso. Porque a religião não é tudo. JoãoA diferença entre moral e ética para mim, e desde já admito a minha falta de conhecimentos na área , será : A distinção, no entanto, pode fazer-se referindo a moral à prática concreta dos homens enquanto membros de uma dada sociedade, com condicionalismos diversos e específicos -- enquanto a ética é a reflexão sobre essas práticas. Sendo assim a moral é (eventualmente) mais do campo da religiosidade, motivo pelo qual prefiro sempre afirmar , quando falo ou escrevo, que tenho uma atitude ética, e não uma atitude moral. Mais uma vez eu afirmo que tenho falta de conhecimento do uso rigoroso destes termos que me parecem demasiado fluidos para se poder de volta deles discutir com rigor. Quando dizes que A moral e a etica evoluiem a um ritmo mais rapido que o que a religião pode acompanhar. As bases sao judaico-cristâs, mas mesmo esse facto não impede que a evolução mostre que todos temos de partilhar a responsabilidade do bem comum, ateus ou não. Isto é obvio. A responsabilidade e a lei civil surgiram precisamente por isso. Porque a religião não é tudo. Penso que estás a cometer um erro, os costumes ( moral ) evoluíram muito rapidamente À conta de uma erosão ou mesmo destruição da moral anterior que era de matriz mais católica. Do meu ponto de vista a ética não evolui assim tanto, a ética é mais universal, independente da moral. mas como disse teria de perder muito mais tempo do que o assunto merece uma vez que os profissionais da coisa, os filósofos, andam entretidos com isto faz algum tempo e não de parece que tenham conseguido muitoooooo melhor. : )) Repara que não discordo com o que dizes, não concordo com a linha lógica que segues.É de muito difícil defesa. Confundes princípios gerais da ética com o avanço da ética, meu caro altocumulus ;). Tal como na ciência, ainda hoje poucos questionam a importância da gravidade, mas isso é pouco relevante se quisermos atestar se a ciência evoluiu ou não desde Galileu ;). Não sei quem é mais incoerente, hipócrita, intolerante, inconsistente, ignorante,... Parece-me evidente a quem ler estes comentários quem sente mais necessidade de chamar nomes ao interlocutor de que discorda. Se eu já tinha dúvidads relativamente à sua isenção, os seus comentários e a facilidade com que atribui frases, intenções ou juizos a outros lançam suspeitas sobre a sua Boa-Fé: É evidente que o Nuno não aceitaria que o estado contratasse pessoas exigindo que fossem ateístas, e discriminando negativamente os religiosos Você não sabe o que eu aceitaria ou deixaria de aceitar. Se preza o pensamento rigoroso você não pode elaborar processos de intenção no condicional. Mas tem uma boa maneira de saber. Junte estes seus guarda-costas, rumem aos hospitais e experimentem, por exemplo, disponibilizar-se para prestar apoio a doentes terminais que manifestem interesse na vossa ajuda, dizendo-lhes o que acharem mais conveniente de acordo com a vossa leitura da vida e da morte, e verifiquem se alguém se incomoda com isso. Se não tiverem outro modo de susbistência e o número de interessados na vossa presença tiver significado, proponham auxílio do Estado para essa tarefa. Aí sim, ficarão a saber quem é mais ou menos intolerante e quem preza ou não o respeito e a liberdade de crença. insinua que eu sou incompetente Importa-se de dizer onde? Não tenho elementos para dizer se você é competente ou incompetente, nem estou interessado na sua avaliação. Poderei estar interessado, isso sim, em saber se lecciona de forma isenta e não tendenciosa matérias em que diz que ensina aquilo em que devemos acreditar. A sua reacção, se num primeiro momento saúdo o horror que parece ter a essa possibilidade e o vigor com que a contraria, não foi esclarecedora. Diz-se defensor da tolerância mas acha que a FCT me devia proibir de ter na minha página pessoal as palestras que dou onde falo sobre ateismo. Obrigado por ter esclarecido que afinal há duas páginas. Onde é que eu falei em proibir? Você pode lá pôr o que quiser mas sujeita-se a que julguem a sua isenção e o seu desempenho como docente ou investigador pelo que lá puser. E afinal fiquei sem perceber. Palestras onde assume determinada crença pessoal também servem para currículo? Onde é que se meteu o Josebias? Queria agradecer-lhe ter posto a lebre em movimento. E ler a entrevista de Olavo de Carvalho sobre a revolução cultural Gramsciana no Brasil parece a exacta descrição do aumento de influência do Bloco de Esquerda e anexos no ensino em Portugal. «Parece-me evidente a quem ler estes comentários quem sente mais necessidade de chamar nomes ao interlocutor de que discorda.» A mim não me parece evidente. Tenho a sensação que nesta troca tem sido o Nuno, aliás a conversa começou pela citação de algumas palavras menos gentis dirigidas ao Ludwig. Mas isso não me parece óbvio. O que acontece é que o Nuno sente-se atacado com o que escrevem sobre si, mas não hesita em fazer o mesmo aos outros. Novamente está aqui o problema da duplicidade de critérios para o qual alertei. E o Nuno continua a confirmar que a crítica que fiz é válida, sem ponderar por um segundo as suas acções e palavras. Novamente pergunto: considera que a crença na terra plana é ridícula e absurda? Considera que alguém que hoje preste culto a Zeus, Poseidon e Afrodite é tão digno de respeito como um católico? Considera intolerante considerar absurda a crença segundo a qual o extraterrestres rapatam pessoas para fazer experiências sexuais com os seus corpos? Você atira os foguetes e apanha as canas. A razão porque eu posso responder ou não a mim diz respeito. Você confunde várias coisas nas suas perguntas: se a terra é plana ou se existem extra-terrestres como o seu guru Sagan andou à procura são questões do domínio científico que poderão ou não ter confirmação experimental. Quanto ao culto a Zeus ou a Afrodite nada sei pois não conheço ninguém que o pratique. Se foi esse o registo religioso em que o povo grego soube exprimir o seu fascínio pela vida e pela morte não tenho que, nem posso, qualificá-lo. Já mais facilmente posso adjectivar essa mania de aludir a comparações ridículas em que sabemos de antemão ambos falarmos de proposições falsas tentando fazer com isso analogia com a crença religiosa. Não faz. Faz uma falsa analogia. Para enriquecer o compêndio de falácias que o neo-ateismo representa. By the way, depois dos vídeos que o Ludwig colocou e dos comentários continua a achar que o Tim Keller não tem nenhuma razão em dizer que muitos neo-ateistas consideram o respeito pela religião uma coisa má? «By the way, depois dos vídeos que o Ludwig colocou e dos comentários continua a achar que o Tim Keller não tem nenhuma razão em dizer que muitos neo-ateistas consideram o respeito pela religião uma coisa má?» Qualquer pessoa racional percebe que é pouco sensato respeitar ideias. As ideias, hipóteses, crenças, costumes, tradições, etc, devem ser analisadas criticamente, pelo seu mérito, sem favorecer nenhuma só por causa de uma noção arbitrária de respeito por essa em vez de qualquer outra. O que se deve respeitar são as pessoas. E um grande problema das religiões é precisamente pôr o respeito pelas (suas) crenças à frente do respeito pelas pessoas. Querem silenciar quem as critica, querem restringir o que se ensina e passam mais tempo preocupados com a vida pessoal e profissional dos ateus que a criticar inteligentemente as ideias do ateísmo. As suas ideias, Nuno, são em grande parte contraditórias e disparatadas. Como qualquer ideia, boa ou má, não merecem respeito, mas as suas nem mérito têm. Mas pode estar descansado que não é por isso que eu vou a outros blogs insinuar coisas acerca da sua vida profissional ou algo que o desrespeite a si. O que tiver de dizer acerca de si direi a si, porque o respeito como pessoa. E se alguém quiser silenciar os seus disparates estarei do seu lado, pelo seu direito de os dizer. Mesmo sabendo que não me respeita da mesma forma, por muito que diga o contrário... «Mas já agora, se você me respeita como pessoa e me chama hipócrita e e diz que tanto faz aquilo que eu diga que sabe o que eu penso de si, o que entende por respeitar as pessoas?» A sinceridade e honestidade são partes importantes do respeito. Se o respeito como pessoa e acho que é hipócrita, é razoável que o diga a si, directamente, e que lhe apresente as razões concretas que me levam a concluir isso para que me possa esclarecer do contrário, mudar a sua atitude ou simplesmente ignorar-me. Quanto às religiões silenciarem quem as critica, não me refiro a si. Refiro-me à pressão na ONU para punir quem insulta as religiões, o nosso código penal e as constantes acusações de intolerância só porque alguém acha disparatado andar a pedir aos deuses para transubstanciar uma hóstia. Claro: diz respeito a si não querer ser apanhado em contradição flagrante. «se a terra é plana ou se existem extra-terrestres como o seu guru Sagan andou à procura são questões do domínio científico que poderão ou não ter confirmação experimental.» Não foi isso que perguntei. Eu perguntei se o Nuno é da opinião que alguém que acredita que a terra é plana acredita em algo ridículo. Como o Nuno não quer responder, prefere dizer que isso é do âmbito científico. Por mim até podia ser do âmbito artístico, isso não tem nada a ver com a pergunta que eu fiz. «Quanto ao culto a Zeus ou a Afrodite nada sei pois não conheço ninguém que o pratique.» Isso quer dizer que o Nuno so se pronuncia sobre as ideias em relação às quais conhece alguém que as professe? Enquanto não conhecer um negacionista do holocausto não poderá denunciar essa crença como ridícula? «Já mais facilmente posso adjectivar essa mania de aludir a comparações ridículas em que sabemos de antemão ambos falarmos de proposições falsas tentando fazer com isso analogia com a crença religiosa.» Hum... O Nuno tem muita dificuldade em distinguir um contra exemplo de uma analogia.Cada vez que dou um contra exemplo o Nuno vê uma analogia. Ao ser incapaz de compreender esse erro de raciocínio (já o expliquei duas vezes, e o Nuno não foi capaz de enconrar qualquer incorrecção na minha explicação), cria várias limitações cognitivas no que diz respeito à operação com conceitos lógicos elementares. Sou sincero quando digo que neste ponto isto não tem nada a ver com religião. Nuno, por favor releia os textos em que eu lhe expliquei a diferença entre contra-exemplo e analogia, sob pena de continuar a ter esta dificuldade quando discute sobre qualquer que seja o assunto que envolva alguma dedução ou contra-exemplo. É que assim, até faz lembrar o Mats. Estou a ser perfeitamente sincero quando afirmo que escrevo isto para seu bem. Não para ter razão nesta discussão em concreto, mas para que no futuro compreenda a validade de um contra-exemplo adequado, seja a discutir com quem for. Sobre os videos do Ludwig, responderei. Mas queria antes perguntar se acredita que Eça de Queirós, Tomas Alva Edison e Tomas Jefferson eram todos pessoas intolerantes. Ah, e já agora que respondesse à pergunta que tinha feito inicialmente. Eu conheci uma pessoa que acredita nesta religião: http://jahtruth.net/truth.htm http://jahtruth.net/darth.htm o Nuno diz que só conhecendo pessoalmente algum crente é que pode considerar esta religião absurda? Parece-me que a má fé não é minha, visto que a primeira que citou referia-se à acusação de hipocrisia que lhe fiz e a segunda da impressão que tenho de que o Nuno não me respeita como pessoa da mesma forma como eu o respeito a si. A primeira pode-me esclarecer com palavras. A segunda terá de demonstrar pela sua atitude. Só dizer que me respeita e continuar a fazer o que tem feito não basta. (Para quem não quiser ler em detalhe, na religião a que me referi acreditam que Jesus é Deus e é extraterrestre - como os Mormons - e os textos sagrados são a Bíblia e... a Guerra das Estrelas. Supostamente George Lucas, sem o saber, foi inspirado por Deus através de microondas que alteraram os seus padrões cerebrais, para transmitir a sua palavra. Tal como a Cientologia, isto não é uma brincadeira. Existe quem acredita nisto). Não pode dissociar a pessoa das suas ideias. É como dizer respeito a tua perna direita mas não respeito o que tens dentro da cabeça. Ninguém sai de casa sem as suas ideias. Fazem parte de nós. Podemos silenciá-las, escondê-las mas elas continuam cá. São nossas. No início da minha carreira de comentador no Diário Ateísta venderam-me muito essa ideia. Quando comecei a utilizá-la houve logo quem se ofendesse. Lembro-me de ter dito a um primo da altura as tuas ideias são uma grande merda mas respeito a tua pessoa. Não gostou e era um dos primos que defendia essa teoria do não respeito pelas ideias e do respeito pelas pessoas. Essa proposição permite ajavardar um diálogo, fingindo que se respeita a pessoa. O tanas é que se respeita. «Não pode dissociar a pessoa das suas ideias. É como dizer respeito a tua perna direita mas não respeito o que tens dentro da cabeça.» Concordo, mas só para pessoas que sejam, por alguma razão de força maior, incapazes de mudar de ideias. Dizer a alguém com uma deficiência mental que tem ideias disparatadas concordo que não seria uma boa coisa. Mas assumindo que se trata de uma pessoa saudável, inteligente e minimamente racional, então dizer que se tem respeito por ela mas não por uma ou outra ideia é como dizer que se respeita a pessoa mas aquela camisola que usa tem um buraco ou uma nódoa. Não é algo ao qual a pessoa está condenada para sempre mas que está ao seu alcance melhorar. É um assunto muito interessante, isso de se discutir a ideia e depois a pessoa ficar ofendida, ou onde é que estão os limites, se é que os há. Se avacalhar com uma ideia ou símbolo é reprovável quando feito de uma dada forma. Isso dava um belo post. Por exemplo, o vídeo de Maitê Proença que se pode ver aqui, onde os comentários destilam ódio, está a gerar uma onda de protestos na data em que publico aqui este comentário, até passou hoje no Telejornal da RTP1 sendo a última notícia. Claro que é um ataque à pessoa. Eu não me ralo muito com o que ela disse embora ela tenha feito generalizações que não me parecem ser verdadeiras, mas será que merecem tanta resposta azeda ou não? O Luciano está agora a conversar com seus próprios fakes: Ricardo Rei, Julio Santos, Eduardo Araujo, Jaqueline Graieb, e outros e outros. Fazer o quê? Seus próprios amigos, como o Nuno Gaspar, o estão abandonando, a ele nada mais resta do que ficar a falar sozinho. E o papo dele é que edição de post é atualização de base de conhecimento... Merece uns bons taponas por detrás da orelha, um cínico assim. Só dizer que me respeita e continuar a fazer o que tem feito não basta Pois. Agradeço o respeito que tem pela minha pessoa e a consideração de chamar palhaçadas e disparates a gestos pessoais e particulares que eu possa praticar sem eu lhe perguntar a sua opinião. Se a isto chama tolerância vou ali e já venho. «a consideração de chamar palhaçadas e disparates a gestos pessoais e particulares que eu possa praticar sem eu lhe perguntar a sua opinião.» O Nuno chama intolerância a considerar as suas crenças uma palhaçada, mas não considera intolerância considerar as minhas o maior drama da humanidade. O pior é que não é capaz de dizer o que pensa sobre a cientologia, ou aqueles que acreditam que a terra é plana. Ou bem que não considera as ideias deles uma palhaçada, ou bem que é intolerante segundo os seus próprios critérios. E o facto de não querer responder a essa pergunta demonstra como de facto os seus critérios são frágeis e desadequados.Por isso, vinda de si, a acusação de intolerância perde qualquer força que pudesse ter. O Nuno não defende a tolerância, defende o seu clube. E a sua atitude nesta discussão vai confirmando-o sucessivamente. s. m.1. Peça de teatro de um género misto entre a comédia e a tragédia.2. Fig. Acontecimento comovente.3. Cena pungente Já agora, Eu acho que a Igreja da Cientologia é uma proposta religiosa arcaica e que a terra plana é uma proposta científica obsoleta. Explique lá em que é que isso o autoriza a dizer que todas as propostas religiosas e científicas têm que ser primitivas ou por alguém dizer que não se identifica com elas isso possa ser considerado falta de respeito ou intolerância da sua parte. Acha que é a mesma coisa que chamar palhaços a quem acredita nelas? Porque sou capaz de defender o direito deles dizerem o que entenderem, mesmo se isso incluir o direito de dizer mal daquilo que acredito. Claro que o Nuno pode discordar dos meus critérios, mas não era isso que estava em discussão. Estavam em discussão os critérios que o Nuno apresentou, e que o próprio não cumpre.Daí ter-se escusado novamente a responder à pergunta que eu fiz. E note que aqui o caso é delicado, pois o Nuno já se pronunciou sobre outras crenças religiosas no passado, considerando-as pouco sérias, ridículas, dignas de troça. Eu até alertei na altura para o facto. Ou o Nuno admite que foi intolerante da sua parte, e alega que nunca mais fará algo do tipo; ou então o Nuno vai ter de explicar melhor os seus critérios. Se não admitir os seus erros, vsai ficar bastante claro que mais do que a convicção, é a conveniência que o faz alegar a defesa da tolerância.
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Arquivo de março de 2006 Praça XV, início do sec. XX Nessa foto tirada do topo da estação das Barcas podemos ver o urbanismo da praça XV logo após ao período Passos. Em primeiro plano vemos no meio do largo o banheiro público, já postado aqui com detalhes ( http://www.rioquepassou.com.br/2004/11/13/ ) no fundo o belo prédio neo-clássico do ministério da Agricultura [...] Ontem Liuz Darcy em seu fotlog colocou uma bela foto aérea do posto VI no início dos anos 30 ( http://ubbibr.fotolog.com/luiz_d/?pid=16193276 ). A foto além de muito bonita, guarda um detalhe na minha opinião de grande interesse, todos os que frequentam os flog’s sobre o Rio antigo, ou até mesmo de já lerem em [...] Praia de Copacabana, início dos anos 70. Reparem a textura da areia, escura e grossa, que demonstra que essa foto é posterior ao alargamento da praia. O motivo pela areia estar assim pode ser visto aqui: http://www.rioquepassou.com.br/2004/06/05/ Por onde andam essas pipas e seus vendedores ??? Foto: Coleção Desmond Cole Comments (27) edubt 29/03/06 10:02 [...] Dando continuidade ao post de ontem, posto uma foto da primitiva estação das Barcas. Construída na segunda metade do sec. XIX a estação da finada Companhia Ferry, além de dar conforto aos passageiros que faziam a travessia para Niterói, ela inovava, também pelo tipo de barco utilizado e pelo uso de pontes de atracação, algo [...] Estação das Barcas. Nessa foto de Malta vemos a estação das Barcas da praça XV, vemos o novo prédio construído em 1906 em substituição a velha estação, já personagem em algumas fotos aqui do flog, e que possuia uma torre com relógio muito parecida com a torre do prédio da CEG na Av. Pres. Vargas. [...] Av. Atlântica 1948 Passados no máximo 29 anos da foto anterior vemos do mesmo lugar as transformações radicais sofridas pelo bairro em pouquíssimo tempo, a lente é um pouco diferente o que leva a pequenas diferenças do que foi fotografado anteriormente. Na foto vemos que praticamente tudo mudou, de todas as casas próximas mais nenhuma [...] Av Atlântica, possivelmente entre os anos de 1919 e 1924. Nessa foto de Malta tomada de uma das janelas do hotel Londres vemos a então recém duplicada Av Atlântica num bairro ainda tomado pelas casas. O pequeno carro passa solitariamente por uma avenidade deserta. Na foto também vemos uma nesga da casa do barão [...] O mar revolto, possivelmente na ressaca de 1919 bate nas amuradas da Av. Beira Mar na Glória. No fundo vemos o hotel Glória em construção, no meio do arvoredo plantado por Passos, que já se mostra de grande tamanho. Foto: Bippus Acervo do amigo Francisco Patrício Comments (22) uirahfelipe 3/22/06 7:53 AM … QUE Mágico [...] Ano de 1947, vemos o presidente norte americano Harry Truman, o embaixador americano e delegação andando pelos jardins da residência oficial da embaixada americana em Botafogo. Como de praxe a grande mansão diplomática ficava na rua São Clemente no número 388, ao lado da embaixada britânica. O imóvel hoje é ocupado pela escola Corcovado. Comments [...] Conforme prometido na foto anterior, posto hoje a ocupação dos terrenos do Liceu para atividades ligadas a diversão. A foto de hoje também de Malta é tirada no angulo inverso da anterior, vemos então a esquina da Rio Branco com a rua de Santo Antônio, hoje Bettencourt da Silva, e nela vemos o Pavilhão Internacional. [...] Concluindo essa involuntária série, que começou com uma charada e terminou com o primitivo prédio do Liceu de Artes e Ofícios e sua localização pós era Passos, posto essa foto de Malta, tirada do topo das obras do Municipal. Na foto vemos a Av Central já aberta, mas ainda em processo de urbanização e com [...] Ontem na conclusão da nossa charada fotográfica surgiu a dúvida de quanto do conjunto do Liceu tinha sido demolido para a construção da Av. Alm. Barroso. Para a resposta posto esse fragmento da planta de desapropriações da construção da Av. Central, nela podemos ver o velho tecido urbano, dos tempos coloniais que será substituído pelo [...] Temos hoje a nossa resposta fotográfica para a pegadinha de ontem. Muitos como o João Novello, Marcelo Almirante e o Rafael Netto, bateram na trave, ou dando a via em local diverso do fotografado, normalmente convento da Ajuda, ou então trocando de rua no próximo chute. O único que realmente acertou a rua e a [...] Hoje temos mais uma pegadinha !!! Qual será essa rua fotografada no início do Sec. XX, ou nos últimos anos do sec. XIX. Dou duas dicas, a rua não desapareceu como muitas outras ruas da cidade, mas perdeu pedaços !!! Comments (24) luiz_d 2006-03-15 08:26 … Praça Eugenio Jardim? jban 2006-03-15 08:31 … PÔ Luiz [...] No post de hoje voltamos aos álbuns de família, o de hoje é do amigo Felipe Corbett. A foto é ótima e mostra seu avô Antônio França Quaresma, na esquina da praça do Vigia com a Av. Atlântica, no Leme, em foto tirada no 25 de Janeiro de 1932. A fantasia do garoto não podia [...] Iniciaremos a semana com um post duplo com o flog do amigo Luiz Darcy. Hoje em seu flog ele posta uma foto aérea da região do calabouço em plenos preparativos para a exposição de 22 ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:286 ) onde além de vermos os pavilhões da exposição podemos acompanhar o desmonte do morro do Castelo. Posto [...] Gráfico do sistema de bondes da região da Garagem do Largo do Machado. Certamernte 90% dos trilhos aqui mostrados jazem sepultados de baixo do asfalto ! Comments (16) betotumminelli 11/03/06 11:26 … Ali na Rua da Gloria quase esquina com Candido Mendes, os trilhos continuam intactos de baixo do asfalto. Como sei? Simplesmente muito simples… [...] Primeira metade dos anos 70. Vemos num tempo anterior as invasões bárbaras das areias da praia, a famosa tríade dos vendedores de praia, o do mate e limão, com seus tambores de metal pendurados nas costas, o do biscoito Globo e o que levava o isopor ou com sorvete ou com bebidas. Na foto ainda [...] Para terminarmos a série sobre o aumento do Largo da Carioca rumo a rua Treze de maio temos uma foto após o metrô, de 1980, praticamente no final da nossa linha do tempo que é 1982. O fotógrafo está no chão novamente, desta vez atrás do relógio que permanece no mesmo lugar desde 1909, um [...] Na terceira foto, já publicada pelo Roberto Tumminelli ( http://www.flickr.com/photos/carioca_da_gema/49239364/in/set-1421596/ ) , no final da década de 40, vemos um largo completamente diferente, um mar de asfalto toma conta de tudo, todas as construções até a Av. Alm. Barroso tinha sido demolidas e com a construção dos novos prédios no lado impar da Av. 13 [...] Hoje teremos nossa segunda foto, que mostra as ampliações do Largo da Carioca em direção a rua 13 de Maio e Cinelândia. Essa foto foi postada inicialmente no flog da Júlia Cunha ( http://www.flickr.com/photos/julinha/102085442/ ) e nos mostra já poucos anos depois o crescimento do largo. Tanto o chafariz como a construção que ficava logo [...] Iniciaremos hoje uma pequena série de 4 post’s que mostrarão a ampliação do Largo da Carioca em direção a rua 13 de Maio, a nossa referência sempre será o relógio, único marco que permanece no mesmo lugar desde o período Passos, para isso usarei fotos do meu acervo, como fotos emprestadas dos Flog’s do Roberto [...] Ontem o amigo Roberto Tumminelli postou uma foto do viaduto de Bonsucesso nos anos 50 ( http://www.flickr.com/photos/carioca_da_gema/106807747/ ) logicamente me forçando a criar mais um dos famosos post’s duplos. A foto de hoje, tirada entre 1946/48 mostra em vista aérea a mesma região mostrada pelo Roberto, o trecho de Bonsucesso/Ramos, onde há a saída da [...] Casa lotérica de outros tempos. Vemos um dos antológicos envelopes da Casa Esperança, uma das mais tradicionais lotéricas da cidade durante décadas. Nesse envelope o freguês, depois de feitas as suas apostas levava para casa os volantes e comprovantes do que foi apostado. A velha loteria, que rivalizava com a Fasanello em fama e freguesia, [...] Este site não possui fins lucrativos e/ou comerciais. As imagens aqui exibidas são da coleção particular do autor, obtidas na internet, copiadas de periódicos antigos ou gentilmente enviadas por colaboradores sendo a autoria identificada sempre que possível. Os textos são de autoria do proprietário do domínio, e expressam sua opinião e idéias sobre fatos ligados a história do Rio de Janeiro.
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Algumas pessoas se dedicam a estudar aquelas famosas conclusões populares relacionadas a casamento e família. Quem casa mais cedo é infeliz? É melhor ter mais quantidade ou qualidade nas relações sexuais? Estes e outros questionamentos foram estudados, e aqui estão os segredos descobertos pelos especialistas em relacionamento conjugal: 1. Casar mais tarde não é garantia de que vai dar certo Você já deve ter ouvido muitas pessoas dizerem que um casal começou a namorar muito cedo, ou que casaram muito jovens - e que por isso não eram maduros o suficiente para fazer o relacionamento dar certo. Esta é a conclusão mais furada que existe, segundo o professor de estudos da família e do consumidor da Universidade de Utah, Nicholas Wolfinger . Ele analisou mais de 6 mil casais recém-casados e divorciados, entre 2006 e 2010. O especialista chegou à conclusão de que o risco de divórcio diminui consideravelmente para quem casa dos 20 até 32 anos. Depois disso, o risco do casal se divorciar sobe 5% a cada ano mais. Quanto mais você adiar o casamento, maior é a chance de você se divorciar, concluiu Wolfinger. 2. Estar presente em todos os momentos pode ser sufocante Quando um parceiro está estressado, seja qual for o motivo, e diz que precisa passar um tempo só, seja no quarto ou sair para colocar as ideias no lugar, você precisa respeitar este momento. Às vezes, o parceiro não precisa do seu conselho ou da sua intenção de animar o ambiente, mas do seu silêncio e de gestos invisíveis de ajuda e amor. O professor de psicologia da Universidade de Binghamton, Matthew Johnson , estudou casais de Nova York em que um dos parceiros estava estudando para um exame importante, como se fosse para a OAB, por exemplo. Ele chegou à conclusão de que apesar de agradecer e reconhecer o apoio, os companheiros que ficaram muito em cima um do outro em todo o tempo de estudo estavam mais estressados do que os outros casais em que um respeitou o espaço do outro. O grande pulo do gato foi o suporte invisível: apesar de não estarem presentes enquanto o outro estudava, os parceiros faziam as demais tarefas que ficavam atrasadas e isso já era de grande valia para o outro. 3. O melhor mesmo é a quantidade e não a qualidade nas relações sexuais O sexo mais frequente torna a relação mais positiva, a troca de carinhos aumenta e a saúde de ambos é beneficiada - esta é a conclusão do estudo Psychological Science . Quando ambos estão felizes e desejam um ao outro, o dia fica mais feliz, o sorriso é mais sincero e a autoestima aumenta, ao saber que você é amado do jeito que é! A doutoranda que desenvolveu este estudo pela Florida State University, Lindsey Hicks, explica que quando você está cansado e não tem disposição para pensar no parceiro, mas ao se esforçar para isso mostra uma atitude implícita e amor e entrega. Não estamos sugerindo que você deve parar tudo para ter uma relação sexual, mas os sentimentos implícitos demonstrados de maneira mais positiva são um bom motivo para você passar mais tempo no quarto. Quando tudo isso vem com uma dose de respeito e carinho pelo desejo (ou não) do outro, o amor se fortalece. 4. Sofrer de amor traz problemas à saúde O professor de psicologia da Universidade de Berkeley, Robert Levenson, desenvolveu um estudo com 156 casais que tinham entre 40 e 60 anos, todos casados a mais de 15 anos. A cada 5 anos, eles eram convidados a frequentar o laboratório e contar seus problemas de saúde e sobre os conflitos atuais do relacionamento. Levenson gravou as reações de cada um e depois cruzou os sinais de raiva e rancor com os problemas cardíacos e musculoesqueléticos. Quando as pessoas sentem algo, mas não querem deixar transparecer, tendem a ficar tensas. É como se tivesse um carro lhe puxando para fora da garagem, e você está tentando segurá-lo, e o carro são suas emoções. O segredo é não conter as emoções, deixe-as ir. Outra conclusão importante é de resolver as divergências o quanto antes, para que elas não fiquem por décadas incomodando sua mente e corpo. Robert contou que alguns casais tinham exatamente as mesmas discussões a cada 5 anos que se encontravam no laboratório! 5. Vocês vão ficar cada dia mais parecidos! Mas isso não quer dizer que não terão opiniões ou gostos diferentes. A diferença é que vocês vão se concentrar mais nas semelhanças e vão ser felizes por compartilhar a mesma opinião sobre o prato preferido ou os locais que gostam de frequentar. Vocês ainda vão discordar sobre os filmes de ficção científica e de romance! Uma pesquisa publicada no Journal of Personality and social Psychology perguntou a mais de 4 mil casais se eles achavam que ao longo do tempo suas opiniões pré-existentes tinham mudado após o casamento, e a grande maioria disse um sonoro NÃO!
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Puta leva rola de dois tarados Puta leva rola de dois tarados,louca de desejo com a xereca toda melada encontra dois vadio ardendo de tesão com o cassete todo melado de porra,esfrega na cadela lambusando ,deixando louca de tesão um vadio vai pra cima metendo o caralho na buceta e o outro vai por tras fodendo o rabo,excitados eporream na cadela gritando de prazer.
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sou homem ativo Procurotravesti,gay,ou jovem que esteja no guarda roupa querendo sigilo entre 18 e 25 anos para relacionamento minha namorada e mente aberta quero uma pessoa sem frescura que aceite estar junto com nós p viagens e sexo ela não participa espero encontrar alguem aguardo contato
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América tem que virar o jogo e precisa do torcedor 11/08/2010 às 08:09 por Marcos Lopes Eu sei que alguns dirigentes não gostam quando se fala em promoção, mas vamos lá. A situação do América é complicada no Brasileiro e, o jogo de sábado contra o Vila Nova é mais do que decisivo, é um jogo da vida do time rubro na competição. Uma vitória e o América volta a alimentar possibilidades de iniciar um efetivo processo de reabilitação. Tem que criar mecanismos capazes de motivar o torcedor a comparecer ao estádio. Acredito que a hora é da diretoria lançar uma promoção para levar uma fatia maior de torcedores, que serão – os torcedores – importantes para o time em campo. Quem sabe estudar uma promoção de redução no valor dos ingressos? A hora é virar o jogo e com a presença do torcedor tudo fica mais fácil. 39 Comentários para “América tem que virar o jogo e precisa do torcedor” Marcos, com este time aí… Eu num vou nem de graça. Aliás, o cara vai ao estádio só se estressar com os passes errados, gols perdidos, defesa frágil… Torcedor vai a campo quando percebe, um MÍNIMO de futebol que possa resultar em vitórias, a não ser que seja masoquista. Porém, este ano passou de todos os limites. O América sempre foi um clube de se impor dentro de casa, hoje, nem com 1 a mais desde os 17 do 1º tempo contra o fraco time do Bragantino, sequer foi capaz de fazer um gol. Se vencer o Vila Nova, não significará absolutamente nada em termos de sair da zona de rebaixamento, pois o Vila também é muito fraco. ML, são 3 anos de incompetência, o torcedor não é burro. Concordo plenamente com voce Marcos Lopes, como sempre muito feliz em suas explanacoes. O America precisa do seu torcedor e a diretoria tem que fazer sua parte, talvez arrecadem ate mais com a reducao de 50% dos valores dos ingressos em relacao aos jogos anteriores. Parabens. Tem que ter nervo de aço para assitir esse time do américa jogar. É muita ruindade para um time só. E de quem é a culpa?? Não há que se culpar treinador, jogador , preparador físico ou o roupeiro do clube, mas, sem medo de errar, aponto essa diretoria como única culpada. Afinal, deixar de trazer o jogador Cascata, que tinha crédito e total apoio da torcida americana, para trazer um caminhão de jogadores (muitos já dispensados) que não têm a menor condição de jogar a série B, fazendo tentativas e mais tentativas no pleno desenrolar do campeonato, é tentar o suicídio, ou melhor, o rebaixamento. Há uma sensação de raiva coletiva da torcida pelo péssimo desempenho do time ao longo desses últimos anos, uma frustração generalizada, o resíduo de autoestima do torcedor dilui-se a cada jogo…em suma, nem a paixão insana do torcedor mais passional é capaz de tapar-lhe os olhos, de fazê-lo não perceber que o risco de queda à série C é iminente. E tudo por culpa de quem?? do contratante – leia-se dirigentes. A arquibancada tem que ser 5 reais se a direção quer ver uma boa presença dos torcedores, mas a diretoria do América NUNCA faz isto. O time precisa contratar três atacantes, com urgência, e dispensar Alberto, Wellington Silva e Chimba. Tem que correr atrás de qualquer um que jogue mais do que estes caras. É urgente! Para ontem! Tem que trazer Lúcio ou Júnior Negão ou Marcelo Nicássio, etc, tem que trazer logo. Olha marcos, é muito complicado o torcedor ir ao estádio, com um time fraco que é o Mecão, porém de qualquer forma é uma tentativa. Agora, só uma pergunta: Os garotos da base, jogam menos que o Alberto? Se a sua resposta for sím, então mande os meninos para escola que é muito muito melhor. O tal do Alberto não joga nem na pelada da minha Associação. Marcos, sua proposta é inteligente e oportuna, como o MECÃO anda mal das pernas como querem cobrar 20 reai por 1 ingresso? Em São Paulo e Minas, os times de porte médio quando estão em má fase colocam ingressos até a 1 real. Promoção serve pra atrair torcedores e dá mais gás ao time. Quem pensa ao contrário infelizmente não é lá muito inteligente não. Esse Valdson deve ser torcedor do Mais Sofrido. O time da era Lula é completamente diferente os anterior. Só não vê quem não está acompanhando os jogos. Está na hora dos verdadeiros americanos prestigiarem o time. Vamos lotar o estádio para apoiar o Mecão e conquistarmos a nossa primeira vitória dentro de casa. O América precisa ganhar metade dos jogos que faltam. Só um milagre enorme faria este time ganhar metade dos jogos de uma competição difícil como a Série B. Num jogo como esse, contra o lanterna, não tem promoção que faça o estádio ficar cheio, nem que o ingresso fosse de graça. Como a torcida pode ir se ela não existe, pode ser de graça, se o time não tiver na moda não vai ninguém, tenho apenas 28 anos e já vi isso várias vezes… Time de massas é time de massa, time de moda é time de moda, mudar isso é difícil, o próprio São Paulo mesmo como papa títulos, basta sair um pouco da moda e é fracasso de torcida, quem dirá o américa…. Torcedor do mais sofrido, série C nunca… Sou americano mas garanto que a grande maioria pensa desta forma. Conheço muitos torcedores, que sempre vão aos jogos mas esse ano já desistiram. É muita ruindade num time só. Talvez eu tenho ficado mau acostumado com uma época em que o América não perdia em casa, era obrigação ganhar de quem quer que fosse. Americano serei sempre, mesmo que o América num dispute mais nada ainda assim serei americano (e contra a funerária). Na minha humilde opinião estaria sendo conivente, compactuando com essas políticas de contratações adotadas pelos diretores. Repito: são 3 anos de incompetência. Lembrando que isto é tão somente uma opinião. aê ML depois desse jogo contra o VILA NOVA temos o PARANÁ, o time que sempre resucita o DRAGÃO. ´pode ser duas vitorias seguidas e assim ficando proximo aos do meio da tabela. mais ainda precisamos de um GOLEADOR urgente, esse alberto não dá mais. fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira fica lula pereira M Lopes. O América F.C. é superação. Basta uma sucessão de três vitórias para sair da zona de rebaixamento. Mesmo diante de todos enganos e erros cometidos pelos dirigentes com as contratações e dispensas o América tem no seu elenco profissionais capazes de darem uma reviravolta na situação. Ainda ha bastante tempo e principalmente pontos para serem disputados e com a contratação de pelo menos um meia e dois atacantes com faro de gols o América vai sair da zona morta ainda no 1º turno. NÃO ESTOU NEM UM POUCO SATISFEITO MÁS SOU AMERICANO E NÃO VOU DEIXAR MEU TIME NA MÃO. COM OU SEM PROMOÇÃO ESTAREI NO MACHADÃO. “AMERICA 2 X O VILA NOVA” O problema é que os times de Baixo que não estão pontuando são justamente América e Vila Nova. quanto ao preço do ingresso sugiro que aumente para R$ 30,00 para ajudar no bicho da arrancada das vitórias. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. o maior problema do america e a falta de gols, principalmente nos jogos em casa onde as equipes usam como um trunfo para uma boa campanha. ate que nos jogos fora de casa a campanha é até boa, mais em casa tem que vencer de qualquer jeito, nao pode mais perder em casa, pois com as vitorias dentro e csa haverá uma esperança de escapar do rebaixamento, um atacante urgente que saiba fazer golse dispensa uma cambada de sangue sunga que so faz dar prejuizo. Marcos, como sempre seus comentários são coerentes, mas quero falar pra esses torcedores da funerária mais uma vez, que essa doença de cair pra serie C não é contagiosa e o mecão nem pegou nem pegará essa praga, pois , na realidade quem teve esse sucesso todo de cair pra lá foi o ABCCCCCpraDDDDDD kkkkkkk, mas queria lhe fazer uma pergunta, se o america realmente se interessou por edivaldo? seria uma boa. obrigado e aguardo resposta.
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segunda-feira, 15 de julho de 2013 Nova versão de “Chiquititas” estreia hoje no SBT A nova versão da novela Chiquititas, que foi exibida pelo SBT entre 1999 e 2001, será totalmente adaptada para os dias atuais, adiantou a autora Iris Abravanel na última terça-feira (2), em coletiva de imprensa realizada em São Paulo. É impressionante a mudança na vida das crianças e da família. (Os episódios) serão totalmente adaptados para os dias atuais. Estamos atualizando muito bem a novela. Terá blog e toda essa parafernália tecnológica, detalhou a autora sobre a novela que estreia em 15 de julho. Com a presença das protagonistas da trama, o evento ainda contou com a apresentação da canção Remexe, que ficou consagrada na primeira versão da novela. Sobre a trilha sonora, aliás, as melhores faixas anteriores serão mantidas, mas novidades serão incorporadas. O diretor-geral, Reynaldo Boury, contou que 80 capítulos já estão escritos e até a estreia, no dia 15, cerca de 35 já devem estar gravados. Sobre os clipes musicais, que marcavam a primeira versão, os fãs podem ficar despreocupados, porque também estarão na nova versão. Giovanna Grigio eManuela do Monteinterpretam as personagens principais Mili e Carolina Correia, respectivamente,numa trama que narra o cotidiano do orfanato Raio de Luz, onde convive com as demais crianças apesar da tristeza de não ter uma família unida. Na versão original, as personagens principais foram vividas porFernanda SouzaeFlávia Monteiro.Julia Olliver, Cinthia Cruz, Lívia Inhudes, Rayssa Chaddad, Gabriella Saraivah, Giulia Garcia, Carolina Chamberlain, Sophia Valverde, Gabriel Santana, Gui Vieira,Filipe Cavalcante,João Acaiabe,Carla Fioroni,Liza Vieirae Anna Livya Padilha interpretam os demais papéis principaisda história.
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Monitoramento do Plano Estratégico do Sistema Sebrae Novembro 2009 18 de dezembro de 2009. Apresentações semelhantes Apresentação em tema: Monitoramento do Plano Estratégico do Sistema Sebrae Novembro 2009 18 de dezembro de 2009.— Transcrição da apresentação: 1 Monitoramento do Plano Estratégico do Sistema Sebrae Novembro de dezembro de 2009 2 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Sumário Apresentação Análise do Ambiente Externo Análise Geral da Estratégia Análise da Execução Orçamentária dos Objetivos Estratégicos Prioritários 3 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Apresentação Este documento mensal fornece subsídios para o monitoramento e avaliação da estratégia do Sistema Sebrae e foi elaborado a partir da análise da evolução de indicadores selecionados do ambiente externo e interno do mês de novembro de 2009. 4 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição No mês de novembro foram apurados indicadores que apontam manutenção da trajetória positiva e de recuperação da economia brasileira. Destaca-se também a publicação dos números do PIB no terceiro trimestre, que se por um lado frustrou expectativas mais otimistas, por outro demonstrou inequivocamente a retomada dos investimentos, que cresceram significativamente mais que o consumo das famílias de do governo. Esses números podem ser conferidos a partir de vários indicadores apurados no presente trabalho. No mercado de trabalho, registrou-se saldo de novas contratações. As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 78% desse montante - 50,4% do total foram originados nas empresas que empregam até 4 trabalhadores. Esse desempenho também foi influenciado pela redução da taxa de juros média geral, tanto para pessoa física - a menor da série histórica, iniciada em janeiro 1995 – quanto para jurídica, acompanhada da redução da inadimplência do consumidor brasileiro, que apresentou a maior queda desde maio de 2007 e cujos principais condicionantes foram a melhora no cenário econômico; juros menores e melhores condições de crédito. As vendas do varejo cresceram com relação ao mesmo período do ano anterior, registrando a maior alta do período. Esse movimento foi acompanhado do crescimento do emprego na indústria pela quarta vez no ano. Análise do Ambiente Externo 5 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Apurou-se ainda aumento da receita das empresas, de modo que 69% indicaram desempenho positivo. O consumidor brasileiro também indicou otimismo recorde, com destaque para melhoria na expectativa de alta na renda pessoal e na situação financeira em geral, além da melhoria da sensação quanto ao desemprego. A procura real por crédito das empresas brasileiras caiu entre outubro e novembro. Esse desempenho foi basicamente condicionado pelas médias empresas. As micro e pequenas e as grandes caminharam em sentido inverso, com destaque para essas últimas. A balança comercial registrou superávit de US$ 615 milhões, com queda de 5,7% das exportações sobre outubro e de 14,2% sobre novembro 2008 e importações de US$ 12,038 bi (-0,9% e -8,2% nas mesmas comparações). O superávit do mês ficou 62,4% abaixo do de novembro 2008 e 51,4% abaixo do de outubro. No cenário externo os destaques foram a manutenção dos juros e redução do pacote de incentivos na Europa, com expectativas de crescimento econômico na Zona do Euro entre 1,1% e 1,5% em 2010 e o aumento da produtividade do trabalho nos EUA, com a conseqüente redução do custo da unidade laboral, entre julho e setembro. No terceiro trimestre, a produção real da economia avançou e as horas trabalhadas diminuíram. Análise do Ambiente Externo 6 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Com relação às perspectivas domésticas, pesquisa realizada pela Deloitte apurou que 95% dos empresários brasileiros esperam crescimento de negócios e faturamento em Entre os setores da economia com maior potencial de crescimento, estão os de petróleo e gás (19% dos entrevistados) e da construção civil (17%). Na mesma linha, pesquisa realizada pela CNI aponta que a indústria vai investir 23% mais no próximo ano. Em quase 62% das empresas ouvidas, o total de investimentos de 2010 vai superar o de A maioria das empresas pretende buscar mais recursos nos bancos de desenvolvimento, poupando os recursos próprios, que continuarão sendo a parte mais importante dos investimentos. Análise do Ambiente Externo Para outras informações sobre o detalhamento dos indicadores e respectivas fontes do Ambiente Externo, consultar o Anexo do documento. 7 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Mais empregos formais: novembro foi o melhor mês do ano quanto ao número de carteiras de trabalho assinadas. O saldo foi positivo em contratações, com admissões e demissões. Em outubro, o saldo líquido de vagas formais fora positivo em De janeiro a novembro, foram abertos postos de trabalho formais - menos que no mesmo intervalo em 2008 ( carteiras). No mês, foram registradas altas recordes em cinco dos oito setores de atividade: comércio ( ), serviços (87.252), indústria (39.594), construção civil (17.791) e serviços industriais de utilidade pública (664). Recorde de demissões no agronegócio ( ). As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 78% do saldo de contratações, 50,4% dos quais originados nas empresas que empregam até 4 trabalhadores. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego Juros menores: depois da alta em outubro, os juros, na média, baixaram em novembro. A taxa de juros média geral para pessoa física caiu de 7,03% ao mês (125,98% ao ano) em outubro para 6,96% ao mês (124,21% ao ano) em novembro - a menor da série histórica, iniciada em janeiro A redução foi de 1% no mês e 1,40% em 12 meses. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 3,91% ao mês (58,45% ao ano) em outubro para 3,75% ao mês (55,55% ao ano) em novembro - a menor desde fevereiro Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) Principais Condicionantes do Desempenho 8 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Redução da inadimplência: caiu 3,9% a taxa da inadimplência do consumidor brasileiro, em relação a novembro de Foi a maior queda desde a baixa de 7,5% em maio A melhora no cenário econômico, juros menores e melhores condições de crédito explicam o recuo, além de mais liquidez, devido ao pagamento de parcela do 13º salário. Sobre outubro, a retração foi de 1,8%. De janeiro a novembro, a taxa teve alta de 6,8%, mesmo assim abaixo dos 8% no mesmo período em O ano deve fechar abaixo de 6%, nível esperado para No ranking, as dívidas com bancos lideram (44,8% do total), seguidas pelos com cartões de crédito e financeiras (36%). Serasa Crescem as vendas no comércio: as vendas do varejo brasileiro cresceram 8,4% em outubro com relação a um ano antes, registrando a maior alta do período. A maior marca anterior fora justamente a de outubro 2008 (+10,1%). Em outubro foi apurada a sexta alta seguida, com crescimento de 5,1% acumulado desde janeiro, sobre o mesmo período de Alimentos, bebidas e supermercados (+12,2%), produtos farmacêuticos e médicos (+11,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (+9,1%), automóveis, motocicletas e peças para veículos (+7,5%) móveis e eletrodomésticos (+3,5%) e têxteis, confecções e calçados (+3,9%) foram os setores com maior avanço. Inflação contida e mais emprego e renda explicam esses aumentos. Para 2010, a tendência é de aumento nas vendas agora em diante, com resultados mais robustos, com chance de se voltar ao ritmo de expansão de 2008 (acima de 9%). IBGE Principais Condicionantes do Desempenho 9 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Aumento da receita das empresas: pesquisa apura que 2009 fecha com receita maior em 69% das empresas e com baixa em 23%. Para o ano que vem, 95% dos empresários brasileiros esperam crescimento de negócios e faturamento e preveem queda apenas 1% dos entrevistados. Entre os setores da economia com maior potencial de crescimento, estão os de petróleo e gás (19% das respostas) e da construção civil (17%). Deloitte Mais papelão: as vendas de papelão ondulado somaram 211,1 mil toneladas em novembro, 13,35% mais que no mesmo mês de 2008 e 4,40% menos que em outubro (220,8 mil toneladas). De janeiro a novembro, foram vendidos 2,077 milhões de toneladas (2,116 milhões de toneladas no mesmo período de 2008). Associação Brasileira do Papelão Ondulado Construção civil: o ano fecha com menos vendas internas e menos produção de material de construção. Mas em 2010, a reação do mercado, já iniciada neste segundo semestre, se firmará e o setor vai vender 15,7% mais. De janeiro a outubro, a venda caiu 14,81% e a produção, 9%, sempre em relação ao mesmo período do ano passado. O setor deve crescer 4% este ano e até 10% no seguinte, se for confirmado o aumento de 7% na oferta de crédito e na renda. Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) Cimento: as vendas de cimento no mercado interno brasileiro somaram, em novembro, 4,6 milhões de toneladas, 7,3% mais que em novembro Desde janeiro, as vendas somaram 47,1 milhões, 0,3% abaixo do total do mesmo período de Sindicato Nacional da Indústria do Cimento Principais Condicionantes do Desempenho 10 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Menor demanda por crédito: de outubro para novembro, caiu 4,2% a procura real por crédito.O indicador registra baixa desde agosto, mas, na comparação com novembro 2008, essa demanda está 0,4% maior - a primeira variação positiva em comparação anual. As empresas médias recuaram na procura por crédito (-6,1% sobre novembro 2008), mas as micro e pequenas aumentaram essa demanda, na mesma comparação, em 0,8%. E as grandes, em alta desde maio, elevaram essa demanda em nada menos que 12,7%. Elas foram as mais atingidas no início da crise financeira global do ano passado. Aumentou, de outubro para novembro (1,8%) a demanda no Nordeste, e caiu no Norte (-2,1%), no Centro-Oeste (-4,9%), no Sudeste (-5,5%) e no Sul (- 5,8%). Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito Crescimento da produção na indústria de SP: cresceu 3,2% a produção física da indústria de São Paulo de outubro para novembro. Com isso, a variação percentual em relação ao mesmo mês de 2008 muda de sinal, passando de -5,1%, em outubro, para 4,4%, em novembro. Na comparação dos últimos 12 meses com os 12 meses anteriores, a taxa passa de -11,1%, para -10,6% entre outubro e novembro. Sinalizador da Produção Industrial (SPI) - Fundação Getulio Vargas e a AES Eletropaulo. Principais Condicionantes do Desempenho 11 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Otimismo do consumidor: o otimismo do consumidor brasileiro bate recorde. O índice subiu 1,5% sobre o trimestre anterior, na terceira alta seguida, superando os níveis pré-crise. Bateu em 117,2 pontos, ponto mais alto de toda a pesquisa, iniciada em Expectativa do novo ano e percepção de que os efeitos da crise financeira global foram menos intensos que o esperado explicam a alta de dezembro no indicador, composto de seis variáveis. A expectativa de alta na renda pessoal 5,1% (de 113,8 para 119,6 pontos, o maior nível desde 2011). Melhora da situação financeira, mais 2,5% (de 114,5 para 117,4 pontos), ajudando a intenção de compras de bens de maior valor (alta de 4,5%, passando de 112,1 para 117,1 pontos). O levantamento detectou, também, preocupação quanto ao aumento da inflação - cujo recuou de 120,2 para 117 pontos. Quando esse indicador cai, reflete pessimismo com a estabilidade de preços. Mesmo se ainda existe, melhorou a sensação sobre o desemprego, de 129,6 para 127,6 pontos, assim como a avaliação do endividamento geral, de 109 para 107,2 pontos. No acumulado do ano, este item supera o do ano anterior em 3,2%. Índice Nacional de Expectativa do Consumidor - CNI. Mais investimentos na indústria em 2010: a indústria vai investir 23% mais no próximo ano. Em quase 62% das empresas ouvidas o total de investimentos de 2010 vai superar o de A maioria das empresas pretende, em 2010, buscar mais recursos nos bancos de desenvolvimento, poupando os recursos próprios, que continuarão sendo a parte mais importante dos investimentos CNI Principais Condicionantes do Desempenho 12 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Anexo Cresce o emprego na indústria: pela quarta vez este ano, o emprego industrial voltou a crescer em outubro, na comparação mês contra mês imediatamente anterior. E a retração do nível do emprego industrial, na comparação com igual mês do ano passado, é forte, mas já se dá a taxa menos negativa (de -5,7% em outubro, contra -6,7% e 6,5% em agosto e setembro, respectivamente). Isso abre a possibilidade para que a indústria recupere, em tempo menor, os postos de trabalho que foram perdidos nesse período mais agudo de crise internacional. Essa expectativa positiva reflete, em boa medida, o comportamento observado do número de horas pagas na indústria, o qual pode ser visto como um indicador de futuras contratações de mão de obra e que cresceu 0,5% em outubro com relação a setembro (após aumento de 1,1% na passagem de agosto para setembro). IBGE e IEDI Balança comercial: em novembro, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 615 milhões (média diária de US$ 30,8 milhões), com exportação de US$ 12,653 bi (queda de 5,7% sobre outubro e de 14,2% sobre novembro 2008) e importação de US$ 12,038 bi (-0,9% e -8,2% nas mesmas comparações) em 20 dias úteis. A corrente de comércio somou US$ 24,691 bi (média de US$ 1,234 bi/dia). O superávit do mês, pela média diária, ficou 62,4% abaixo do de novembro 2008 (US$ 81,7 milhões) e 51,4% abaixo do de outubro (US$ 63,3 milhões). Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Principais Condicionantes do Desempenho 13 Este documento se destina ao uso interno no Sebrae, para efeitos de acompanhamento do Plano Estratégico da instituição Condicionantes Externos Anexo Manutenção dos juros e redução do pacote de incentivos na Europa: o Banco Central Europeu manteve em 1% sua taxa básica de juros e começou a retirar parte das medidas de estímulo para combate à crise financeira. O BCE estima, para o próximo ano, crescimento econômico na Zona do Euro entre 1,1% e 1,5%. Banco Central Europeu Europa reage: a economia européia saiu da recessão, registrando crescimento, no terceiro trimestre, de 0,4% nos 16 países da Zona do Euro e de 0,3% nos 27 de toda União Européia. No trimestre anterior, haviam sido registradas quedas intertrimestrais de 0,2% e 0,3%, respectivamente, o primeiro sinal de recuperação após cinco trimestres de queda no PIB. Alemanha (+0,7%), Itália (+0,6%) e França (+0,3%) tiveram os melhores resultados; Espanha e Reino Unido continuam com PIB em baixa (-0,3% os dois). Maiores crescimentos: Lituânia (6,1%), Eslováquia (1,6%), Eslovênia (1%), Áustria e Portugal (ambas, 0,9%). Piores desempenhos: Estônia (-2,8%), Hungria (-1,8%) e Chipre (-1,4%). Eurostat Mais produtividade nos EUA: aumentou 8,1% a taxa de produtividade do trabalho nos EUA, em 12 meses até setembro. E caiu 2,5% o custo da unidade laboral, entre julho e setembro. Na indústria, alta de 13,4% na taxa de produtividade e baixa de 6,1% na taxa anualizada do custo da mão de obra. No terceiro trimestre, a produção real da economia avançou a uma taxa anualizada de 2,9%, e as horas trabalhadas diminuíram para 4,8%. Departamento do Trabalho Serviços em baixa nos EUA: caiu o nível de atividade do setor de serviços, nos EUA, de 50,6 pontos para 48,7 entre outubro e novembro. O índice vai de 0 a 100 e a nota de corte entre aumento e baixa está nos 50 pontos. Instituto de Gestão de Oferta
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Pela nova norma, será expulso quem agredir três vezes, fisica ou verbalmente, algum bicho do confinamento. Para Rodrigo Carelli, diretor-geral do programa, a regra torna mais clara a questão da agressão a animais, mas vale também para outros casos passíveis de punição. No ano passado, no confinamento, Thiago Gagliasso disse à participante Joana Machado que dava “vários tapas” numa cabra para descontar “a raiva”. A revisão das imagens gravadas, no entanto, não confirmaram o que o ator afirmou.
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Maioria das pessoas desconhece relação entre fumo e câncer de bexiga Foto: Agência Notisa Você sabe quais são os fatores de risco para o câncer de bexiga? Esta foi uma das perguntas que Alan M. Nieder e colegas do departamento de urologia e medicina preventiva da State University of New York fizeram a 280 pacientes atendidos em uma clínica de urologia, nos Estados Unidos. De acordo com o artigo publicado em dezembro de 2006 no “The Journal of Urology”, “fumar é o principal fator de risco isolado para o câncer da bexiga”, entretanto, as campanhas anti-tabaco dificilmente fazem a associação entre o cigarro e a doença. Realizada entre fevereiro e maio 2005, a pesquisa buscou avaliar justamente se pacientes de uma clínica de urologia conheciam tal relação. Os resultados mostram que a maioria dos participantes não associou este tipo de câncer ao tabagismo. Apenas 35% da amostra relataram que fumar era um fator de risco para o câncer de bexiga, enquanto que 98% dos entrevistados reconheceram a relação entre tabagismo e câncer de pulmão. Dos 280 participantes, 34 % tinham idade inferior a 50 anos; 63% eram homens; 89% brancos e 57% tinham escolaridade de nível superior. Segundo o texto, as mulheres e os pacientes com nível de instrução mais elevado associaram mais freqüentemente o tabagismo ao risco de desenvolver câncer de bexiga. O artigo destaca, porém, que a maioria de pacientes perguntados não tinha qualquer idéia a respeito desta relação, independentemente da carga tabágica. “Nosso estudo sugere a necessidade do público americano ser mais educado a fim de ajudar a combater cânceres relacionados ao fumo”, conclui o artigo.
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Notícias O programa Oficina de Atuação no Parlamento, oferecido pela Câmara para a sociedade civil organizada, que contempla educação política e o exercício da cidadania coletiva, está com inscrições abertas a partir desta segunda-feira (3)…
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Eu concordo mas o Habitissimo não vai fazer nada disso ele só quer saber de ganhar mas para ajuda os parceiros que estão com eles o Habitissimo não faz nada volto a dizer tem um site nacional que é espetacular eles lhe tratar com respeito eles nos escutar e o melhor vc trabalhar dentro da categoria que você quer
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Ibrahimovic confirma especulações e jogará no Manchester United Compartilhe Estadão Conteúdo 30/06/2016 18:06:57 Foto: EPA O sueco Zlatan Ibrahimovic anunciou nesta quinta-feira, 30, através de sua conta no Twitter, que jogará pelo Manchester United a partir da próxima temporada. As especulações sobre a ida do atacante ao maior campeão inglês ficaram mais fortes após a contratação do técnico José Mourinho. O português treinou o sueco na Inter de Milão e desde então cultivam boa relação. É hora do mundo saber. Meu próximo destino é o Manchester United, publicou o jogador de 34 anos. O clube, por sua vez, ainda não oficializou o acerto nem publicou detalhes sobre a negociação. Após jogar pelo Paris Saint-Germain nas últimas quatro temporadas, Ibra decidiu não renovar o vínculo com time francês. Cheguei como rei, deixo como lenda, publicou o sueco em sua despedida do PSG. Atuando no time do Parque dos Príncipes, conquistou quatro Campeonatos Franceses (2012/13, 13/14, 14/15 e 15/16), duas Copas da França (2014/15 e 15/16), três Copas da Liga (2013/14, 14/15 e 15/16) e três Supercopas (2013, 2014 e 2015). Apesar do sucesso local, não conseguiu conquistar a Liga dos Campeões, feito inédito tanto para o jogador como para o clube. Após a eliminação na primeira fase da Eurocopa, na França, Zlatan também anunciou que não defenderia mais a seleção da Suécia. Com 62 gols em 116 partidas, Ibrahimovic é o maior goleador da história do time sueco.
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Informações do produto Livro - Escolinha Todolivro: Números - Fácil de Apagar Este livro foi especialmente elaborado para estimular a percepção e a criatividade nas crianças estimulando o aprendizado. Desenvolve aspectos de interatividade por meio da caneta que vem junto, cuja tinta pode ser apagada. Une aprendizado e entretenimento. Excelente ferramenta para aprimorar habilidades e divertir os pequenos em fase de alfabetização.
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Nosso sistema de inteligência artificial recomenda automaticamente as opiniões com maior probabilidade de serem relevantes a você. Ele leva em conta diversos fatores como, por exemplo, a qualidade de texto e fotos, e o histórico de publicações do autor. Apenas as avaliações recomendadas são levadas em conta na avaliação geral do estabelecimento. Andando pelas ruas da Tijuca procurava um local para almoçar de forma tranquila e fora do shopping. Eis que passei em frente ao frango Veloz e senti clima da montanha. Já passava das cinco da tarde, estava quase vazio, mas eu pedi o menu de almoço e não houve nenhum problema. O ar-condicionado estava super gelado, assim como chopp que eu consumi. Meu prato foi filé de peixe com salada mista, que para minha satisfação e surpresa vinha mais do que tomate, cebola e alface, tinha beterraba, cenoura, palmito, batata e vagem. Acompanhava arroz e molho a campanha. O peixe estava ótimo e o prato deu de sobra para mim. Tudo por R$ 31,00. Não lembro o preço do chopp, acredito que era em torno de R$ 5,00. Bebi apenas um, curti a temperatura e a decoração local. Os garçons foram atenciosos trazendo azeite e temperos e dando sugestões de comida, ainda me tiraram algumas dúvidas. Observei alguns pratos para mais de duas pessoas na outras mesas, parece ótima para ir em grupo ou com a família. O restaurante é tradicional na região e segue um modelo pautando no bom atendimento e comida, sem precisar de mais nada. Os banheiros ficam no fundo do restaurante e são bem pequenos, mas estavam conservados em relação à limpeza. Fiquei satisfeita com o serviço e a comida, voltaria para experimentar os pratos grande para grupos. Eles aceitam Ticket Restaurante. Até gosto, mas tem mais gostosos. Vale pela tradição. Aos domingos sai uma porção especial de final de semana, com batata dorada, arroz de forno e farofa de linguiça. Meu arroz veio frio, mas fora isso, o frango é muito, muito bom! E é realmente veloz. Como o tempero é muito gostoso e tem cara de restaurante antigo, tem meu apreço. A porção de galeto para 2 varia de R$29-R$35. Eu diria até que comem 3 menos famintos. Pedimos também uma porção de galeto tradicional, com fritas, arroz, farofa e molho a campanha. Eu queria pedir a que vem banana frita, mas não rolou interesse na família. hahahaha De beber fiquei no suco de laranja mesmo, para ver se reduzia a quantidade de gordura. rs Comida pesadinha, mas como eu já gosto, passa no teste. O melhor da tijuca Frango veloz... Filé de peixe grelhado ao molho de camarão Espetacular...dar para 3 pessoas está 64,00 reais Além desse pratos ainda tem outros pratos de 50,00 quer dar pra 3 pessoas comer bem... Comida de qualidade Bom barato Atendimento rápido Ambiente ótimo Sobremesa espetacular sundae 19,00 reais Mas é um sundae que dar pra 2 pessoas... Tenho uma amiga que só come frango à passarinho quando saímos... haja vista, ontem estivemos no Frango Veloz para apreciar o de lá... Gente, como é grande a quantidade... Não demos conta de comer tanto frango... O mais engraçado é que a amiga, quando me chamou, disse que queria ir ao FRANGO COM PRESSA, ao invés de frango Veloz... rsrs Local apreciável. Recomendo. Principalmente aos amantes de frango, como minha amiga. O Frango Veloz faz jus ao nome que tem, e não é só com o frango. Fui hoje e a comida chego em menos de 10 min. Foi tão rápido que não deu nem para acabar de comer os aperitivos. Quando se olha o cardápio pode até achar caro, mas o custo benefício é ótimo. O Frango a Passarinho custa aproximadamente R$45 / R$50 e dá para mais de 3 pessoas comerem. Quer matar a fome pagando preço justo em porções pra lá de caprichadas ? Conheçam o estabelecimento. Para quem mora proximo a Saens Pena é a opção. Comidas saborosas e porções muito bem servidas. O preço é compatível. Indico.
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O que a ciência diz sobre a vontade de comer doces após as refeições? Quem nunca sentiu aquela vontade de comer um docinho logo depois do almoço? Muitas vezes uma bala já satisfaz a vontade, mas tem que só se contente com uma barra inteira de chocolate. Mas você sabe de onde vem e qual o motivo desta vontade, muitas vezes, incontrolável? De acordo com a nutricionista Ana Paula Gonçalves da Silva, que concedeu entrevista ao site Vírgula, esse necessidade do corpo é frequente. Isso acontece porque os alimentos mais pesados demoram a ser processados. Mas também existe outra explicação para essa necessidade. Assim que terminamos uma refeição pesada, rica em carboidratos, muitos de nós temos o que chamamos de Hipoglicemia Reativa, um estado de baixa de açúcar no sangue, consequência de uma liberação excessiva de insulina, explica. Divulgação Ela ainda fala que o cérebro é responsável por acionar essa necessidade na corrente sanguínea e logo após vem a vontade do 'famoso docinho'. Os doces quando consumidos em quantidades módicas não são vilões. O açúcar também é chamado de alimento dos neurônios e por isso quando alguém precisa de energia, o corpo pede açúcar, pois é o principal alimento do cérebro, diz. Além disso, a glicose dá uma sensação de prazer e felicidade e funciona como uma defesa contra o estresse, o que é muito boa para a manutenção do cérebro. Isso ocorre porque ela mexe com neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, ligados a esses sentimentos, completa.
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Art. 1403 do Código Civil de 1916 - Lei 3071/16 Art. 1. 403. Se o contrato estipular que a sociedade continue com o herdeiro do sócio falecido, cumprir-se-á a estipulação, toda vez que se possa; mas, sendo menor o herdeiro, será dissolvido, em relação a ele, o vínculo social, caso o juiz o determine.
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Dilma cometeu um auto-golpe 16/03/2016 A nomeação do Lula para Ministro Chefe da Casa Civil é um auto-golpe. Lula será uma espécie de Primeiro Ministro e vai comandar o País no lugar da Dilma, mesmo sendo investigado. Dilma está assinando um atestado de óbito. Seu governo acabou. E Lula, um atestado de culpa, por estar fugindo da Polícia Federal, do Ministério Público e do Juiz Sérgio Moro. Muito triste!
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Dar valor... Por favor, principalmente as pessoas que me conhecem pessoalmente, leiam esse texto, posso não ter mais tempo para falar sobre isso depois... Para bom entendedor meia palavra basta..., venho escutando esse ditado desde criança, mas nunca achei isso uma pura verdade, porque o bom entendedor observa, presta atenção em suas próprias atitudes, e na dos outros, mas não julga ou subjuga por achismo ou egoísmo, e quando digo egoísmo e achismo, não é em relação a bens materiais, mas sim no valor que um dá ao outro, nas opiniões e respeito a vida que cada um cria para si. Estava pensando na morte e na vida, no quanto as pessoas que convivem uma com as outras, quando se deparam com situações como doença e morte mudam suas atitudes em relação a outra, mas porque? Porque somente quando se deparam com esse tipo de problema, DOENÇA E MORTE!, mudam? Porque durante o dia a dia não prestam atenção a vida da outra pessoa, não tentam entender seus motivos de agirem de uma ou outra maneira, e sim tentam criar na outra pessoa seu ideal de vida, impor na vida da outra seus valores, olham para a outra pessoa e colocam sua intenção como verdadeira, esquecem que cada um leva dentro de si um padrão de vida, estão em um momento de aprendizado, e é isso que torna as coisas interessantes na vida, olhar o mundo pelo olhos dos outros também, mas sem julgar, apenas observar e discutir com respeito os porquês das coisas... Infelizmente, ainda para muitos, só dão valor quando perdem, só dão valor nas pessoas quando morrem ou estão em situação que irá levar a isso, ai sim passam em tratar a pessoa bem, tentar satisfazê-la da melhor forma, mas ainda sim muitos de maneira egoísta, dizem que cuidar dos outros é sofrido, que não sabem o que passam... pobre dessas pessoas que tentam satisfazer a outra somente nessa situação, pobre destas pessoas que perdem tanto tempo julgando e subjugando outras durante a vida toda, nem sequer prestam atenção no dia a dia, no que se passa a sua volta, são como pequenos cegos de coração e mudos de harmonia que caminham rumo ao desconhecido... Isso é um toque sutil a algumas pessoas que olham para a vida como se olhassem sempre para o espinho, esquecendo que se olhar um pouco mais para cima, verão a rosa, e se olhar dentro da rosa, verão o néctar... Quando partimos daqui, desse plano de existência física, o que fica são somente lembranças da outra pessoa, e estas podem ser do tipo: - A se eu tivesse feito aquela viagem com ela... - A se eu não tivesse gritado aquele dia por causa de uma besteira... - A se eu tivesse dito te amo... - A se eu a ajudasse a se entender um pouco melhor, ou fazer-me entender por ela... E assim vai... ou: - Nossa, quanto fizemos juntos! - Só restou mesmo saudades, mas sei que vamos nos reencontrar mesmo... - Que bom foi compartilhar tudo que compartilhamos sem sérios atritos... Inúmeras são as frases e pensamentos que podemos ter quando estamos na situação desfavorável ao que achamos correto na vida, então reflitam um pouco nas suas atitudes e pensamentos do dia a dia, porque amanhã podemos não estar mais aqui, vivendo nesse corpo humano. Pensem em uma pessoa que perderam e reflitam sobre suas atitudes com esta, e depois parem de pensar e passem a partir desse momento a fazer o melhor possível para viver sua vida e deixar as pessoas viverem a delas, mas sempre, sempre tenham em mente que quando dirigir uma palavra, atitude ou pensamento a outra pessoa, ponderem em como vão dizer as coisas ou pedir algo, seja o que for, porque quando perder essa pessoas não adianta chorar depois, o amargor será seu, porque não aprendeu uma palavra muito importante nesse tempo todo de convivência, compaixão! Não importa se você é rico, pobre, branco, amarelo, negro, azul, laranja... seja como for sua condição de vida ou tipo físico, ainda sim pense um pouco em como falar, o que falar, porque nem sempre a outra pessoa precisa sofrer por você ainda não ter encontrado aquele ponto em que seu EGO não seja seu governante. Não é porque você não se controla, não tem amor sobre si mesmo, que deve maltratar seja como for outra pessoa. Pergunte, não crie achismo sobre coisa alguma, se tem receio da pessoa não gostar de você, pergunte qual o problema, nem todas as pessoas são risonhas ou ficam fazendo sala o tempo todo para agradar outras, as vezes no silencio está o maior beneficio que pode receber da outra pessoa; as vezes aquela pessoa silenciosa, com cara fechada, está sorrindo por dentro e lhe enviando bons pensamentos, curando a si e a você de uma outra forma, mudando sua vida sem ao menos você se dar conta, e claro, mais vale um bom pensamento verdadeiro, do que um falso sorriso ou falsas palavras. Nem sempre a pessoa pode estar certa no que diz ou faz, mas ainda sim se é uma pessoa que você tenha o mínimo de amor por ela, não irá gritar ou dar chilique por motivos fúteis, nem só tapas ferem pessoas, pensamentos e palavras podem ferir muito mais e durar muito mais tempo, porque a mente é atemporal e leva consigo marcas muito mais profundas que o corpo. É isso, parem e reflitam, pensem em como estão agindo agora com as pessoas que o cercam, passem a dar mais valor no valor dos outros, antes que o agora se transforme em passado e nesse passado só tenha recordações do que poderia ter feito de melhor para ela.
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“Um, Dez, Cem Mil Inimigos do Povo”: cartaz do Espaço Cia. da Revista aos sábados e domingos (Foto: Michel Igielka) Com o espetáculo “Um, Dez, Cem Mil Inimigos do Povo”, o diretor Kleber Montanheiro e a Cia. da Revista recorrem a um clássico para falar da realidade brasileira em forma de musical. O ponto de partida é “Um Inimigo do Povo”, peça escrita pelo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), e o resultado, em cartaz no Espaço Cia. da Revista, tem dramaturgia recriada por Cássio Pires e canções originais de Ricardo Severo. Montanheiro cita por aqui algumas outras joias do teatro mundial que poderiam, quem sabe, ser revisitadas por seu grupo. “Acho de extrema importância a adaptação de clássicos para nossa linguagem. Mas do que ao musical propriamente dito, mas à revista, revendo as obras com um olhar contemporâneo, que era uma das prioridades do teatro de revista como gênero”, diz Montanheiro. “Recontar essa história acentuando o lado cômico e irônico em contraste com o trágico destacaria a dramaticidade da peça e a sangrenta batalha pela conquista do trono. Shakespeare era extremamente popular e, dentro dessa perspectiva, as linguagens trabalhadas pela Cia. da Revista se apoiam nessa comunicação direta com o público.” Maximo Gorki em “Pequenos Burgueses” “A decadência da família e a possibilidade do embate de classes dentro da peça seria uma possibilidade de desconstrução. Muito próxima a “Um Inimigo do Povo” na sua estrutura dramatúrgica, nessa peça temos a família pequeno-burguesa em contraste com a empregada doméstica e o operário em um ambiente opressivo da sociedade czarista.” Molière em “O Avarento” “Em Molière, nossa reconstrução seria aproximá-lo ao trágico, uma vez que o autor já estabelece sua obra com a linguagem cômica e repleta de ironias. Trazê-lo aos nossos dias e nossas linguagens seria reforçar o mercantilismo e a luta pelo poder através do capital, equalizando o caráter dramático do mundo contemporâneo dentro da obra.” “Talvez seja o texto mais difícil de pensar em uma aproximação com a nossa linguagem, mas ainda assim vislumbro muitas possibilidades. Como Chico Buarque fez com Medeia em ‘Gota D’Água’, acho ainda perfeitamente possível uma vez que Sófocles estabelece dentro da ‘Trilogia Tebana’ algumas discussões que são muito pertinentes ao mundo em que vivemos hoje. A luta de Antígona pela honra do irmão morto, a possibilidade de cena através das informações divinas que fazem parte do universo da tragédia grega e o coro são elementos muito fortes que poderiam fazer parte de um espetáculo da Cia. da Revista.” Tennessee Williams “Eu arriscaria o nome do dramaturgo americano. Não uma obra específica, mas talvez um compilado de suas personagens e relações em que pudéssemos criar um espetáculo autoral, apoiado nas diversas discussões estabelecidas dentro das peças do autor. Suas personagens são intensas, psicologicamente complexas e seria um grande desafio para a Cia. da Revista e para mim, como diretor, buscar essa proximidade com a atualidade dentro das linguagens que trabalhamos. As peças de Tennessee Williams são repletas de poesia e imagens. Não é à toa que foi o dramaturgo mais adaptado para o cinema, depois de Shakespeare.” Daniela Flor em “Um, Dez, Cem Mil Inimigos do Povo”: população ameaçada pela poluição das águas (Foto: Victor Iemini) Na pele da poderosa Teodora Abdala, Grace Gianoukas, de 52 anos, foi descoberta por um novo público: o das novelas de televisão. O sucesso de “Haja Coração” dá sinais também no teatro. O espetáculo “Grace Gianoukas Recebe” chega ao Teatro Bradesco, no Bourbon Shopping, nos dias 30 e 31, depois de passar por Porto Alegre e Florianópolis. Em cena, a comediante protagoniza um talk show ambientado em um avião, batendo papo com convidados um tanto inusitados. Na novela, dizem, Teodora morreu, mas a atriz continua na trama. Por enquanto, nos pesadelos de Aparício (personagem de Alexandre Borges). E Grace está feliz, muito feliz com tudo isso… A repercussão da Teodora pegou até você de surpresa? Sim, a aceitação da Teodora foi completamente inesperada e, por isso, estou vivendo um momento muito legal. É quase improvável que, aos 52 anos de vida e 32 de uma carreira direcionada ao teatro, apareça um convite para um teste de uma personagem tão interessante. Principalmente porque eu não tenho experiência nenhuma em novelas, não sou uma atriz de televisão, então, fiz o que achava que poderia acrescentar para a trama. Eu me entreguei ao texto do Daniel Ortiz e à direção do Fred Mayrink e, pelo visto, deu certo. O que notou de diferente em relação ao público que a viu no teatro nesse último mês? Eu percebo que as pessoas que me acompanham estão orgulhosas por já conhecerem algo que o grande público descobriu só agora. Recebo muitos cumprimentos, todos torcem pelo retorno da Teodora, alguns me disseram que voltaram a acompanhar novela para me ver no vídeo. Quem nunca tinha visto a “Terça Insana” ao vivo se anima a assistir ao novo espetáculo, “Grace Gianoukas Recebe”, e sai muito feliz no teatro. No final da primeira semana da novela. As pessoas começaram a olhar para mim nas ruas, algumas comentavam baixinho. Com o passar dos capítulos, elas foram ficando mais íntimas, já vinham falar comigo dando gargalhadas. As crianças querem tirar fotos, as senhoras dizem que a Teodora é muito brava com o Aparício ou, então, que homem deve ser tratado daquele jeito mesmo. Tem gente que diz que eu educo muito mal a minha filha, a Fedora (papel da Tatá Werneck). Todo mundo comentou que adoraria, um dia, reagir como a Teodora naquela cena e quebrar tudo pela frente. Recebi até mensagens de uma índia xinguana, que está muito infeliz com a morte da Teodora. Seria imaturo eu ficar deslumbrada. Estou feliz com a repercussão do meu trabalho, mas isso já aconteceu algumas vezes nos meus 32 anos de profissão. O “Rá-Tim-Bum” foi um sucesso enorme e a “Escolinha do Professor Raimundo” também. A “Terça Insana” nem preciso dizer. Seria uma tola se achasse que sou melhor que alguém por receber um reconhecimento nacional. Tudo é proporcional. Um ponto no Ibope corresponde a 69 000 aparelhos ligados, a média da novela deve ser de 30 pontos. Deslumbre é uma reação fora da realidade porque nada é permanente. O ator precisa se expor diante do público. O artista só é completo quando tem alguém que assiste ao seu trabalho. Se não, ele vai atuar para o próprio espelho. Existe a possibilidade de prorrogar o contrato com a Rede Globo e você entrar em algum programa ou novela? Eu não sei o que acontecerá. O meu contrato acaba com a novela. O que posso dizer é que vivo uma experiência maravilhosa. Estou amando trabalhar na Globo. Hoje, o meu desejo é ter público para essas sessões no Teatro Bradesco. Faço teatro sem patrocínio, então, cada apresentação é um precipício em que me atiro. Giulia Gam e Thiago Lacerda em “Macbeth”: Luisa Thiré no lugar da atriz (Foto: João Caldas) Os fãs da atriz Giulia Gam ficaram decepcionados ao chegar ao Teatro Sérgio Cardoso no final da semana passada. Por lá está em cartaz aos sábados e domingos, até o dia 31, o projeto “Repertório Shakespeare”, que inclui a tragédia “Macbeth” e a comédia “Medida por Medida”, protagonizadas pelo Thiago Lacerda. Na primeira, Giulia deveria interpretar a grande vilã, uma mulher capaz de manipular o seu marido, o general do título, em uma sangrenta escalada ao poder. A atriz, no entanto, deixou a personagem nas mãos da colega Luisa Thiré, como já havia feito nas viagens para outras capitais, entre maio e junho. Giulia enfrentou uma forte estafa no ano passado, logo depois de gravar a novela “Boogie Oogie”. Os sinais de cansaço ainda se mostravam evidentes, mesmo diante dos rasgados elogios recebidos por sua composição na temporada paulistana, de novembro a janeiro. Por recomendações médicas, Giulia declinou do compromisso de cumprir as seis sessões na cidade na quinta (14), dois dias antes de abrir o pano, e a equipe não teria ficado surpresa. Seu contrato com a produção, vencido em 31 de maio, não havia ainda sido renovado para essa etapa. Já em ‘Medida por Medida’, Stella de Paula representa a Madame Bem Passada, pequeno papel anteriormente também defendido por Giulia. “Urinal, o Musical”: prêmio Reverência de melhor espetáculo e direção (Fotos: Caio Gallucci) Deu São Paulo na cabeça na segunda edição do Prêmio Reverência de Teatro Musical. “Urinal, o Musical”, dirigido por Zé Henrique de Paula, foi o grande vencedor da festa realizada na noite de ontem no Teatro Alfa em celebração aos espetáculos que fazem de Rio de Janeiro e São Paulo o terceiro maior polo de musicais no mundo, atrás apenas da Broadway e do West End londrino. “Kiss me, Kate – O Beijo da Megera”, dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, foi outro destaque do evento que ainda homenageou a atriz Marília Pêra (1943-2015). Eis os consagrados. O troféu mais cobiçado do teatro paulistano já tem os indicados referentes ao primeiro semestre de 2016. Foi divulgada nesta segunda (18) a lista inicial dos concorrentes da 29ª edição do Prêmio Shell, que terá o resultado conhecido em março de 2017. No final do ano, a relação será completada com os destaques lançados entre julho e dezembro. Confira a lista: Se o Brasil passou a olhar com mais respeito e atenção ao gênio Nelson Rodrigues, muito se deve à leitura feita pelo crítico Sábato Magaldi sobre as dezessete peças do dramaturgo. Em 1983, ele defendeu a tese “Nelson Rodrigues: Dramaturgia e Encenações” na Escola de Comunicação e Artes da USP e, com esta análise, o autor de “Vestido de Noiva” foi decifrado através de palavras capazes de serem entendidas no mundo acadêmico e, principalmente, pelo público menos especializado que até então associava Nelson aos temas chulos e, pasmem, pornográficos. O mineiro Sábato Antonio Magaldi morreu de uma infecção generalizada na noite de quinta (14) aos 89 anos. Ele estava internado há duas semanas no Hospital Samaritano, em São Paulo, com quadro de choque séptico e comprometimento pulmonar. Imortal da Academia Brasileira de Letras, o estudioso do teatro ocupava a cadeira de número 24 e era casado com a escritora Edla Van Steen. Ao lado de Décio de Almeida Prado, Anatol Rosenfeld e Barbara Heliodora, Sábado Magaldi formou o quarteto mais temido e relevante desse segmento no Brasil. Era, no entanto, o mais jornalista deles. Capaz de expressar suas opiniões e embasar conceitos em palavras simples e textos informativos, ele ocupou lugar de destaque na imprensa e foi o crítico que melhor compreendeu o teatro contemporâneo brasileiro – já que cresceu junto com ele. Magaldi saiu de Belo Horizonte em 1948 e, no Rio de Janeiro, concluiu a faculdade de direito. Morou no França, estudou na Sorbonne e começou nas escritas teatrais com uma coluna no Diário Carioca. Convidado por Alfredo Mesquita, ele passou a lecionar história do teatro na Escola de Arte Dramática (EAD) e, em 1956, se tornou redator de O Estado de S. Paulo. Foi no jornal da família Mesquita que Magaldi se consagrou e acompanhou ativamente da cena cultural brasileira. O crítico não era apenas o homem que via as peças e, depois, escrevia sobre elas. Magaldi tinha uma relação direta com a classe artística, com um convívio próximo e até de amizade com muitos atores e diretores, sem que isso interferisse na sua imparcialidade. Entre suas obras publicadas, “Panorama do Teatro Brasileiro”, lançado em 1962, permanece até hoje como uma leitura definitiva. “Iniciação ao Teatro” (1965), “Moderna Dramaturgia Brasileira” (1988) e “Teatro da Ruptura: Oswald de Andrade” e “Teatro da Obsessão: Nelson Rodrigues”, ambos de 2004, são destaques da sua produção teórica, ao lado dos prefácios para os quatro volumes do “Teatro Completo de Nelson Rodrigues”, publicado pela Nova Fronteira. “Clarice, você toparia contar algumas histórias marcantes dessa década de ‘A Alma Imoral’”, pergunto eu, por e-mail, para Clarice Niskier. A atriz imediatamente retorna e topa participar dessa entrevista informal, digamos assim. “Muito eu tenho para falar sobre o espetáculo. Dá um livro, em tomos”, afirma. Se o livro sai ou não, a intérprete carioca prefere fazer certo mistério. Por aqui, ela nos abriu cinco passagens de um dos mais surpreendentes sucessos recentes do teatro brasileiro. Para quem não sabe, vamos retomar como tudo começou. Clarice leu o livro homônimo do rabino Nilton Bonder, pirou e resolveu adaptá-lo para o teatro. Quase ninguém levava a menor fé e alguns falaram que a peça não seguraria um mês em cartaz. O diretor Amir Haddad assumiu a supervisão, e Clarice estreou em 21 de julho de 2006 em uma sala de cinquenta e poucos lugares no Rio de Janeiro. Teve gente que não entendeu o feito até hoje, mas a verdade foi que “A Alma Imoral” ganhou o público com um quase nada que diz muito. São mais de 400 000 mil pessoas rendidas ao discurso de uma mulher que passa mais da metade da peça nua e falando, falando. O monólogo segue em cartaz no Teatro Eva Herz, em São Paulo, com sessões nas sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 19h. Neste domingo (17), Clarice convida o público para uma comemoração. Uma conversa com a atriz, Nilton Bonder e Amir Haddad vai ocupar o palco do Eva Herz, às 17h. A entrada é franca, e os ingressos serão distribuídos uma hora antes. Então, vamos finalmente conhecer algumas dessas histórias. O pano preto “Primeiro, a ideia da nudez. Nudez que pudesse simbolizar a alma. Eu sabia que não faria a peça nua o tempo todo, seria impossível, deixaria de ser um desnudamento. Mas como resolveria a questão? Ainda não sabia. Durante uma aula-ensaio com Mary Kunha, preparadora corporal, ela propôs que eu dançasse. Estávamos no estúdio dela e fiquei constrangida de dançar nua. Ela então pegou um pano indiano e me emprestou. A experiência foi boa demais, quis repeti-la no teatro. Uma semana depois, o pano indiano tinha se transformado em um pano de malha Bali preto com 3 metros de comprimento por 2 metros de largura. Quando a figurinista Kika Lopes chegou ao processo, ela percebeu, após experimentar milhões de opções de panos de seda, de renda, de veludo, que aquele pano preto de malha Bali, simples e belo, nascido do indiano, era o figurino ideal. Em dez anos, já trocamos o pano quatro vezes.” A primeira turnê “A peça ganhou vários prêmios, entre eles, o Prêmio de Circulação Nacional da Petrobras – saudades da Petrobras – em 2008. A estreia desta circulação foi em Divinópolis, em Minas Gerais. Eu estava emocionadíssima. Preparei um discurso. No dia da estreia, subi no palco e disse que estava felicíssima de estar ali, estreando minha primeira turnê nacional, que a peça vinha do Rio com um histórico maravilhoso, muitas críticas positivas, indicações para prêmios, que o carioca havia lotado um teatro de 450 lugares por vários meses, eu não parava de falar para a plateia. Uma plateia vazia… Em um teatro de 300 lugares, havia apenas umas 25 pessoas. A equipe disse que foi a coisa mais engraçada do mundo. Deve ter sido mesmo. O fato é que, no dia seguinte, o público saltou para 150 pessoas e, no terceiro dia, lotamos a sala com direito a fila de espera na porta. O entusiasmo é tudo.” O frio “Não há calefação nos teatros brasileiros, com raríssimas exceções. Acho que o Theatro São Pedro, em Porto Alegre, é um dos únicos que tem. Não é fácil fazer a peça no frio e há inúmeras histórias sobre eu e o frio. A peça recebe, de vez em quando, uns gritos de “bravo” da plateia. Um dia, este ano, em São Paulo, estava tão frio, tão frio, mas tão frio dentro do teatro que quando a peça terminou, o público gritou: “Brava! Brava!”. “São Paulo, 2016. Estou em cena. Percebo um senhor caminhando em direção ao palco. Eu continuo a peça. Ele sobe a escadinha lateral, que dá no palco. Continuo a peça. Ele chega ao palco. Penso: ‘será que ele veio acertar minha cabeça?’. Como era um senhor de idade, meu medo é relativo. No palco, o homem começa a procurar a saída entre as ‘pernas’, os panos laterais do cenário. ‘Posso ajudá-lo?’, pergunto. Ele, sem perceber que está no palco com a atriz, responde: ‘Estou procurando o banheiro’. O público ri, respeitoso. Pego seu braço, ajudo-o a descer a escadinha e indico a saída para o banheiro. Ele agradece, a plateia aplaude. Uma voz feminina, irritada, fala com ele. Não é possível identificar o que ela diz. A peça segue, após essa participação especial surpreendente.” Agora sim! “São três da manhã, um frio de 9 graus e estamos no Pátio do Colégio, em São Paulo. Um público de mais de 1 000 pessoas aguarda a apresentação na Virada Cultural. Temos quarenta minutos para realizar a montagem no palco gigantesco. Montar luz, cenário, testar o som e instalar os aquecedores ao lado da minha cadeira, para que eu possa me sentar nua. Como nos shows, o palco é alto e há uma grade extensa, de 1,5 metro de altura com 15 metros de largura, entre o palco e o público. Alguns moradores de rua estão debruçados nesta grade. Na peça, há um momento em que me viro de perfil para o público e abro completamente o pano para transformá-lo numa burca. A luz vem do chão. É estritamente necessário que essa luz seja suave, senão ilumina todo o meu corpo de baixo para cima. Um exposição desnecessária. Muita pressa, pressão, a peça começa. Uma das experiências mais fantásticas da minha vida. Chega a cena da burca. O público em uma atenção absoluta. O sistema de som é fantástico. Minha voz tem um raio de alcance inimaginável. Música. Fico de perfil. Abro completamente o pano. A luz do chão entra a 100%. Como o palco é muito largo, quem está na extremidade da grade me vê completamente exposta, quase de frente. Um morador de rua, bêbado, grita em alto e bom som: ‘Agora sim’. Quero matar o técnico de luz. Mas, ao mesmo tempo, a experiência de ouvir o silencio do grande público, somada à manifestação única e genuína daquele homem e ainda à toda emoção de encenar o texto do rabino ao ar livre no Pátio do Colégio, é tão avassaladora…. Ao fazer a burca, sorrio para o morador de rua, procuro com os olhos na tenda de operação de luz e som o técnico: ‘esqueceu, né?’, e sigo a aventura a plenos pulmões. ‘Agora sim’ passou a ser uma piada interna da equipe. Quando algum imprevisto acontece, quando dá merda, quando o teatro exige de nós um desapego absoluto, a gente diz: ‘agora sim! Agora é que tá ficando bom!’” O ator paulistano Marcos Damigo, de 42 anos, protagoniza o monólogo “As Sombras de Dom Casmurro”. O ponto de partida, claro, é o célebre romance de Machado de Assis. Na adaptação de Toni Brandão, o personagem Bentinho revisita o lugar em que estão guardadas suas memórias, conversa com pessoas que participaram de sua vida e divide com o público os fatos que o levaram a concluir que Capitu o traiu. Dirigida por Débora Dubois, a peça pode ser vista no Teatro Pequeno Ato, na Rua Doutor Teodoro Baima, 78, nas sextas, às 21h30, e sábados, às 21h, por R$ 40,00, até o dia 31. Damigo topou falar um pouco para o blog sobre os livros de Machado de Assis que mais lhe emocionam, e a lista, óbvio, é encabeça por “Dom Casmurro”. “Dom Casmurro” (1900) “Para mim, a obra-prima de Machado. A admiração só aumentou quando passei a estudá-lo mais profundamente por causa da peça. Umas das coisas mais geniais é que, ao criar uma história cheia de dúvidas e lacunas, justamente pelo fato de o narrador ser uma das partes envolvidas na história, a forma como cada um de nós preenche essas lacunas diz muito mais de nós mesmos que da própria obra. Até a maneira como a crítica evoluiu desde o lançamento até os dias de hoje é bastante reveladora de como se transformaram as questões do livro. Em 1917, por exemplo, Alfredo Pujol adere sem ressalvas à tese de que Capitu teria traído Bentinho. Depois da década de 60, com a publicação do livro “O Otelo Brasileiro de Machado de Assis”, a americana Helen Caldwell, grande admiradora e tradutora de Machado nos Estados Unidos, faz uma defesa de Capitu com tanta veemência que muda completamente o modo de analisar a obra a partir de então.” “Foi um dos primeiros livros que eu me lembro de ter lido e marcou profundamente meu modo de ver o mundo pela relativização que Machado faz do que comumente imaginamos ser a sanidade e a loucura. Já estão ali toda a típica ironia machadiana, uma crítica social contundente e uma profunda análise da sociedade humana, com seus jogos de poder e pactos sociais.” “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) “Essa ideia de o defunto ser o autor é realmente digna de um escritor genial como o Machado. Temos ali alguém livre da necessidade de acreditar nas máscaras que usamos para viver em sociedade e que, muitas vezes, acabam colando na nossa cara e se confundindo com nós mesmos. Através dele, Machado compõe uma crítica mordaz à sociedade brasileira, assustadoramente atual, inclusive.” “Tive a curiosidade de ler esse livro na adolescência porque eu tenho um irmão gêmeo e nele é narrada a história de dois gêmeos, Pedro e Paulo, que brigam praticamente desde o útero até o fim de seus dias. Pedro e Paulo amam a mesma mulher, Flora, e eu e meu irmão também chegamos a namorar a mesma garota na adolescência. Há algo realmente muito curioso nessa relação. É como se você tivesse um duplo seu ao longo de toda a vida, alguém que nasceu em circunstâncias muito parecidas, mas trilhou caminhos distintos. Também me surpreendeu, ao ler o livro, o retrato que Machado faz de um momento muito importante da nossa história, que foi a passagem da Monarquia para a República. Ironicamente, um dos irmãos é monarquista e outro republicano, e eles acabam trocando de lado no fim do livro, o que revela um típico ceticismo machadiano quanto aos assuntos relacionados ao poder.” Desde o primeiro longa de ficção, “O Rei da Noite” (1975), Hector Babenco, que morreu na noite de quarta (13), aos 70 anos, se mostrou um cineasta de olhar cuidadoso em relação aos atores. Se ali, Paulo José e Marília Pêra brilhavam como a alma da história, no trabalho seguinte do realizador, “Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia” (1978), o filme em si era Reginaldo Faria, a representação do bandido que desafiou a polícia nos anos 70. A cena de Marília – novamente ela – amamentando o garoto Fernando Ramos da Silva em “Pixote – A Lei do Mais Fraco” (1980) se tornou antológica pela sensibilidade com que foi conduzida por Babenco, e a lista seria infinita. Afinal, em mais de quatro décadas, o argentino radicado no Brasil comandou muitos dos maiores intérpretes do nosso país e alguns dos grandes do mundo, como William Hurt, Meryl Streep, Jack Nicholson e Willem Dafoe. Com essa explícita paixão pela arte da interpretação, o teatro pode ter sido um caminho profissional natural para Hector Babenco. Afinal, em um país onde um diretor leva em média meia década entre o lançamento de um filme e outro, diferentes trilhas profissionais e financeiras devem ser percorridas. A pergunta que nunca fiz a Babenco, nas poucas vezes em que conversamos, veio a minha cabeça agora. “Mas, de verdade, por que você resolveu fazer teatro?”, deveria ter indagado. Certamente, não foi apenas por inquietações artísticas ou motivações financeiras. Na sequencia, eu emendaria outra pergunta: “Foi por causa de seus amores?”, completaria, referindo-me aos seus relacionamentos com as atrizes Xuxa Lopes e Bárbara Paz. Vou ousar rascunhar aqui uma resposta para a pergunta que nunca fiz. Acredito, claro, que Xuxa e Bárbara foram as grandes responsáveis pelas aventuras do diretor nos palcos. Em 1988, a primeira direção teatral dele trazia Xuxa e Edson Celulari como os personagens principais. “Louco de Amor”, de Sam Shepard, é centrado em uma mulher que mora em um hotel de beira de estrada como se fugisse do próprio passado. Até que aparece por lá um sujeito com quem ela teve um relacionamento e torna seu presente ainda mais conturbado. Pura tensão sexual, com Babenco extraindo o máximo de sensualidade da dupla e jogando a então mulher no patamar de estrela. Xuxa também estava diretamente envolvida na segunda incursão de Babenco no teatro. Em 2000, depois de longo jejum, ele levantou a primeira montagem brasileira de “Closer”, batizada de “Mais Perto”, produzida e protagonizada por Renata Sorrah, uma das melhores amigas de Xuxa. A ciranda amorosa – que, poucos anos depois, seria popularizada no cinema – era completada por José Mayer, Marco Ricca e Guta Stresser. Bárbara Paz: parceria com Hector Babenco na vida e no teatro (Foto: Ernani D’Almeida) Mas tudo deve ter sido transformado de vez com a entrada de Bárbara Paz na vida de Babenco. A atriz, diva deslocada de seu tempo, sonha com os grandes personagens e alimenta a aura glamurosa perdida por suas colegas. Se Babenco, apaixonado, tomou esse investimento como missão não saberemos, mas ele explorou muito bem o inegável talento da intérprete em dois belas espetáculos. Tanto que sepultou a imagem da moça revelada ao grande público no reality show “Casa dos Artistas”, em um distante 2002. Bárbara ganhou uma encenação sob medida para sua carga dramática em “Hell”, de 2010. Na pele de uma garota fútil e arrogante, ela aproveita ao extremo a sua chance e deixa eternizada na memória do público a cena final, em que simula uma relação sexual ao som da ópera “La Traviata”. Três anos depois, os dois voltaram a trabalhar juntos em “Vênus em Visom”. Nesse espetáculo, Bárbara é uma atriz obstinada por um papel que chega atrasada para uma entrevista com o diretor (papel de André Garolli) e precisa convencê-lo a avaliá-la de qualquer jeito. Andre Garolli e Bárbara Paz em “Vênus em Visom”: a atriz e o diretor de teatro ( Foto: Evelson de Freitas) Há duas semanas, eu finalmente vi “Meu Amigo Hindu”, o filme de Babenco lançado no começo do ano, um testamento em nome do amor ao cinema e também às suas mulheres. O realizador diz que ali estão apenas alguns fatos inspirados em sua biografia e nada é tão real assim. Difícil de acreditar. O personagem central (o ator Willem Dafoe) é um cineasta estrangeiro radicado no Brasil que luta contra um câncer. O fato é que as associações são inevitáveis e, na cena final, quando o protagonista ensaia uma recuperação na vida profissional e no amor é Bárbara quem surge para iluminá-lo. A atriz, molhada de chuva e com a roupa colada ao corpo, dança ao som de “Singin’in The Rain”, do clássico com Gene Kelly. Se em “Meu Amigo Hindu”, o personagem de Selton Mello representa a morte, Bárbara é a vida que chegou para Babenco nessa década final. Desta vez, a inspiração vem da novela “Memórias do Subsolo”. Na trama, o personagem vive no no seu quarto de porão e, apesar das limitações, vive as mais diferentes situações e emoções. Não faltarão metáforas. A temporada será nas sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingo, às 19h, com ingressos a R$ 60,00, até 18 de setembro. 200 peças por ano Dirceu Alves Jr. tem 40 anos, é de Porto Alegre e cobre jornalismo cultural desde 1996. Começou a frequentar teatro no fim da década de 80. Crítico de teatro da revista VEJA SÃO PAULO desde 2007, assiste a uma média de quatro peças por semana (são quase 200 por ano) e torce toda vez que entra em uma sala de espetáculos para que o prazer supere o dever de ofício.
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Maiores Salários do Futebol Mundial Por helly_dr em 01 de Abril de 2010. Tags: maiores, salarios, jogadores, messi Visualizações: 2185 Confira a lista dos melhores salários dos jogadores de futebol, onde na lista figuram 2 brasileiros, KAKÁ e RONALDINHO GAÚCHO. Clique aqui e confira! A revista francesa France Football, publicou a lista dos maiores salários do futebol. Eleito melhor jogador do mundo em 2009, o argentino Messi encabeça a relação, que tem apenas dois brasileiros entre os 20 milionários da bola. É muito dinheiro em jogo pela profissão, mas há quem garanta que esses jogadores ainda mereçam muito mais. Ano após ano, esse valor aumenta, é aguardar pra ver como será o próximo ano. Maiores Empresas do Mundo Lista com as 10 maiores empresas de 2009. A gigante do petróleo Shell ficou em primeiro lugar, desbancando a campeão do ano passado, Wal Mart. por RES em 24 de Fevereiro de 2010
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Nacional perde mais uma no Paraibano A vitória por 1 a 0 do time pessoense não alterou em nada a posição das duas equipes na tabela de classificação do Campeonato Paraibano Para um duelo entre dois clubes que não brigavam mais por nada, já que nem tinham mais chances de classificação nem de rebaixamento, CSP e Nacional de Patos até que fizeram um bom jogo no Estádio da Graça, em João Pessoa. O confronto era válido pela 13ª rodada da 1ª fase do Campeonato Paraibano e acabou com vitória do time pessoense por 1 a 0. Os dois clubes, fazendo uma espécie de “amistoso de luxo”, acabaram se dando ao luxo de ir mais ao ataque, deixando assim a partida mais franca e aberta. O resultado foi um primeiro tempo com muitas chances de ambos os lados e jogadas de bastante velocidade. A diferença, no entanto, é que o time pessoense era bem mais arrumado em campo e tinha mais organização na hora de atacar. Facilmente o time chegava com perigo e Mauro Iguatu era bastante exigido. O goleiro nacionalino fez pelo menos quatro defesas, mas aos 42 minutos de primeiro tempo ele não foi páreo para o setor ofensivo do time da casa. Em jogada rápida pela direita, a bola acabou sendo lançada na área, para Robertinho. Ele dominou com categoria e fez 1 a 0. CSP vence o Nacional de Patos por 1 a 0 no Estádio da Graça (Foto: Kleide Teixeira / Jornal da Paraíba) No segundo tempo, o ritmo do jogo deu uma diminuída e a vantagem mínima em favor do CSP prosseguia inalterada. O Naça, inclusive, em alguns momentos conseguia ser superior, até que Eduardo Recife foi expulso e deixou o time sertanejo com um a menos. Neste momento, o CSP soube aproveitar e foi para cima. No melhor lance do clube pessoense, Maxuel chutou e acertou o travessão de Mauro. O CSP permaneceu melhor até que Gustavo fez falta violenta e foi expulso, deixando os dois times com dez jogadores. No fim, o Nacional ainda teve uma chance de empatar. Delany chegou com perigo, mas a bola passou rente a trave. O time de Patos tentou, mas não evitou a derrota. Com o resultado, o CSP chegou aos 21 pontos, enquanto que o Nacional ficou com 14. O time pessoense é terceiro lugar e o patoense é o sexto. Mas ninguém tem mais chances de nada nesta primeira fase.
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Resumo APRESENTAÇÃO: A Unidade Prática Profissional (UPP) é uma unidade educacional inovadora nos currículos dos cursos de Enfermagem e Medicina de uma Instituição paulista, trabalhando com uma série de tarefas fundamentadas na prática profissional dos dois cursos e permitindo aos estudantes desenvolverem a capacidade de mobilizar recursos cognitivos, afetivos e psicomotores para ter um bom desempenho profissional. Caracteriza-se pela inserção do estudante em cenários reais possibilitando a aprendizagem a partir da ação através da atenção e do cuidado integral à saúde da pessoa, desde as primeiras séries desses cursos privilegiando os cenários da atenção primária. Na terceira série do curso de Medicina, a UPP3 é desenvolvida no cenário hospitalar e o foco dos estudantes deve ser os pacientes internados, apresentando integração com o cenário simulado da prática, cujas atividades são realizadas em laboratório e com pacientes simulados, e com a unidade educacional sistematizada (UES), unidade cognitiva que utiliza a aprendizagem baseada em problemas. OBJETIVO: Tomando-se por base a proposta de trabalho da UPP3 e os marcos teóricos da aprendizagem significativa, do currículo orientado por competência e do modelo de cuidado integral à saúde, a avaliação dessa unidade buscou identificar a percepção dos estudantes e professores envolvidos no desenvolvimento da unidade com vistas a esses referenciais. METODOLOGIA: Estudo qualitativo baseado na análise de conteúdo, modalidade temática, com ênfase na abordagem da pesquisa social. Baseando-se na abordagem de amostra intencional, onde se considera os extremos de julgamentos, foram selecionados em cada grupo de estudantes, dois instrumentos que avaliaram positivamente a unidade e outros dois que avaliaram de maneira insatisfatória alguns dos campos do instrumento de avaliação, sendo que a amostra foi composta por 36 instrumentos respondidos pelos estudantes. Dentre os professores foi utilizada a totalidade dos 18 instrumentos preenchidos. Para a análise foram considerados os depoimentos dos campos “Proposta da Unidade de Prática Profissional”, “Processo de ensino-aprendizagem”, “Organização da Unidade de Prática Profissional” e “Comentários adicionais” do instrumento de avaliação respondidos no primeiro semestre de 2015. Para garantir o sigilo, os depoimentos que apoiaram as análises realizadas foram identificados por códigos alfanuméricos, E para estudante e P para professor, seguido pelo número dado a cada participante. RESULTADOS: De forma geral, a UPP3 foi positivamente avaliada como satisfatória por 100% de professores e estudantes como uma unidade educacional que apresenta “profissionais excelentes e muito comprometidos e, que mais favoreceu a aprendizagem até o momento” (E1). Após análise dos instrumentos foram encontradas as seguintes temáticas: O sentir-se médico e A importância da integração teoria e prática. A primeira temática retrata a aproximação do estudante com o seu fazer profissional. Eles apontaram que, nesta fase do curso, a UPP3 parece prepará-los “para os cenários reais do cotidiano de um profissional da saúde” (E2), para “a prática profissional que por ora é bem distante do aprendizado apenas teórico, [aumentando] o contato com aquilo que enfrentará com mais frequência no decorrer da vida acadêmica e profissional” (E3), para o “desenvolvimento de raciocínio clínico, estabelecendo uma preocupação em ter uma boa história, com uma semiologia adequada e uma propedêutica bem estudada” (E4) e para “preencher [as] lacunas de conhecimento” (E3). O professor aponta que a pertinência desse momento para os estudantes é que eles terão contato com a realidade dos cenários hospitalares, exercitando habilidades e raciocínio clínico (P9), sendo essencial para a formação do estudante, [já que] propicia a vivência prática e a interação com a teoria, sob supervisão e em grupo de discussão (P15). Nessa fase do aprendizado a UPP é muito valorizada e a anamnese e o exame físico ganham outra dimensão, pois “acredit[am] que a UPP traz um cenário real e com pacientes reais, [e nesse sentido o estudante] aprende a ser mais cuidadoso e atencioso, aprende a fazer uma boa anamnese e aprende a examinar um paciente da forma correta. Além disso, é importante [devido ao] contato com doenças que nunca tive[ram] o interesse de aprender e como [as] presenciam [na prática, os estudantes se sentem motivados e] incentiva[dos] a querer saber mais e como tratá-la da maneira adequada” (E8). Julgam ser “essencial para a formação de médicos, pois ensina a comunicação com os pacientes” (E8), “saber abordar o paciente e acompanhante, tão importante para ser médico” (E9). Outro aspecto positivo apontado foi o comprometimento dos professores/facilitadores em orientá-los no processo de aprender, percebendo-os “mais estimulados, preparados, qualificados e interessados” (E4), “ajudando na interpretação de sinais e sintomas, no esclarecimento de dúvidas e na construção de raciocínio clínico, [apontando] as necessidades propostas para o terceiro ano” (E7). A segunda temática refere-se à integração dos cenários de prática com os cenários simulados e teóricos. Os estudantes apontaram que o exercício do ser médico da UPP3 se aproximou bastante da teoria apresentada na unidade sistematizada, uma vez que “muito do que é visto na UPP pode ser levado para as discussões na UES” (E5), permitindo estabelecer e “fixar o que foi aprendido na UES, com essa integração melhorando o processo de aprendizagem” (E5). A integração teoria e prática também foi avaliada positivamente em relação às atividades realizadas no cenário simulado, abordando “os temas mais recorrentes dos cenários reais, permitindo estudo aprofundado e auxiliando nos casos que aparecem na UPP” (E6), sendo que “as lacunas de conhecimento descobertas no LPP [puderam] ser sanadas antes que elas aparecessem na UPP, contribuindo para a articulação do aluno no cenário real”(E3), isto é, para a articulação teoria e prática. Os professores avaliam de modo positivo esse cenário de aprendizagem como o local mais adequado para apontar erros e acertos (P11), assim como fortalecer o trabalho em grupo” (P10). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudantes consideraram a UPP3 de grande eficácia na aprendizagem principalmente nesta fase da formação médica. A integração entre as unidades de prática, real e simulada, foi destacada com sugestões de aumento de atividades no cenário simulado. Um ponto importante foi que o cenário real facilitou uma aprendizagem significativa em relação à história clínica e proporcionou o desenvolvimento de habilidades para a realização de exame físico. Entretanto, percebe-se que os estudantes se voltam para uma prática biologicista e medicalizante, já que o foco passa a ser o ambiente hospitalar. Momentaneamente, os depoimentos parecem retratar um cuidado objetal, a doença, a internação, não havendo referências ao sujeito que está acamado, doente. Apesar deste fato, destaca-se a importância do cenário hospitalar para a formação médica, e, ao mesmo tempo, há um reconhecimento de todo o processo da UPP desde a primeira série do curso. Apesar de o cenário hospitalar estar focado no cuidado objetal – a doença – articulam uma comunicação adequada com o paciente e seu acompanhante. Em relação ao processo ensino-aprendizagem foi destacada a integração da UPP com a UES por meio dos casos clínicos discutidos em cenário real e os problemas de papel, além da forte integração e adequação do LPP. Quanto ao papel do professor foi sinalizado ser fundamental para o processo, já que a maioria é comprometida, qualificada e interessada.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011 1871: Fim do grande incêndio de Chicago No dia 10 de outubro de 1871, a chuva extinguiu o incêndio iniciado dois dias antes e que destruiu Chicago. Na época, ela já era a quarta maior cidade dos Estados Unidos. Na manhã do dia 10 de outubro de 1871, quando nuvens espessas despejaram chuva intensa sobre Chicago, as gotas d'água chiavam e evaporavam sobre as ruínas incandescentes da metrópole norte-americana. Durante dois dias, um mar de chamas assolara a cidade que, já naquela época, era a quarta maior dos Estados Unidos. O corpo de bombeiros havia capitulado: Chicago estava em chamas desde 21h do dia 8 de outubro e, já a partir das 22h30, o corpo de bombeiros tivera que admitir que o fogo estava fora de controle. Os bombeiros só puderam proteger outras partes da cidade contra as chamas e ficar esperando por uma chuva que finalmente apagasse o incêndio. Causas desconhecidas Até hoje não se sabe como tudo começou. A versão mais conhecida é a que joga a culpa da catástrofe numa vaca. O incêndio teria começado no estábulo pertencente a uma fazendeira de origem irlandesa, Catherine O'Leary, na rua De Koven, região oeste de Chicago. Na noite de 8 de outubro, a fazendeira teria ordenhado a vaca. Alguns amigos estavam festejando na sua casa e depois de muitas doses de uísque, quiseram beber um pouco de leite fresco. Quando Catherine O'Leary levou o leite para dentro de casa, a vaca teria derrubado um lampião a querosene no estábulo e, assim, desencadeado o incêndio, que só seria apagado pela chuva cerca de 34 horas depois, destruindo Chicago quase inteiramente. Consequências desastrosas O grande incêndio de Chicago deixou um saldo terrível: 300 mortos, 100 mil desabrigados, 200 milhões de dólares de prejuízo e uma área destruída de quase oito quilômetros de comprimento por um quilômetro de largura. O fogo no estábulo da rua De Koven passara imediatamente para o prédio seguinte, as faíscas incendiaram telhados e uma hora depois estava em chamas praticamente toda a região oeste da cidade. Há três meses quase não chovia no estado de Illinois. Quatro semanas antes da catástrofe, o jornal Chicago Tribune já advertira para o perigo: Após três semanas de seca absoluta, basta uma faísca para que a cidade seja queimada de um canto ao outro. As faíscas já tinham ocorrido antes do dia 8 de outubro. Foram registrados inúmeros pequenos incêndios na cidade. No dia anterior, os bombeiros tinham combatido com êxito um incêndio de grandes proporções em quatro blocos. E estavam esgotados. Quando veio a notícia do fogo na rua De Koven, só um pequeno contingente pôde ser enviado para lá. Foi insuficiente o número de bombeiros em ação, conforme ficou constatado à meia-noite, quando o fogo atravessou o rio Chicago e começou a avançar em direção ao centro da cidade. As chamas consumiam um prédio após outro. No final, foram cerca de 17.500 casas. O depósito de gás de South Side explodiu, a sede do Chicago Tribune – considerada como não inflamável – foi devorada pelo fogo, da mesma forma como o luxuoso centro comercial de Marshall Field. O que restou foram cinzas e ruínas. Fênix renascida Somente dois dias depois do fim da catástrofe é que a população pôde fazer um primeiro balanço dos prejuízos: antes disso, estavam muito quentes os restos da cidade, que era chamada de rainha do oeste antes do incêndio. Mas, já na semana que sucedeu ao incêndio, voltou a espalhar-se aquele inabalável otimismo norte-americano, que ainda hoje é uma das características do país. Na época, John Stephan Wright escreveu: Em cinco anos, Chicago terá mais habitantes, mais dinheiro e mais negócios do que teria sem o fogo. Ele tinha razão. Menos de um ano depois do incêndio, estava pronta a nova Chicago. Foram enviados donativos de todo o mundo para a cidade às margens do lago Michigan, dando um novo significado à lenda da fênix que renasce das cinzas.
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25 de janeiro de 2012 Senador quer Forças Armadas nas fronteiras Demóstenes quer Forças Armadas e Polícia nas fronteiras Para o senador, barrar a entrada de armas e drogas no Brasil é essencial para o país vencer a guerra contra os traficantes Forças Armadas e polícia nas fronteiras para impedir a entrada de armas e drogas, além do combate ao tráfico em todo o território nacional. Só assim é possível vencer a guerra contra esses vendedores da morte e destruidores de lares no Brasil. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado 111/2010, de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que prega urgência de ações do governo neste sentido. “Além do tráfico de drogas e armas, há outros perigos nos mais de 17 mil quilômetros de divisas. Pela verdadeira peneira em que se transformaram as divisas passam facilmente ladrões com carros roubados aqui e levados para países como a Bolívia”, alertou. Segundo Demóstenes, especialistas concluíram que traficantes internacionais fizeram da Bolívia prioridade. De mero exportador da folha de coca, o país virou grande produtor, além de corredor da droga produzida na Colômbia e no Peru. “E o principal destino dessa produção é o Brasil. Por isso, é preciso colocar de verdade as Forças Armadas e mais policiais nas fronteiras. Ou faz isso com eficiência, o mais rápido possível, ou restará perdida a guerra contra o tráfico nas cidades brasileiras”, sentenciou. O PLS 111/2010 foi o primeiro criado a partir do Twitter, em debate entre o senador Demóstenes Torres e internautas. Um dos seus “seguidores” na rede social da intenet sugeriu a elaboração de uma lei que propusesse a internação compulsória de dependentes químicos graves, sobretudo os de crack, cujo consumo transformou-se em epidemia no Brasil. Além de dar uma chance de vida a quem caminha para perdê-la precocemente, Demóstenes incluiu na proposta o combate “ferrenho” à causas do problema: o tráfico. “É preciso reagir, antes que o horror se aposse de vez da juventude. Por isso, o Poder Legislativo tem de apresentar soluções à sociedade que tanto sofre ao assistir seus filhos perderem o futuro. O presente projeto de lei é uma resposta ao querer dos especialistas, à fracassada despenalização do uso de entorpecentes, à dor das famílias e ao resgate da geração que o Brasil pode perder para as drogas. O projeto modifica a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que teve o intuito oficial de instituir o Sisnad (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas)”, enfatizou Demóstenes Torres. Para o senador, tratar o viciado sem combater, sem trégua, o tráfico, não adianta. Segundo Demóstenes, desde o traficante de drogas e armas graúdo que atravessa a fronteira até o pequeno passador de droga num condomínio ou bairro, todos merecem o mesmo destino: cadeia. “Como as drogas viraram problema de segurança nacional, além de segurança pública, nada mais natural que a entrada das Forças Armadas no combate aos traficantes. O serviço de inteligência das três armas será fundamental. Junto com as Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militares e Civis, as Forças Armadas têm de cercar o tráfico desde a fronteira até a rua”, destacou. Demóstenes Torres explicou que a parte do PLS 111/2010 que trata da popularmente denominada “internação compulsória”, resgata a possibilidade de prisão para o usuário de drogas, pois “a despenalização foi uma experiência ruim, servindo unicamente para potencializar o sofrimento dos próprios viciados e seus familiares”. Evidentemente, disse o senador, o propósito não é levar ao cárcere alguém “só” por estar fumando crack ou maconha, cheirando cocaína, usando ecstasy. “Tome-se cuidado com os termos técnicos”, alertou. O médico Léo de Souza Machado, especialista da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e membro internacional da Associação Americana de Psiquiatria, consultado especificamente sobre este projeto, esclarece: “O termo ‘compulsório’ deve estar sempre associado ao termo ‘tratamento médico’ e não a internação, visto que a internação compulsória é carregada de estigma e sofre críticas ideológicas de toda ordem”, elucidou Léo de Souza Machado. Demóstenes Torres concluiu com uma frase curta: “Nossa proposta tem o objetivo de colocar esses monstros (traficantes) na prisão e proporcionar um tratamento digno aos dependentes, dando-lhes de volta a chance de viver, pois o caminho inevitável para quem usa drogas, principalmente o crack, é a morte”. 9 comentários: Anônimo disse... Alguém aí já percebeu que a explosão do uso do crack é financiada pelo próprio governo através dos bolsa miséria ?? Pois eu nunca vi pessoas morrendo de fome neste país... mas morrendo pelo uso de drogas, por falta de atendimento médico e pelo descaso do governo com a segurança pública e por desvios de dinheiro público, isso eu vejo todo dia... acho que quem desvia dinheiro público deve:1º: devolver o dinheiro roubado;2º: ser responsabilizado criminalmente pelas mortes causadas pelo desvio de recursos (no caso da saúde, segurança, da conservação de estradas, etc)3º: ter seus direitos políticos caçados e realmente apodrecer na cadeia...Outra coisa: exército precisa de dinheiro para munição, alimentação, saúde, logística e outras coisas... não adianta colocar um monte de soldados nas fronteiras sem o mínimo apoio logístico... isso é conversa de político. ja participei de missões onde ficávamos mais de 18 horas patrulhando as ruas( com direito a 2 horas de descanço por dia, dentro de uma viatura exposta a um sol de + de 30 graus), sem direito a uma barraca ou um banheiro químico sequer e onde as regras de engajamento criadas por gênios nos proibia de usar os banheiros do comércio local... se preocupam em cumprir a missão e não com apoio logístico para o elemento realmente durar na ação. capacete, colete com a placa de proteção vencida e que suportava tiros de no máximo, acredite, calibre 22... pistola, fuzil, sem água e de refeição um martitex gelado, que quando chegava cedo, era por volta das 15:00 hs... enquanto isso a PM nos botecos, tomando cafezinho e passeando e observando os trouxas se sacrificando e com certeza, nos fazendo de chacota... está na hora de mudar tudo isso que está aí... gostaria que o cmt do eb assumisse seu total despreparo para o cargo e tomado de uma moral que nunca teve, renunciasse ao cargo, acabando com o domínio da máfia dos engenheiros militares em cargos chave e cedendo espaço para generais com real capacidade e competência e que conheçam a tropa realmente e sejam verdadeiramente soldado, pois, atualmente, temos muitos homens, mas poucos soldados. Alguém aí já percebeu que a explosão do uso do crack é financiada pelo próprio governo através dos bolsa miséria ?? Pois eu nunca vi pessoas morrendo de fome neste país... mas morrendo pelo uso de drogas, por falta de atendimento médico e pelo descaso do governo com a segurança pública e por desvios de dinheiro público, isso eu vejo todo dia... acho que quem desvia dinheiro público deve:1º: devolver o dinheiro roubado;2º: ser responsabilizado criminalmente pelas mortes causadas pelo desvio de recursos (no caso da saúde, segurança, da conservação de estradas, etc)3º: ter seus direitos políticos caçados e realmente apodrecer na cadeia...Outra coisa: exército precisa de dinheiro para munição, alimentação, saúde, logística e outras coisas... não adianta colocar um monte de soldados nas fronteiras sem o mínimo apoio logístico... isso é conversa de político. ja participei de missões onde ficávamos mais de 18 horas patrulhando as ruas( com direito a 2 horas de descanço por dia, dentro de uma viatura exposta a um sol de + de 30 graus), sem direito a uma barraca ou um banheiro químico sequer e onde as regras de engajamento criadas por gênios nos proibia de usar os banheiros do comércio local... se preocupam em cumprir a missão e não com apoio logístico para o elemento realmente durar na ação. capacete, colete com a placa de proteção vencida e que suportava tiros de no máximo, acredite, calibre 22... pistola, fuzil, sem água e de refeição um martitex gelado, que quando chegava cedo, era por volta das 15:00 hs... enquanto isso a PM nos botecos, tomando cafezinho e passeando e observando os trouxas se sacrificando e com certeza, nos fazendo de chacota... está na hora de mudar tudo isso que está aí... gostaria que o cmt do eb assumisse seu total despreparo para o cargo e tomado de uma moral que nunca teve, renunciasse ao cargo, acabando com o domínio da máfia dos engenheiros militares em cargos chave e cedendo espaço para generais com real capacidade e competência e que conheçam a tropa realmente e sejam verdadeiramente soldado, pois, atualmente, temos muitos homens, mas poucos soldados. Sgt não duvido que os próprios políticos são os verdadeiros financiadores do tráfico internacional de drogas, porém só pegam os pequenos bagres que estão na linha de frente do negócio... se investigar a fundo, vão descobrir que muitos dos políticos que dizem combater o tráfico, são os grandes responsáveis pelo seu aumento em nosso país... Acho que as Forças Armadas tem espaço para serem mais úteis em tempo de paz.Desde que os militares passassem a ter todo o respaldo para atuar nas fronteiras, coisa que hoje não tem.Outra coisa, evocar a questão salarial em todo debate, e em toda vez que os militares são sitados por algum civil, autoridade ou não, é enfraquecer o discurso por demais.Sem querer ser rigoroso ou pragmático demais, mas supomos que (se fosse possível) um dia os militares cruzassem os braços e não fossem para as suas OMs, a sociedade sentira falta em quê?Mas aí alguém pode lembrar e evocar a nossa missão constitucional, considero este argumento legal, porém nada produtivo e nada modificador.O raciocínio que eu faço é o seguinte: os milhões de reais que são destinados as Forças Armadas todo ano saem do recolhimento de tributos, o cidadão que paga nossos salários obtém que retorno prático para ele?Do jeito que está considero que o custo não está compensando.Obrigado Infelizmente alguns profissionais ainda nem sabem o que fazem nas FFAA. Evidentemente que não existe uma linha de produção que saia das fábricas das FFAA. Segurança/Defesa Nacional é um item abstrato que a indisciplina de um paradão, como sugerido, irá assanhar outros países. Guerras e invasões não ocorrem em pequenos lapsos de tempo. Talvez seja essa a diferença do produto que oferecemos para os demais: a mensuração. Mas imaginar essa hipótese (sem FFAA) exige discernimento e cultura, coisa escassa neste nosso pobre país,inclusive por parte daqueles que governam essa Nação.
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Encerrado na Ufscar seminário sobre reforma universitária Encerrou-se nesta terça-feira, na Universidade Federal de São Carlos (SP), o seminário O papel da Universidade no desenvolvimento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, segundo evento da série de cinco debates promovidos pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). Ontem, a abertura evento contou com cerca de 200 participantes.
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Maria Ceiça Limpar o organismo para ter saúde. Esta é a receita da atriz Maria Ceiça, que interpreta a personagem Marília na novela Prova de Amor, da Record. Com 1,70 de altura e 62 quilos, Maria não come carne vermelha desde o ano passado. Depois que mudei minha alimentação para a macrobiótica, eu me senti bem melhor, diz a atriz em entrevista ao Cyber Diet, que emagreceu sete quilos em dois meses, mas admite que é difícil resistir a alguns pratos em datas comemorativas. ENTREVISTA AO CYBER DIET Você voltou para a televisão muito mais magra. O que fez para perder peso? Há um ano passei a fazer uma alimentação macrobiótica. Mudei minha alimentação radicalmente. Passei a comer alimentos integrais. Isso me fez perder peso rapidamente. Deixei de lado carne vermelha também. A carne fazia mal para minha saúde. Foi muito difícil se acostumar com a nova alimentação? No início sim, mas depois comecei a ver os resultados refletidos no meu corpo e na minha saúde. Passei a me sentir bem melhor, mais leve. Com a correria das gravações, ainda mantém esta mesma alimentação? Não estou mais tão rígida como no ano passado. Nas datas comemorativas eu abuso um pouco. Na Páscoa, por exemplo, eu comi bastante chocolate. Doce sempre foi minha tentação. Além do doce tem algum prato que faz você esquecer as calorias? Frutos do mar. Eu adoro. Sempre que posso eu como. Qual é a chave para uma dieta ideal? Acredito que o auto-conhecimento. Nenhum organismo é igual ao outro. Você tem que saber o que o seu corpo gosta e o que ele quer. Qual alimento faz bem ou mal para o seu organismo. Encaro a refeição como um ritual. Gosto de comer em pouca quantidade e com qualidade. Saúde também é a palavra chave para qualquer dieta. Além de ter uma alimentação saudável você também pratica exercícios físicos? Eu faço caminhadas e ioga pelo menos três vezes por semana. Os dois me ajudam a manter o peso, porque tenho, sim, facilidade de engordar. Quais os seus cuidados com a beleza? Sou muito mais vaidosa com relação a minha saúde do que com a minha beleza. Mas gosto de me cuidar e me sentir bonita. Passo cremes diariamente na pele e nos cabelos. Por causa das gravações tenho que me maquiar todos os dias. Os cuidados, querendo ou não, dobram. Você tem medo de envelhecer? Tenho medo de envelhecer sem trabalhar o suficiente. Acredito que ainda preciso fazer vários personagens, para depois envelhecer com tranqüilidade.
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Criação do chef Washington Santos, do Chico Toicinho Pizza & Grill Ingredientes -Molho de tomate fresco. (Tomate maduro na água fervente, tirar a pele e a semente e temperar com folhas de manjericão).-Linguiça artesanal (tipo colonial temperada)-10 gramas de folhas de manjericão. Modo de preparo -Abra o disco da massa.- Espalhe 150 gr do molho de tomate.-Distribua a linguiça.-Coloque para assar em um forno pré-aquecido em 200 graus entre sete e dez minutos.-Depois de assada, fatie a pizza e polvilhe o manjericão e orégano.
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sexta-feira, 24 de junho de 2016 Época 2015/2016 Época da mudança. Nova estratégia sem os fundos que prometiam mundos mas com a formação que promete ter um futuro brilhante... O Benfica, assim como todos os clubes mais modestos do panorama futebolístico nacional (à excepção, de porto e sporting) teve de continuar no desmame dos empréstimos/créditos bancários. apostou na prta da casa e num outro treinador com alguma experiência no trabalho com jovens jogadores. Neste momento em que vos escrevo este artigo, quase que tenho a certeza que posso afirmar o seguinte: A mudança de estratégia por parte do presidente LFV terá salvo o Benfica de uma letargia de dinâmicas repetitivas... Que certamente iriam trazer mais dissabores ao clube e adeptos, não no imediato mas a curto prazo! A tal mudança, também permitiu a toda a gente conhecer melhor o trabalho que se faz nas camadas mais interiores do clube. Numa só época, três portugueses e um sueco demonstraram que não se andou a dormir no Seixal. O pior de tudo foi ficar com a ideia de que o Bernardo, o Hélder, o André e o João poderiam ter tido outra vivência de e no clube. Fica o resumo de uma época muito boa, até das mais especiais dos cento e doze anos de história do Benfica. Uma época em crescendo onde o barco abanou e de que maneira (cinco derrotas entre Agosto e Novembro que ditaram a perda da ST da TdP e nove pontos de atraso para o líder do campeonato), apanhou no lombo de todos os lados, os tripulantes foram dados como defuntos mas... Tudo de forma serena foi cicatrizando e... Com um apoio maciço e contínuo por parte dos adeptos, A Dezasseis de Maio: Campeonato Nacional Poderiam ter colocado o Gonçalo, o Nelson, o Lisandro, o Talisca e o Carcela... Uma época futebolística, a c3ntésima décima 5egunda, que me deixou água na boca com toda a certeza. E que vos convido a revisitar de forma sucinta nas palavras de Alberto Miguéns com o grafismo de Paulo Fraga e assistência técnica do blogger MasterGroove: 3sta, foi uma época que merece uma outra (e outras mais) com planeamento seguro e atempado de modo a que se continue nesta senda vitorio6a.
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Segundo a colunista Patrícia Kogut, Irandhir Santos foi convocado para a produção. O seu personagem será o narrador da história, mas o ator ainda não teve tempo de gravar os áudios por conta de “Velho Chico”, folhetim no qual vive Bento dos Anjos. Assim como a atual trama de Benedito Ruy Barbosa, “Dois Irmãos” foi dirigida por Luiz Fernando Carvalho. O enredo, que é baseado no livro homônimo de Milton Hatoum e foi adaptado para a TV por Maria Camargo, conta a história de uma moça que mantém uma relação amorosa com irmãos gêmeos.
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As três canoístas do Programa UCS Olimpíadas que integraram a seleção brasileira cadete na disputa do Campeonato Sul-Americano, Luana Rech, Mayara Cardoso Alves Pereira e Lacy Bianqui ( UCS/Prefeitura de Caxias), conquistaram cinco medalhas (três de ouro e duas de prata), nas provas K-4 e K-2 500 e 1.000 metros e no K-1 500 metros. Participaram da disputa, além do Brasil, canoístas da Argentina, Chile, Equador, Uruguai e Venezuela. A competição, que encerrou no domingo, dia 15, foi realizada na Raia da USP, em São Paulo.
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Brasil Mega Arena terá campeonato internacional de League of Legends em SP A Brasil Mega Arena, maior evento de eSports da América Latina, está chegando na sétima edição em São Paulo com muitas atrações. A mais recente novidade é a realização do Campeonato Internacional de League of Legends, que vai contar com disputas entre equipes das américas e da Europa. Os times participantes, no entanto, ainda serão divulgados pela organização do evento. O palco exclusivo dedicado ao game fará ainda a retransmissão do League of Legends World Championship 2016 ao vivo dos Estados Unidos. Para comportar todas as novas atrações, a Brasil Mega Arena mudou para o Expo Center Norte e agora vai contar com uma infraestrutura de três megapalcos, lojas, stands, praça de alimentação e a presença de Youtubers, que irão interagir com público ao longo dos cinco dias. Todas as partidas serão transmitidas ao vivo em português, espanhol e inglês pelo site oficial. No total, os torneios da Copa América em 2016 distribuirão mais de R$ 650 mil em prêmios. Os visitantes da Brasil Mega Arena São Paulo contarão com lojas, estandes e praça de alimentação. Os preços são de R$ 39,90 para o day pass, R$ 159,60 pelo passe para todos os dias da feira e R$ 500 para o passe VIP que dá direito a entrada no evento sem filas, acesso à área VIP, meet & greet com youtubers e jogadores e lugar exclusivo na primeira fila dos megapalcos. Os ingressos podem ser adquiridos no site oficial do Brasil Mega Arena.
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Modo de preparo Para o creme; em uma panela coloque uma parte do leite, a outra metade dissolva o amido e junte na panela, adicione o leite de coco, o coco ralado, e o açúcar, após levantar fervura deixe por 5 minutos. Para a montagem; em taças coloque uma camada creme de coco, uma fatia de pão de ló, regue com a calda de pêssegos, coloque pedaços de pêssego, mais um pedaço de pão de ló e a ultima camada misture um pouco do creme com pedaços de abacaxi, e coloque nas taças, salpique coco ralado queimado por cima. Sirva gelado
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O que é coaching? Você já deve ter ouvido essa palavra. Mas conhece a sua definição? Cada um responde de uma forma diferente e muitas vezes a explicação está distante da realidade. Meu nome é Camilly Gabry, sou coach certificada, me especializei em Programação Neurolinguística e criei o Political Development Method (método de desenvolvimento para políticos através do coaching e da consultoria) e minha missão aqui no jornal é esclarecer não só o que é coaching, mas levar até você informação, curiosidades e benefícios do processo. Tudo isso de forma clara, aberta e sincera. Antes, gostaria de esclarecer alguns conceitos que serão usados na coluna para que seja compreendida da forma mais ampla possível. O coach é o profissional que exerce a profissão; o coaching é o processo de desenvolvimento no qual o coach conduz e coachee (quem recebe o coaching) é o indivíduo que passa pelo processo. Mas, afinal, o que é coaching? O coaching é o método de desenvolvimento humano que objetiva elevar a performance de um indivíduo, grupo ou empresa através de ferramentas e metodologias conduzidas em uma parceria sinérgica com o profissional certificado. É uma metodologia que proporciona significativa expansão, tanto profissional quanto pessoal, uma vez que desenvolve e aprimora o potencial para alcançar objetivos que antes pareciam ser impossíveis. O processo é estruturado e personalizado a fim de maximizar os resultados positivos. As sessões, que podem ser individuais ou em grupo, podem ser realizadas semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente e tem duração de, em média, uma a duas horas, tudo acordado previamente entre o coach e o coachee. Coaching é frequentemente confundido com terapia, mas se trata de um processo que utiliza técnicas e conhecimentos de diversas áreas, como neurociência, psicologia, administração, gestão de pessoas, linguagem Ericksoniana, entre outras e visa a conquista de resultados efetivos no contexto escolhido pelo coachee. A premissa do processo é sobre como sair do estado atual e chegar ao estado desejado. Ele motiva, desenvolve e orienta as pessoas em todos os níveis de modo que possam alcançar o melhor que podem ser. “Nosso principal objetivo é encontrar alguém que nos motive a fazer tudo que somos capazes”. Ralph Waldo Emerson
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Colunas de Cleanto Gomes 25/10/2015 Marcos Feliciano, um talentoso contador de histórias Entre os privilegiados talentos da geração de ouro que dominou a cena estudantil dos anos setenta, na Faculdade de Direito da UFPB, destacava-se a figura carismática de Marcos Feliciano Pereira Barbosa, desde então um palrador e envolvente contador de histórias e estórias, no estilo do grande escritor e memorialista em que notoriamente se converteria. Nenhum colega contemporâneo deixou de se comprazer, ouvindo e testemunhando, nos corredores, na sala de aula ou nos jardins da Faculdade, as narrativas inteligentes e espirituosas ou, quando nada, as tiradas súbitas e hilariantes, produzidas, até diante da surpresa trivial, pela verve encantadora de Marcos Feliciano, livros a braços, sempre cercado por circunstantes, seduzidos com a prosa imperdível, nos intervalos do curso jurídicos. Principalmente do cenário rupestre e da ambiência da vida campesina eram os personagens protagonizados, com a voz e gesticulação arremedados da legítima oralidade matuta, traduzidas assim nas peculiares manifestações pelo engenho do novo e apaixonado intérprete de nossa íntima regionalidade e seus costumes cheios de aventuras e desventuras. Toda essa dramaturgia fermentada por uma admirável maturidade literária, restaria, afinal, consagrada nas páginas ficcionais de “Vazantes”, uma estilosa e fantástica novela, povoada da efervescente fabulação e das tintas multicores com as quais, um dia, urdiram suas tramas os gênios de José Lins do Rego, José Américo e Graciliano Ramos. O personagem Bastião, por exemplo, tipifica o sertanejo em toda sua grandeza de virtudes e de generosa índole, inarredável, entretanto, quando desafiado a mostrar coragem ou solidariedade humana, em momentos inesperados da vida. Essa a lição dominante fluida de suas entrelinhas. Esse evolver de sentimentos, próprio da criação notável, revela-se contudo lapidado, na obra recente intitulada “A rede do quarto do meu pai”, onde verte o autor toda a febricitante admiração e idolatria pela figura paterna, um ser humano especial e realmente forrado por raras virtudes, recordado com seus muitos “causos” em páginas tocadas de nostalgia, graça e senso de humor, absolutamente comparáveis às melhores produções do gênero. Atrasou o relógio a passagem do tempo em Marcos Feliciano, favorecido, ontem como hoje, pelo magnetismo pessoal, capacidade de trabalho e o preclaro conhecimento dos livros e da vida, trilada com honradez e tenacidade nos cargos públicos exercidos e na convivência familiar, construída em parceria com Liliane, a sublime companheira e incentivadora de todo o seu humano e artístico trajeto. Tem induvidosamente esse imaginoso escritor muitas outras histórias e estórias a contar, dormentes nos refolhos da criação cerebral, com o lacre da simplicidade e pureza, própria dos espíritos qualificados. 12/10/2015 José Octávio e um perfil antológico de Samuel Duarte Um dos mais ilustre paraibanos do Século XX, de cultura invulgar e extraordinária desenvoltura, exibidas, desde cedo, no exercício de inúmeros cargos públicos e no mandato parlamentar, Samuel Vital Duarte é analisado sob a perspectiva professoral do historiólogo José Octávio de Arruda Melo, num resgate biográfico indispensável a qualquer antologia da historiografia paraibana. Incluso na série “Perfis Parlamentares”, patrocinada pela Câmara de Deputados, o mais recente livro do polimático cientista social José Octávio de Arruda Melo, tal como os demais de sua exuberante e respeitável obra, refoge dos moldes comuns do memorialismo convencional, trazendo a conhecimento dos pósteros singularidades pouco enfocadas de uma personalidade da magnitude de Samuel Duarte, marcante e decisiva no cenário político e cultural do país, na segunda metade do século transacto. Na esteira do novo leitmotiv vem a lume a importe participação do perfilado nos arranques do jornalismo em graves momentos de transe político nacional, a exemplo do alistamento, ainda jovem, na luta pela derrocada do governo Washington Luiz culminante no advento da era Vargas. Nas páginas do novel e necessário compendio infere o leitor, portanto, a exata dimensão do vulto ressurgido da penumbra histórica, máxime como um paraibano “emergente” da classe média, um segmento dissecado pelo autor, com larga visão sociológica da quadra republicana resultante nas marchas e contramarchas elisivas da incipiente democracia brasileira. Egresso das estepes brejeiras galgou o paraibano e jurista de escol as alturas da presidência da Câmara dos Deputados, de 1944 a 1947, e posteriormente, da Ordem dos Advogados do Brasil, deixando, a marca do gestor produtivo, honrado e destemido na obra amalgamada com estrênuo interesse pelo bem coletivo, tão raro na maioria dos políticos atuais. Nesse período, importa frisar, o realce conferido pro Samuel Duarte à cúpula nacional do importante órgão classista, especialmente a partir de 1964 com a brava insurgência contra a nova ordem política, instalada pelo regime militar, e seus atos de arbítrio e violação aos mais elementares direitos civis da sociedade, notadamente as cassações de mandatos eletivos outorgados legalmente pelo povo, inclusive de figuras paraibanas do porte de Pedro Gondim, Ronaldo Cunha Lima, Silvio Porto, Chico Solto e Agassis de Almeida. Não tendo deixado, entretanto, uma obra compilada em livros, devido certamente ao temperamento retrátil e arredio de que nunca se livrou, todo o acervo do pensamento e da notável atuação parlamentar, de grande alcance sócio-político restaria enfeixado na produção jornalística, nas conferências e admiráveis discursos parlamentares, os quais revelam um homem público diferente, modelar, extraordinariamente puro, além do seu tempo, com propostas e projetos precursores e hoje consagrados, a exemplo da legislação trabalhista e da irrigação de terras as populações campesinas carentes, tudo a corroborar o justo merecimento do apologético, oportuno e antológico ensaio. 02/10/2015 Carolina, na vida e obra de Machado Muito lida, inteligente e desembaraçada, recém chegada ao Rio de Janeiro, em 1866 conquistou Carolina Novais a simpatia de todos, mas principalmente o apaixonado amor de Machado de Assis, de quem se tornara esposa amantíssima e a grande companheira de todos as jornadas da vida. Era notória desde o início do lendário romance a “cumplicidade” entre ambos, de modo a marcar visceralmente, todos os instantes da gloriosa e atribulada existência do extraordinário escritor, com a certeza desde então, de que um não viveria jamais sem o outro. Juntos suplantariam, entre outros diferenças, a resistência hostil, sobremaneira na época, dos que repudiavam o matrimônio de uma senhora de tez branca, de fina educação, com um “mulato” feio e gago, rebento da classe proletária, sem nenhuma referência familiar. A união dos apaixonados nubentes, assim admiravelmente comprometidos até a morte, foi, entretanto, a sorte grande, o esteio maior da célebre carreira do esposo fiel e absolutamente devotado, sem o qual não teria Joaquim Maria superado tantos percalços de ordem pessoal, nem produzido a fantástica obra, traduzida hoje para o mundo inteiro a exemplo de romances como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Helena”, “ Dom Casmurro”, “Quincas Borba”, “Esaú e Jacó”, “Ressureição”, entre outras portentosas criações, verdadeiros tesouros do patrimônio literário da humanidade. Carinhosa, colaboradora e dedicada, com distinguida instrução e disfarçado talento, conseguiu Carolina preencher algumas lacunas do enredo machadiano, com a perspicácia da psicologia feminina, sugerindo-lhe incidentes e desfechos interessantes sobre os quais, na revisão conjunta, discutiam em busca da perfeição artística, fosse no romance, no drama, no conto ou na poesia. Aos conselhos e estímulos da consorte querida, sempre a mostrar o crescimento do seu nome prestigiado pelos meios culturais do pais e a grandeza de seus livros insuperáveis, afastaria “Machadinho” o velho e incorrigível complexo de inferioridade que lhe atormentara a vida inteira, desde menino pobre do morro, doente e sem nenhuma perspectiva de bem sucedido futuro. Grisalho e movido, na maturidade, pela esperança de melhorar a saúde hospedou-se por uma longa temporada, em Nova Friburgo, sob o bálsamo do clima serrano, mas na volta ao Rio, inesperadamente, morre sua Carolina, a 20 de outubro de 1904, depois de trinta e cinco anos da mais pura e invejável felicidade de um casal. A separação abrupta inspira o belo soneto “Carolina”, deixando-o, aos setenta anos, triste e solitário para sempre o majestoso escritor, a conversar com os pertences e objetos domésticos da mulher ausente. Sobretudo com o seu travesseiro, conservado no leito comum, sobre o qual todos os dias vertia o pranto da solidão e da saudade, tristemente confessada nas páginas imortais de “Memorial de Aires”, sua última expressão de um amor incomparável entre um homem e uma mulher. 18/08/2015 Os desembargadores vindos da advocacia Uma aspiração de grandes advogados, principalmente na maturidade profissional, consiste na ascensão ao cargo de desembargador, assegurado constitucionalmente a um representante da classe advocatícia, na proporção de um quinto da composição dos Tribunais Federais e Estaduais, apesar de não simbolizar unicamente o coroamento da carreira, diferente da magistratura, cuja cátedra no egrégio Colegiado, como derradeiro e mais alto posto, constitui uma espécie de merecimento. O primeiro investido nesse lugar foi o erudito Flósculo da Nóbrega, nos idos de 1935, quando era o nosso Tribunal denominado Corte de Apelação e constituído apenas de sete julgadores. Advogado e jurisconsulto renomado, senhor de vasta cultura universal, autor de obras ainda referenciadas, Flósculo concorreu à vaga em lista tríplice em que também figuravam Irineu Joffily e Renato Lima, enviada à escolha do interventor Argemiro de Figueiredo. Após mais de vinte anos dedicados à magistratura superior o consagrado jurista foi sucedido por João Santa Cruz de Oliveira, notável criminalista, intransigente defensor das liberdades políticas e individuais, nos auditórios e na praça pública, cujo nível de saber e preparo nada ficava a dever ao sucedido titular da cadeira. Em seguida veio o eminente professor Hélio de Araújo Soares, uma das personalidades mais distintas dos círculos forenses no Estado, impondo-se à admiração coletiva pela versatilidade e decência de caráter. Após deixar o pretório voltou-se à docência, lecionando direito comercial até alcançar a inatividade compulsória. No páreo à indicação como seu substituto, em 1965, enlistou a seccional local da O.A.B. os nomes dos mais respeitados causídicos da Paraíba, na época, Samuel Duarte, Botto de Menezes e Osias Gomes, sendo escolhido este último, num pleito histórico e memorável, dado o inexcedível valor jurídico e notória cultura dos submetidos ao escrutínio da veneranda Corporação. Na ordem cronológica o posto foi, seguidamente, ocupado por Luís Pereira Diniz e Rafael Carneiro Arnaud, dois incansáveis e proeminentes paladinos do estrado forense, julgadores intocáveis, equilibrados e cultos, o primeiro mais aferrado aos rigores dos preceitos legais, o outro inclinado ao sentimento de uma Justiça mais próxima da realidade humana. Também oriundo das hostes advocatícias assumiu o cargo Sílvio Pélico Porto, grande esteta da palavra e das letras jurídicas, cuja biografia merece capítulo à parte. Seguiu-se a Porto foi seguido, na linha sucessória, Marcos Souto Maior, uma revelação como aplicador da lei, tal o descortino de suas decisões corajosos e autenticas, e na vaga aberta com a aposentadoria de Carneiro Arnaurd, o preenchimento ocorreu com a posse do jovem jurista Joás de Brito Pereira Filho, um perfeito modelo de moderno magistrado revestido de saber e integridade a se valer da mais atualizada jurisprudência. Sendo a vez da OAB na compartilhada alternância com o Ministério Público, eleito por quase a unanimidade da categoria e referendado pelo então governador, em 2012 assumiu a honrosa representação o admirável e carismático José Ricardo Porto a engrandecer, com a desenvoltura e o brilho de seus votos o valoroso e histórico rol de antecessores. 11/06/2015 “Minha Terra” e a paixão telúrica de Botto de Menezes Versado em muitos saberes, aprendido em muitas filosofias, desde a mocidade impulsiva e devotada a memoráveis cruzadas cívicas o político, tribuno e escritor Antônio Botto de Menezes personificou uma época, com a notoriedade do peregrino talento, comprometido somente com o bem coletivo e o imenso amor pela terra natal. Herdeiro da consanguínea nobreza paterna flameja em toda a história desse eminente paraibano um verdadeiro hino de glorificação ao berço nativo, entoado sob os mais variados ângulos de sua fecunda vida política e cultural, sobretudo no jornalismo, na liderança partidária, na advocacia e no exercício dos cargos públicos. O saliente traço de uma biografia com tamanho apelo mesológico, viceja a partir de “A União” e, logo depois, de “O Combate” quando, já integrado à intelligentsia juvenil da época, assumira a liderança oposicionista ao poder dirigente local, com a mesma e insopitável rebeldia oposta um dia ao infame decreto governamental resultante no exilio definitivo de Augusto dos Anjos para outras plagas. No itinerário da atribulada carreira pública, como chefe do partido Republicano Libertador e parlamentar na Assembleia Legislativa e depois na Câmara Federal, não somente professava um culto perene a figuras pontificais de nossa história, sugerindo-lhes homenagens condizentes e duradouras, mas também e invariavelmente se batia, com a eloquência do seu verbo incendiário, pelo bem material coletivo, pleiteando rodovias, escolas, hospitais e proteção institucional aos menores abandonados, em projetos de irrecusável visão futurista. Mas é no romance memorialista “Minha Terra – Memórias e confissões”, escrito e publicado no Rio de Janeiro em 1944, quando expatriado do torrão dileto onde verte a confissão da mais saudosa e profunda paixão telúrica pelos pagos de origem, realçando sua virtuosa e predestinada vocação de “gerar gigantes e heróis”. Uma bela declaração de um filho intelectual por sua terra-mãe. Salta aos olhos, com efeito, o agarradio atávico que atormenta Antônio Botto de Menezes nas páginas do reminiscente compêndio, algo sobrelevante à própria narrativa dos feitos pessoais e ao recorte biográfico do livro sobre tão gloriosa vida, com esmerilhada descrição histórico-geográfica da pequena e inefável Paraíba, desde o período colonial às refregas do Estado Novo, dos arrecifes do Atlântico à singularidade climática dos sertões fronteiriços, culminante numa das mais completas e romanescas obras do gênero em nossas letras. É lamentável, contudo não mais existir o imponente solar onde residiu o grande paraibano, falecido em 1971, palco de tertúlias e decisivos episódios históricos, no Bairro de Mandacaru, hoje Av. Walfredo Leal, identificado outrora por suas linhas clássicas, o prolífico arvoredo ao derredor, mas principalmente pela referência ao ilustre proprietário e, no entanto, demolido pela mediocridade alheia e indiferente nos tempos hodiernos aos símbolos maiores da história de um povo. 28/05/2015 Capistrano de Abreu e a desigualdade geopolítica Ao contrário do tom inicial do seu discurso alusivo à distribuição de recursos federais entre as unidades federativas do país, ante a inconformação dos governadores nordestinos é visível a discriminação da política distributiva da presidente Dilma, em flagrante prejuízo de nossa região sofrida. Com efeito, não passa de parolagem demagógica a promessa presidencial de tratamento isonômico entre os estados, anunciada, alto e bom som, na última campanha eleitora, embora tão antiga essa aviltante disparidade deformadora do corpanzil brasileiro. Vem didaticamente da histórica e curiosa desigualdade espacial entre os estados a casuística relação beneficiária, em suma dependente do Poder Executivo Central, a quem por legitimidade é facultada a capacidade concessiva do benefício, tal como assinala a crítica científica de Capistrano de Abreu, a partir de obras angulares do século XIX, como “Os Caminhos Antigos do Povoamento do Brasil” e “Capítulos da Historia Colonial”. Já no seu tempo o grande historiador, etnógrafo e linguista cearense explanava, com autoridade, que o Amazonas, Pará, Goías, Mato Grosso, Maranhão, Minas e Bahia têm dimensões equivalentes ou superiores a muitos países europeus, contrastando com exemplos diminutos como Sergipe, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo e Rio de Janeiro, isto resultante de um povoamento a ermo e da improvisada divisão do nosso mapa geopolítico, então convalidado no período imperial sem nenhum respeito ao território das antigas capitanias hereditárias e aos critérios de equidade vitoriosos nos Estados Unidos, na França e na Suíça, onde departamentos estados e cantões guardam, praticamente, a mesma simetria e uniformidade. Vale frisar, entretanto, que o princípio da isonomia, esteio do regime democrático, tem de ser interpretado de forma restrita, conforme ensinam Rui Barbosa e Pontes de Miranda, isto é de maneira relativa e não absoluta, desde que subordinado à lei maior da natureza das coisas. Todos são iguais perante a lei, porém sendo os indivíduos física e somaticamente desiguais, a verdadeira equanimidade consiste em tratar de maneira desigual os desiguais. Portanto, são assim legalizados privilégios irrecusáveis como o foro especial a certas categorias, a prisão especial a graduados, a isenção tributaria para empresas de pequeno porte entre outros. Por outro prisma, o mesmo que acontece com os indivíduos deveria ocorrer em relação às regiões geográficas de um país, ou seja, sendo diferentes nos modos de vida e nas condições fisiográficas devem, portanto, merecer do poder público tratamento respectivamente diferençado, através do qual possam todos alcançar o mesmo grau de civilização. Na partilha, por exemplo, de recursos orçamentários destinados ao desenvolvimento o fiel da balança tem de inclinar-se em favor dos pequenos e pobres Estados, como pretendem os governadores nordestinos, a fim de garantir a coesão nacional e espancar secretas e temerárias aspirações de separatismo pátrio. 05/03/2015 O paraibano fundador da nacionalidade Quando, no século XVII, reconquistou ao reino lusitano o domínio sobre o esbulhado território colonial, como líder heroico da sangrenta expulsão dos holandeses do Nordeste, André Vidal de Negreiros despertou o sentimento pátrio a lhe exalçar como fundador da nacionalidade brasileira. Tão intenso e portentoso é o seu legado em marcantes episódios de nossa história, principalmente na peleja memorável contra o domínio batavo na região nordestina que a guisa de recompensa e reconhecimento pelo denodo de seus feitos, lhe confiara o soberano português, sucessivamente, o governo do Maranhão, Pará, Pernambuco e de Angola no continente africano, onde se tornara figura mítica pelo triunfo no confronto de Ambuila e a fortificação de Luanda, capital angolana. Em obras indispensáveis, historiadores do quilate de Liberato Bittencourt e Adolfo Varnhagen narram a bravura e tenacidade do soldado paraibano, logo elevado a general e chefe militar, sempre exposto ao risco de morte, em batalhas encarniçadas como Casa Forte e Guararapes, no intento de restaurar a integridade dominial portuguesa de sua maior e mais rica colônia e impor o respeito da Europa à metrópole reinol. Filho de portugueses ricos, senhores de propriedades e engenhos nas várzeas da Paraíba poucos, no seu tempo, deixariam a mansuetude de herdeiro afortunado pelas escaramuças enfrentadas ao ímpeto de um ideal quase mirabolante, nada almejando individualmente senão a transformação social e a unidade do povo brasileiro. Cingido, portanto, com indelével brilho nas páginas da história, ao ressalte das incríveis façanhas, foi sua naturalidade posta em dúvida e depois atribuída ao estado de Pernambuco, cenário maior de suas lutas e galardões, uma impudência sutilmente urdida e difundida ao longo dos séculos, inclusive por notórios historiadores do vizinho estado, arrimados na escassa prova documental a tal respeito. Coube, todavia, ao general Lyra Tavares, ex-ministro do Exercito, na década de setenta e seu conterrâneo, restabelecer definitivamente a verdade, dirimindo a controvérsia, ao crismar como patrono do 15º Regimento de Infantaria de João Pessoa o herói Vidal de Negreiros, respaldado em cópia autêntica de um testamento lavrado, no final da vida pelo grande vulto militar, em cujo introito claramente se qualifica como paraibano. A essa prova irrefutável acolitou fotos da restauração da lápide, com a inscrição do seu nome no túmulo onde estão os restos mortais do primevo construtor dos nativos sentimentos patrióticos, encravados na Igreja Nossa Senhora dos Prazeres, em Guararapes, no Recife, reascendendo, enfim, o invejável orgulho cívico de nossa paraibanidade. 25/02/2015 O filósofo e sacrossanto Monsenhor Pedro Anísio Tímido, introspectivo, envolto por uma humildade sem par, diante da inteligência incomum e do seu raro grau de cultura todos, no seu tempo, reconheciam no Monsenhor Pedro Anísio Dantas, o sábio e teólogo oracular, uma referência de insuperáveis virtudes eclesiais da Igreja Católica na Paraíba. Comumente não causa espécie a conduta sóbria e recatada de um clérigo, sincera e abnegadamente cultivada no seu ministério, inclusive fielmente submissa aos castos princípios do celibato e a intransigentes dogmas sacerdotais, mas é de pasmar a insólita existência de um espírito puro, algo cândido e angelical, alheio a qualquer interesse material, como o encarnado na figura culta e sacrossanta desse padre, tão venerado na sua época, quanto esquecido pela conterrânea posteridade. Surdiu o seu nome na década de vinte quando o jovem franzino e retraído de Bananeiras do nosso Brejo, possivelmente insatisfeito com a formação humanista e teológica haurida no seminário paraibano aspirou, menos por veleidade que por amor à fé cristã e ao saber acendrado, patamares mais altos, indo, a todo custo, com relevante proveito, cursar em Roma a Universidade Gregoriana, de onde, anos depois, regressaria diplomado em filosofia e dogmática. Com esse raro cabedal revelaria o religioso, ao longo da fecunda vida de noventa e seis anos as múltiplas facetas do talento, como um dos maiores oradores sacros de nossa terra, mas também como professor e jornalista reverberante na defesa de importantes causas de jaez educativo e religioso, lapidando todos os seus trabalhos com um vernáculo de fazer inveja a Rui Barbosa e Coelho Neto. Tirante essas lides, vivia recluso e ensimesmado na sua vasta biblioteca doméstica, onde produzira, incansável e meticulosamente, as grandes obras de impressionante teor filosófico e científico, felizmente divulgadas por terceiros, nos meios culturais de todo o país, como “Tratado de pedagogia” “A religião e o progresso”, “A filosofia tomista e o agnosticismo contemporâneo” entre outras, aplaudidas pelo respeitável crivo crítico de um Afonso Arinos, Silva Melo, Barbosa Lima Sobrinho e de um Otto Maria Carpeaux, como verdadeiras joias do pensamento especulativo pátrio. Cultor da história e artista da palavra escrita e falada desapareceram, entretanto, os fulgores desse erudito patrimônio, depois de sua morte, em 1979, esfumados pelo esquecimento, quando não eventualmente lembrados por algum memorialista do imenso paraibano em cuja casa simples, na Av. Trincheiras, hoje em devolutos escombros, sob sua iluminada presença adentrei, um dia, como no mais sagrado dos tempos. 11/02/2015 O Liceu do meu tempo Construído e inaugurado no governo Argemiro de Figueiredo, em meados dos anos quarenta, preserva o Liceu Paraibano, com seu prédio sobranceiro e referencial, principalmente devido aos memoráveis nomes do seu corpo docente, um destacado lugar na história do ensino na Paraíba. Localizado na mais larga e bela avenida da capital, a Getúlio Vargas, o vetusto educandário de arrojada arquitetura funcional, amplas salas e corredores, por décadas, desde sua instalação, educando sucessivas gerações de ilustres paraibanos, importou verdadeiro salto na então canhestra e obsoleta educação pública de nosso estado. Honrando o pomposo nome, inspirado no magistério do grego Aristóteles, mas, sobretudo a conceituada didática do curso de humanidades, nos primeiros e áureos tempos, brilhavam, nas respectivas cátedras, lentes do cerne de Matias Freire, Álvaro de Carvalho, Lindolfo Correia, Celestin Malzac, Sinézio Guimarães, Juvenal Coelho, Olívio Pinto, Luiz Gonzaga Buriti, Rita Miranda, entre outros vocacionados e comprometidos, cada um a seu estilo, com o devotado e magistral exercício da pura e admirável docência. Eram verdadeiras conferências as aulas ministradas por esses turunas do conhecimento, atraindo às classes apinhadas, além do alunado regular, eventuais assistentes e curiosos seduzidos pelo carisma professoral dos mestres, quase todos dotados de notável poder retórico e persuasivo, derramando erudição e cultura, comparáveis mesmo aos grandes scholars das universidades europeias. Quando em 1971 tive o privilégio de envergar sua farda no curso clássico, ao lado de colegas do valor de Francisco Gil Messias, Alcides Jansen, Isaura Souza, Fátima Evangelista e Eitel Santiago de Brito Pereira, ouvindo ainda histórias de professores como José Perez, Luizito Dias e a lendária Daura Santiago Rangel, ainda resplendia a iluminada aura de outrora. Foi a quadra do diretor Martinho Lisboa, de Fernando Barbosa lecionando filosofia, Francelino Soares o mais lídimo vernáculo e a talentosa Maria das Neves do Egito, na cadeira de sociologia hoje, por reconhecidos méritos, desembargadora ao nosso Tribunal de Justiça, a quem deve a minha geração idealista todo o incentivo e descortino aos movimentos culturais precursores da futura carreira jurídica. Vale memorar, pelo menos, sob seus auspícios, o badalado júri simulado do famigerado Lampião, um evento que sacudiu o contingente estudantil da época. Algum dia, certamente, quem sabe, todo esse dourado e nostálgico passado de gratas e imperecíveis recordações, algumas esmaecidas pelo tempo, ilustre um indispensável capítulo da histórica civilização paraibana. 03/02/2015 ‘Ali mora Zé Américo- Um super-homem‘ Nos passeios domingueiros pela orla de Tambaú, na década de setenta, mostrava-me sempre o saudoso avô Osias Gomes, com expressivo entusiasmo, a casa onde residia o ministro José Américo de Almeida, então o mais insigne paraibano vivo, um prédio referencial entre os casarões da Avenida Cabo Branco. O tom admirativo, no entanto, não se devia à imponência e arquitetura clássica do solar à beira do Atlântico, onde se refugiara definitivamente “o solitário de Tambaú”, recolhido ao remanso do berço natal, depois de jornadear pelos mais altos escalões políticos, administrativos e culturais do país, mas ao aclamado paladino, sobre o qual completava o destaque exclamando categoricamente: “Um super-homem!”. Em que pese o conhecimento, após a adolescência, dos livros e da importante trajetória do excelso conterrâneo, principalmente pela leitura deleitosa de “A bagaceira”, o marcante e inaugural romance do modernismo literário pátrio, orientado exatamente pelo mestre-avô, supunha que tamanha louvação resultasse de sua antiga e empática relação humana e intelectual, desde os prélios de 1930, com o grande escritor e líder político, tendo ambos compartilhado memoráveis eventos da história paraibana, o velho Osias inclusive como secretário de estado de seu governo. Irresignado, um dia ao suscitar o bordão, com o mesmo ímpeto e reverência, indaguei-lhe, curiosamente: Por que um super-homem? - Porque é uma estátua viva, de extraordinárias personalidades amalgamadas, jamais antes vistas ou reconhecidas num só homem público brasileiro – respondeu e continuou: - A esse respeito, certa feita, questionou-me Celso Mariz, objetando tratar-se de apologia exagerada, diante de tantos e tão fulgurantes vultos do Império e da própria República, mas lhe fiz observar que nenhum, nem mesmo Epitácio, reunira a grandeza multifária de estadista, escritor e pensador com tão completa obra e espetacular dimensão como o fenômeno José Américo. Era notório sábio, segundo a espontânea lição, a um tempo aristocrático e popular, dono de aliciante poder de manifestação verbal e do mais belo estilo literário. Ilibado e inatacável gestor público de raríssima visão executiva e sociológica, estadista perfeito e clarividente, único premiado pelo destino com o dom de consorciar a artística inteligência criadora aos meios políticos e construtivos do bem coletivo. Reportando-se às balsâmicas medidas do seu governo lembrou a construção de inúmeros açudes e até a distribuição avulsa de víveres às populações carentes, além do famanaz dístico “vamos fazer a política dos pobres que a dos ricos já está feita”. Ante o vivo e inconteste testemunho, sem mais nada dizer nem lhe perguntar, afirmei com meus botões: Um super-homem! 19/01/2015 A figura paterna e a idolatria filial em notáveis Desde os povos primitivos pulsa entre os sentimentos humanos uma acendrada e referencial admiração, observada em todas as culturas, pela figura familiar do pai, esse provedor instrutivo e alimentar transformado, quase sempre, pela memória sensitiva, em venerado e incomparável ídolo. A habitual exaltação derivou do costume, ainda encontradiço, segundo o qual, nos lugares nativos, eram as pessoas comumente conhecidas pela referência ao prenome paterno, a exemplo de Cristo, vezes referido no relato bíblico, como “Jesus, filho de José”. Tão importante identidade individual assegurou, em todas as épocas e continentes, a predominância da chamada sociedade patriarcal, onde a presença e autoridade senhorial do chefe de família tem distinguida e decisiva influência na vida da estirpe e de sua descendência. E, de fato, tem o progenitor um merecido e singular destaque no íntimo de qualquer filho, inclusive órfãos ou eventualmente afastados de sua convivência doméstica. Tamanha é a repercussão desse elo genético que em todos os recantos civilizados do mundo, ainda hoje, importa honroso conceito social o reconhecimento da paternidade, em favor da prole legítima, incestuosa ou adulterina, de modo a possibilitar a aquisição do alusivo sobrenome e dos direitos hereditários. Nos grandes artistas, escritores, cientistas e outros espíritos qualificados o decantado orgulho filial ganha proporções inimagináveis e até fantasiosas pintando, em obras consagradas, o retrato indefectível de um pai cheio de virtudes e grandezas modelares, paradigma único e inafastável até mais genial e esplendoroso do que o próprio autor. Para Luis Gonzaga, o rei do baião, ninguém foi maior sanfoneiro do que Januário, com seus oitos bastos, enquanto outro rei, o nosso Pelé afirma, sem meias palavras, que “não se compara, nem de longe, a seu Dondinho”, na verdade, um jogador sofrível, somente lembrado pela fama avassaladora do inigualável rebento. Franz Kafka, o grande romancista tcheco, no comovente “Cartas ao pai”, revela semelhante e idólatra paixão, de par com o melancólico Augusto, comprometido, num belo poema, a trilhar as mesmas e doloridas ruas do inesquecível ascendente. O irresistível fascínio, despontado noutros gêneros da arte, se reveza no cancioneiro popular nas maravilhosas vozes de Altemar Dutra, Roberto Carlos, Fabio Júnior e Sergio Bitancourt para o qual “naquela mesa tá faltando ele”, tudo, enfim, a revelar um incontido e natural arrebatamento pelo mítico e insubstituível herói da ilusória e sentimental imaginação pueril. 10/12/2014 O sábio e incorruptível Álvaro de Carvalho Um dos maiores intelectuais paraibanos de todos os tempos, filósofo e mestre-escola, autor de vários e importantes livros, Álvaro de Carvalho exerceu altos cargos públicos, como secretário de estado, deputado federal e, interinamente, governador da Paraíba, mas viveu e morreu pobremente, tendo, no final da vida, de ministrar aulas particulares de inglês para sobreviver. Originário de Mamanguape esse extraordinário e incorruptível homem da política e de letras, moldado por raro caráter e espírito público, ao longo de toda sua carreira, seja no executivo, no parlamento, seja no magistério, jamais se afastou, a nenhum interesse ou vantagem pessoal dos princípios e virtudes singulares indispensáveis a uma biografia verdadeiramente admirável! Filho de barbeiro humilde se iniciou na profissão paterna, mas logo cedo despertou ao universo do saber, entregando-se, de corpo e alma, ao apaixonado estudo do direito e de múltiplas ciências até, vencendo enormes dificuldades, lograr o título de bacharel em direito na faculdade do Recife, em 1912, sendo, no ano seguinte, nomeado lente de italiano do Lyceu Paraibano. Com notória pureza e simplicidade apostolar de gestos e palavras, nunca ostentou a jactância de falar e escrever fluentemente vários idiomas e de discorrer com impressionante mestria e desenvoltura não somente sobre os segredos da ciência jurídica, da filologia e das artes, porém, com o mesmo brilho e versatilidade, como nenhum outro autodidata do século XX no país, acerca dos mais diversos temas da sapiência humana, desde a física einsteiniana à psicanálise de Sigmund Freud. Dono de um único bem material – a casa modesta em que morou até a morte, a política, ao revés de tantos outros do seu tempo, não o cingiu de vaidosas pretensões, mas das marcas do sofrimento e do infortúnio. Eleito primeiro vice-presidente do estado, assumiu o governo, como substituto eventual do presidente João Pessoa, durante três ausências do titular, até que a 26 de julho de 1930 é investido em caráter permanente, após o crime da capital pernambucana, como tudo memorou no seu livro “Nas vésperas da revolução – 70 dias na presidência da Paraíba”. Destituído do cargo, súbita e inesperadamente, decerto por sua divergência à mudança do nome da capital em homenagem ao governante sacrificado, emigrou a longo ostracismo na cidade de Santos, em São Paulo, onde, dedicado ao jornalismo e ao ensino, mantivera uma retilínea e silenciosa conduta em relação à nova ordem governamental, somente regressando uma década depois cercado do respeito e admiração dos conterrâneos, para reassumir sua cadeira no Lyceu Paraibano em que se aposentou, com parcos e aviltantes proventos. 28/11/2014 Pecados literários veniais Quase todas as grandes obras da literatura, em diversos gêneros, como a prosa, o drama e poesia, sobremaneira as denominadas clássicas, são tão profundas e notáveis que continuam lidas e parodiadas milhares de anos após a criação, algumas com literal apropriação de suas máximas por outros livros e autores da modernidade. Quem não ouviu ou leu, muitas vezes sem menção à autoria, o propalado e universal aforismo de Shakespeare, um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, “há muito mais coisas entre o céu e a terra do que pensa a nossa vã filosofia”, alusivo a dissimulados interesses numa relação aparentemente sincera? No mesmo diapasão, não era originariamente do brigadeiro Eduardo Gomes ou de seu “ghost writer” a advertência de que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”, uma expressão emblemática, retirada, com todas as letras, do romance futurista de Aldous Huxley e identificá-la não é tarefa difícil a qualquer leitor atento das páginas de “Admirável Mundo Novo”. Jean Paul Sartre, numa de suas peças frementes de paixão humana, põe na boca de certo personagem a delirante exclamação: “Mi alma es triste asta la muerte” – pronunciada, na verdade, segundo a narrativa bíblica, por Jesus, na agonia do Getsêmani, momentos antes da crucificação no calvário. E Eugene Ionesco, o príncipe dos romancistas do absurdo, escorrega na farsa “Rinocerante” ao copiar literalmente a definição da vida como um sonho, difundida pelo belo e precedente soneto de Calderon de La Barca. Também não é do erudito filósofo e imortal da A.B.L. Silva Melo o apotegma “o homem é a medida de todas as coisas” a que, sem a menor ressalva, alude o humanista, no denso estudo analítico da natureza humana, intitulado “O homem – sua vida, sua educação, sua felicidade”, eis que fora o filósofo grego Protágoras o seu verdadeiro autor. Aqui, em nosso meio, a sentença fatalista atribuída, nunca por ele próprio, ao grande José Américo, mestre das tiradas de efeito, segundo a qual “o que tem de ser tem muita força” não seria genuinamente do admirável estadista e precursor da literatura modernista, porém extraída de anônimo autor da velha e infalível sabedoria popular. Não obstante, tais repetições ou paráfrases, segundo os entendidos em psicologia anímica, não significam, propriamente, censurável plágio. É que escritores desse jaez jamais desceriam ao terreno da improbidade literária, porquanto apenas revelam pecados veniais que não chegam a macular o currículo de espíritos reconhecidamente consagrados, cometidos, conforme Eric Fromm, por meros equívocos do subconsciente do escritor excessivamente produtivo e prolífico, contra os quais, no entanto, deve o artista, acender todos os censores da autocrítica. 18/11/2014 Augusto um século sem à estátua pública referencial A recente inauguração da estátua, de corpo inteiro, em memória de Augusto dos Anjos, na Academia Paraibana de Letras, não atenua a incúria dos Poderes Municipais, responsáveis pela presença estatuária de nossos vultos nos logradouros públicos, ante a ausência, na capital, de semelhante homenagem ao “paraibano do século”, mais lido poeta brasileiro e um dos maiores do século XX. A despeito de tantas vezes e de longas datas implorada pela coletividade e por figuras do naipe de Gilberto Freire, Câmara Cascudo, Hildeberto Barbosa, Carlos Aranha e Gonzaga Rodrigues, a evidentes e irrecusáveis argumentos cívicos, culturais e turísticos nunca, incrivelmente, manifestou a edilidade, até hoje, passados já agora cem anos da morte do grande e inigualável bardo, o mínimo interesse de erigir o vistoso e referencial monumento, não de forma sedestre como se encontra defronte do teatro Santa Rosa, mas de pé e grandioso, principalmente digno do universal valor literário e da vertiginosa popularidade de sua obra. Indagar se valaria a pena a despesa pública com o pomposo monumento – assim teria de ser, sobre alto pedestal, ao panorâmico e fácil vislumbre de todo transeunte – importaria na ridícula mediocridade de se desconhecer ou, pelo menos, subestimar a dimensão artística do genial versejador e a previsível repercussão do ainda esperado empreendimento. Afinal, tirante qualquer idolatria paraibana, tanto pelo estilo incomum desatrelado de notórias escolas líricas como pela transcendência da temática filosófica e científica explorada pelo “singularíssimo” e melancólico vate, Augusto brilha supremo e solitário na constelação literária brasileira, com seu “Eu e outras poesias” de quase trezentas edições, desde publicado em 1912, a que dificilmente se equipara outra poesia, mesmo na história da literatura mundial. Essa a ilação de um sem número de críticos e estudiosos, por todo o país, debruçados sobre a intrigante versalhada povoada de agnosticismo e desespero. O aspecto mais curioso, entretanto, desse vôo às altitudes do cenário mental, é a unânime glorificação de um estro que arrebata as elites pensantes e, ao mesmo tempo, apaixona as camadas populares, onde é declamado, aos borbotões, nos mais diversos ambientes, inobstante seu visório amargo sobre a fatalidade da morte, a decomposição da humana matéria orgânica e o desdenho pelas belezas triviais da vida. É certo que a desídia histórico-cultural do Município, nunca vista nos berços de Castro Alves, Bilac, Gonçalves Dias e Drummond, onde se encontram perpetuados no bronze monumental, somente empobrece culturalmente a Paraíba, exacerbando-lhe as dores do sofrido e injustificado (ou justificado?) preconceito. 05/11/2014 O aventureiro Pedro Malasarte Excessivamente humilde e introspectivo, sem vaidade alguma na vida, mesmo depois de exaltado por Machado, José Lins e José Américo, como um dos maiores romancistas da língua portuguesa, nunca experimentou o paraibano José de Araujo Vieira, quase desconhecido na atualidade, a glória literária que, certamente, ainda lhe deve o Brasil. A índole genuinamente desprovida de maldade e egoísmo afastou do portentoso escritor natural de Mamanguape, de sorriso triste e semblante bisonho, o menor sentimento de ambição, cerceando o estímulo de amigos e admiradores da estirpe literária de Carlos Dias Fernandes, Barbosa Lima Sobrinho, Manuel Bandeira e Valdemar Cavalcanti, em favor de seu prodigioso talento e divulgação de sua obra. Este último, por exemplo, a tal respeito, deu-lhe emblemático perfil, retratando-o como “um homem algo tímido, de fala mansa, ar de vencido, seco de gestos (...). Fazia questão de atravessar a cidade das letras sem acotovelar ninguém, indiferente aos cartazes, aos grupos, sozinho no seu andar pausado e macio (...). A imagem que dele me ficou foi exatamente essa – a do caramujo incapaz de qualquer arrebatamento. Do solitário. Do caladão.”. Toda uma vida de inglórios sacrifícios, marcada por dissabores pessoais os mais diversos, desde o berço paupérrimo a uma lacerante maturidade, não impedira a que, de obscuro guarda-livros em bibliotecas públicas, quando amealhara estupenda cultura, lograsse o estilista de linguagem límpida e impecável, no Rio de Janeiro, então capital da república, onde se radicou em busca de melhores condições, orbitar brilhante círculos culturais, inclusive como funcionário dileto da Academia Brasileira de Letras, mas também editar seus incríveis romances, cheios de psicologia e revelações da alma humana e com os quais ganhara até a reputação de “Gautier” de nossas letras. Despontara, assim, os originais e envolventes enredos de caráter universal, um após outro, livres do batido regionalismo do escritor nordestino, insertos em “Espelhos de casado”, “Romance da solteirice” e “Um reformador na cidade do vício” entre outros, porém saltando ao status de arte genial sobreveio, em 1944, “Vida e aventura de Pedro Malasarte”, sagrado, segundo o juízo da crítica contemporânea, dentre as obras primas da romanceria brasileira. Uma trama realmente fantástica, super imaginosa que, no entanto apenas, lhe deu, e ao travesso personagem, uma fugaz notoriedade, essa, na sua modéstia, sequer pretendida pelo autor, conforme dizeres de um biógrafo – “Não lhe seria difícil alçar-se a posições mais altas, ainda assim por direito de conquista. Não procurou esse caminho, o que escolheu conciliava com sua própria consciência. E isso lhe bastava!”. 29/10/2014 Manoel da Nóbrega e um equívoco da historiografia Anchieta pode ter sido o maior dos místicos entre os missionários portugueses da Companhia de Jesus, mas, apesar de não figurar nas páginas da história com tal destaque, o grande vulto da catequese brasileira, no início da colonização foi, sem dúvida, o padre Manuel da Nóbrega. Imerecidamente relegado a segundo plano por quase toda a crítica historiográfica do colonialismo brasileiro, nenhum outro personagem, entre os missionários jesuítas de nossos primórdios civilizatórios, exerceu papel mais relevante e fundamental na construção embrionária de nossa nacionalidade. Tendo aqui aportado, em companhia de Tomé de Souza, em 1549, o primeiro governador-geral, foi Nóbrega não apenas o grande e incansável pregoeiro do catolicismo e da fé cristã entre os gentios do ocidente, porém, sobretudo, com seu extraordinário espírito humanitário e conciliatório, o indispensável pacificador dos conflitos, entre indígenas e colonos, ajudando, sobremais, a fundar futuras e grandes metrópoles como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. O clima belicoso, no início da colonização, com a franca revolta dos índios contra as tentativas de os fazerem escravos atingira a temperatura máxima com o motim conhecido como “Confederação dos Tamoios”, formado pela aliança de várias tribos do Vale do Paraíba e, afinal, aplacado sob a liderança do notável catequista, abertamente inimigo da escravização do índio e de qualquer espoliação à raça nativa do novo mundo. Além da estrênua devoção ao seu ministério revelara o intrépido sacerdote, vencendo a resistência dos silvícolas, o propósito ímpar de difundir a religião reinol nas terras descobertas podendo, pelos resultados de sua obra, sem favor algum, figurar na galeria dos grandes portugueses da era dos descobrimentos, ao lado de Vasco da Gama, de Afonso de Albuquerque e do próprio Cabral. No Brasil, contudo, desde muito tempo, onde apenas se idolatra expoentes historicamente simbólicos, o padre Manuel da Nóbrega, tal como outros nomes esquecidos de sua íntima e precursora grandeza, permanece desprezado em lugar secundário, recoberto pelo véu do mais insulso desinteresse historiográfico ou, quando nada, em referências entremeadas na biografia de seu discípulo José de Anchieta, este sim tido e havido como o “apóstolo do Brasil”! Uma grave falta de reconhecimento lesiva à verdade histórica, certamente porque nada deixou escrito o missionário pioneiro senão singelas cartas aos superiores eclesiásticos de Lisboa com que dava conta do estupendo trabalho construtivo do nascente país! 25/10/2014 Celso Mariz - O legendário autodidata Egresso de Belém do Pará, onde residiu por influência de um irmão ali radicado, tornou-se Celso Mariz um habitual viageiro como inspetor de escolas no interior do estado, colhendo, assim, a matéria-prima para a elaboração de “Através do sertão”, a estreante e esplêndida obra do primeiro grande autodidata da Paraíba. Raro exemplo de uma personalidade pública, alçada ao auge do sucesso e da admiração coletiva, sem nenhuma formação universitária ou qualquer grau acadêmico, esse paraibano de Sousa, que somente freqüentou o curso primário revelou, no entanto, por toda a longeva existência, seja no jornalismo, seja em dezenas de livros, incrível ilustração, estilo e domínio do vernáculo, somente vistos em notáveis espíritos da intelectualidade. Muito cedo, aliciado pela leitura de tudo que lhe caia às mãos, desde jornais trazidos pelo correio ao seu distante e atrasado burgo natal a livros de todos os gêneros de quem os tivesse para dar-lhe ou emprestar-lhe, instruiu-se por si mesmo o jovem Celso, mostrando o brilho inato de uma especial vocação humanística. Com o surpreendente cabedal, portanto, o sertanejo também admirado pela prosa espirituosa, partiu rumo à capital paraibana, onde, em 1915, fundou em parceria com os chamados “jovens turcos”, o jornal “A Notícia”, logrando, depois de inflamadas campanhas jornalísticas, se eleger deputado estadual, quando então era a Paraíba governada por João Suassuna. Embora literalmente dedicado às letras encontrou tempo, nos anos vindouros, para ocupar cargos de notória expressão executiva, a convite de Argemiro de Figueiredo, como titular da Secretaria da Agricultura Comercio e Obras Públicas, então a mais importante pasta estadual, com marcante e fecunda passagem. Dotado de prodigiosa memória e autor de sábias e irreverentes tiradas sobre medalhões de nosso antigo meio político e social, conquistava sempre, com tal senso de humor, as atenções de todos, nos ambientes aos quais comparecia sob torrentes de elogios e mesuras. São os seus livros preciosas relíquias aos interessados, de todas as gerações, pela memória da Paraíba, notadamente “Cidades e Homens” e “Ibiapina, um apóstolo do Nordeste”, esgotados com remanescentes exemplares no sebo cultural de João Pessoa. Aos noventa e cinco anos, numa visita a Ernani Sátiro, foi-lhe exibida uma foto antiga e esmaecida, de 1920, em que figuravam vários e importantes políticos paraibanos, entre eles o próprio Celso. Ernani observou, admirado, que somente o visitante tivera o privilegio de sobreviver aos demais. Por que isso? – indagou o então governador. Celso sem titubear exclamou: oh, Ernani, eu não sou culpado por eles não terem esperado por mim! 13/10/2014 Vive ainda o gênio de Clóvis Bevilacqua Quando Clóvis Bevilacqua recebeu, em 1899, aos trinta anos, o convite do presidente Campos Sales para idealizar um projeto de codificação do direito civil brasileiro, severas restrições lhe foram assacadas por sumidades jurídicas de todo o país, incrédulas no talento do jovem e brilhante professor da faculdade de direito do Recife. Um dos mais acerbos opositores à escolha do seu nome foi o então senador Ruy Barbosa, uma das maiores figuras da cultura e do direito pátrio, em cuja coluna no jornal carioca “A Imprensa” deflagrou sistemática campanha desfavorável ao jurista pouco conhecido, contra o qual pesava, sobretudo, a falta de maturidade para elaborar tarefa de tão grave magnitude. Na verdade, a concepção de um novo estatuto civil, adequado às mudanças políticas e sociais da época, era tarefa ciclópica em virtude das grandes transformações na civilização brasileira resultantes da abolição da escravatura e do advento do regime republicano recém instalado no país. No entanto, surpreendentemente, numa quadra em que não se contava com os atuais meios da informática, nem mesmo a futura máquina de escrever, auxiliado apenas pelo prodígio de sua iluminada inteligência e por uma infatigável disposição para o labor mental, concluíra Bevilacqua, no assinalado prazo de seis meses o projeto do novo código. Realizara, enfim, em lapso inesperado, um empreendimento admirável, uma das mais completas construções legais do mundo ocidental. Obra só produzida pela força criativa de privilegiada genialidade. Em pouco tempo o incipiente jurista cearense, aviltado pelo consagrado Ruy e visto com reservas pela alta comunidade jurídica do país, conseguira visualizar de modo irrepreensível os direitos e obrigações de ordem privada, inerente às pessoas, aos bens e suas relações jurídicas, concebendo, afinal, um complexo e perfeito conjunto de regras, coligidas em centenas de ditames e dispositivos harmoniosos entre si. Executara sozinho um extraordinário trabalho de equipe, exibindo vasto domínio do direito privado, sem nenhuma ajuda ou assessoramento para enfrentar tão grande desafio. O jurista Pontes de Miranda condensaria, numa coleção de quase sessenta volumes, a interpretação doutrinária do então novo estatuto civil ainda hoje influente nos institutos do diploma civil em vigor. Promulgado em 1916, esse monumental compêndio resistiu ao tempo, perpassando todas as décadas do século passado, sempre enaltecido pelos maiores exegetas e doutrinadores do direito civil em todo o mundo, por sua clareza, riqueza e precisão conceitual, poder de síntese e técnica jurídica. Reproduzido parcialmente pelo atual Código Civil, em centenas de dispositivos, permanece, portanto, ainda vivo como fonte inexaurível de direito, vivo e imortal como toda obra de gênio! 29/09/2014 A Formidável tese de Agassiz Almeida Ninguém ousaria produzir e publicar uma obra tão profunda e, decerto, isolada no gênero do ensaio histórico-científico, por sua febricitante intelecção e inusitada temática, sem amealhar a indimensível erudição de um Agassiz Almeida, somente vista, na atualidade, em raríssimas individualidades do excelso pensamento especulativo. Sinceramente, custa a crer como um humanista de sua geração, comprometido principalmente com a narrativa do martirologio político resultante de duas décadas de regime militar, no governo brasileiro, refoge do lôbrego memorialismo e se confina a elaborar, anos a fio, uma tese verdadeiramente revolucionária, bombástica e literalmente inédita no terreno abissal da genetriz cósmica e do próprio fenômeno da vida. Sobremaneira quando suscita, destemida e decididamente, no impressionante empreendimento, a queda de um dos mais cingidos vultos da ciência genética e ontológica do alto do pedestal onde há séculos encarapitado fustiga a imaginação humana sobre o misterioso princípio do universo e de todas as criaturas, com sua famosa e burlesca concepção evolutiva das espécies. É surpreendente como o ensaísta paraibano – um dos maiores intelectuais brasileiros – numa linguagem culta e inteligível, à luz de extraordinário senso investigativo e enciclopédicos saberes, vislumbra o sub-reptício patrocínio do império britânico à histórica viagem de Charles Darwin pela América do Sul, com o dissimulado interesse de, mais tarde, solapar as riquezas naturais descobertas no Novo Mundo e assinaladas numa carta geográfica pelo astuto “naturalista”. Com esse tom desmistifica o sortilégio de “Origem das espécies pela seleção natural”, com que intentara provar o servil inglês a evolução dos seres vivos a partir de ancestrais comuns com outros grupos do reino animal, a exemplo do homem, nessa esteira descendente do chimpanzé(!), tudo, entretanto a disfarçar os propósitos da expedição náutica, inclusive aos mananciais litorâneos do Brasil. Desmascarada a farsa incursiona com fluente coerência científica e filosófica ao cerne da complexa matéria, culminando com a dialética de suas maiores doutrinas, até propriamente encontrar uma “organização inteligente”, na qual reconhece a primitiva capacidade criadora da vida e do grandioso, dinamogênico e imutável sistema que lhe assegura a perpetuidade. verbal e argumentativa fincada numa originalíssima e irrecusável formulação, própria das grandes e geniais mudanças ideológicas da história. 15/09/2014 A letra do nosso Hino Apesar de acender o orgulho pátrio sempre que entra em jogo os interesses e valores brasileiros, como um dos símbolos da nacionalidade, em competições esportivas ou quaisquer eventos internacionais, é notória e reconhecidamente medíocre a letra do hino nacional. Desde sua oficialização, em 1922, o mais significativo louvor em honra da nação tem merecidamente suportado as mais severas críticas, notadamente pelo gongorismo e pieguice dos versos enfronhados na bela e vibrante melodia de Francisco Manoel da Silva. Em que pese o esforço não exibiu o autor, o escritor e professor Osório Duque Estrada, o esmero esperado de um poeta à altura da histórica missão, derramando-se em expressões incoerentes, exageradamente afetadas e, vezes, de ridícula semântica, inobstante as lembradas belezas naturais de nosso país e o heroísmo de seu povo. Pelo menos a mais fraca viga da poesia cívica, o verso “deitado eternamente em berço esplêndido”, há décadas vem sendo objeto da discutível mudança. Nenhum patriota esclarecido e de bom senso jamais aceitou essa imagem de um Brasil dorminhoco, num berço tão esplêndido quanto improfícuo, em cujo estrado jazem as nossas riquezas! E como aceitá-la, em pleno século XXI, quando o gigante desperta insone aos clarões da ciência, da economia, das artes e do desenvolvimento social e dá provas concretas de ter acordado definitivamente a buscar o tempo perdido sob o acalanto da inépcia e da demagogia? Ora, a bem da verdade, a terra onde os “bosques têm mais vida” e os “risonhos, lindos campos têm mais flores”, passou da era das panacéias discursivas e das louvações que nunca encheram barriga e nada contribuíram para enfrentar os graves desafios do povo brasileiro. Urge, dessa feita, substituir definitivamente toda a letra do nosso hino por um belo, realista e atualizado poema patrício, condizente com a tocante música original, porém com referências mais sinceras e aceitáveis sobre nossos feitos, lindezas e primazias mundiais. 04/09/2014 A erudição de Luiz Nunes e a poesia de Severino Sertanejo Uma das altas expressões da erudição paraibana o professor de Finanças, ex-secretario de estado, ex-Conselheiro e Acadêmico Luiz Nunes, usando o prosaico cognome de Severino Sertanejo, construiu, AO Longo da Carreira Literária, a Mais Interessante e Admirável Obra cordelista das Nossas letras, nos ultimos tempos. Localidade: Não E Fácil trazer AOS Meios cultos e Acadêmicos e MESMO à Preferência fazer Leitor urbano, Hoje aliciado pelas desconcertantes INFORMAÇÕES da internet e de To Us Link Canais Informativos da Modernidade, a Linguagem ea verve popular, cultivadas Pela literatura sertaneja de cordel, SEM Que tenha o autor, a despeito de TODO o talento, a telúrica Percepção ea profunda sensibilidade de Quem Realmente nasceu e viveu NAS buliçosas entranhas do Sertão. Antes de ascender ÀS culminâncias da Bem sucedida e Meritoria Vida Pública, FOI Nos Pagos natais de SUA nostálgica Água Branca Onde, Testemunha sensivel, conheceu Luiz Nunes dramas OS, Lendas, tragédias e fantasias da gente forte that alude o imortal Euclides e da quali se fez intérprete Autorizado fazer Seu dialeto e de Seu Mais pulsante Sentimento atávico. Era, entao, o Severino Sertanejo das Futuras e fulgurantes Páginas da poesia popular, do Texto Poético desembaraçado, imaginativo, Cheio de irreverência e bom humor, da estrênua Pesquisa e da notável Narrativa SOBRE Vultos e acontecimentos Históricos e Sociais, Onde se Percebe uma rara Simbiose da oralidade Ordinária fazer interiorano despretensioso com o pelo substrato cultural de Um verdadeiro e versátil estudioso, nos Primeiros e oníricos contatos com o torrão natal, a experimentar OS Impulsos da Inteligência Artística promissora. Na Verdade Seu Trabalho versifico, apesar da modéstia do autor, verdadeiramente surpreende OS Círculos letrados fazer país, sobremaneira Pela Ressurreição da prosódia peculiares e Algo de esotérico de da Região Nordestina, Terra Mãe de incomparáveis ​​gênios das Artes e das Ciências, COM uma Visão das encontra em Coisas do Mundo soluçar Perspectivas Mais Próximas da Criatura Humana e de SUA contundente Realidade. Com ESSE Teor Distinguido o poeta e trovador los Livros aclamados Como A História da Paraíba los verso, Inácio da Catingueira - o Gênio escravo, Napoleão - amor e guerra EO récente Juscelino - Vida e Obra em versos , Entre To Us Link, logrou mostrar UMA irrecusável e Semelhante grandeza com a literatura los prosa de Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, e Luís da Câmara Cascudo, nada Ficando um Dever, POR Outro Lado, AO lirismo matuto de Catulo da Paixão Cearense. E com o ressalte, Único nenhum país, de abordar Temas e Personagens Universais soluçar o visório da Cultura Popular e com a Linguagem peculiar fazer cordel, num Surpreendente Desafio a hum acurado Estudo da antropossociologia brasileira. 25/08/2014 As fantásticas previsões e o suposto plágio de H.G.Wells Um dos mais notáveis nomes da literatura, no gênero da ficção científica, H.G.Wells produziu dezenas de romances futuristas, com fascinantes e inequívocas previsões e nem mesmo uma rumorosa suspeição de plágio denegriu sua reputação de grande e imaginoso escritor. Conhecido universalmente, desde meados do século XX, como “o homem que inventou o amanhã”, por mostrar nos mirabolantes enredos, com repercussão por todo o mundo, uma inusitada antevisão de vindouros acontecimentos políticos, científicos e belicosos, não conquistou o inglês Herbert George Wells o merecido lugar na história da literatura sem permear uma trajetória pontilhada de surpreendentes dissabores. Somente depois da intensa divulgação internacional de seus temas singulares definiu a arte literária didaticamente os traços do empolgante gênero ficcional, verdadeiramente inaugurado com “A máquina do tempo”, em 1895, em cujas páginas antecipa Wells os mais arrojados e inimagináveis avanços, experimentados pela civilização hodierna décadas depois, inspirando ficcionistas do naipe de George Orwell, Aldous Huxley e Osvald Spengler. Dentre as inúmeras profecias esse Nostradamus da modernidade vislumbra o advento da guerra nuclear (foi ele quem primeiro usou o termo “bomba atômica”), da manipulação genética, do aparelho do ar-condicionado, da televisão, dos gravadores, dos aviões em combates aéreos, além de vaticinar, com absoluta precisão, o início e o fim da segunda guerra mundial. Dos impressionantes prognósticos ainda não se realizou, por óbvia intempestividade, a assombrosa extinção da espécie humana num período de mil anos, numa hecatombe mundial, e seu retorno ao estágio primitivo das cavernas. Contudo em 1925 viu-se Wells emaranhado num escandaloso processo de plágio, movido pela escritora canadense Florence Deeks sob a acusação de haver furtado os manuscritos de um de seus livros e com esse material praticamente copiado, com poucos retoques, toda a célebre “História Universal”. Teria a improbidade ocorrido por desídia de uma editora onde se achavam abandonados os ditos originais, a mesma pela qual publicara o escritor a sua obra, tal a semelhança entre ambas, nos diversos aspectos do contexto narrativo. Traduzido em diversas línguas e já glorioso ícone da moderna romanceria, embora tendo suportado a lassidão judicial de anos a fio, nenhum dos juízes da Suprema Corte americana se convencera da alegada desfaçatez mantendo-lhe a autoria do famoso compêndio e o renome endeusado por milhões e milhões de leitores. 16/08/2014 As contradições de Jean Paul Sartre Notabilizado por sua filosofia existencialista Jean Paul Sartre tornou-se um dos pensadores e romancistas mais influentes do intelectualismo europeu, na segunda metade do século XX, revelando, entretanto, no final da vida, uma gritante e inesperada contradição com os princípios outrora defendidos. Reverenciado como herói nacional o feioso e falastrão filósofo francês, de envolvente dialética, pouco antes da grande honraria fora alvo da ira popular ao ultrajar a sociedade burguesa, incitando, publicamente, à deserção os soldados de seu país aquartelados na Argélia. Indagado por que não mandara encarcerar aquele agitador, respondera sereno, o emblemático presidente De Gaulle: “Não se manda prender Voltaire”, denotando, com isso o quanto, mesmo assim, era respeitado o famoso escritor na sua pátria. Durante a Segunda Guerra Mundial, tendo trabalhado como meteorologista do exército francês, terminou Sartre capturado pelos alemães e, levado a um campo de prisioneiros, ali surpreendentemente encontrou um ambiente receptivo aos seus dramas e divagações, somente retomando a liberdade depois de convencer as autoridades de sua parcial cegueira, quando então logrou regressar a Paris, indo ministrar literatura numa confortável cadeira de professor universitário. Entrementes, foi sob a atmosfera do jugo nazista que produziu o discutido tratado existencialista “O ser e o nada”, inspirado em Heidegger e Kierkeggard, tendo logo depois se filiado, por mero oportunismo, à chamada Resistência Francesa, em cujas fileiras, notadamente, pouco ou em nada contribuíra para a expulsão dos invasores. Porta voz dos movimentos socialistas do terceiro mundo fez-se membro do partido comunista francês até se rebelar com o livro “As mãos sujas”. Idoso, alquebrado pela doença e pressentindo a morte, renegaria, literalmente, toda a lógica filosófica do “existencialismo”, inclusive a força metafísica da matéria como significado da origem de todos os seres e coisas existentes. Repensando seu ateísmo findou confessando, enfim, numa entrevista amplamente divulgada em 1980, a mudança de opinião sobre a existência de Deus. “Não sinto que sou produto do acaso, originário de um grão de poeira no universo”, admitiu, “mas alguém criado por um ente vivo, onipotente e voluntarioso”. Irresignada com a surpreendente reviravolta a ex-companheira e também escritora Simone de Beauvoir apressou-se em repudiar a bombástica retratação chamando-a de “ato senil de um vira-casaca”. Com a casaca suficientemente virada morreu o polêmico filósofo, meses depois, sendo, não obstante, por seu pranteado funeral decretado luto nacional na França de ídolos e ídolos. 07/08/2014 Salinger - A bizarra solidão de um consagrado Aclamado como um dos autores mais lidos em todo o mundo, nos últimos tempos, com apenas três livros publicados Jerome David Salinger saiu de cena, isolando-se completamente, no esconderijo de New Hampshire, até o final da vida, a impedir qualquer divulgação a seu respeito e até mesmo a venda milionária de direitos autorais da esplêndida obra. A despeito das críticas acerbas de eminências literárias suportadas, nos anos imediatamente seguintes à primeira edição, em 1951, o mais famoso livro do misantropo e bisonho escritor americano aos poucos atingiu imprevisto sucesso, traduzido a dezenas de idiomas, com ciclópicas e sucessivas tiragens por todos os continentes. A impactante surpresa, tão grande o gosto pela trama de “O apanhador no campo de centeio”, teria incutido no romancista, certamente ainda cético da magnitude de sua criação, o incorrigível receio de nunca mais produzir algo de mesma dimensão, equiparável ao estrondoso êxito inaugural. Na verdade a leitura do célebre romance, onde o próprio Salinger, transfigurado no personagem principal, enseja uma vingança quixotesca e retórica contra todos os que o fizeram se sentir alijado da sociedade, prende e arrebata, despertando um voraz interesse pelo desfecho da narrativa, até a última página. É bem possível que a febre avassaladora disseminada ao público leitor, tal como acontecera com aficionados de “Os sofrimentos do jovem Werther”, do grande e eterno Goethe, contenha o vírus alucinatório causador da onda de suicídios na Europa do século XVIII e oriundo do látego entre o desejo de uma vida intensa e livre, como a experimentada por Holden Caufield no campo da colheita, e um mundo citadino com suas agressivas e sufocantes regras sociais, destruidoras de sonhos e quimeras, afinal os verdadeiros amálgamas da felicidade. Continuando a vender milhões de exemplares por ano, em todas as regiões civilizadas do planeta, “O apanhador no campo de centeio” permanece a inspirar leitores angustiados, tornando-se, numa irônica reviravolta dos postulados originais, o guia mágico de depressivos solitários, melancólicos, psicopatas e até virtuais criminosos, como Mark Chapman, autor do assassinato de John Lennon, segundo o qual perpetrado sob a inspiração da polêmica novela. Sem jamais haver confessado os íntimos motivos da súbita aversão social e da irrevogável reclusão, rabugento, indisponível e inabordável o célebre escritor retirado – um dos maiores da literatura americana, em meio à insólita guinada da vida pessoal, segundo o relato da filha Margaret, continuara, entretanto, a escrever, dia e noite sem parar, até morrer, aos 91 anos, em 2010, deixando um sem número de manuscritos inéditos, expressamente proibidos à divulgação porque “tal atitude representaria terrível invasão” à sua privacidade e ao legado de suas memórias. 02/08/2014 O dicionário filosófico de Órris Soares Há quase cem anos mergulhado na penumbra de um inaceitável esquecimento o paraibano Órris Soares, incentivado pelo Instituto Nacional do Livro do Rio de Janeiro, elaborou um completo e incrível dicionário de filosofia, provavelmente o único do gênero, escrito em língua portuguesa e de todo o mundo ocidental. No seu tempo, mais notabilizado por ter prefaciado a segunda edição do “Eu” de Augusto dos Anjos e, com seu irmão Oscar, fundado o jornal “O Norte”, esse erudito e notável escritor, nascido na capital da Paraíba, depois de servir ao governo do tio, Camilo de Holanda, como Secretário Geral, em 1926, emigrou definitivamente ao Rio, então capital da República, onde, celibatário, adotou uma vida de anacoreta convicto, dedicado exclusivamente à copiosa atividade intelectual. Numa época de crepitante especulação filosófica ninguém melhor exerceu, neste vasto país de pensadores diletantes, mais, profunda e obstinadamente, a mineração nos segredos da ciência ontológica, desde a borbulhante fonte socrática até o hodierno existencialismo de Sartre e Camus e, somente com tal bagagem, sopesada no auge da maturidade, se lançara, decididamente, a organizar a oceânica empreitada. Com dez volumes compactos, enfeixando metodicamente e por ordem alfabética o significado de cada verbete relacionado, todos com original contribuição e sua marca personalíssima, a tarefa resultou numa indiscutível obra prima sobre a matéria, um espantoso glossário, segundo cultores da filosofia, de transcendente saber, até mais detalhado e opulento do que o próprio Lelande, publicado posteriormente na Europa. Entretanto, editados os três primeiros tomos com aplausos de luminares pátrios do pensamento e dos meios culturais brasileiros a tiragem do grande e inigualável projeto terminou, inexplicável e surpreendentemente trancada até hoje, privando o culturalismo mundial da extraordinária enteléquia brasileira, num dos mais complexos campos do conhecimento. Da mágoa dessa interrupção morreu, acabrunhado e totalmente deprimido, no Rio de Janeiro, onde fora sepultado sem quase nenhum acompanhamento, o estupendo humanista, autor de inúmeras outras obras, inclusive romances e peças teatrais, sobretudo porque tendo confiado no compromisso da impressão oficial pelo Instituto Nacional do Livro recusara a oferta de uma editora privada que lhe quis comprar os direitos autorais, como tudo fidedignamente narra o burlesco episódio o escritor e crítico literário Augusto Frederico Schimidt, testemunha irresignada de todo o acontecido, no seu livro de memórias. 27/07/2014 Mona Lisa o amor platônico de da Vinci Ainda permanece em intrigante mistério, apesar de muitas conjecturas ao longo de cinco séculos, toda a história do quadro mais famoso da arte pictórica, principalmente pela enigmática expressão facial e o riso triste do rosto feminino modelado. Estaria seu portentoso autor enamorado da graciosa Gioconda ao resolver colocá-la sob a mira do pincel enfeitiçado? Era ela uma mulher trivial ou, pelo contrário, complicada, sutil e profunda como aparenta na tela? Inúmeras são as indagações acerca do mais célebre e incompreendido sorriso da história humana e sobre o próprio Da Vinci, seu criador e, nomeadamente, o maior e mais admirável gênio de todos os tempos em relação à clássica obra-prima – uma apenas dentre as múltiplas vertentes de sua fecunda criação. Das biografias sobre o prodigioso italiano resulta uma infinidade de contradições e mesmo diante de uma vida envolta por mistérios insondáveis, afirmam alguns biógrafos que nos cinco anos dedicados à pintura polêmica nutrira o artista, sem jamais o revelar, ardente e platônico amor por Mona Lisa, algo limitado aos seus loucos e inquietantes devaneios. Tanto tempo, de fato, expendido numa obra por um pintor de tal magnitude faz realmente pensar numa empatia romântica entre ambos, mas a suspicácia, contudo, se mostra inverossímil porque, além de desinteressado em relações afetivas com o sexo oposto, jamais tivera Da Vinci oportunidade de vê-la a sós, nas dependências de sua oficina, a todo tempo freqüentada por amigos, discípulos e até músicos incumbidos de aliviar a fatigante postura voluntária da modelo. Percebendo que se aproximava o término do caprichoso empreendimento não conseguira Mona Lisa evitar o reflexo da infinita tristeza, esboçada no sorriso tímido e incompatível com as pretensões artísticas do mestre, oferecendo-lhe, segundo respeitáveis memorialistas, uma imagem dissimulada e um tanto desiludida pela paixão insatisfeita e o amor não correspondido, fixada assim num momento ímpar da arte para toda a posteridade. Decidira, portanto, esquecer a angustiante frustração, com uma viagem definitiva à Calábria, de onde jamais voltaria indo ao estúdio a que tanto comparecera se despedir, sob o olhar saudoso de Leonardo, lançado ao seu vulto entre as sombras do entardecer. Era o último encontro de um amor impossível de acontecer senão em sonhos e mesmo assim jamais confessado, levando a Gioconda consigo sozinha, no mais secreto recôndito da alma, a pungente causa do interessante e eterno enigma. 18/07/2014 Em busca de Marcel Proust no tempo reencontrado Excessivamente mundano nos salões parisienses da chamada belle é poque e, portanto, nunca seriamente compreendido pelos contemporâneos, a certa altura da vida Marcel Proust se recolhera a uma monástica solidão até morrer, apenas dedicado à enorme tarefa que lhe converteu numa das glórias da literatura mundial. Na época de luxúria e diversão todo o fermento intelectual do postumamente celebrado autor de “Em busca do tempo perdido” se limitara a crônicas frívolas, em Le Fígaro, sobre o ambiente festivo e sofisticado da “Cidade Luz” em que, alegre e prazerosamente, transitava e onde desfilavam vaidosos socialites, músicos, políticos e potentados da elite francesa, com suas intrigas e habituais mexericos – desejosos cabotinos do elogio gracioso. Era então um confesso e pedante deslumbrado a comprometer seu talento com referências amáveis e lisonjeiras a figurões de uma aristocracia hipócrita e decadente, mais tarde ironizados, na ciranda da memória, como caricaturas da monumental obra que suplantaria o molde da romanceira francesa de fins do século XIX, produzida por conterrâneos do cerne de Victor Hugo, Stendhal, Flaubert e Émile Zola. Não seria propriamente um único romance a inovadora criação, mas uma cordilheira ou cadeia de enredos, com sete volumes, intimamente ligados pelo fluxo e refluxo evocativo de um narrador falando na terceira pessoa e, no entanto, interessado em recuperar o tempo desgastado com tantas e tão improfícuas banalidades. O tempo da juventude vã do Proust sempre de flor à lapela, ostensivamente esnobe, com obsessivas preocupações de elegância e exageradamente presunçoso, almejando a todo custo ser recebido e bajulado pela grã-finagem convivente. Nas páginas transcendentes, ao revés do estilo fútil do passado, uma completa reviravolta espelhando a necessidade premente de encontrar o escritor o sentido profundo da vida e de seus sublimes valores, o lado verdadeiramente humano da aventura existencial, tão desprezado na fase estéril de sua atribulada existência, o que, afinal, lhe consagraria entre os maiores nomes da arte literária de todos os tempos. Misantropo e solitário, com pouco mais de cinqüenta anos, morando num apartamento longe do medíocre burburinho social de outrora sofria de súbitas crises de asma, enquanto se ocupava inteiramente esquecido do mundo exterior, numa veleidade da consciente capacidade criadora, a escrever anos a fio, a fulgurante obra prima que a si próprio parecia interminável. Doente e assim recluso no final da vida, um dia ao colocar a palavra fim na última lauda de seus manuscritos suspirou aliviado exclamando: “Felizmente! Agora já posso morrer...” 05/07/2014 O fascínio do poder Desde o passado mais remoto o poder exerce tão arraigado fascínio sobre a natureza do homem que se desconhece, em personagens como Hitler, Stalin e Mao Tsé Tung os limites da sanha pelo seu alcance e domínio a qualquer custo, inclusive com a tortura e o sacrifício inocente de milhões de seres humanos. Por sua conquista e preservação, nos mais diferentes regimes políticos, de todo o mundo, tal como ressuma das páginas ensanguentadas da historia, não se quedaram receosos, nem um pouco, líderes, estadistas e guerreiros gloriosos ante a possível perda da própria vida, por assassinatos brutais ou pelo infando gesto do suicídio. Tão grade é o desvario ao encalço do posto todo poderoso que até na família, a desmedida ambição além de garantir a sucessão ao trono nas monarquias, o comando ditatorial nas ditaduras e na democracia a presidência do país a membros de oligarquias, também traz a cizânia, a ponto de filho desconhecer pai e irmão conspirar contra irmão, conforme o episódio da insurreição português pelo qual o nosso D. Pedro I, de regresso ao reino lusitano, destronara D. Miguel, numa luta fratricida por seus direitos sucessórios de primogenitura. À luz de um cotejo historiográfico os faraós, os imperadores romanos e os czares, na plenitude da tirânica soberania, em nada eram diferentes de dirigentes golpistas da marca de Tito, Benito Mussolini, Saddan Hussein e Hugo Chavez, todos, em maior ou menor grau, senhores da vida e da morte, picados pela mosca do mais nefasto e odioso autoritarismo. Na França, enfermo, François Mitterrand mandou sozinho quase uma década, enquanto a Rainha Elizabeth II, octogenária, nem de longe fala em sucessão. Fidel Castro só entregou as rédeas de sua esquipática ditadura socialista ao irmão Raul devido a incapacitante enfermidade, mas continua a expedir suas ordens. Nem o nosso Pedro II, cuja confessada vocação pessoal se limitava a uma cátedra de professor, abdicara do longo reinado de meio século, embora delegando a ministros o verdadeiro controle do império. Inobstante, incentivado pelo apóstolo Pedro a liderar uma revolução contra o império romano, na província da Judéia, onde pregava às multidões, Jesus não manifestou o mínimo interesse pelo poderio terreno – afinal tão fugaz quanto a própria existência, ensinando, diferentemente, que o seu reino não era deste mundo! 11/06/2014 Ridalvo Costa - um juiz para entrar na historia Ao longo de toda sua honrada judicatura manteve Ridalvo Costa, entre outras notáveis qualidades, a espontânea simplicidade com que, por décadas, prolatando sentenças, se consagrou, à voz unânime do jurisdicionado e dos meios forenses, como um dos maiores julgadores brasileiros de todos os tempos. Bem humorado e desprovido de frívolas cerimônias, o ilustre paraibano adotivo, proveniente de Caicó do vizinho Rio Grande do Norte, nascido numa família de bem sucedidos homens públicos, depois de incursionar brevemente pela política e advocacia, na terra natal, decidira, jovem ainda, enveredar pela magistratura, onde, afinal, encontrou o vocacionado destino, preservando então na ascendente carreira o conhecido e admirado estilo, nunca desvirtuado pela importância de altas posições. Investido, portanto, na egrégia função, em meados da década de sessenta, na longínqua Rondônia, cedo e merecidamente, logrou voltar ao seu Nordeste, se radicando na capital paraibana, próximo dos pagos de origem, em cujo Fórum Federal titular da Vara Única, com reputado saber, sozinho instruíra e julgara, sem a mínima leniência, milhares e milhares de processos da iniciante jurisdição. Sensato e justo, ao arrojo de marcantes décadas, judicou sobre os mais diferentes litígios e direitos de todo o ordenamento jurídico, lapidando as singularidades do cargo com o toque da personalidade carismática e do cabedal profundo, notoriamente interessado numa excelente e funcional prestação da tutela judicial e, mais tarde, diretor do Fórum, no aprimoramento orgânico da Justiça Federal, ainda recente no Brasil. Magnânimo e gentil no diálogo com as partes e seus patronos, respeitado na audiência até por rudes testemunhas, inaugurou um novo e admirável perfil de julgador, com visão mais íntima e compreensiva da realidade humana, contrária ao anacronismo da rigidez legal e dos ritos processuais, contribuindo nesse e noutros aspectos, com decisões inovadoras e, reconhecidamente, antológicas ao alcance dinâmico e reformador da jurisprudência pátria, como a proferida na questão dos náufragos da lagoa do Parque Solon de Lucena, em 1975, desfavorável à União, que se tornou lição indelével sobre a responsabilidade civil objetiva e indenizatória das pessoas jurídicas de direito público. Alçado a desembargador no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, foi seu decano e primeiro presidente, conservando intocado o sublime caráter, a independência judicante e a desconcertante naturalidade, a mesma da velha e rotineira caminhada matinal e do papo solto e descontraído entre amigos, própria de todo sábio e elevado espírito, até enfrentar, sem o peso das virtuais mudanças da vida, a honrosa e meritória aposentadoria, deixando às gerações presentes e futuras, mais do que um nome no frontispício do Fórum, a biografia diferente de um juiz para, verdadeiramente, entrar na história! 03/06/2014 Policarpo Quaresma e o triste fim de Lima Barreto Vítima do infamante preconceito de cor e da paupérrima condição social até a morte, o mulato Lima Barreto perambulava bêbado pelos bares e botequins cariocas, abatido pela discriminação das elites intelectuais e da própria Academia Brasileira de Letras, que não lhe admitira, com desdém por uma obra antológica e imortalizada pelo tempo. Corajosamente avesso aos padrões estilísticos da época, numa linguagem coloquial e impregnada de expressões populares do “português brasileiro”, com menos de quarenta anos e uma fisionomia velha e desiludida, resultante do inveterado alcoolismo, o autor de “Triste fim de Policarpo Quaresma”, já havia produzido uma quinzena de livros notáveis, com o mesmo brilho e a portentosa imaginação dos europeus Honoré de Balzac, Stendhal e Anatole France, notadamente influentes no seu prosaísmo. Além de retratar, quase sempre, o drama de suas amarguras e ressentimentos íntimos, com fortes traços autobiográficos em ficções como a reportada e “Recordações do escrivão Isaias Caminha”, no formidável acervo, promovera uma velada e solidária campanha contra as barreiras sociais do racismo e o desprezo ao proletariado de pele negra e mestiça. Num Brasil ainda convalescente de preconceitos, uma luta praticamente solitária, em defesa do pobre e do miserável, encarnados em personagens suburbanos das feiras livres e dos trens lotados, então completamente esquecidos pelos poderes públicos, numa verdadeira crônica dos costumes e eventos do Rio antigo somente avaliada, tempos depois, como valoroso e indispensável documento de nossa realidade pós escravagista. Estereótipo do talento frustrado, os livros inovadores do funcionário público relapso e morador da vila Quilombo, certamente, desagradavam medalhões da romanceria acadêmica – o oficialismo cultural, onde pontificavam, entre outros, Machado, Raimundo Correia, Graça Aranha, Coelho Neto e Bilac, cultores da erudição lusitana e antípodas de sua vida escandalosa, irreverente e malfadada. Trafegando, portanto, na contramão do intelectualismo burguês tornou-se irremediavelmente marginalizado e de tanto se deparar com portas fechadas ao merecimento encontrou na bebedeira contumaz a terrível válvula de escape que, afinal lhe conduziria a lancinantes internamentos por alienação mental e a inevitáveis quedas, maltrapilho e malcheiroso, na sarjeta imunda, reduzido a mísero derrelito, até morrer no calabouço do vício, aos 41 anos. Esse o triste fim do extraordinariamente grande Afonso Henriques de Lima Barreto, somente não comparável ao de Quaresma do seu romance imortal, porque fora sepultado por numerosa multidão de humildes admiradores, sem ilustres sobrenomes, numa homenagem, pelo menos na morte, que nunca recebera em vida! 29/05/2014 A lealdade e o incrível caráter de Carlos Gomes Interiorano de origem humilde, marcado desde a infância, por uma vida cheia de desgostos afetivos e aperturas materiais, a despeito do fulgurante talento musical não teria Carlos Gomes chegado a tamanho estrelato sem a proteção benfazeja de um ilustre brasileiro – o imperador D. Pedro II. Notório mecenas, apaixonado pela cultura e pelas artes, interessava-se o soberano pela descoberta de novos e promissores valores, nos diversos campos da criação artística, entre brasileiros cujos reconhecidos pendores, com seu influente respaldo, elevassem, mais e mais, o nome e a imagem do Brasil, fora do país. Impressionados com o então desconhecido compositor, amigos e admiradores, com trânsito na Corte, principalmente a Condessa de Barral, se devotaram a lhe aproximar do monarca e dos favores da realeza, com os quais, de anônimo idealizador de marchinhas se tornaria o aclamado maestro de glamorosos concertos, freneticamente aplaudidos na Europa, nos Estados Unidos e ao derredor de todo o mundo, como nenhum outro de seu tempo. A cada ópera exibida, com originais composições, em teatros ou a céu aberto, despontava a peregrina quintessência da vocação, ante os gritos de bravo e de bis, entre ruidosos aplausos. Assim fora, espontânea e apoteoticamente, saudada “A última hora do calvário”, “A noite do castelo” e o triunfalmente consagrado “O guarani”, tendo a seu respeito exclamado o experiente Verdi: “este moço começa por onde eu termino”. Apesar do sucesso e da fama nunca se libertara o artista das dificuldades financeiras decorrentes de seu ingênuo desinteresse pela riqueza e até pelos lucros da grandiosa produção, se limitando a viver modestamente com parca pensão do governo imperial, concedida por interferência de Pedro II, junto ao Poder Legislativo e com a qual se mantivera até o final da vida. Proclamada a República no Brasil e banido ao exílio o imperador e toda a família, Carlos Gomes não só recebeu, no estrangeiro, a triste notícia, como, inesperadamente, um convite para compor o hino oficial do novo regime, tendo a Comissão de emissários oferecido à sua disposição alta quantia a guisa de pagamento adiantado, exatamente quando, cheio de dívidas, necessitava, imensamente, do numerário. Contudo, não vacilou, renunciando à histórica e providencial distinção, com sublime espírito: - Não, não posso! Seria aceitar o eterno castigo de me ver sempre manchado pela ingratidão!! – declarou com dignidade ímpar e decidida expressão de um raro caráter, pensando no saudoso benfeitor degredado, a quem tantos e tão grandes favores devia! 07/05/2014 A obra eterna de Kafka Um dos maiores escritores do século XX, autor de obras lidas e consagradas mundialmente, Franz Kafka não valorizava a própria criação literária, quebrantado, durante toda a existência, por uma incorrigível timidez que, afinal, lhe retirara a consciência do prodigioso talento. Sumamente fecundo e traduzido em todos os idiomas o singular escritor tcheco, nascido na cidade de Praga, numa época de intensas luzes culturais, produziu livros e mais livros, estranhamente originais no domínio da ficção romanesca, sem qualquer comparação, em toda a história da arte literária. Quase todos, exceto “A metamorfose”, foram publicados postumamente, sendo resgatados da destruição a que o autor os havia condenado, por um grande e dedicado amigo e biógrafo, sem cuja iniciativa salvadora teria desaparecido completamente todo o bizarro e glorioso patrimônio imaterial do povo tcheco. Foi o interesse e iniciativa de Max Brod, companheiro e compartilhante dos meios intelectuais por ambos freqüentados, intelectual e profundo conhecedor da genial verve e imaginação de Kafka que, contrariando o estapafúrdio desejo autoral levado ao túmulo e, principalmente, inconformado com uma grande e virtual perda artística da humanidade, mandara publicar, às suas expensas e responsabilidade, os notáveis monumentos insculpidos pelo inditoso novelista, reduzidos então a manuscritos sentenciados às cinzas. Atormentado por toda a vida, seja por insucessos amorosos, seja pelo complexo de inferioridade trazido da infância, seja pela tuberculose que o transformara em hospedeiro de muitos sanatórios, terminou morrendo solitariamente antes de completar quarenta e um anos, assistido, unicamente, pelo fiel amigo Brod, sem jamais imaginar a futura e impressionante popularidade de seu nome e de seus romances. De tal sorte e somente por um meio acidental deu-lhe o destino, depois da morte, a impensável celebridade, decorrente do conhecimento pelo mundo de preciosidades como “O Processo”, “O Castelo” e “Carta ao Pai”, num verdadeiro e irônico paradoxo ao ingênito pessimismo e incredulidade que sempre, curiosamente, dispensara às suas extraordinárias criações. Tanta baixa estima e inquietude teriam resultado, segundo seu magistral memorialista, de insanáveis traumas, causados no verdor dos anos, pela excessivamente severa e tirânica educação paterna de influencia malsã, numa personalidade reservada e submissa, inteiramente frágil e até ingênua do ponto de vista prático, para enfrentar a vida com sua agressiva e enorme complexidade. 30/04/2014 'A agonia de Cristo' e o crime do artista genial Considerado, ao longo dos séculos, como um dos grandes mestres da pintura sulamericana o equatoriano Miguel de Santiago foi tocado, em dado momento da vida, pelo ardente e obsessivo desejo de pintar a agonia de Cristo, durante seu calvário na cruz, segundo o relato bíblico. Muitas vezes pôs mãos à obra, intentando traçar a feição angustiada do “salvador”, sem que a imagem produzida lhe satisfizesse completamente, sobremaneira, a justificar, já no seu tempo, a reputação de exímio e genial artista. Infatigável, procurava, a todo custo e modo, a inspiração de fazê-la, irretocavelmente, até que um dia descobriu, entre seus discípulos, um apolíneo e formoso jovem, de pele branca e cabelos nazarenos, a que julgara o perfeito modelo da pretendida criação. Induziu-o, então, a trajar-se conforme as supostas vestes de Jesus, colocando-o na posição adequada ao seu visório, isto é, preso numa cruz vertical de madeira. No entanto, ao revés de exprimir qualquer tormento, o jovem, de índole paciente e blandiciosa, sorria ingênua e docemente, com o fito de agradar o respeitado, porém rabugento e irritadiço pintor, levando-o, assim, à conclusão de não servir o aluno solícito aos propósitos da imaginada tela, por mais que lhe sugerisse a necessária expressão de sofrimento facial. Irado e movido pela conhecida têmpera violenta, friamente, sem nenhuma cautela, traspassou com uma lança as costas do modelo, infelizmente, atado ao madeiro, de modo a provocar uma intensa dor no rosto juvenil, seguida de convulsões mortais. No doloroso instante da inopinada agressão o moribundo bradava e se retorcia inutilmente, porque diante de Miguel de Santiago não havia um ser humano a se debater morrendo, porém a representação viva da tremenda e imponderável elucubração artística! Somente quando terminou o quadro sem nada, conscientemente, perceber, sequer ouvir os gritos da cobaia e avaliar as conseqüências do ato desvairado e criminoso, desatou a vítima e, voltando a si, deu conta do horrendo crime praticado, certo de nada mais poder fazer para salvá-la. Desapareceu, então, do atelier, sem mais regressar até o fim dos seus dias, suportando o estigma do delito perpetrado por mero delírio de inspiração, mas, sobretudo, numa manifestação do temperamento impulsivo e incontrolável. Absolvido pela justiça de seu país, tornou-se marcado, triste e empobrecido, carregando na alma a reprovação social dos contemporâneos e da própria consciência que lhe martirizou até a morte, poucos anos depois, em fins do século XVI, com freqüentes e terríveis alucinações. 09/04/2014 Santos Dumont - A glória e as causas do suicídio Primeiro brasileiro de grande repercussão mundial, Santos Dumont viveu toda a plenitude da glória que o invento do avião lhe ofereceu, tendo a fama propagado tanto o seu nome e imagem, principalmente por revistas e jornais europeus, que o típico chapéu panamá de abas largas tornou-se, na época, uma moda internacional. Franzino, pálido e de baixa estatura, tanto pelas atitudes excêntricas e imprevistas, quanto pelas incríveis proezas com que arriscava a própria vida, sobre suas estrambóticas máquinas voadoras, ganhou a popularidade de uma figura mítica, legendária, romanesca, risível mesmo, devido à expressão pré-chapliniana, exibida espontaneamente nos trajes, nos modos e na conduta social. Certo de seu raro talento pôde, todavia, o cientista caricato, com a proverbial modéstia mineira, conciliar a aplaudida genialidade à alma do homem simples e, intimamente, despretensioso, presente a todas as homenagens e cerimônias em seu elogio, sem se deixar empolgar pelos esplendores da celebridade, conquistada depois do salto da ciência moderna, resultante dos seus feitos. Humanista, achava que a ciência e a técnica eram bens coletivos pertencentes ao acervo da humanidade e, como tal, deveriam, universalmente, contribuir para o desenvolvimento cultural de todos os povos, sem uma bandeira nacionalista. Contudo, a despeito da reivindicação dos Estados Unidos sobre o pioneirismo da fantástica e revolucionaria invenção, em prol dos irmãos Wright, quase todos os notáveis aeronautas e entidades do gênero, até hoje, conferem ao nosso “Pai da Aviação” a comprovada primazia e o inconteste mérito, sobretudo com o argumento segundo o qual, os aeroplanos rivais, de fato, contemporâneos, somente eram projetados ao espaço sob o impulso de uma catapulta, enquanto os do prodigioso brasileiro subiam do solo, exclusivamente, com força própria. A civilização francesa, testemunha ocular de suas experiências e de sua inventiva inovadora, foi a primeira a desfazer a controvérsia criada pelos norte-americanos, desde o histórico passeio aéreo do 14-Bis, em 1904, em volta da Torre Eifell, ao entusiasmo e admiração de milhares de parisienses, dando-lhe o nome numa das praças da Cidade Luz, onde também erguera um imponente monumento em sua memória. Espírito sensibilíssimo, de regresso ao Brasil onde voltara a viver, constatou o uso de sua criação como instrumento bélico, pelas notícias vindas da Europa, a partir da primeira guerra mundial. Entrou, assim, o grande e consagrado inventor em profunda misantropia e irreversível depressão psíquica, somente findando a angustia, revelada nas fotos de semblante triste, com o comovente suicídio, perpetrado em 1932, durante a revolução paulista, quando sob os céus da praia de Guarujá, onde se encontrava em descontraído lazer, vislumbrara, pessoalmente, o conflito entre dois aviões bombardeiros de bandeira brasileira, numa inaceitável luta fratricida. 27/03/2014 Alexandre Gusmão - construtor do Brasil continental Vítima do terremoto que abalou a cidade de Lisboa, em 1751, morreu pobre, doente e esquecido o autor do inigualável feito diplomático de nossa historia que incorporou ao mapa do Brasil metade do seu imenso e atual território. Foi o brasileiro Alexandre Gusmão um brilhante historiógrafo e erudito professor da Universidade de Coimbra, respeitado na Corte de D. João V, onde transitava livremente, por seus invulgares saberes de geografia e historia política, o personagem pouco memorado, sem o qual não teriam Portugal e Espanha celebrado o histórico tratado de Madri que mudou o antigo conceito de fronteira, entre as colônias sul-americanas, pertencentes aos dois reinos, duplicando as dimensões de nosso país. Decorridos mais de dois séculos da descoberta do novo mundo, os domínios partilhados entre as duas nações ibéricas, ainda não exibiam limites geográficos definidos, a despeito da previsão de Tordesilhas, firmada trezentos anos antes, cujos termos fixaram os portugueses na costa atlântica e castelhanos, principalmente no lado oriental do novel continente. À luz de profundo conhecimento geopolítico da cartografia colonial e dos tratados e convenções pelos quais as nações procuravam estabelecer seus direitos sobre as terras descobertas e inexploradas, encetou Alexandre Gusmão uma longa e doutrinária luta diplomática para dirimir, definitivamente, a batida controvérsia, o que, finalmente, acontecera a partir da convenção madrilena assinada, solene e festivamente, com a presença dos monarcas envolvidos no litígio. Essa a grande e eterna obra, habilmente construída pelo admirável diplomata, que assegurou meio continente a Portugal e, ao porvir de nossa gente, um dos maiores e mais ricos celeiros do mundo, sobretudo com as novas lindes reconhecidas, inclusive após nossa independência, pela comunidade internacional. Ao formidável êxito se respaldara Gusmão no largo conhecimento sobre a saga dos bandeirantes e desbravadores, o avanço espontâneo dos colonizadores e das missões religiosas por campos inabitados, floresta adentro, erguendo vilas, conventos e fortificações do Amazonas ao Prata. Com tal bagagem e ciente da presença portuguesa por inimagináveis quadrantes, até as proximidades dos Andes, defendera, então, a aplicação ao pacto conciliatório do princípio romano de “uti possidetis”, segundo o qual pertenceriam as áreas questionadas ao país efetivamente imitido na posse, ficando os marcos limítrofes balizados por vizinhos acidentes naturais, como o curso de rios, lagos montes e serras. Ao longo dos tempos seriam corroboradas as novas fronteiras do mapa brasileiro, preservando as bases geográficas e fundamentos jurídicos delineados pelo insigne precursor, cujo nome, no entanto, permanece desconhecido pela maioria dos brasileiros e sequer denomina uma rua ou praça do país que tanto engrandeceu, dando-lhe um invejável tamanho continental. 19/03/2014 A simplicidade Einstein Arredio e desprovido de interesses materiais, ninguém ficou mais surpreso com o repentino dilúvio de fama que recaiu sobre o seu nome, ao redor de todo o mundo, que o próprio Einstein, depois de haver mudado a Ciência, dando-lhe uma nova concepção do universo. Saudoso recordava a época em que, sem alardes nem ostentações, encontrava silêncio e sossego para se aprofundar na apaixonada procura pelo esconderijo último da verdade – a cadência íntima do movimento dos astros e sua relação com o tempo e o espaço. Era notoriamente um tipo diferente, solitário e taciturno, pouco lhe importando, realmente, a reputação de “vencedor de Newton” e de um dos maiores cientistas da história, senão explorar os temas insondáveis que lhe davam asas ao portentoso pensamento especulativo. Não se comprazia com o dinheiro da consagração, tendo inclusive partilhado os valores do prêmio Nobel com a ex-esposa e carentes de casas filantrópicas. Desejando passar o resto da vida apenas a proferir suas aulas ou, tranquilamente, debruçado sobre insólitas investigações científicas, certo dia despertou estarrecido com sua imagem, um tanto irreverente, de língua pra fora, estampada em jornais de todo o planeta. Exasperado, depois de tamanha popularidade, não podia mais fazer o seu costumeiro passeio diário pelas ruas, sem ser abordado por fotógrafos, repórteres e caçadores de autógrafos, enquanto no modesto apartamento de Berlim chegavam todos os dias, pacotes e mais pacotes de cartas, endereçados por gente de todos os lugares, não somente pesquisadores e expoentes, eis que a humanidade lhe convertera no gênio do século. “Agora que se demonstrou, comprovadamente, a exatidão de minha teoria da relatividade”, comentou entre alunos, num singelo e irônico desabafo, “a Alemanha vai proclamar que sou alemão, e a França vai dizer que sou cidadão do mundo. Se se provasse falsidade nas minhas idéias a França diria que sou alemão, e a Alemanha logo me chamaria de judeu”. Certa feita, convidado pela rainha da Bélgica, sem imaginar que um Comitê de recepção da Corte iria esperá-lo na estação de Bruxelas numa pomposa limusine, desceu do trem, com a velha pasta numa das mãos, se dirigindo a pé ao palácio real. Os dignitários reais avistaram então o vulto empoeirado de um caminhante grisalho que vinha pela estrada. - Por que não usou o carro que lhe mandei professor? Indagou a soberana. O homenageado olhou-a com um ingênuo e sincero sorriso. - Foi uma caminhada espontânea e bastante aprazível, majestade! Não pedia limusines nem semelhantes vaidades sua extraordinária viagem pela vida, como a de todo grande e notável homem, verdadeiramente sábio! 06/03/2014 A morte de Antenor Navarro No momento em que se afirmava a vocação de líder e homem público, revelada na conspiração de 1930, sobretudo pela ousadia, visão administrativa e intransigência de princípios éticos e morais, perdeu a vida, aos 32 anos, o paraibano Antenor Navarro, interrompendo uma ascendente e fulgurante carreira de estadista. Noticiado por toda a imprensa brasileira da época, o sinistro que lhe causou o passamento e também fez outras vítimas, sucedeu em abril de 1932, no litoral da Bahia, quando o avião “Savóia Marchetti”, em que viajava com destino ao Rio, então capital da República, onde pleiteava recursos para mitigar os efeitos da seca na Paraíba, tombou subitamente, adernando nas águas do Atlântico, onde restaram sobrevivos, entre outros, o ministro José Américo de Almeida e o escritor Nelson Lustosa Cabral, milagrosamente resgatados do palco da tragédia. “O ânimo forte que expusera o peito às balas, em 1930, teve um momento de fragilidade, ao sentir que ia ser fulminado sem nenhum heroísmo”, descreveria depois, no consabido estilo, o autor de “O ano do nego”, em capítulo intitulado “Um mergulho no abismo”, sobre a reação do companheiro de viagem, no derradeiro instante, evocando o pavor com que arrostou a abrupta e imponderável fatalidade. Sem pertencer a nenhuma estirpe política, nem antes haver se encarreirado pelos cargos eletivos, a indicação do jovem engenheiro, jornalista e esteta de múltipla sensibilidade intelectual, ao governo do seu estado, sem jamais o almejar, fora, notadamente, uma exceção, patrocinada pelo prestigioso general Juarez Távora, comandante nortista do movimento revolucionário, em cujas fileiras se destacara Anthenor, como prócer fardado e combativo, seduzido pelos ideais da Aliança Liberal. Espírito privilegiado e erudito sobressaía na índole carismática e asceta, dócil aos rigores da lei e aos sentimentos de justiça, os arrojos visionários da liderança estratégica e organizada, como sói ocorrer a notáveis dirigentes, deixando na exígua quadra de seu governo um extraordinário legado antecipatório do futuro, em favor do bem comum. Investido na interventoria, não houve setor da administração estadual que não experimentasse o sopro de suas idealizações, a exemplo do aparelhamento e ampliação da rede pública escolar e da malha rodoviária interiorana, os primeiros conjuntos residenciais do antigo Montepio, a edificação do hotel termal-balneário do Brejo das Freiras, o quartel da Polícia Militar do Estado, o Parahyba Palace Hotel, o campo de aviação do estado, a construção do porto de Cabedelo, para navios de grande calado, entre outras relevantes e auspiciosas listadas, minuciosamente, pela professora Glauce Burity, no mais completo ensaio historiográfico já editado acerca do operoso período governamental. Desaparecido no verdor dos anos, seus feitos permanecem inapagáveis, desafiando o irônico destino que, lhe permitindo, muito moço, subir tão alto, contraditoriamente, privou a terra dileta, prematuramente, da inteligência de um dos maiores paraibanos de todos os tempos. 23/02/2014 A poesia de Francisco Gil Messias Além de surpreendente bagagem humanista e literária, aos dezessete anos Francisco Gil Messias já revelava uma capacidade incomum para o exercício da arte poética e, a despeito da notória simplicidade, não lograva esconder ao punhado de companheiros do Liceu, a notável sensibilidade criadora, destacando-se como um dos mais admiráveis talentos de sua geração. Era a década de setenta uma época inteiramente hostil a manifestações intelectuais e artísticas, principalmente da classe estudantil, mas nem por isso se quedou submisso o jovem liceano, poeta e idealista, mostrando, nos rebentos da criação juvenil e nos discursos inflamados dos grêmios colegiais, as ardentias de sua alma transcendente e inquieta. O eloqüente grito de protesto, inconformação e repúdio de sua juventude pura e meritória contra as iniqüidades de uma sociedade hipócrita e estruturalmente corroída pelos mais nefastos e dissimulados interesses, ressoaria incontido por toda a vida, ora nos gestos públicos e pessoais, ora no íntimo da formidável e então inédita construção poética, mais tarde insculpida nos livros intitulados “Olhares – poemas e bissextos” e a “A medida do possível (e outros poemas da Aldeia)”, produzidos no curso de vários e meditativos anos, porém só recentemente divulgados. Leitor intérprete e reflexivo, grande pensador e respeitável guardião do enredo literário, ainda soam nas especulações cerebrinas de Gil Messias a dialética de um Kant e de um Schopenhauer, de um Voltaire e de um Rousseau, o romance comprometido de um Thomas Mann, de um Kafka e um Rilke, mas, sobretudo, os versos tocantes e angustiados de Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Augusto, Fernando Pessoa e Carlos Drummond. Aliás, foi o verso drummondiano que, particularmente, incendiou a consciência versejadora, desatando na alma sensível e introspectiva a vocação lírica e a diletante paixão pelo gênero poético, o verdadeiro instrumento de seu universo pensante. Tal como os do imortal itabirense, os seus poemas sugerem uma inelutável aversão a vaidades e orgulhos frívolos, ao medíocre e dominante interesse pelo “ter”, mas, sobretudo, certo desencanto pela vida, cheia de tormentos e angustias, entre as quais sua imperscrutável e misteriosa finalidade. Traz, portanto, a sua lira a marca de um poeta singular, inconformado, desde os fulgores da juventude audaz, com o dramático fenômeno existencial, uma visão livre e filosófica, cuja publicidade, em livros de alta aceitação, coloca o despretensioso autor entre as mais lúcidas inteligências da nossa intelectualidade. Advogado, escritor e professor a trajetória de Francisco Gil Messias é exemplo ímpar de um sublime ser humano, exclusivamente dedicado aos estudos, ao bem e ao raciocínio profundo, sem olvidar as raras qualidades herdadas pelo berço e pela educação. 30/01/2014 A arte genial de aleijadinho Povoada de lendas e estórias inverossímeis a obra do escultor, entalhador e arquiteto Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho, devido a uma moléstia deformante, se incorporou ao orgulho pátrio, desde sua época, como uma das maiores expressões do gênio artístico de todos os tempos. Na há prova ou explicação mais plausível de predestinação e do inato pendor vocacional trazido, desde as entranhas maternas, pelos gênios e superdotados, do que a escultura imortal cinzelada em imagens, altares e igrejas pelo mineiro feio, pobre doente e provinciano de Vila Rica (hoje Ouro Preto), que nunca saiu do berço natal, nem angariou formação acadêmica, não leu mais que a Bíblia e uns poucos livros e, na prenda em que se notabilizou, somente recebeu rudimentares lições do pai e de eventuais mestres autodidatas. Depreende-se de toda a incrível produção do célebre escultor uma relação invulgar entre o criador e suas criações, o contrário, certamente, de um artista viajado e de conhecimentos universais, adquiridas em adiantadas fontes civilizatórias, onde, na verdade, devido à origem humilde e ao ambiente colonial do século XVIII, nunca colocou o pé, nem lograra incentivar o reconhecido e prodigioso talento. Já doente, a partir de 1796, superando milagrosamente a degeneração orgânica, esculpira obras primas indeléveis, como os Passos e os Profeta de Congonhas do Campo, construindo então um admirável santuário num recanto naturalmente circundado por montanhoso e deslumbrante vale, escolhido, hoje, entre os melhores roteiros turísticos internacionais. Depois de acometido pelo mal que lhe deu o nome, então perto dos cinqüenta anos, não queria ser viso por ninguém, martirizado, até a morte, pelas limitações orgânicas. Irritava-se facilmente, trancava-se em desconfianças e recalques, revelando uma conduta incoerente com o antigo temperamento alegre e efusivo. De má vontade e péssimo humor, fora, certo dia, atender ao chamado do governador, interessado na confecção de uma imagem de São Jorge para desfilar numa iminente procissão de Corpus Christi. Recebido com escárnio pelo conhecido ajudante-de-ordens, Coronel José Romão, que lhe ressaltara a feiúra e a deformação física, quase ia embora magoado quando apareceu o governante, contornando o vexame: - Peço-lhe uma imagem grande do venerado Santo para, no evento religioso, desfilar a cavalo, assim esbelto e robusto como este meu auxiliar. Focado pelos olhos precisos do artista, São Jorge foi assim esculpido, surpreendentemente, com o rosto do servidor indelicado, e saindo às ruas de Vila Rica, sob o riso e sarcasmo da multidão, a uma só voz, ninguém duvidou: “O São Jorge que ali vai, com ares de santarrão, não é São Jorge nem é nada, é o Coronel Zé Romão!” 19/01/2014 O legendário Michelangelo Um ícone da medicina pátria, reconhecido e consagrado mundialmente, o médico e cientista Ivo Pitangui não deixa aspecto menos curial ou menos brilhante, nos vários campos de sua brilhante e multifária atuação a dispensar o interesse de seus ilustrados biógrafos e de um universo de admiradores. Cientista, cirurgião plástico, professor, conferencista, escritor, essa a variação das muitas atividades com que conquistou esse mineiro, de índole arejada, benfazeja e aliciante um esmerado lugar entre os mais ilustres e respeitados brasileiros da atualidade. Desde a infância, revelando um singular interesse por complexas e fascinantes vertentes do saber, às custas de invulgar disposição para o trabalho, de uma paixão febril pela pesquisa inovadora e de uma surpreendente visão para o fenômeno da ciência médica, conquistou o médico ilustre, pela versatilidade a vida inteira cultivada, o conceito meritório que marca , até hoje, sua trajetória cientifica e profissional. Mas é, notadamente, na cirurgia plástica, essa ainda recente e desafiante especialidade da ciência de Hipócrates, onde deságua o afluente mais denso dos seus pendores, desenvolvendo geniais criações, com exímia mestria, habilidade e magia das mãos, de modo a ascender ao merecido grau de celebridade internacional. As técnicas revolucionárias e surpreendentes de Pitanguy e o seu bisturi, qual o buril de um Miguel Ângelo ou um Donatteli, desenhando, construindo ou reconstruindo órgãos do corpo humano, em benefício da estética ou da reparação humana, não apenas estabeleceram um marco precursor neste segmento da medicina brasileira, mas à luz dos seus avanços precursores aproximaram mais o homem, falível e mortal, da perfeição e, sobretudo, da semelhança divina. Ao contrário do imortal escultor Florentino que, soberbo, ao concluir seu Moisés, guardado hoje em relicário do Vaticano, a mais perfeita obra das artes plásticas produzida pelo engenho artístico humano, incitou o monumento inanimado a falar, Ivo Pitanguy fez milagres com as mãos com que Deus lhe ungiu, sem perder a consciência e o senso de simplicidade, da pureza e do altruísmo necessário ao engrandecimento da vida e da solidariedade humana. No currículo se destacam inúmeras homenagens e condecorações dos mais conceituados organismos e entidades da ciência médica nacional e internacional, porém a referencia de grande benfeitor, dedicado ao tratamento das vítimas do famoso incêndio do Gran Circo Norte-Americano em Niterói, o maior em recinto fechado já registrado no mundo, deu-lhe, afinal, o raro molde de grandiosos espíritos como o de Madre Tereza de Calcutá ou de um David Levingston. 14/01/2014 Uma literatura terapêutica Apesar da crescente preferência do público leitor por uma literatura do gênero trágico, absurdo ou cataclísmico, concebida, por exemplo, na trama de Albert Camus, André Gide, Vargas Llosa, Spengler e, mais recentemente, Alvim Tofler, no seu polêmico “O choque do futuro”, ainda há, no mercado livreiro, bastante e apropriada leitura para os mais diferentes estados de espírito. Não aconselho, por experiência pessoal, aos que desejam escapar das cadeias lancinantes da angústia, do tédio e da misantropia as obras de tão premiados e discutidos autores. E nem tampouco os versos tristes e melancólicos de Rimbaud, Edgard Alan Poe, Antero e, mesmo a despeito de toda sua genialidade, a lira bizarra do nosso incomparável Augusto. Nada trazem a mitigar o quadro de aflições, dores existenciais e desilusões íntimas, produzidas pela inquietude mental. Somente recrudescem o baixo astral e alimentam a sensação de incompatibilidade com a vida, de que se ressentem os envolvidos pelos tentáculos da depressão circunstancial ou duradoura e profunda. Ora, se realmente o caminho da felicidade está no conhecimento, conforme Bertrand Russel, não conhece depressão, como bem lembra o nosso admirável cronista e escritor Carlos Romero, “quem tem o hábito da leitura”. Melhor, portanto, nas recaídas ao abatimento psíquico e emocional, tão freqüentes na atualidade, recorrer à consolação de velhos e infalíveis textos de esperança, fé e otimismo. Inclusive os de natureza sagrada, despojados de influência ortodoxa, como os Salmos e os Cantares de Salomão, as Orações de São Francisco de Assis e de Madre Tereza de Calcutá. E ainda, na velha Bíblia, ao bálsamo eficaz das bem aventuranças e das prédicas cristãs: “Não se turbe o vosso coração” e “vinde a mim todos os cansados e oprimidos e eu os libertarei”. Por outro lado, essa terapia psicológica, aos amantes das letras, melhor que as publicações de auto-ajuda, produzem também as páginas aprazíveis de Saint-Exupéry, Pascal, Proust, Dickens e Marco Aurélio. Particularmente, nessa fuga, encontro lenitivo, na moral dos contos e estórias infantis, voltando às fantasias de Robson Crusoé, Viagens de Gulliver e ao mundo fascinante de Julio Verne e de La Fontaine. Ou relendo, leniente e meditativo, romances da categoria inconfundível de “A cidade e as serras” de Eça e “Horizonte perdido” de James Hilton. Ingressando no paraíso de Tormes, imaginado pelo escritor português, enfeitado de paisagens paradisíacas ou na filosofia lamaica do Shangri-La, entretecida de amor e solidariedade, encontramos, decerto, todos os filtros para a cura de mórbidos sentimentos e a restauração da saúde da alma. Literatura repousante e naturalmente terapêutica, para convalescer, recriar planos e restabelecer a crença no prodigioso dom da vida. 23/12/2013 Retratos de minha vida O sol já se inclinava ao poente e o quadro desenhado à nossa frente, vislumbrado de estratégico restaurante, à beira-mar do Cabo Branco, continuava a oferecer o espetáculo do oceano gemebundo, àquela hora, sob a evolução da maré alta, açoitada pelos ventos que, no mesmo empuxo, sacudiam as palhas do coqueiral eriçado. Olhos fitos no horizonte, ora sob as águas azuis do Atlântico, ora dirigidos ao belo e referencial promontório de nossa geografia litorânea, o elegante e culto Yanko Cyrillo, sem perder o fio da meada, se deixava embalar pela “sinfonia das ondas”, em pleno delírio da sensibilidade incomum e do exercício dialético de sua formidável virtuose mental. A conversa, conduzida com mestria, pelo notável causer, talvez o mais completo de nosso estrelário intelectual, nimbada por inconfundível dicção e magnetismo pessoal, capturava a atenção do pugilo de amigos ao derredor, fascinados pelo brilho e fluência dos saberes jorrados, mesmo de um papo coloquial, em momento descontraído de lazer. Era a peregrina expressão do escritor-pensador, poeta, jurista e consagrado orador, se agigantando, como sempre em qualquer roda informal ou auditório solene, a cada referência do próprio cabedal ou de outros príncipes da dinastia literária e, até mesmo, pela não rara imitação vocal, cheia de graça e humor, encenada com a recordação de ilustres e antigos personagens do meio forense local. Presentes ao farnel espíritos como Romain Roland, André Gide, Somerset Maughan, Bilac, Guerra Junqueiro, Augusto e Castro Alves, eis que, dado momento, entra ao convívio entusiasta, o irônico e irreverente Voltaire, filosofo, poeta e dramaturgo, da particular e cultivada predileção yankiana, tão satírico e galante quanto nos salões imperiais franceses dos tempos de Luís XV, a destilar suas verrinas, recitado pelo grande e estiloso apreciador. Foi quando, sem tergiversar da filosofia zombeteira do imortal autor de “Cândido, ou O Otimismo”, porém ainda tocado pelo visual do mar, indaguei: Mestre, tendo você andado por quase todo o mundo, qual bela praia supera, em maravilhas naturais, a nossa Tambaú? - Nenhuma, sem qualquer ranço de bairrismo ou desmedida exaltação telúrica. Nenhuma outra tem, assim, um recorte simétrico, num incomparável conjunto de enseadas de águas mornas, límpidas e azuladas, sob uma plataforma, pavimentada pela natureza, sem pedras nem depressões, com gradual inclinação e perfeita balneabilidade. - Uma verdadeira e inigualável piscina natural, presente dos céus, essa orla, pouco avaliada por seus beneficiários, cujas lindezas, indiscutivelmente, não as encontramos no Caribe, na Côte d’Azur, na Costa Um encontro lúdico e memorável, guardado para sempre, como os melhores retratos de minha vida! 17/12/2013 As mulheres e a desculpa de Bernard Shaw As mulheres não são em nada inferiores ao homem. São apenas diferentes. O passado retrógrado não lhes oferecia, em muitas civilizações, chance de exibir as qualidades necessárias às posições relevantes na sociedade, onde viviam como criaturas submissas e discriminadas, até no seio familiar. Hoje, depois de longo percurso pela conquista de direitos políticos e sociais, lograram a igualdade a que se reportam as leis constitucionais de quase todo o mundo. Dessa feita, invadiram – e com que vantagem – todos os campos profissionais, inclusive os arriscados e periculosos, outrora, tipicamente, reservados à presença masculina. São advogadas, juízas, médicas, engenheiras, professoras, jornalistas, de reconhecido e brilhante desempenho nas carreiras abraçadas, ao estimulo da equidade assegurada pelos tempos hodiernos. São elas, na verdade, mais honestas, responsáveis e operosas do que nós e possuem, diferentemente, infinita capacidade de amar fiel e sinceramente. Resignam-se com situações difíceis, embelezam o ambiente de convivência doméstica e profissional, lidam melhor com o público e, se necessário ou por opção, cultivam inflexível espírito de sacrifício e de renúncia. Tais atributos, entretanto, não concorreram historicamente, decerto, pelos motivos lembrados, ao aparecimento de celebridades femininas, afora Jane Austen, Gabriela Mistral e Emily Bronte, pelo menos na literatura clássica. Dizem que alguns romances de Machado foram concluídos por sua amada Carolina. E, nas ciências, fala-se da inteligência ímpar da matemática Mileva Maric, primeira mulher do grande Einstein. Heroínas também são raras, como Joana D’Arc imolada viva numa fogueira, e a brasileira Maria Quitéria, destemida guerreira de nossa independência. Estadistas fulgurantes, no entanto, bem que encontramos: Cleópatra, Vitória da Inglaterra, Catarina da Rússia, Golda Meir e Indira Gandhi, Margareth Thatcher, Corazón Aquino, Eva e Isabelita Perón e, na atualidade, Angela Merkel e Cristina Kirchner e a nossa voluntariosa presidente Dilma. A bela dançarina Isadora Duncan foi a primeira insurgente contra o preconceito da exclusiva iniciativa masculina para início da relação amorosa, no começo do século XX. Fascinada com a genialidade de George Bernard Shaw convidara o admirável pensador a um encontro íntimo, imaginando que da cópula poderia resultar o nascimento de um verdadeiro super-homem, isto é, uma criança com a inteligência do ilustre irlandês e com a sua sedutora beleza física. A transa, afinal, não acontecera ante a recusa do celebre cantado, receoso do contrário e sob a irônica desculpa, segundo a qual o bebê poderia nascer com a sua “beleza” de barbarrão e a “inteligência” da fogosa beldade! 10/12/2013 Lobato e o nosso petróleo Assim como Tiradentes sonhou com uma nação livre, Benjamin Constant com um regime republicano no país, Luís Carlos Prestes com um Brasil mais justo e igualitário, também Monteiro Lobato figura entre os nacionalistas históricos, com o ideal da soberana exploração do nosso petróleo, exclusivamente pelos brasileiros. No entanto, os atuais e inflamados debates, nos meios políticos e científicos, e a expectativa atual da sociedade sobre a recente descoberta de uma inimaginável reserva do precioso óleo mineral, no subsolo do mar territorial brasileiro, ainda não acenderam os ânimos por uma campanha com o alcance da intitulada “O petróleo é nosso”, com que o autor de “Urupês” sacudiu o país, no governo Vargas, resultando na criação da Petrobras. A estatal destinada, inicialmente, a monopolizar e garantir a auto-suficiência da valiosa matéria prima, com investimentos próprios do capital nacional, descaracterizou-se, entretanto, disfarçadamente, ao longo dos anos, pela inesperada interveniência e participação do braço empresarial estrangeiro na sua extração e mercantilização, desvirtuando, afinal, a grande causa do visionário tabaréu paulista. Lobato foi um super excelente espírito de sua época, defendendo projetos políticos e progressistas somente comparáveis aos do barão de Mauá, no império, enchendo todo o espaço disponível deste país, então rarefeito de figuras geniais. Notável criador da literatura infantil, ensaísta e polemista temido, tradutor e primeiro editor brasileiro, imortalizou no cenário épico o seu caricato Jeca Tatu, um ironizado protótipo do nosso rurícola, esmagado pelo latifúndio e, segundo célebre discurso de Rui Barbosa, abandonado pelos poderes públicos à mais infanda miséria. Contudo, foi o combate a evasões de nossas inestimáveis jazidas petrolíferas, a maior agora revelada ao mundo e encravada no leito geolítico do Atlântico, como opulento colar da costa nordestina, o supremo ideal de sua vida e da luta, sobretudo jornalística e panfletária, em razão da qual suportara toda a sorte de desditas pessoais, inclusive a prisão política sob injustas e injuriosas acusações. É possível que à falta de um grito rebelde e inconformista, tal qual o de Lobato, há sessenta anos, a ambição de multinacionais do gênero e o olho grande de nações economicamente poderosas, compactuadas com o frouxo regime gestor de uma Petrobrás servil, deserde o povo brasileiro, definitivamente, como acontecera com o pau-brasil, as minas de ouro e prata da colônia e a riqueza vegetal amazônica, desta última e exuberante herança da natureza, adormecida no fantástico reservatório do chamado pré-sal, que supera, de longe, comprovadamente, segundo a palavra da exímia tecnologia, as maiores e mais produtivas regiões do ouro negro no planeta. Deus salve o Brasil! “Não verás nenhum país como este!”. 04/12/2013 O quadro que Pedro não pintou Considerado nos meios artísticos e culturais, e mesmo pelo povo brasileiro, como o grande e genial pintor de inigualáveis telas sobre a nossa independência e soberania política, pesa em desfavor de Pedro Américo a pecha de apatia pelo torrão natal, algo, realmente, perceptível na biografia e obra do prodigioso paraibano. De fato, embora marcado pelos sofrimentos da infância pobre, por onde passou, inclusive nas peregrinações pelo Velho Mundo, deixou o indimensível artista o sinal indelével de seu talento, retratando alusivos personagens e feitos históricos, porém não o fez, curiosamente, apenas em relação à terra de origem. Observadamente, não se tem notícia, por toda a aclamada carreira, de nenhum quadro ou gravura, sob sua assinatura, que recorde ou enalteça a Paraíba, os seus belos e inefáveis campos, os hábitos e costumes de sua gente ou, quando nada, a heróica e pioneira resistência em prol da nacionalidade, liderada por Vidal de Negreiros. Diferentemente de ícones da latitude de José Américo, José Lins do Rêgo e Ariano Suassuna, envolvidos pela inspiração ficcional do ambiente primitivo da existência, desapareceu completamente no glorioso areiense a sensibilidade de tamanha motivação após largar, definitivamente, o berço nativo e emigrar para a capital do país. Nunca, portanto, a paisagem colorida e vibrante dos trópicos e o fulgor incomparável do sol nordestino, que tanto impressionaram um Monet ou um Debret, reluziram na arte imortal do pincel enfeitiçado. Que tão amargo e insólito recalque teria produzido na alma do grandioso retratista, fascinado pelas belezas virentes da natureza e proezas da história, esse absoluto alheamento dos sentimentos telúricos, reconhecidamente, contrário ao senso comum? Que dizer de uma imagem de nossas paragens, focada sob tão eloqüente capacidade ilustrativa, como a vislumbrada em “A batalha de Avaí” ou na figura de Joana D’Arc, em que o autor eleva ao máximo o poder de expressão da fisionomia humana, com uma cintilação invulgar nos olhos da heroína francesa, salvadora de sua pátria? Invejado no Brasil, por toda a elite artística de seu tempo, seus triunfos eram os de um protegido do imperador D. Pedro II, sem cujo respaldo não teria alcançado qualquer projeção, nem tampouco se firmado na Europa, onde, na verdade, estudara longos anos, mantido pelos cofres imperiais, respirando a atmosfera da esplendida e ilustrada civilização, num perfeito caso de transoceanismo de que fala Capistrano de Abreu. Cidadão do mundo, gloriado em vários países, cortejado por monarcas e presidentes, a indiferença do nosso celebrado conterrâneo aos pagos natais somente terminaria no leito de morte, quando, surpreendentemente, preferiu a sepultura na montanhosa e pitoresca Areia, manifestando, assim, um intrigante remorso pelo quadro que não pintou! 30/11/2013 Lobato e o nosso petróleo Assim como Tiradentes sonhou com uma nação livre, Benjamin Constant com um regime republicano no país, Luís Carlos Prestes com um Brasil mais justo e igualitário, também Monteiro Lobato figura entre os nacionalistas históricos, com o ideal da soberana exploração do nosso petróleo, exclusivamente pelos brasileiros. No entanto, os atuais e inflamados debates, nos meios políticos e científicos, e a expectativa atual da sociedade sobre a recente descoberta de uma inimaginável reserva do precioso óleo mineral, no subsolo do mar territorial brasileiro, ainda não acenderam os ânimos por uma campanha com o alcance da intitulada “O petróleo é nosso”, com que o autor de “Urupês” sacudiu o país, no governo Vargas, resultando na criação da Petrobras. A estatal destinada, inicialmente, a monopolizar e garantir a auto-suficiência da valiosa matéria prima, com investimentos próprios do capital nacional, descaracterizou-se, entretanto, disfarçadamente, ao longo dos anos, pela inesperada interveniência e participação do braço empresarial estrangeiro na sua extração e mercantilização, desvirtuando, afinal, a grande causa do visionário tabaréu paulista. Lobato foi um super excelente espírito de sua época, defendendo projetos políticos e progressistas somente comparáveis aos do barão de Mauá, no império, enchendo todo o espaço disponível deste país, então rarefeito de figuras geniais. Notável criador da literatura infantil, ensaísta e polemista temido, tradutor e primeiro editor brasileiro, imortalizou no cenário épico o seu caricato Jeca Tatu, um ironizado protótipo do nosso rurícola, esmagado pelo latifúndio e, segundo célebre discurso de Rui Barbosa, abandonado pelos poderes públicos à mais infanda miséria. Contudo, foi o combate a evasões de nossas inestimáveis jazidas petrolíferas, a maior agora revelada ao mundo e encravada no leito geolítico do Atlântico, como opulento colar da costa nordestina, o supremo ideal de sua vida e da luta, sobretudo jornalística e panfletária, em razão da qual suportara toda a sorte de desditas pessoais, inclusive a prisão política sob injustas e injuriosas acusações. É possível que à falta de um grito rebelde e inconformista, tal qual o de Lobato, há sessenta anos, a ambição de multinacionais do gênero e o olho grande de nações economicamente poderosas, compactuadas com o frouxo regime gestor de uma Petrobrás servil, deserde o povo brasileiro, definitivamente, como acontecera com o pau-brasil, as minas de ouro e prata da colônia e a riqueza vegetal amazônica, desta última e exuberante herança da natureza, adormecida no fantástico reservatório do chamado pré-sal, que supera, de longe, comprovadamente, segundo a palavra da exímia tecnologia, as maiores e mais produtivas regiões do ouro negro no planeta. Deus salve o Brasil! “Não verás nenhum país como este!”. 17/11/2013 O diálogo de Jesus e Pilatos Nenhum outro episódio da história humana encena diálogo mais importante e categórico sobre a espiritualidade e a suposta vida além da morte do que o protagonizado por Jesus e Pilatos, no julgamento sumário do errante pregador e taumaturgo da Galiléia. Interpelado acerca de sua origem e identidade pelo frio e dissimulado governador romano, respondeu-lhe serenamente o acusado, aos apupos da turba clamante por condenação, que se fizera criatura em testemunho da verdade, corroborando, assim, toda a prédica de seu ministério, segundo o qual não era deste mundo o seu reino. - Eu sou a verdade! Teria asseverado, absoluta e conclusivamente, silenciando à indagação seguinte, tocante ao significado da tal verdade. A conversa, no entanto, revela um confronto inusitado, hipoteticamente, entre as maiores forças existentes – o poder temporal encarnado no interpelante, de um lado, e de outro, o próprio Deus, personificado em Jesus. Apesar de não o eximir da crucificação a ousada afirmativa permeou os séculos, irradiando-se por todos os rincões da terra. Irrompeu da Palestina por toda a Ásia Menor, subindo daí, pelo Cáucaso, para contaminar a Macedônia, Roma e Espanha até superar o paganismo mitológico Greco-romano. Converteu-se em religião de Estado, nos tempos do Imperador Constantino e, com a propagação da Bíblia, impressa por Gutemberg e levada pelos navegantes, alcançou as terras do Novo Mundo tornando-se um credo com milhões de fies. A narrativa dos evangelhos e um simples cotejo entre os mais venerados líderes morais e religiosos mostram, inequivocamente, que o fundador do cristianismo tem uma incomparável singularidade jamais observada em qualquer outro. Foi o único a se proclamar filho de Deus, operar milagres desconcertantes, garantir a remissão de pecados pelo sacrifício da própria vida e, extraordinariamente, ressuscitar três dias após a morte, a olhos estupefatos de contemporâneos, deixando o sepulcro vazio, diferentemente dos demais cujos túmulos ainda hoje guardam os respectivos restos mortais. Além disso, já agora, a própria ciência de Newton e Einstein aceita uma revisão conceitual de assertivas bíblicas diante da comprovação de eventos do velho testamento, pela descoberta de documentos, inscrições arqueológicas e vestígios naturais preservados, como os pergaminhos do Mar Morto, os poços desérticos de água potável de Abraão, os destroços da Arca de Noé e as marcas da fuga hebraica sobre o leito do Mar Vermelho. Não enseja controvérsia, ademais, a presença terrena do próprio Cristo, fora do contexto religioso, desde o registro de Flávio Josefo, o grande historiador da antiguidade. Evidências que, tirante o polêmico sentimento da fé, induzem à crença num ente eterno, onipotente e voluntarioso, criador de todas as coisas, exatamente segundo o modelo da cultuada verdade cristológica 07/11/2013 Os 100 anos do Eu e Outras Poesias Não há quem negue a centelha de genialidade que singulariza a poesia de Augusto dos Anjos e a célere escalada, nas últimas décadas, como nenhuma outra obra do gênero, do “Eu e outras poesias”, às máximas alturas da consagração literária, pelo menos, em todos os lugares de língua portuguesa. Nesse ponto estão de acordo dezenas de notáveis críticos de todo o país, debruçados sobre o único, originalíssimo e intrigante livro do amargurado paraibano, banido para Minas, onde na remota e fria Leopoldina, morreu antes dos 30 anos, em completo esquecimento. Contudo ainda causa perplexidade a aparição de uma versalhada, tão inusitada e impactante, numa das menores e mais atrasadas províncias do Brasil de cem anos atrás, tanto pelo estilo excêntrico quanto pela profundidade da temática filosófica e cientificista. E do punho não de um intelectual prestigiado nas rodas políticas ou de um áulico palaciano, mas de um bacharel recém formado que, até a morte, só obteve o mal remunerado emprego de professor primário. Indiferente ao amor e às belezas da vida Augusto preferiu se colocar no meio do mundo como uma Pedra de Escândalo, a cantar a poesia de tudo que é morto. Tomou por inspiração o horrível, a tristeza e a melancolia, nas suas manifestações mais agressivas ao ser humano. Enveredou por ásperos e repulsivos caminhos ensombrados pelo susto e pelo pânico, de modo a oscilar todo o seu estro entre o desespero pela fatalidade da morte e os mistérios da cosmogonia e da composição físico-química da matéria orgânica, sobretudo com a insólita descrição de convulsos fenômenos da natureza. Em vários sonetos não raro se sucedem estrofes aparentemente desconexas e fragmentadas, as quais revelam, no entanto, uma unidade semântica de irrecusável e chocante sentido, o mais das vezes contrário à aversão das criaturas pelo que existe de asqueroso e horripilante, como podridões de todo o gênero, dejeções, embriões abortados, o revolver de sepulturas e de restos morais e a índole malévola do ser humano, algo, portanto, jamais visto ou encontrado na arte literária em todos os tempos. A par de tão estranha abordagem a ciência sob cuja égide lançou o desventurado poeta suas atrevidas hipóteses lhe retirou, afinal, a reputação de visionário, ao realizar, principalmente a partir de Einstein, descobertas e invenções, no campo da astro-física, extraordinariamente previstas e antecipadas, há um século, pelos insólitos e formidáveis versos. A vertiginosa aceitação da lira augustiniana, exatamente por isso, desbordou dos meios letrados e acadêmicos para, inesperadamente, arrebatar as camadas populares, recitada pelo homem comum, inclusive das zonas suburbanas, nas feiras livres, bares e restaurantes, teatros e telenovelas triviais, em paródias sobre as trágicas realidades versejadas, simplesmente, porque caiu em cheio no gosto e na curiosidade do povo, como tudo o que tem a marca da eternidade. 30/10/2013 Injustiças históricas Cristovão Colombo descobriu a América, numa incrível odisséia, navegando com três embarcações toscas, por um oceano desconhecido, mas quem deu nome ao Novo Mundo foi Américo Vespúcio, um rival fanfarrão, que chegou do lado de cá do Atlântico, na rota já percorrida, com numerosa frota, quase uma década depois. Essa a primeira grande e irreparável injustiça perpetrada pela história contra a memória de um importante vulto da humanidade. O filósofo Giordano Bruno, intrépido pioneiro contra os velhos dogmas religiosos, desfavoráveis às descobertas científicas, dos fins da Idade Média, findou queimado vivo pela Santa Inquisição e, completamente, ofuscado pela histórica dimensão atribuída a Galileu, na posteridade, como precursor da corajosa insurreição. E, no entanto, o inventor do telescópio abjurou de suas convicções, para escapar da fogueira! Semelhante descaso tem propalado, ao longo dos tempos, que o fantástico invento do avião é dos americanos irmãos Wright, deixando, assim, o nosso Santos Dumont em plano secundário em relação ao grande salto da ciência, mesmo tendo o genial brasileiro, publicamente, em 1901, diante de parisienses atônitos, elevado do solo, com impulso próprio, o primeiro engenho humano dirigível, num ostentoso passeio aéreo ao derredor da Torre Eiffel. No Brasil, o verdadeiro idealizador da Academia Brasileira de Letras não foi Machado de Assis, a quem é atribuída, até hoje, a excelsa iniciativa, mas Lúcio de Mendonça, um escritor e jornalista, quase totalmente esquecido, pela própria e legendária instituição cultural, sem cujo entusiasmo não se teria realizado, em 1897, o movimento fundador, na redação da “Revista Brasileira”. Além disso, é sabido que o símbolo da inteligência e erudição em nosso país não é outro senão o grande Rui Barbosa, que, realmente, deu vasta contribuição às letras, como jurista, parlamentar, ministro da República e publicista, porém ninguém dominou mais profundamente o idioma português do que o maranhense Coelho Neto, único brasileiro, autor de todos os gêneros literários, com mais de 100 livros editados em vernáculo erudito, assim considerado pelo próprio “Águia de Haya”. Aqui, na terra de Augusto dos Anjos, sequer encontra o turista uma estátua de corpo inteiro, em logradouro referencial da capital, compatível com a gloriosa enormidade do poeta mais editado, lido e debatido da literatura brasileira, enquanto homenagens, antigas e de tal pompa, são vistas aos irmãos Álvaro e João Machado, políticos, notoriamente inexpressivos, responsáveis pelo exílio espontâneo e definitivo do grandioso e incompreendido vate, para o estado de Minas Gerais, onde, com o emprego de professor, morreu pobre e esquecido. Injustiças gritantes como estas atravessam séculos permanecendo recobertas pela versão enganosa da fama, um irreversível e imponderável fenômeno social. 11/10/2013 João Jurema Seu nome era falado e ouvido com respeito, entre professores e alunos, como lente da disciplina Introdução ao Direito, em cuja cátedra brilhava o saber do jurista de escol, experiente e culto, mas também, e notadamente, a mestria, em toda sua dimensão, de um vocacionado para as lides do magistério. De fato, logo nas aulas inaugurais do período letivo, como seu aluno, comprovei o referencial e unânime conceito a respeito de João Guimarães Jurema, no professorado de uma disciplina que interessava, vivamente, a todo o alunado, sobretudo recém-chegado aos bancos da veneranda Faculdade de Direito. Bem vestido, sempre de paletó e gravata, desdobrava-se no oficio, quase sacerdotal. Postura elegante, poucas vezes erguia-se do birô para acentuar algum trecho curial da aula, a que nunca faltava, no horário matinal, proferida com voz firme e altissonante, enchendo toda a sala. Sacava da imaginação, com irrepreensível fluência, uma esteira de conhecimentos acumulados no curso da vida inteira dedicada às atividades jurídicas, desde o bacharelado em Recife, na renomada escola de Tobias Barreto, seja como advogado militante, consultor jurídico, seja como Procurador da República. Falando de improviso, sem consulta a qualquer nota ou compêndio, com notável riqueza vocabular, ostentava indefectível memorização ao aludir, com paráfrases completas a autores indispensáveis da matéria lecionada e dos demais ramos do direito. Este o primeiro ângulo, certamente devido ao ensejo privilegiado de lhe ter sido discípulo, pelo qual colecionei as impressões, ora narradas. Contudo, logo adiante, depreendi que o distinguido mestre não se limitara ao ensino exclusivamente, mas já apresentava àquela altura da vida, longa e respeitável folha de serviços públicos, nomeadamente, como Deputado Estadual e Secretário de Estado da Pasta das Finanças, na década de cinqüenta, quando, então governava José Américo de Almeida. Na verdade, iniciara João Jurema sua trajetória pública em Cajazeiras, a cidade natal, onde advogando no júri popular, propagou o nome por toda a região sertaneja como eloqüente e carismático orador, cheio de recursos no domínio da tribuna forense. No parlamento estadual sua voz intrépida e eloqüente se fizera inelutável na defesa da gente desamparada do campo e das povoações remotas do alto sertão. Iluminado pelo cariz do sucesso que envolvera toda a existência deixou o cargo de Secretário de Estado, após retilínea e incensurável gestão, para ocupar, como primeiro titular, na Paraíba, as altas funções de Procurador da República, em cujo exercício permaneceu até a inatividade. Íntegro sob todos os prismas, rigorosamente probo na gestão da coisa pública, sem nenhuma eiva de soberbia ou arrogância, João Jurema é um personagem raro da história da Paraíba, que deixou um modelo, ainda tão necessário, do antigo e ilibado homem público. 05/10/2013 O genial Hildeberto Apesar da sombria atmosfera do repressivo regime militar, encastelado no Poder dirigente do país, era a velha Faculdade de direito da UFPB, na década de setenta, além de entidade universitária, um palco eclético e ideológico de manifestações culturais, resistente ao arbítrio contra o livre direito de pensamento e expressão. Em meio ao fragor desse confronto, silente e invisível, crepitava, entretanto, no âmago da classe estudantil, a chama audaz de um grupo gerado por mera casualidade e envolvido por utópico idealismo sócio-cultural, cujos nomes, mais tarde, se revelariam notórios expoentes nos campos múltiplos do direito, do jornalismo e da arte literária na sua mais genuína legitimidade. Essa a diferença palmar da grei entusiasta, seleta e virtuosa, a se reunir, sem calendários nem rituais, ora sob a epígrafe de Centro de Oratória Alcides Carneiro, ora sob a nomenclatura de Academia Universitária de Letras, em recintos e corredores da própria escola superior, principalmente no vetusto mosteiro de Malagrida, onde, então, despontava a presença ímpar de Hildeberto Barbosa Filho, no formidável esplendor mental de sua juventude. Eram valorosos jovens e plumitivos intelectuais sem, precisamente, nenhuma tendência político-partidária, porém apenas comprometidos com a paixão pura e incoercível pelos livros e pela reposta do saber às complexas indagações do conhecimento, que tanto inquietam o homem individual e coletivo. Uma raridade, enfim, numa época literalmente devastada pela mediocridade e submissão de movimentos fúteis e estéreis. Espírito irrequieto, perspicaz e sensível, favorecido por uma prodigiosa inteligência e extraordinária capacidade dinamogênica de exegese e conceituação, cultivando, desde moço, como sempre cultivou, com absoluto domínio e irretocável fluência, o exercício da palavra erudita, escrita e falada, Hildeberto, de sinceras e duras opiniões, logo maravilhou os companheiros do pugilo culturalista, afinal o cenário que se tornou o limiar da fulgurante e genial carreira intelectual. Isto, tanto pela profunda e variegada cultura geral, vazada em brilhantes e improvisados pronunciamentos, quanto pelas altas notas, no curso jurídico, a que chegou vindo dos pagos de Aroeiras, mediante vestibular, no qual se classificara em primeiro lugar. Único da turma que, logo cedo, largou a lida forense, permutando-a, pela cátedra docente, produziu o admirável e dileto convivente das calorosas e inesquecíveis tertúlias juvenis, como poeta, escritor e crítico literário, ao longo da afortunada carreira, uma vasta e consagrada obra, compreendida por mais de cinqüenta volumes, inscrevendo, assim, à luz de méritos nacionalmente aclamados e para orgulho da notável geração, o seu nome entre os maiores do gênero na atualidade brasileira. 27/09/2013 Padre Rolim e Cajazeiras Ao distinguir Cajazeiras como “a cidade que ensinou a Paraíba a ler”, num de seus memoráveis discursos, poderia o incomparável Alcides Carneiro ter aludido a ministério bem mais amplo, porque, na verdade, essa obra precursora ganhou inesperado vulto, se propagando por toda a região nordestina. Fundada em meados do Século XIX, com nome arbóreo nativo, sobre terras então pertencentes aos pais do padre Rolim, foi na majestosa urbe, de nossos confins ocidentais, onde surdiu o primeiro e auspicioso movimento educativo e cultural do Estado, a ensinar o então bizarro gosto pelo saber e pelo conhecimento, como princípio básico da vida social e prerrogativa iniludível da criatura humana. Coube ao padre Inácio Rolim, um erudito missionário da Igreja, a São Tomás de Aquino e a Santo Agostinho, por D. Pedro II, cognominado de “O Anchieta do Norte”, mesmo isolado no alto e inóspito Sertão, sem o mínimo contato com os centros adiantados do País, trazer ao esquecido rincão a luz dos evangelhos e também a dos clássicos e de todas as ciências, ao longo da vida apostolar, descobrindo a extraordinária vocação didática do berço natal. E isto só possível através do célebre Colégio Diocesano, ainda hoje lembrado como um dos símbolos miliários da civilização brasileira, em cuja construção se empenhou o notável sacerdote, literalmente a braços com pedras e fundações, na aludida propriedade familiar, ao derredor da qual se expandira e cresceu a metrópole sertaneja. Poliglota, filósofo, cientista, vernaculista, senhor de uma cultura universal, jamais experimentada por outro paraibano, o renomado clérigo se devotara, por inteiro idealismo, ao magistério filantrópico, lecionando, como o fez até a morte, com as fascinações de uma inteligência invulgar, disciplinas as mais diversas, formadoras da consciência acadêmica, à época, somente ministradas em respeitadas faculdades européias. Em busca de tal preparo acorriam, enfim, nordestinos de todos os recantos, ávidos pela excelência dos raros ensinamentos e pelo título instrutivo e honroso, outorgado por aquela verdadeira e insólita universidade, um admirável polo educacional, no remoto, desolado e agreste Sertão do Brasil Imperial. Entre os que lá, no discipulado se ilustraram, figuram no registro histórico, o lendário padre Cícero Romão, cardeal Arcoverde, desembargador Peregrino de Araújo, governante da Paraíba no início do século passado, historiador Irineu Joffily, professor e magistrado Joaquim Bilhar, o herói da guerra do Paraguai Tomás Duarte Rolim, deputado provincial Joaquim Antonio Cartaxo, além de outros conceituados escritores, políticos, juristas e jornalistas, reconhecidamente bem sucedidos nos seus Estados originários. Diante de um legado de tão grave importância ao grande esteio da civilização brasileira, continua a se ressentir o historicismo pátrio de estudo compatível, relevante e mais acurado sobre a fundamental contribuição da entidade secular e seu glorioso padre-mestre e da cidade vocacionada ao estrato profundo e genuíno da nacionalidade. 24/09/2013 O talento de João Lelis João Lelis de Luna Freire foi, indiscutivelmente, um dos mais notáveis paraibanos do Século XX, deixando, com essa marca, um nome emblemático no meio letrado e uma obra, de caráter social e antropológico, ainda hoje, admirada por sucessivas gerações. Notoriedade respeitável e merecida, conquistada desde a mocidade, por méritos inatos e, precisamente, esmerada desenvoltura, naturalmente, exibida nos múltiplos campos de sua fecunda e impressionante lida intelectual. Pertenceu esse iluminado rebento de Alagoa Nova a uma lendária estirpe de carismáticos homens públicos, na Paraíba de 1930. Era a escola de Carlos Dias Fernandes, em plena ebulição, sob a égide da velha “A União”, onde, em sua companhia, também cintilavam João da Mata, Osias Gomes, Ernane Batista, Botto de Menezes, Adhemar Vidal, Eudes Barros, entre outros idealistas e próceres do admirável causer. Lelis, a exemplo dos demais, inobstante falecido prematuramente, com pouco mais de quarenta anos, percorreu brilhante trajetória como professor, ensaísta, jurista e autor de vários livros. Foi também político, se destacando como Prefeito de cidades interioranas e parlamentar, no Legislativo estadual, de verbo temido e eloqüente. Porém, como jornalista se elevara à todos, ao escalar o altíssimo patamar de herói, reservado a poucos, quando aceitara a temerária missão de empreender a reportagem completa do conflito armado no Município de Princesa, encravado no Semi-Árido paraibano, cujo governo, naquela quadra, se proclamava independente da República. Ali, no palco remoto e hostil de uma luta encarniçada, durante sete meses, testemunhara, no epicentro, horrores indizíveis, redigindo a matéria noticiosa aos clarões e estrépitos dos intermitentes confrontos, sem a mínima assistência dos recursos técnicos, meios de transportes e de segurança da atualidade. Expondo, assim, a própria vida ao sacrifício, além da prova incomum de bravura, escreveu, com respaldo no tirocínio prodigioso, um capítulo inédito e angular na história paraibana. Tornou-se, portanto, com a proeza jamais igualada, no posto mais avançado e intimidante, o primeiro correspondente de guerra na Paraíba, à semelhança de Taunay em relação à retirada da Laguna e de Euclides da Cunha, ao embate de Canudos, transmitindo impressões e conceitos de profundo alcance sociológico sobre o panorama físico e humano da região conflituosa. Uma densa e definitiva análise sobre o camponês nordestino, as populações campesinas e sua lancinante relação telúrica com a dura e paradoxal realidade da terra nativa. Passada a cruenta refrega da qual, felizmente, saíra totalmente ileso, coligiu João Lelis, anos depois e refletidamente, sem artifícios surrealistas, com a autoridade de personagem e testemunha ocular, o exato e completo relato da memorável conflagração intestinal, no célebre “A Campanha de Princesa”, um compêndio verdadeiramente atual e espetacular, necessário à perfeita compreensão dessa rara história de talento e heroísmo. 12/09/2013 O célebre escritor Uma mera e despretensiosa visão intemporal da arte literária revela que a eternidade bibliográfica dos mais prodigiosos autores, de todos os tempos, sobremaneira nos países, historicamente, civilizados, foi, cediça e notadamente, conquistada, apenas por uma única e consagradora obra-prima. Resultou, portanto, em qualquer época, somente de um livro incomparável, genialmente inspirado e escrito por notável e indimensível expressão da inteligência criadora, sobre curiais ou mesmo comezinhas temáticas, inerentes ao fenômeno da existência humana e suas mais desconcertantes circunstâncias. Vivo e influente ao longo dos séculos, esse compêndio, ímpar e inigualável, resistiu ao tempo, traduzido em várias línguas e difundido por todos os povos, em prosa ou verso, com o distinguido conceito de “clássico”, de modo a converter-se em monumento do processo civilizatório e relíquia do patrimônio cultural da humanidade. Com essa grandeza, milhares de anos após a sua criação, a “Ilíada” e a “Odisséia”, do poeta grego Homero, ainda despertam imutável interesse, pela beleza espiritual e sensibilidade épica. Também elencado entre os do gênero, bastaria ao obscuro Shakespeare de fins da Idade Média, pela cintilação do estilo e mestria da construção dramatológica, um “Hamlet” para lhe assegurar a imortalidade e o extraordinário renome, como insuperável dramaturgo, assim como a Oscar Wilde, o seu indelével “O Retrato de Dorian Gray”, um romance apátrido, mundialmente consagrado. Não fosse “A Divina Comédia”, uma das maiores e mais lidas peças das belas artes, sequer teria o florentino Dante Alighiere a devoção oracular do seu país natal, tanto quanto não a experimentariam os festejados franceses Honoré de Balzac e Victor Hugo, se lhes faltasse a chama das páginas imorredoiras de “A Comédia Humana” e “Os Miseráveis”. Igualmente, assim afastados da notoriedade um Goethe, sem a publicação de “Fausto” ou um Thomas Man, longe da magnitude de “A Montanha Mágica”. À falta do impactante e polemizado “O Processo”, por sua vez, recairia em igual esquecimento o notabilíssimo judeu-theco Franz Kafka. Cervantes, apesar de suas múltiplas narrativas, se tornara referência planetária, unicamente, com a sátira “Dom Quixote de La Mancha”, o mais editado volume gráfico da história, depois da Bíblia e, Tolstoi, ícone do povo russo, exclusivamente, pelo grandioso “Guerra e Paz”. No Brasil, Machado de Assis escreveu dezenas de romances e novelas, mas tão apenas com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, teria escrito o seu nome ao primado das letras pátrias. Lima Barreto, de outro flanco, ainda é lembrado, até hoje, somente pelo comovente “Triste Fim de Plicarpo Quaresma”, enquanto Euclides da Cunha deixou laudas e laudas, em diversos tomos do legado, porém nenhum lhe deu a memorável dimensão de “Os Sertões”, o mais fantástico enredo social e antropológico do idioma português. Portanto, sem prejuízo dos visíveis traços do talento em qualquer texto de sua autoria, é, comprovadamente, da chamada obra-prima, espetacularmente perpetuada, de onde vem a universal consagração do grande e genial escritor. 03/09/2013 A primazia cultural da PB A Paraíba sempre se destacou, mais no campo cultural e artístico que pela ceifa do seu algodão ou cana-de-açúcar, com o brilho de seus filhos egrégios e suas obras imortais, ocupando, nesse aspecto, uma comprovada e singular primazia entre todos os estados nordestinos. Tamanha distinção, apesar de pouco difundida e festejada, é, facilmente, aferida, pelo menos, numa comparação numérica e qualitativa de celebridades literárias, consagradas nacionalmente, desde a colonização, entre as unidades federativas da região. O Maranhão, por exemplo, entra no insigne páreo com Gonçalves Dias, Humberto de Campos, Artur e Aluísio de Azevedo, Catulo da Paixão Cearense, Coelho Neto, Graça Aranha e Ferreira Gullar, autores antológicos da literatura pátria. O Piauí, nenhum nome ofereceu, salvo engano, até hoje, ao cenário das letras nacionais, enquanto apenas, desse naipe, José de Alencar, Araripe Júnior, Raquel de Queiroz e Clóvis Beviláqua exibem a naturalidade cearense. O Rio Grande do Norte figura no cotejo com três legendas de irrecusável peso: Câmara Cascudo, Seabra Fagundes e o jornalista Gaudêncio Torquato. De Pernambuco sobressaem Joaquim Nabuco, Gilberto Freire, Manoel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Marcos Vilaça, ao passo que Alagoas ostenta, a esse nível, os notórios Graciliano Ramos, Pontes de Miranda, Jorge de Lima e Elísio de Carvalho. Sergipe, de outro lado, elenca, tão somente, Sílvio Romero, Gilberto Amado e o filósofo Tobias Barreto. Já os baianos comparecem à liça com os fulgurantes Gregório de Matos, Castro Alves, Ruy Barbosa, Jorge Amado, Pedro Calmon e João Ubaldo Ribeiro. A nossa “pequenina e heróica”, da eloqüente prosa alcideana, palmilha o gramado do certame, queiram ou não, com um time de luminares bem mais numeroso e respeitado em todo o país: Pedro Américo, Padre Rolim, Epitácio Pessoa, Augusto dos Anjos, José Lins do Rêgo, José Américo de Almeida, Celso Furtado, Assis Chateaubriand, Pereira da Silva, Osvaldo Trigueiro de Albuquerque, Ariano Suassuna, Órris Soares, Flósculo na Nóbrega, Paulo Pontes, Aristides Lobo, entre outros. Contudo, a despeito de tão gloriosa representação de nossa inteligência criadora e de recentes e meritórias ações do governo Ricardo Coutinho, com empreendimentos como a restauração da Ponte da Batalha, do Engenho Corredor e a prevista revitalização do Centro Histórico, persiste uma flagrante dívida com a conterrânea e proeminente constelação cerebral. É que ainda não erigiu a prefeitura da Capital o monumento referencial à Augusto dos Anjos, de corpo inteiro, sobre alto pedestal, numa de nossas praças principais, nem conferiu o nome de Celso Furtado ou José Lins do Rêgo a qualquer das grandes avenidas pessoenses, tampouco instalou o museu da cidade no solar da Praça da Independência, onde morou o presidente João Pessoa, doado a essa finalidade, incorrendo, portanto, num pungente desperdício do valoroso privilégio, que tanto orgulha nossa invejável paraibanidade. 24/08/2013 Os 70 anos de Epitácio Pessoa Há exatos setenta anos expirava, em Petrópolis, num sítio encravado entre serranias, tão parecidas com as do seu Umbuzeiro natal, o paraibano Epitácio Pessoa, único, entre todos os brasileiros, que chegou ao ápice dos três Poderes da República e, ainda, sozinho, ostenta o título de “Cidadão Benemérito da Pátria”, jamais concedido a nenhum outro vulto de nossa história. Deputado Federal aos 25 anos, Ministro da Justiça aos 32, Presidente aos 54, no entanto, vem dos arroubos no parlamento, quando se defrontara com Floriano – o Marechal de Ferro, numa luta verbal de titãs, sua fama de tribuno impetuoso, culto e elegante. Mas também a de político íntegro, qualificado por incorruptível espírito público e, sobretudo, pela bravura cívica e pessoal invulgar com que marcou todos os atos decisivos da fulgurante e admirável trajetória até a suprema chefia da nação, a que alçou desmoronando o mitológico Ruy Barbosa. Além disso, foi “a patativa do norte” embaixador do Brasil na Conferência de Paz em Versalhes e também o único sul-americano, em meio século, a vestir a toga de magistrado da Corte Internacional de Haia, onde, ao brilho de suas teses, se agigantara na cena internacional, com a defesa em prol da igualdade entre os povos, da justiça social e dignidade do ser humano, então, subjugado, nos países pobres, ao látego da mais execranda miséria. Toda a sua vida, pelo gosto do arriscado e das atitudes temerárias, a par das fulgurações da inteligência, foi um permanente e desassombrado desafio ao perigo e até ao dolo homicida de adversários, a exemplo do episódio do Forte Copacabana, quando sob a alça de mira de canhões, no Palácio Catete, reagira, bradando, firme e determinado: “Este é o meu posto. Daqui só saio morto”. E, com igual ousadia, quando advertido da trama para assassiná-lo, na descida de Petrópolis, marchou, conscientemente, com hora marcada, ao encontro do atentado, felizmente malogrado. No governo epitacista, ainda convalescendo a humanidade dos reflexos da Primeira Guerra Mundial, valeu-se o paraibano da consciência nacionalista, aflorada por todo o País, para beneficiar o seu Nordeste, castigado pelas secas, com a construção dos grandes reservatórios, mesmo sob o fogo cruzado da oposição sulista, como Piranhas, São Gonçalo, Boqueirão, Orós, Coremas, entre outros, os quais, afinal, se tornaram definitivos e prôvidos focos de salvação humana e coletiva, ajudando, como ocorre até hoje, a fixar o sertanejo, pela irrigação da terra semeável no seu dramático hinterland. Ao término da emblemática e gloriosa carreira deixou Epitácio, em célebre relatório intitulado “Os meus haveres”, o mais impressionante gesto do formidável legado, rara prova de ética e lisura de um homem público, em cujo detalhado texto escancarou o seu patrimônio pessoal e a respectiva origem ao conhecimento geral do povo brasileiro, sem subterfúgios, nem temer vexames, numa veleidade reservada somente aos maiores estadistas da história. 20/08/2013 As coletâneas de Wellington No livro intitulado “Dona Joaquina, as normalistas e outros textos”, lançado ano passado, o intrépido e notável historiador e acadêmico Wellington Aguiar, rebuscando graves e longínquos eventos, reúne, em primorosa coletânea, seletas crônicas, divulgadas pela imprensa, desmistificando, entre outros temas, a versão oficial e lisonjeira sobre notórios episódios e personagens da história. Além de reacender, portanto, irresolutas e impactantes controvérsias no campo da historiografia, o compêndio realça tipos, costumes e fatos esfumados pelo tempo, resgatando-os da negligente e passional narrativa de historiadores épicos, comprometidos, o mais das vezes, com interesses servis e até inconfessáveis, perante políticos influentes e potentados dos respectivos tempos. Nesse tom, assevera o ilustre e incombatível escritor, por exemplo, que a nossa martirizada Branca Dias, condenada à fogueira da inquisição clerical, no século XVI, não passa de mera fabulação de imaginosos e delirantes literatos locais como Carlos Dias Fernandes J.J. Abreu e Ademar Vidal, pois, de fato, nunca existira, conforme sóbrios e verossímeis estudos, inclusive nos arquivos da Torre do Tombo em Lisboa, por um dos maiores e mais ilustrados pesquisadores brasileiros da atualidade. Entre outros vultos enfocados, arrosta D. Pedro II, um monarca ainda hoje venerado, severa diatribe da pena realista de Aguiar, segundo a qual era o magnânimo e indolente imperador um inequívoco imobilista, inculpado pelo atraso secular de um país, praticamente, iletrado e ainda escravagista, em fins do século XIX. A antologia é enriquecida, além disso, por um sincero panegírico a ilustres biografados e seus feitos em prol da Paraíba, sempre numa linguagem tersa, sem adjetivação graciosa, mas, sobretudo, com a necessária e criteriosa dosimetria do senso crítico indispensável a um verdadeiro cientista da história. João Pessoa é focalizado sob os mais diversos aspectos, principalmente como estadista e político emblemático, líder do inusitado processo de mudança estrutural do poder, na Paraíba, a partir de 1928, com a ressalva de haver o seu nome contribuído sensível e potencialmente para o renome do turismo em nossa terra. Contudo é a projeção da ousadia feminina o que traz algo de novo e sensacional ao florilégio, reportada em dois espetaculares episódios, um alusivo à pioneira e entusiástica participação das alunas normalistas no movimento revolucionário de 1930, outro referente ao propósito com que uma viúva, dona Maria Joaquina de Santana, após anos de preparação, sozinha, num ato de ousadia invulgar, protagoniza a desforra pelo assassínio covarde e hediondo do marido, um herói paraibano da confederação do Equador, abatendo o criminoso, convencido da impunidade, a tiros de bacamarte numa emboscada. Livro fundamental e corajoso, esse de mestre Wellington, tão cheio de ardentes paixões, quanto de nuas verdades e desafiantes contraditas, de cujos textos podem os leitores, naturalmente, inferir, com exigência culturalista, a genial expressão de Oscar Wilde, segundo a qual todos sabem fazer história, mas só os grandes é que sabem escrevê-la. 09/08/2013 Ética e honorários Na imaginação de alguns incautos o advogado hábil e exitoso é aquele cujos meios empregados na defesa da causa, mesmo ilícitos ou insidiosos, ao arrepio da ética, da lealdade processual e da própria lei, resultam, a toda sorte, no sucesso da demanda sob seu patrocínio. Logo cedo, quando ingressei nos prélios da profissão, lá por meados da década de setenta, constatei, surpreso, importar mais a certos colegas, insensíveis e inescrupulosos, a esperteza com que, induzindo o juiz a erro, mediante a prática de atos solertes e dissimulados e da chamada rasteira no patrono adverso, logravam “proveitoso” resultado da deplorável e aventureira chicana forense, corroborando a equivocada impressão. Era perceptível, nestes casos, o ajuizamento adrede e premeditado da lide temerária, em detrimento da parte antagônica, e mais grave, a presença facinorosa da colusão, isto é a transgressão ética pela qual o processo judicial, instaurado, intencionalmente, se constitui numa farsa, mero pano de fundo, com supostos e acumpliciados litigantes, colimando o alcance de escusos fins comuns. Tudo feito despudoradamente, sem nenhum sentimento de remorso pelo confiante mandato das partes, lesão a terceiros, eventualmente, envolvidos e pela própria boa-fé do julgador sentenciante no feito. Terrível desilusão causava ao iniciado idealista como os autores de tão censuráveis “façanhas” chegavam a se vangloriar, alto e bom som, nos corredores do próprio Fórum, narrando, sem qualquer cerimônia, a desfaçatez perpetrada, não raramente, exibindo à mão o produto ilícito, ostentosamente tirado do bolo. Não calhou, entretanto, no militante novel, o exemplo pérfido, moralmente rechaçado pela força do inato caráter e da herança moral assimilada nas lições do proverbial avô e mestre Osias Gomes. Dessa quadra, ao revés, guardou o lendário modelo de uma advocacia verdadeiramente honrada, revestida por certo romantismo, pelo desinteresse mercantilista e imperioso zelo aos seus princípios éticos e disciplinares, absolutamente infensa a qualquer pretensão espúria ou compensação material alheia à devida contrapartida. Memorável escola, essa de que também, a esse tempo, participaram luminares dos embates forenses, alguns ainda em exercício, do porte de Yanko Cirillo, Joás e Joacil de Brito Pereira, Sílvio Porto, Roberto de Luna Freire, Paulo Américo Maia, Vital do Rêgo, Sá Leitão, Leidson Farias, Bráulio Chaves e Geraldo Beltrão, dentre outros, e, em tempos mais recuados, notáveis como João Santa Cruz, José Mário Porto, Severino Alves Aires, Otávio Amorim, Pereira Diniz, Hélio Soares, Alfredo Pessoa de Lima, Manuel Figueiredo, Agemiro de Figueiredo, Samuel Duarte e Luis de Oliveira Lima. Profissão liberal, obviamente, atrelada a condigna e merecida remuneração, tal como regulado pelas normas estatutárias da categoria, por sua história e permanente importância na efetiva distribuição de justiça, na preservação do estado de direito e na segurança das relações jurídicas e sociais, há de manter e cultivar, seriamente, o seu militante, uma conduta profissional irrepreensível, com absoluta e inquestionável probidade. É de se trazer, portanto, às gerações presentes e vindouras, comprometidas com tal legitimidade, além do ensinamento quanto à indispensável obediência aos preceitos éticos do seu exercício, também o romantismo, nunca ultrapassado, da insigne exemplaridade evocada, que, afinal, contribuiu, na Paraíba, para sua histórica dignidade. 07/08/2013 Tarcísio Burity Era meados do regime de exceção no governo do país, precisamente o ano de 1978, quando, inesperadamente, o jovem professor e humanista Tarcísio Burity sem o almejar, foi alçado de Secretário da Educação e Cultura do Estado ao cargo de Governador, notoriamente cobiçado pelos políticos de carreira, tendo, à semelhança de Osvaldo Trigueiro de Albuquerque e José Américo de Almeida, homens de pensamento e ação, realizado uma das mais fecundas e inovadoras gestões da história da Paraíba. A súbita ascensão, ao mais alto posto do executivo estadual, nunca sequer sonhada pelo distinguido mestre, de aulas magistrais e admirado por todo o alunado da Faculdade de Direito, nas décadas de sessenta e setenta, resultou de alternativa a que lançara mão o comando dirigente do governo militar, por indicação de representantes da Paraíba, principalmente o então Governador Ivan Bichara Sobreira, para desarmar o entrechoque de veteranos líderes partidários locais, nos escalões decisórios da República, cada um a reivindicar a própria nomeação, valendo-se da vigente via eletiva indireta no pleito sucessório daquele ano. Além disso, o “tertius” sugerido à pacificação do renhido confronto de bastidores, ostentava um renomado e austero perfil de administrador público, revelado em funções de grave responsabilidade, exercidas, anteriormente, com probidade e esmero, no Tribunal Regional Eleitoral, na Universidade Federal e na referida Secretaria de Estado. Sem nenhum pendor inato para a atividade político-partidária e suas intrigantes peculiaridades, devido, certamente, ao temperamento, um tanto tímido e reservado, Tarcísio Burity, com a polida educação de berço, era, sobretudo, um intelectual de ebuliente paixão pelos livros e incrível carisma professoral, dotado de peregrina inteligência e grande bagagem de conhecimentos. Na verdade, cultivara esse raro diletantismo a vida inteira, lapidado, inclusive, pelos saberes acadêmicos da civilização européia, onde se especializara, com notável desenvoltura. Encarou então o desafio, estimulado, entretanto, por uma impressionante dialética e o inquestionável dom da oratória, retocados na cátedra do magistério. Compensou, assim, com a sedução da palavra, a combatida e ironizada condição de “neófito” no campo político, pronunciando discursos cheios de brilho e persuasiva argumentação, ao alcance das massas populares, tanto nos palanques a céu aberto, quanto nos auditórios e recintos fechados, a lembrar o estilo de um Argemiro e de um João Agripino, deixando, nas duas passagens pela direção do estado, vasta e insuperável obra de caráter social e futurista. A Costa do Sol, a via litorânea, o Espaço Cultural, o abastecimento completo de águas e esgotos da capital e milhares de casas populares dos grandes conjuntos residenciais, transformados, progressivamente, em bairros, onde, hoje, vivem mais de cem mil paraibanos, têm, indiscutivelmente, a sua marca criadora. Esposo dedicado, pai extremoso, cidadão e homem público íntegro, decorridos dez anos de sua morte, a Paraíba ainda não lhe perpetuou a memória excelsa, com a histórica dimensão do seu legado e a reverência da posteridade aos verdadeiramente grandes paraibanos. 01/08/2013 Ilusório orgulho Recente descoberta de ocultas nascentes constatou que o Amazonas não é somente o maior rio do mundo em volume d’àgua, porém também em extensão e número de afluentes, com mais de mil em ambas as margens, assegurando ao Brasil o capricho de possuir, entre outras superioridades naturais, a mais vasta bacia hidrográfica do planeta. A primazia mundial recentemente reconhecida, na verdade, contraria antiga e batida lição de nossa geografia escolar, segundo a qual era o Nilo do Egito o detentor dessa grandeza, além de ressaltar sua fluente navegabilidade, por todo o curso, em todas as épocas do ano, o que não acontece com o rival africano. Elevado a essa categoria o velho e fascinante “mar doce”, a serpentear pela maior e mais densa floresta tropical existente, preserva uma vegetação hídrica única e um imenso viveiro de espécimes aquáticos, compondo incomparável biodiversidade. Afora isto, oferece, de resto, a beleza inefável dos lagos adjacentes, e de seu estuário, com o raro fenômeno da pororoca – o estrepitoso encontro das águas fluviais com o oceano – ouvido a quilômetros de distância. Devido ao majestoso caudal e à diversidade ecológica a hiléia amazônica tem servido, até hoje, de principal motivo de nossas parolagens acerca da suposta e insuperável riqueza ambiental brasileira. De outro lado, no cenário internacional, continua sendo considerada zona remanescente de uma fauna e uma flora singular sob cujas matas repousam inexploradas e cobiçadas reservas geológicas, inclusive petrolíferas, comprovadamente encontradas no Alto Amazonas. Certamente a opulência em potencial desse vasto quadrante das terras brasileiras, tido como “o pulmão do mundo” e conquistado a oeste do meridiano de Tordesilhas dos vizinhos sul-americanos, pela habilidosa diplomacia colonial, guarda infinitas preciosidades, acima de qualquer cálculo estimativo, mesmo em trilhões de dólares. Sabe-se, pelo menos, da exuberância ali predominante, nos reinos vegetal, animal e mineral, de belas aves e criaturas ainda não classificadas, incontáveis plantas medicinais, da miríade de metais nobres, inclusive ouro e prata, ainda intactos e de todo um cabedal ímpar da natureza, no seu mais estuante e pomposo espetáculo. Além disso, todos sabem que, apesar do descontrolado e lancinante desmatamento, sobretudo pelo braço estrangeiro na exploração mercantil da matéria-prima, exportada, a mancheia, por multinacionais da indústria resinal e farmacológica, a nossa selva ainda pode contribuir para salvar a humanidade do cataclísmico aquecimento global. Contudo do ponto de vista utilitário e sócio-econômico, essa Canaã dos novos tempos, quase totalmente devoluta, verdadeiramente nossa há séculos, em nada contribuiu para melhorar a vida do brasileiro ou mitigar a pobreza, a miséria e a desigualdade social de nosso povo, senão para inflar um peito patriótico de ilusório orgulho, exatamente aquele dos encantos do futebol canarinho e das escolas de samba do nosso animado carnaval. 24/07/2013 O fatídico 26/07/1930 Chamado muito cedo a palácio o jovem auxiliar apressou-se a atender à convocação do presidente João Pessoa, cioso de suas responsabilidades de porta-voz do governo e integrante de sua cúpula, por dirigir um jornal oficial, o de maior circulação do Estado, naqueles dias de grave e acirrada turbulência política. Era 25 de julho de 1930, véspera da morte do governante, abatido, oportunistamente, em Recife, pelo advogado João Dantas, quando distraído e indefeso, compartilhava, com amigos, um chá na confeitaria Glória. A capital amanhecera em franco rebuliço, com inflamados grupos de liberais e perrepistas, em manifesto confronto verbal nas ruas e esquinas do centro, principalmente sob o impacto das últimas medidas do governo. No gabinete, após cumprimentos, disse-lhe o presidente, em tom informal, porém de comando: - Dr. Osias, vamos continuar o ataque veemente, sem tréguas e sem perdas de oportunidades, principalmente, sob a prova de documentos autênticos, os quais são verdadeiros recibos da sordidez de que são eles capazes... Essa gente não tem a mínima autoridade moral prá se insurgir contra o governo! - Mas presidente, não acha que a publicação das cartas, às mãos de V.Exa., foi algo muito afrontoso porque violou o sigilo de uma correspondência pessoal. Afinal, já usamos uma linguagem panfletária, excessivamente, violenta, considerando que “A União” se trata de um jornal oficial – ponderou o diretor, com os olhos fitos no estadista, a quem era, decididamente, fiel e solidário. - É, mas é necessária. Guerra é guerra - redarguiu-lhe o presidente e completou: - Precisamos mostrar, visceralmente, o tipo de gente que, injustamente, nos atassalha e qual o destino que tem dado aos recursos federais na Paraíba, desviados para fins políticos e compra de armas, em criminoso e venal prejuízo dos interesses do povo. - Tenho receio, presidente, sinceramente, de que a publicação de tais cartas, encontradas pela polícia no escritório de um correligionário dos adversários, o Dr. João Dantas, tenha sido a gota d’água, com o sacrifício de nossas vidas, responsáveis direitos pelos acintosos gestos de ousadia – atalhou Osias. Assinados os papéis do despacho, João Pessoa acrescentou: – Sei que não se trata de tibieza sua, pois antes de lhe confiar a direção do jornal tive plena ciência do seu talento e coragem prá enfrentar esse desafio, por isso sei que estas palavras revelam somente fiel preocupação com minha vida, pois afinal, sou o único responsável por todas as eventuais conseqüências. E, quebrando a seriedade, com fisionomia descontraída, disparou, gracejando, surpreendente: - E quer saber de uma coisa, Dr. Osias, nesta luta eu mato ou morro, ou seja, corro pro mato ou corro pro morro...! Noticie amanha a minha viagem a Recife, ressaltando, porém, que regresso sem demora. Esta história contou-me, mais de uma vez, meu avô Osias Gomes, sempre impressionado com a coragem e determinação do dirigente e sua indiferença aos perigos da contenda, mesmo num momento crítico, a ponto de brincar com as ciladas soezes do destino, jamais acreditando no iminente e trágico desfecho.
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ANTONIO ALMEIDA Formado em Engenharia pela Universidade Veiga de Almeida, pós-graduado em Administração pela PUC-RJ e com MBA em Gestão de Negócios pela FGV, fez carreira profissional na área administrativa da TV Globo desde 1984. Atuando na área de cinema como Gerente de Planejamento e Controle de Produção da Globo Filmes a partir de 2002, especializou-se na estruturação de parcerias de coprodução e distribuição com os mais importantes “players” do mercado de cinema, que resultaram em filmes que se destacaram como os maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos, entre estes, Cidade de Deus (2002), Carandiru (2003), Se Eu Fosse Você 1 e 2 (2006 e 2009), Tropa de Elite 2 (2010), Até que a Sorte nos separe 1 e 2 (2012 e 2013) e Minha mãe é uma Peça (2013).
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As 10 melhores frases de Deleuze sobre Foucault As citações deste post foram retiradas do livro “Conversações”, da edição de 1992 da Editora 34. Um pouco de possível, senão eu sufoco… (Michel Foucault) Michel Foucault é, sem dúvida, um dos mais importantes filósofos de todos os tempos. E o mesmo se pode falar a respeito de Gilles Deleuze. No livro Conversações, Deleuze dedica todo um capítulo para falar sobre Foucault. Mas não se trata de análise sobre sua obra; não é um leitor, exterior, falando sobre um texto, teórico e distante. É afeto que atravessa estes dois corpos e, assim, o que temos são estas maravilhosas leituras: Quando morre alguém que se ama e admira, às vezes se tem a necessidade de lhe traçar o perfil. Não para glorificá-lo, menos ainda para defendê-lo; não para a memória, mas para extrair dele essa semelhança última que só pode vir de sua morte, e que nos faz dizer “é ele” (p. 127) Ele tinha uma extrema violência controlada, dominada, tornada coragem. Ele percebia o intolerável. (…) É um homem de paixão, e ele dá ao termo “paixão” um sentido muito preciso. (p. 128) Creio que o pensamento de Foucault é um pensamento, não que evoluiu, mas que procedeu por crises. Não acredito que um pensador possa não ter crises, ele é sísmico demais. Há em Leibniz uma declaração esplêndida: “Depois de ter estabelecido estas coisas, eu pensava entrar no porto, mas quando me pus a meditar sobre a união da alma e do corpo, fui como que lançado de volta ao alto mar”. É justamente o que dá aos pensadores uma coerência superior, essa faculdade de partir a linha, de mudar a orientação, de se reencontrar em alto mar, portanto, de descobrir, de inventar. (p. 130) Há em Foucault uma comicidade universal: não só a comicidade das punições, que constituem as grandes páginas cômicas de Vigiar e punir, mas a comicidade das coisas e a das palavras. Foucault riu muito, em sua vida assim como em seus livros. (p. 132-133) Houve um momento em que Foucault suportava mal o fato de ser conhecido: o que quer que dissesse, era esperado, para ser elogiado ou criticado, sequer tentavam compreender. Como reconquistar o inesperado? O inesperado é uma condição de trabalho. Ser um homem infame era como um sonho de Foucault, seu sonho cômico, o seu riso.” (p. 134-135) O que Foucault diz é que só podemos evitar a morte e a loucura se fizermos da existência um “modo”, uma “arte”. (p. 141) O próprio Foucault, não o apreendíamos exatamente como uma pessoa. Mesmo em ocasiões insignificantes, quando entrava num aposento, era mais como uma mudança de atmosfera, uma espécie de acontecimento, um campo elétrico ou magnético, como preferir. Isso não excluía de modo algum a suavidade ou o bem-estar, mas não era da ordem da pessoa. Era um conjunto de intensidades. (p. 143) O que recebe, Foucault o transforma profundamente. Ele não pára de criar. (p. 147) Lembramos de um gesto ou de um riso, mais que de datas. [Quando perguntado em que ocasião conheceu Michel Foucault] (p. 105) Quando as pessoas seguem Foucault, quando têm paixão por ele, é porque têm algo a fazer com ele, em seu próprio trabalho, na sua existência autônoma. Não é apenas uma questão de compreensão ou de acordo intelectuais, mas de intensidade, de ressonância, de acorde musical. (p. 108)
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Eu ainda não conheci uma gaucha-alemã dessas que não fosse extremamente gostosilda. Dá mesmo vontade de pegá-la e (comentário editado pelo próprio autor), depois virá-la e (comentário editado pelo próprio onanista). Bundudona. É isso. nossa meu deus isso é sem duvida coisa mais extráorrdinaria que eu já vi como diz a musica do sorriso maroto né :) assim voce mata o papai. parabéns vanessa zotth voce é uma mulher muito gostosa,se eu te pega-se minha nossa eu e voce aimos fica a noite inteira no rala e rola e seria muito bom pode fala a verdade né nao em,de 19 a 31 de idade eu te daria 26 anos meu deus voce é muito novinha e muito gostosa adorei as fotos
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Com o conceito “Toda relação é um presente”, a Natura convida a celebrar as relações entre mães e filhos com 18 opções de presentes exclusivos para o Dia das Mães. Entre os presentes desenvolvidas para a data, a linha Natura Mamãe e Bebê homenageia a fase de descobertas nas relações entre as mamães e seus […] O OFF Outlet Fashion Fortaleza programa show do cantor Marcos Lessa para o dia 9 de maio, às 16h, em comemoração ao Dia das Mães. Opções de presentes – as lojas Estoque, que vende as marcas Le Lis Blanc, John John, Rosa Chá e Bo.Bô, Calvin Klein e Marília Marques, que vende exclusivamente roupas de festa.Para […] O Guaraná Antarctica apresentou ao mercado o Guaraná Antarctica Black, que combina o guaraná que o consumidor da marca já conhece agora na versão Black. Agora chegou a vez de o mercado cearense conhecer o produto, que está disponível nas principais redes de supermercados e será lançado oficialmente neste sábado, 2, na Guarderia Brasil, na Praia do Futuro. A […] A programação infantil e humorística do “Parangaba É Show” continua durante o mês de maio, no Shopping Parangaba. A série de eventos é oferecida gratuitamente, às terças e domingos, sempre na praça de alimentação do Shopping (Piso L3). Realizada pela Cia Mix da Alegria, a primeira atração infantil do mês será o espetáculo teatral de […] O Shopping Benfica antecipa as celebrações do Dia das Mães: de 4 a 10 de maio, o público participa de oficinas de artesanato, em parceria com a Secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE) de Fortaleza. Nas aulas, serão ensinadas técnicas de pintura em caixas de mdf e estopa, além de confecção de agulheiros com fuxico. Serão realizadas […] A campanha “Mãe é Inspiração” do Del Paseo ocorre até 10 de maio, com promoção em que os clientes que realizarem compras a partir de R$ 250 nos estabelecimentos do shopping vão poder trocar seus cupons por uma bolsa comemorativa. O posto de trocas está localizado no piso L1 e o regulamento disponível no site do […] O projeto cearense Acidum está de volta ao North Shopping Fortaleza. Desta vez para a pintura de um mural externo repassando seus símbolos, personagens, e todo o universo pictórico do Acidum Project, na parede lateral do shopping. Os artistas Terezadequinta e Robézio utilizam diversas técnicas na execução dessa ação como pinturas, estêncil, rolinho, pincéis, […] Nesse dia das Mães, a Oi traz novo filme para consumidor pré-pago com estímulo ao uso de dados com velocidade 4G e Oi WiFi. A oferta é de R$ 0,99 centavos por dia para navegar na internet. Com o conceito “Internet da Oi. Porque o seu mundo não para”, o novo filme apresenta ao cliente […] Para marcar as ações promocionais para segunda melhor data de vendas para o comércio, o Dia Das Mães, o RioMar Fortaleza começa nesta segunda-feira, 27 de abril, e vai até o dia 10 de maio, a campanha promocional Compre e Ganhe do Dia das Mães. A cada R$ 300 em compras nas lojas participantes, […] Eficiência de lavagem, capacidade de limpar até 16kg de roupa de uma vez só e economia no consumo de água são alguns dos diferenciais das lavadoras da Panasonic destacados na nova campanha da marca. Para divulgar os lançamentos, a modelo e apresentadora Fernanda Lima explica como os consumidores podem poupar recursos naturais e […]
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Implantação da coleta seletiva do lixo urbana é uma solução para um grande problema Postado por Redação em February 24th, 2016 A implantação da coleta seletiva de lixo em Panorama, é uma proposta feita pela vereadora Soraya Aparecida Fonsati Mázzaro. Segundo argumentou, o momento foi propício para se apresentar a proposta, tendo em vista que foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade 2016, que aborda exatamente o problema do saneamento básico e todas espécies de destinação do lixo, para preservação do planeta. A campanha da Fraternidade Ecumênica tem a participação do Conselho Nacional de Igrejas Cristã do Brasil, onde outras igrejas se associaram a CNBB para a realização desse trabalho de conscientização. Foi exatamente por esse motivo que a vereadora fez a apresentação de sua proposta, pois assim, no desenrolar da campanha da Fraternidade, os panoramenses já iriam se conscientizar da importância também da coleta do lixo seletivo e com isso, desenvolver com mais estrutura todo esse trabalho. SE apega para justificar a favor de sua proposta, a liberação de recursos através de convênio assinado pelo município, visando a construção de um barrracão para coleta seletiva de lixo. Para ela, separando-se os materiais recicláveis dos não recicláveis, entende-se que uma grande parte desse lixo pode ser aproveitado tendo destinação para o seu reaproveitamento. Com isso pode-se acoplar o lado econômica financeiro, como também a da preservação do próprio meio ambiente com maior qualidade de vida para os panoramenses. Acredita-se que o trabalho de coleta seletiva pode ser inclusive executada em parceria entre o Poder Público e organizações não governamentais, como também quaisquer outros segmentos que tenham como objetivo preservar os recursos naturais para as futuras gerações. Os motivos para fazer a coleta seletiva são muitos e todos eles muito bons! O primeiro ponto que podemos considerar é a economia de recursos naturais, energia e água. Ao retornar o material reciclável para a indústria, teoricamente, nós diminuímos a quantidade de matéria prima que retiramos do planeta. Teoricamente porque em casos como o da bauxita (matéria prima do alumínio) as taxas de exploração estão cada vez mais altas. A economia de água e energia é considerável. Na reciclagem do papel, por exemplo, a redução no consumo de água cai de 100.000 litros/toneladas para 2.000 litros/toneladas e há uma economia de 50% a 80% da energia utilizada. O mesmo acontece com a reciclagem do alumínio que utiliza quatro vezes menos energia ao fabricar alumínio a partir da sucata. O segundo ponto é o aumento da vida útil dos aterros sanitários, ou centrais de tratamento de resíduos. Quando evitamos enviar o material reciclável para esses depósitos, eles deixam de ocupar um espaço que poderia ser utilizado para os resíduos que hoje não conseguimos dar uma utilização mais nobre. Plástico, alumínio, vidro, papel, borracha, pilha, matéria orgânica, todos eles possuem uma destinação mais nobre do que simplesmente serem enterrados como se não mais fossem úteis a nossa sociedade. O terceiro ponto, tão importante quanto os outros, é a g. Hoje, mais de 200 mil pessoas trabalham na coleta e catação destes materiais nas cidades e, também, nos lixões. A ocupação de catador, que é reconhecida pelo Ministério do Trabalho, precisa ser valorizada por toda a sociedade. Afinal, estes profissionais prestam um serviço ambiental de grande importância para cada um de nós.
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Mas, eu exagerei, tanta gente matei sem dó, Por causa de pedra e pó, Uma bala crânio e só Hoje eu sei, quanto mal eu causei, Cada tiro que eu dava escutava um grito, Me perdoa meu Deus, os tiros e as dores, Hoje sou eu quem sinto Numa cama, em coma, Não reage, não fala Meu cérebro está morrendo No projétil de uma bala. Aquele cara, metia mó mala, Não tinha ideia, com ele é na bala. Desacreditou, eu engatilhei, O cara sacou, então atirei. A lei do cão, foi ele quem fez, Segura ladrão, chegou sua vez! Lembra do meu irmão? Você riscou do caderno, Mandou pro inferno, Agora tó, senti a dor, Sempre haverá o melhor do pior, Pra quem se achar o terror, ahã. Deus, alguém está chamando o nome do senhor, Pra conseguir o último perdão. Me responda se puder me ouvir,eu imploro. Deus, meus olhos si fecharam, Me de uma luz, vinde à mim Jesus. Eu sou a luz que veio ao mundo, Para que todos aqueles que creem em mim, Não permaneçam nas trevas. Vai ladrão, abre seu coração, E conquista seu último perdão. Deus, eu matei tanta gente, Que nem consigo mi lembrar do barulho do, pá, Travou minha mente, feriu meu subconsciente, Estou aqui, pedindo perdão, e se é tarde ou não, Ouça a voz do meu coração Porque meus lábios não se mexem. Meu corpo está, totalmente paralisado, Pressinto meu fim, minha morte sem perdão, Me deixa sem paz, piedade de mim; Eu já perdoei, quem me baleou, e que pare a matança Não quero vingança, tanto matei sem ter motivo, E agora respeito a todo ser vivo Servi ao diabo, e nem reparei, Que estava errado, e que Deus é a lei, Única, que eu contrariei, Te imploro senhor, Estou entre a morte e a vida, Está acabando minha respiração, Pelo amor de Deus Dê-me o último Chora, o homem chora, E quando o homem chora, Vai, vai, implora, seu último perdão Chora, o homem chora, E quando o homem chora, Vai, vai, implora, seu último perdão E só agora, o homem chora, E quando o homem chora, Precisa, pedir o seu perdão.
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Carta a Meu Pai Marciano / Cesar Augusto Balanço Pai meu coração está com medo Não encontro mais meu caminho Fui sair de casa muito cedo Aprendi a ser sempre sozinho Pai eu sei que já não sou o mesmo Sei também que as vezes eu te esqueço Já quebrei a cara pelo mundo Pai estou assim porque mereço Se eu voltasse agora desse jeito como estou Vencido pelo tempo a procura do que sou Teria que aceitar todos dizendo que perdi Pai eu voltarei o dia em que eu disser venci! Pai eu vou cumprir o meu destino Conhecer o fim da minha estrada Sou um homem, não sou mais um menino Não posso mais para a caminhada Pai a solidão é que me mata E a saudade dói mais que espinho Seu sorriso me faz tanta falta Mãe guarde para mim o seu carinho.
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O que você faz com aqueles hashi descartáveis, depois de usá-los? Joga fora? Pois o Grupo de Mães Amigas da Casa do Zezinho (GMACZ), da ONG Casa do Zezinho, em parceria com a ONG Mundaréu, descobriu uma forma de reciclá-los. Com cerca de 360 hashi, eles criaram uma cortina para dividir ambientes. Mas, se você preferir, pode fazer uma para colocar na janela. Neste caso, o número de hashi será menor. Em vez de hashi usados, você pode comprar os hashi descartáveis, que são vendidos em lojas de artigos orientais. Confira esta idéia original e monte a sua! Material • Cerca de 360 hashi • 1 metro de chita • Cola branca diluída em água (em proporções iguais) • Pincel • fita métrica • 1 varão de madeira de 82 cm x 1,5 cm • 1 molde feito de papelão com 80 cm x 6 cm, cortado em um dos lados a cada 2 cm, formando um tipo de franja com 40 dentes Passo-a-passo 1- Antes de começar, é preciso lavar e esperar secar bem os hashi. Em seguida, corte uma faixa de 90 cm de tecido e, com o auxílio de uma régua, risque quadrados de 4 cm x 2,5 cm. Você irá precisar de, aproximadamente, 160 quadradinhos. 2- Depois, corte os quadradinhos. 3- Agora, corte mais uma faixa do tecido, na medida de 90 cm de comprimento por 18 cm de largura. Dobre-a ao meio. 4- Pegue o molde de papelão, coloque-o sobre o tecido e risque. 5- Em seguida, corte os traçados conforme pede o molde. 6- Com a ajuda do pincel, passe cola em cerca de 2 cm da ponta dos hashi. 7- Pegue um quadradinho de tecido e enrole nos hashi, deixando 1 cm de distância entre eles. É importante ressaltar que eles precisam ser de extremidades diferentes. 8- Faça o mesmo com aquela parte do tecido cortada no passo 5. Só que, desta vez, utilizando apenas um hashi, não se esquecendo de intercalar as extremidades. 9- Depois, é só ir emendando cada extremidade com os tecidos, conforme mostra a figura. 10- Está pronta a sua cortina. Serviço: O Grupo de Mães Amigas da Casa do Zezinho (GMACZ) dá aulas e comercializa seus produtos. A ONG Casa do Zezinho atende mais de 1.200 crianças e adolescentes e aceita qualquer tipo de doação para suas oficinas de papel reciclado, mosaico, marchetaria e reutilização. Informações: tel. (11) 5512-0878 ramal 22.
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Desde as civilizações medievais até os povos indígenas mais recentes, existia uma cultura de exclusão e abandono de crianças que possuíam algum tipo de deficiência. Elas eram entendidas como um mau sinal, vindo de um castigo dos deuses ou de forças superiores. Embora ainda haja muito preconceito acerca dessa minoria, há no Brasil ações que buscam a inclusão dos deficientes na sociedade, visto que o número de pessoas com algum tipo de deficiência ultrapassa populações inteiras de países como Chile e Holanda. Em uma primeira análise, percebe-se que o esporte é um excelente método inclusivo. Prova disso é a excelente campanha histórica da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012, em que foram conquistadas vinte e uma medalhas de ouro, desempenho sete vezes melhor em comparação às conquistas nas Olimpíadas. Acontecimentos dessa natureza trazem como consequência maiores investimentos em projetos esportivos voltados para pessoas com necessidades especiais, principalmente após a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ter sido sancionada pelo Governo em 2015, comprovando a eficácia das práticas esportivas como forma de integração social. Além do aspecto esportivo, a área da educação também surge como forma eficiente de inserção. Neste sentido, as escolas e universidades estão adotando posturas inclusivas em salas de aula, como por exemplo, o ensino obrigatório de LIBRAS (linguagem brasileira de sinais) em qualquer curso de licenciatura. Somado a isso, algumas escolas particulares, em busca de um maior abraçamento dos alunos deficientes, contratam tutores para auxiliar esses estudantes, juntamente com o apoio do professor. A escola costuma ser um dos mais importantes ambientes de socialização, por conseguinte, deve ser democrático e igualitário incorporando a todos os seus frequentadores, sem distinção. Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de extrema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação, por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com as crianças debilitadas fisicamente. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção engajada a fim de erradicar o preconceito e promover na sociedade uma consciência inclusiva. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde, “o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”. Deficiência auditiva e visual é diferente de deficiência física. Não fica estranho colocar a deficiência auditiva (onde foi citado aulas de Libras na licenciatura) no texto ? Porque da-se a entender que não se sabe que existe diferenças entre elas.
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Acabei de ler 2 livros que me ajudaram a compreender melhor como o Warren Buffett escolhe as empresas: A Bola de Neve e Warren Buffett e A Análise de Balanços. Os livros são excelentes! Baseado no que aprendi, decidi eliminar da minha carteira os seguintes ativos: CESP6 (-18,40%), GOAU3 (+17,35%) , PINE4 (-54,01%), POMO3 (+67,35%), PTBL3 (+67,27%) e VALE5 (-16,61%). Deixarei a ETER3 e a ECOR3 de castigo pelo bom histórico delas por mais 1 ano, para ver se conseguem recuperar os fundamentos piorados a partir de 2015. Fecharei posição também na RDNI3, pois além de ter piorado de 2014 para cá tem uma inconsistência histórica em seus dados fundamentalistas (só não stopei ainda pois estão alugadas à quase 1 mês). Escolhendo melhor as empresas como faz o WB e aliando-se a isso os ensinamentos do Décio Bazin acredito que irei aumentar de maneira mais consistente o meu patrimônio no longo prazo. Compreendi lendo sobre os critérios de WB que não adianta olhar somente para dividendos ao escolher uma empresa, se os fundamentos históricos não forem bons CONSISTENTEMENTE os dividendos poderão se tornar uma armadilha (vide Oi). Em uma 1ª filtragem pelos novos critérios reduzi meu radar de 128 ativos para 60, e ainda estou reanalisando com mais cuidado cada um desses 60 ativos para reduzir ainda mais... Quero monitorar apenas as melhores empresas, e não as mais ou menos... Chico André, não precisa ser radical, estamos há alguns centímetros do fundo do poço. Já que vc não quer mais essas, Vende parte das que teve lucro, de maneira que vc fique só com o lucro em ações, risco zero e de um tempo para as que vc teve prejuízo. Não são empresas que vc corre o risco de zerar. Na minha opinião, das ações que vc citou, eternit e ecor3 são as de pior situação. Concordo em parte com que vc disse, nunca estudei cesp, goau só estou pelo desconto, inclusive já comecei a vender, pine realmente está distribuindo dividendos acima da capacidade, nunca me interessei pela portobelo, não me pergunte porque, será a dívida? Mas. Acredito que vc está equivocado com relação a vale e marcopolo. Principalmente com a vale, vc leu o último balanço? André Giovanni Inicialmente eu estou filtrando os ativos utilizando o VPA, a Margem Líquida e o ROE. O VPA dos últimos anos tem que ser crescentes. A ML histórica ideal tem que ser acima de 20% e o ROE histórico ideal tem que ser acima de 14%. Assim sendo, eu criei uma pontuação para os ativos: 1 estrela (atende somente 1 critério), 2 estrelas (atende 2 critérios) e 3 estrelas (atende os 3 critérios - TOP). Das 14 ações de minha carteira atualmente tenho somente 1 que atingiu 3 estrelas: CIEL3. 4 atingiram 2 estrelas: BBDC3, ITUB3, TIET11 e TAEE11. 4 atingiram 1 estrela: BBAS3, CSMG3, HBOR3 e WEGE3. E 5 (!) não atingiram estrela nenhuma: BNBR3, CMIG3, ECOR3, ETER3 e VIVT3. Estou tolerando na ML e no ROE histórico no mínimo 10% para se manter no meu radar. A HBOR3, por exemplo, está somente com 1 estrela e com ROE e ML abaixo do mínimo de 10% desde 2015, mas que está com VPA crescente (por enquanto). Essa também deixarei de castigo por 1 ano para ver se recupera o ROE e ML. Uma coisa também que estou olhando mais de perto são as dívidas e a alavancagem. Pois percebi que esses fatores poderão matar uma empresa se não forem bem administrados. André Giovanni Chico, a Marcopolo não tem margem líquida consistente, ela vive muito na corda bamba (ML abaixo de 10%). A margem líquida é importante, pois é uma gordura que poderá ser queimada em épocas de vacas magras, por isso, preferi deixar de fora. Chico na divida da marcopolo tem que descontar a divida do banco, me lembro disso, na verdade não li os últimos balanços, dos 1 e 2 t,só os resultados. Se tem uma divida tão pequena e uma margem tão pequena, então ela é extremamente eficiente. Tem que dar um tempo, as exportações estão aumentando, enfim, não precisa tirar o pai da forca. acho que tá muito cedo. A vale tem capacidade de distribuir dividendos de no minimo 15% do preço atual, minimo, é um dividendo maravilhoso, se der daqui há 2 anos, só em 2018, já tá valendo a pena. A geração de caixa é tanto que em apenas um tri ela provisionou mais da metade que precisaria provisionar para a Samarco, mas reconheço que o caso é grave e por isso não deve ser parcela muito alta da carteira, mas nada que uma diversificação não resolva. não sei porque o baster não coloca as melhores empresas, tem que se cadastrar, mas da pra ver que a weg é a segunda. Não tem como só ficar nessas empresas caras, na minha opinião, pode ser arriscado. ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO O endividamento financeiro líquido totalizava R$ 940,3 milhões em 30.06.2016 (R$ 1.034,9 milhões em 31.03.2016). Desse total, R$ 673,7 milhões eram provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 266,6 milhões do segmento industrial. Cabe ressaltar que o endividamento do segmento financeiro provém da consolidação das atividades do Banco Moneo e deve ser analisado separadamente, uma vez que possui características distintas daquele proveniente das atividades industriais da Companhia. O passivo financeiro do Banco Moneo tem como contrapartida a conta de Clientes no Ativo do Banco. O risco de crédito está devidamente provisionado. Por se tratar de repasses do FINAME, cada desembolso oriundo do BNDES tem exata contrapartida na conta de recebíveis de clientes do Banco Moneo, tanto em prazo como em taxa. Vide Nota Explicativa 27 às Demonstrações Financeiras. Em 30 de junho, o endividamento financeiro líquido do segmento industrial representava 1,8x o EBITDA dos últimos 12 meses. GERAÇÃO DE CAIXA No 2T16, as atividades operacionais demandaram recursos da ordem de R$ 90,4 milhões. As atividades de investimentos consumiram R$ 9,6 milhões e as atividades de financiamento consumiram R$ 6,6 milhões. O saldo inicial de caixa de R$ 1.072,9 milhões ao final de março, considerando as aplicações financeiras não disponíveis e descontando R$ 11,0 milhões de variação cambial sobre o caixa, aumentou para R$ 1.090,9 milhões ao final de junho de 2016. Apesar dos cuidados na coleta e manuseio, o GuiaInvest não se responsabiliza pelas informações contidas neste site, nos dados dos links contidos em nossas páginas e não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos e lucros cessantes.
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Após 16 dias de férias no exterior o go-vernador Jackson Barreto (PMDB) re-torna hoje a Sergipe, reassumindo o comando do Estado. Volta relaxado, mas não deve demorar a se estressar com os problemas do governo que chegaram até a provocar aumento da pressão arterial uma semana antes de viajar para a Itália, quando foi atendido em sua casa por um cardiologista. Jackson voltará a se preocupar já neste final de mês com o pagamento da folha de pessoal, por conta do grande déficit previdenciário correspondente a mais de R$ 70 milhões mensais; com a ameaça de greve geral dos servidores pelo reajuste salarial; além dos problemas na saúde e na segurança pública. O governador ainda terá que administrar o fogo amigo de alguns aliados. Depois da deputada estadual Ana Lúcia (PT) não poupar críticas ao governo no período da greve dos professores, agora é o deputado federal João Daniel (PT) quem criticou ontem a gestão de JB.Ontem, no programa de Gilmar Carvalho, João Daniel disse que estava indignado com o tratamento que o governo Jackson Barreto vem dando aos movimentos sociais, principalmente àqueles em que estão as pessoas mais pobres, como os sem-terra e os sem-teto. Chegou a afirmar que vai pedir à Comissão de Direitos Humanos da Câmara que venha a Sergipe para apurar isso e que a PM de JB trata pobre como marginal. Ele terá ainda que sentar com o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), que como a coluna divulgou com exclusividade, protocolou no palácio antes de Jackson tirar férias um documento com a devolução de cargos indicados pelo seu partido na Secretaria de Inclusão Social. O motivo seria a falta de carta branca para tocar os projetos, por parte da secretária Marta Leão.À coluna, na véspera de viajar, JB disse que tinha conversado com a secretária e com o deputado sobre essa queixa. Ressaltou que ficou de sentar com Fábio Mitidieri para resolver o impasse tão logo retornasse de viagem, que tem o maior carinho, respeito e confiança pelos Mitidieri.Além desses problemas, existe uma insatisfação generalizada de aliados com relação às nomeações de seus afilhados políticos, uma vez que muitas estão na mesa do governador há cinco meses para serem assinadas. Enquanto isso, o pessoal vem trabalhando esse tempo todo sem receber salário.Trocando em miúdos, de volta ao batente Jackson terá muitas pedras pelo caminho... Primeiro compromissoO governador Jackson Barreto (PMDB) chega a Sergipe hoje à noite e reassume imediatamente o comando do Estado, que nesses 16 dias vinha sendo feito pelo vice Belivaldo Chagas (PSB). Amanhã, às 10h, assistirá missa no Palácio Museu a ser celebrada pelo arcebispo Dom Palmeira Lessa, com a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima, que veio de Portugal e percorre vários Estados do país. Queixa Em conversa ontem com a coluna um parlamentar aliado do governador lamentou que o seu governo venha recebendo tratamento de adversário por parte do PT. Além da deputada estadual Ana Lúcia, que faz oposição para desgastar o governo, agora é o braço direito de Rogério Carvalho, o deputado federal João Daniel, que vem fazendo críticas por conta da desocupação de um prédio em Aracaju. Seria pressão por cargos no governo?, questiona. Ponto de vistaSegundo ele, já tem aliados do governador achando que ele deveria exonerar os cargos indicados no governo pelos deputados petistas João Daniel e Ana Lúcia. O que falar... Ao se encontrar com o governador em exercício Belivaldo Chagas (PSB) em um povoado de Simão Dias, no sábado passado, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) o cumprimentou friamente. Quem presenciou a cena acredita que o senador ainda não engoliu o forte vínculo de Belivaldo com Jackson Barreto, movido à confiança. InvestigaçãoInformações chegadas à coluna dão conta que o deputado federal Silvio Costa (PSC/PE) está fazendo um levantamento em Sergipe da vida pregressa do líder do seu partido na Câmara, o deputado federal André Moura. Isso porque o PSC entrou com pedido de sua expulsão da legenda pelo fato de ter reivindicado o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. Em seu poder 1Ainda segundo a fonte, já foi encaminhado para Silvio Costa os números dos processos que o colega parlamentar André Moura responde cível e criminalmente; e cópia da entrevista do empresário Célio França sobre o tráfico de influência do parlamentar sergipano com empresários acusados de fraudar licitação da merenda escolar em prefeituras do interior. Em seu poder 2Ao deputado pernambucano também foram encaminhadas declarações atribuídas a André Moura, junto à imprensa, através da sua assessoria, de que ele contribuiu muito para a decisão de Eduardo Cunha em romper com o governo da presidente Dilma Rousseff. O parlamentar sergipano apareceu na mídia nacional ao lado de Cunha no dia que concedeu entrevista coletiva à imprensa para anunciar o rompimento. InsatisfaçãoSabe-se que deputados do PMDB não estão satisfeitos com o fato de Cunha ter rompido com o Planalto e pelo fato de ter tomado essa decisão de forma isolada, uma vez que não consultou o partido. Principalmente porque em reunião recente, no Rio de Janeiro, entre 43 deputados peemedebistas, o prefeito Eduardo Paes e o vice-presidente da República Michel Temmer, o próprio Temmer colocou que a presidente Dilma tinha se comprometido em atender as reivindicações dos parlamentares aliados em seus Estados até 31 de julho. DefesaNa reunião, inclusive, o ex-governador peemedebista do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, elogiou a postura equilibrada de Michel Temmer, disse que ele era bem diferente de Eduardo Cunha, e que o PMDB devia continuar dando sustentabilidade ao governo Dilma. ApreensãoDe Brasília chegou a informação de que dentro do PMDB existe um certo temor do desgaste do presidente Eduardo Cunha, no sentido de que venha a perder força e prestígio junto aos liderados por decisão tomada de forma unilateral, sem consultar a base que não quer o rompimento com o Planalto. Em Sergipe, já tem gente atribuindo esse desgaste de Cunha a André Moura, que foi um dos incentivadores da ruptura com o governo federal.Ainda o PSDB 1Durante entrevista que concedeu ontem à imprensa, o prefeito João Alves Filho (DEM) falou sobre o PSDB. Disse que nunca foi contra a ida dos Amorim para o partido, que tem o seu vice José Carlos Machado como secretário-geral. Ressaltou que o problema é que o senador Eduardo Amorim (PSC) só deve ingressar no ninho tucano no segundo semestre do próximo ano, assim como os nomes que foram colocados para falar sobre esse processo de mudança de comando no PSDB. Ainda o PSDB 2João Alves disse que era solidário a José Carlos Machado e admitiu que não gostou dos ataques violentos feitos à imprensa contra o seu vice. Lembrou que foi convidado pela cúpula nacional tucana para estruturar e fortalecer o PSDB em Sergipe em 2010, oportunidade que tirou Machado do então PFL e o fez ingressar no ninho tucano com essa missão. Depoimento no TREO deputado estadual Francisco Gualberto (PT) não irá prestar depoimento à Justiça Eleitoral no processo que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) relativo ao uso das verbas de subvenções da Assembleia Legislativa no ano passado. Em nenhum momento a assessoria jurídica do parlamentar se manifestou nesse sentido, conforme notícias divulgadas ontem em diversos veículos de comunicação. O deputado esclarece que não prestará tal depoimento por não ter envolvimento algum com o caso. No processo, existe apenas a sugestão de aplicação de multa ao deputado, por parte do Ministério Público Eleitoral, com a alegação de que não deveria usar a verba em ano eleitoral. Gualberto esclarece ainda que a liberação das verbas em questão cabe exclusivamente à Mesa Diretora da Casa, e não ao parlamentar. Veja essa... Do prefeito João Alves ao ser questionado no caso de ele disputar a reeleição, como será a escolha do seu vice, já que o PSDB está hoje sob o comando dos irmãos Amorim: Quem escolhe o vice é o candidato. Não aceitarei imposição de goela abaixo. O problema do vice não é chegar, é sair. Curtas Em entrevista ontem na rádio Boca da Mata, o ex-prefeito Aragão (PMDB/Monte Alegre) negou que vai apoiar a sua esposa Valdirene para prefeita do município em 2016 tendo como vice Dr. João. Disse que o seu bloco tem três bons nomes: Nena de Luciano (PRB), Dr. João e Humberto Martins, e defendeu a unidade do grupo para ganhar as eleições. Todavia disse que se for da vontade de Deus e do povo de Monte Alegre que a sua esposa venha a ser a candidata e se for de consenso do grupo não ver problema nisso. Para ganhar as eleições dependemos do povo, porque o povo é soberano e o oxigênio que o político precisa é de apoio, declara o ex-prefeito Aragão. Durante reunião do Diretório Estadual do PRB no último sábado, em Estância, foram definidas pré-candidaturas do partido a prefeito em 2016 nos municípios de Japaratuba, Nossa Senhora da Glória, Estância, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Itaporanga d´Ajuda e Poço Redondo. E que a legenda terá candidato majoritário em 2018.
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Um acidente ocorrido na tarde do último dia 11 de outubro entre as cidades de Alto Longá e São João da Serra, vitimou fatalmente um por identificado como Orlando Silva, de aproximadamente 30 anos, que atualmente morava em Altos e era natural da cidade de São João da Serra. Orlando teria ido passar o feriado na casa dos seus parentes em S.João da Serra e na volta para Altos, teria perdido o controle do seu veículo, onde estava também sua esposa. Os dois foram socorridos com vida e encaminhados para o HUT, em Teresina. No começo da manhã do dia 12, o jovem atleta de um time amador de Altos não resistiu aos ferimentos e faleceu.
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Rede municipal de Duque de Caxias entra em greve de advertência de 48 horas Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) Após governo Alexandre Cardoso apresentar nova proposta salarial abaixo da inflação, com um índice de 7,41% e não avançar com a implementação de 1/3 da carga horária para planejamento, a assembleia da Rede Municipal de Duque de Caxias deliberou greve de advertência de 48 horas (dias 20 e 21 de maio), com início da paralisação nesta quinta-feira (dia 20 de maio).
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Mais de 26 marcas vão marcar presença na primeira edição do Bazar Ilhota. O evento acontece entre os dias 28 e 30 de junho e tem como objetivo oferecer as peças que tornaram a cidade conhecida como capital da moda íntima e moda praia, além da moda fitness, a preços especiais. As lojas participantes terão um adesivo da campanha em suas vitrines e estarão atendendo das 8h às 18h nos dias da promoção. O bazar é uma iniciativa do Sebrae/SC em conjunto com a prefeitura municipal e a Associação Empresarial de Ilhota. Para o secretário municipal de Indústria e Comércio de Ilhota, Emerson Maschio, o evento é uma excelente ferramenta para atrair consumidores à cidade. “As lojas participantes terão oportunidade de apresentar produtos de qualidade a preços especiais e, com isso, poderemos atrair mais pessoas ao nosso comércio, inclusive, aquelas que talvez ainda não tenham nos visitado e que poderão ser atraídas pelo bazar”, afirma.
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Notícia Inscrições abertas para doutorado sanduiche As inscrições do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior vão até o dia 15 de setembro Publicada em 31/08/2012 Estão abertas até o dia 15 de setembro as inscrições para o processo seletivo do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PSDE)/CAPES – 2012/2013 para preenchimento de duas vagas. Podem participar todos os alunos regularmente matriculados no curso de doutorado O PDSE é um programa institucional da Capes com o objetivo de apoiar a formação de recursos humanos de alto nível por meio da concessão de cotas de bolsas de doutorado sanduíche aos alunos regularmente matriculados nos cursos de doutorado reconhecido pelo sistema federal. Podem participar os alunos regularmente matriculados no curso de doutorado, não ter usufruído anteriormente, no curso de doutorado, de outra bolsa da Capes de estágio de doutorando ou doutorado pleno no exterior; não ultrapassar período total do doutorado, de acordo com o prazo regulamentar do curso para defesa da tese, devendo o tempo de permanência no exterior ser previsto de modo a restarem, no mínimo, seis meses no Brasil para a redação final e a defesa da tese; ter completado um número de créditos referentes ao programa de doutorado que seja compatível com a perspectiva de conclusão do curso, em tempo hábil, após a realização do estágio no exterior; ter obtido aprovação na defesa do projeto de tese, entre outros. Ate o dia 21 de setembro de 2012 o PPEE divulgará via e-mail e no site da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UVV a relação dos candidatos contemplados a realizar o doutorado sanduíche a partir de dezembro de 2012 ou no primeiro semestre de 2013. Os candidatos selecionados deverão proceder a inscrição online no site da CAPES, conforme consta o Regulamento do PSDE. O PPEE dispõe para o período 2012-2013 de 24 meses de bolsa de doutorado sanduiche. O prazo para a realização do doutorado sanduiche, na modalidade PDSE, para cada candidato, é de mínimo quatro e no máximo 12 meses.
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Muitas empresas de vestuário encontram nas datas comemorativas uma fonte de novos negócios. No Dia dos Pais, que será comemorado dia 14 de agosto, a aposta é na tendência “tal pai, tal filho”. Grandes players do mercado já estão investindo nessa tendência e apresentaram em suas coleções looks idênticos, para pais e filhos. A Hering é um exemplo disso: “Unindo marca infantil e adulta, a Hering e a Hering Kids, apresentam coleção temática para a data. Com cartela de cores composta por azuis, cinzas, brancos e um toque de vermelho, as peças possuem estilo casual e despojado”. Já no caso da DelRio, foram preparados sete modelos diferentes de pijamas 100% algodão ou viscose, com estampas variadas. “As modelagens vestem crianças de 2 a 10 anos e adultos nos tamanhos P, M e G”. Outra grande marca, a C &A, apostou nos esportes radicais para chamar a atenção de quem quer presentear os pais aventureiros. Frases, super-heróis, surfe e skate estampam camisetas idênticas para pais e filhos. Você pode conferir novas ideias e mais informações sobre essa tendência de moda no relatório que foi produzido para o SIS Sebrae-SC sobre “ Tal Mãe, Tal Filha ”. Nele são abordados os seguintes pontos: inspirações em estampas e modelos, cuidados que devem ser considerados, empresas que investem nessa tendência e ações recomendadas.
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Ajin é uma produção da Polygon Pictures (mesmo estúdio de Sidonia no Kishi), adaptação do manga de Gamon Sakurai que vem sendo publicado desde 2012 pela Kodansha. A história é sobre os Ajin, misteriosos seres que não podem morrer. Seu protagonista, o estudante Kei Nagai, tem a sua rotina brutalmente mudada após um acidente. O fato de Ajin ser um anime totalmente em CG causou comentários desapontados de alguns, principalmente quem já teve experiências ruins com a técnica. De fato, já houve casos em que o CG realmente estragou o que poderia ser uma ótima série, como aconteceu no início de Kingdom. Felizmente isso não aconteceu com Ajin, pelo menos em seu primeiro episódio. A animação e o design estão bem mais suaves e menos evidentes em comparação com outras obras. Ainda há uns pontos em que os movimentos ficam estranhos, principalmente as expressões faciais, mas não é nada muito gritante. Parece que estão aprendendo a usar melhor a técnica. Além disso, o visual mais chapado e frio serviu para expressar a atmosfera sombria da história. Trilha sonora e efeitos sonoros foram ótimos, pontuando com eficiência e dando peso adequado aos diferentes momentos. A sequência inicial com a desesperada batalha contra um Ajin, por exemplo, é impressionante: os tiros, explosões, gritos, tudo muito bem feito e orquestrado para dar um tom de realismo às cenas. O episódio transcorreu num ritmo bom, os eventos vão se desenrolando com informações suficientes para entender a história sem exagerar nas explicações, fazendo mistério para segurar o espectador para o próximo episódio. A apresentação do protagonista durou o suficiente para sabermos o essencial sobre ele sem ficar arrastado. E, melhor, o que ficamos sabendo sobre o estudante Kei Nagai é interessante e promissor. O pouco que vemos de seu relacionamento com a irmã, o amigo e a mãe nos deixa curiosos, imaginando o que teria acontecido para terem mudado tanto. As atitudes dos colegas e do professor em relação ao questionamento de Kei sobre os Ajin nos deram, em poucos minutos, uma boa ideia de como a sociedade em geral encara esses seres misteriosos. Enfim, a narrativa foi realmente redondinha, concisa, informativa e instigante, como deve ser um bom início de história. pAjin teve um primeiro episódio muito bom, e promete bastante. Mesmo quem não gosta de CG deveria dar uma chance, pois isso não atrapalhou a experiência. E quem está dizendo isso é uma pessoa que desistiu de ver Sidonia no Kishi e Kingdom por isso! Ficamos aqui com os dedos cruzados para que os próximos episódios mantenham essa mesma qualidade. Se conseguirem, com certeza Ajin será um dos melhores animes desta temporada.
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Lana gostaria de agradecer as dicas redirencionadas a caricaturas, parabéns a Naiana e Bruno pelo noivado e pelas idéias super criativas no qual foram utilizadas com a caricatura que fiz.Um grande abraço e quando precisarem de presentear alguém com uma caricatura é só acessar www.caricateixeira.blogspot.com
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Taioba Sobre a taioba A taioba é uma hortaliça da família Arácea sendo originária das regiões tropicais da América do Sul. É intensamente cultivada e consumida em países da América Central, África e Ásia. No Brasil, o maior consumo ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na região Sudeste se consome a folha enquanto no Nordeste é comum o consumo do rizoma. A taioba é uma excelente fonte dos minerais Fe, P, Ca, K e Mn, comparando-se às fontes tradicionais desses elementos. As folhas são mais nutritivas que os rizomas e são muito usadas na cozinha mineira em substituição à couve. A taioba é tipicamente uma hortaliça de uso regional, podendo ser facilmente confundida com plantas ornamentais não comestíveis da mesma família. As folhas são vendidas em maços e devem apresentar cor verde-escuro brilhante, estarem túrgidas e sem sinais de machucados e sem áreas escurecidas ou amareladas. Folhas mais novas, de menor tamanho, são mais macias e requerem menor tempo de cozimento. As folhas se estragam rapidamente após a colheita devido ao amarelecimento e murchamento, além da alteração do sabor. Quando mantidas em condição ambiente, devem ser consumidas no mesmo dia ou até o dia seguinte à colheita. Em geladeira, podem ser mantidas por até uma semana desde que mantidas em sacos plásticos ou vasilhas de plástico. As folhas e talos podem ser consumidos desde que refogados, pois a taioba não pode ser consumida crua. A taioba é indicada como substituta do espinafre e da couve em uma variedade de pratos tais como tortas, quiches e sanduíches. Na forma tradicional de preparo, as folhas são rasgadas entre as nervuras e refogadas em quantidade generosa de óleo ou azeite, juntamente com os talos. Somente adicione pequena quantidade de água se necessário, para evitar que grude na panela. O tempo de cozimento é maior do que o tempo necessário para o cozimento da couve e do espinafre, pois as folhas da taioba são mais consistentes. O rizoma da planta, parecido com o taro (ou inhame) pode ser cozido com arroz ou adicionado a picadinhos de carnes, sopas, cozidos e purês.
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2) Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento Pesquisas Perícias e Informações no Estado de Minas Gerais - SINTAPPI/MG Recorridos: os mesmos EMENTA: DANO MORAL COLETIVO. A omissão e a negligência da ré em cumprir diversas regras de ordem pública que regem e protegem a saúde, a segurança, a higiene e o ambiente de trabalho sadio, previstas em normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego em sua Fazenda Experimental de Uberaba, chancelam a existência de dano moral coletivo. Evidenciada a lesão a bens jurídicos tutelados pela Carta Magna, que constituem direitos indisponíveis, atitude esta que abala o sentimento de dignidade, revelando falta de apreço e consideração com os trabalhadores daquela coletividade, tendo reflexos na sociedade. A reparação através do dano moral coletivo visa à repressão e ao desestímulo aos atos ilícitos praticados pelo empregador. Vistos os autos. RELATÓRIO Conforme registrado no acórdão de fls. 1142/1149-v, “O MM. Juízo da 32ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, mediante decisão da lavra da Exma. Juíza Sabrina de Faria Fróes Leão, às fls. 1034/1055, rejeitou a preliminar de inépcia da inicial, arguida pela ré, acolheu parcialmente a prefacial de coisa julgada, arguida pela ré, extinguindo o processo sem julgamento do mérito, com relação aos substituídos Aparecida de Deus Silva e João Murilo Pereira, quanto ao pedido de adicional de insalubridade/periculosidade, nos termos do art. 267, V, CPC, declarou prescritos os direitos anteriores a 16/12/2005, e julgou PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Informações no Estado de Minas Gerais – SINTAPPI/MG em face de EPAMIG – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, condenando a ré a pagar aos substituídos JOÃO EDSON FELISBINO e VANIR MOREIRA DOS SANTOS adicional de insalubridade no grau e período apurados pelo Sr. Perito, a partir do período imprescrito anteriormente declarado ou da admissão, conforme o caso, com base no salário mínimo legal, nos termos da fundamentação, com reflexos em horas extras e nos adicionais noturnos efetivamente quitados e, após, nas férias acrescidas do terço constitucional, nos 13os salários e nos depósitos do FGTS, devendo estes últimos serem efetuados na conta vinculada dos substituídos, pelo fato de ainda se encontrarem na ativa, mediante comprovação nos autos, sob pena de indenização equivalente. Determinou, ainda, que após o trânsito em julgado da decisão, deverá a ré proceder a inserção dos adicionais deferidos na folha de pagamento dos substituídos, pena de multa diária equivalente a R$150,00 (cento e cinquenta reais), para cada um, limitada a R$4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais). Fixou os honorários periciais em R$2.000,00, pela ré. Arbitrou as custas em R$200,00, calculadas sobre R$10.000,00, pela ré. A ré e o autor opuseram embargos de declaração às fls. 1058/1060 e 1061/1062, respectivamente, julgados, aqueles, improcedentes, e os segundos parcialmente procedentes, para fazer constar como parte integrante da conclusão do julgado a condenação da demandada ao reembolso ao autor o valor por este adiantado ao Perito, no importe de R$500,00, conforme recibo de fl. 851 (decisão de fls. 1071/1074).A ré interpôs recurso ordinário às fls. 1077/1088. Pugna pelo acolhimento da nulidade do laudo pericial, eis que eivado de inconsistências e equívocos. Insurge-se contra a condenação ao pagamento de adicional de insalubridade aos substituídos JOÃO EDSON FELISBINO e VANIR MOREIRA DOS SANTOS; a aplicação da multa do art. 475-J do CPC; a condenação ao pagamento de honorários periciais. O autor também manejou recurso ordinário (fls. 1091/1112). Requer seja afastada a coisa julgada com relação aos substituídos APARECIDA DE DEUS e JOÃO MURILO PEREIRA; acolhida a nulidade parcial do laudo pericial, vez que não respondeu aos quesitos concernentes aos descumprimento das NRs citadas na inicial. Sustenta a invalidade do laudo pericial, insistindo na existência do labor em condições insalubres no caso de todos os substituídos. Bate-se pela condenação da ré ao pagamento do adicional de insalubridade para todos os substituídos, aduzindo equívocos no laudo pericial, bem como seja reformada a decisão quanto à base de cálculo dos adicionais de insalubridade deferidos; à estipulação de obrigações de fazer à ré, em face do descumprimento de diversas NRs, sob pena de multa diária; à indenização por danos morais coletivos; à aplicação de multas da CLT e previstas nos instrumentos normativos; aos honorários periciais e Justiça Gratuita. O autor apresentou contrarrazões às fls. 1116/1120 e a ré às fls. 1124/1139. Dispensada a manifestação do Ministério Público do Trabalho, eis que não evidenciado interesse público a ser protegido. É o relatório.” (fl. 1142, anverso e verso). À fl. 1149, anverso e verso, esta Eg. Turma conheceu dos recursos ordinários interpostos pelo autor e pela ré e, no mérito, unanimemente, proveu o apelo da ré e parcialmente o recurso do autor, para anular a sentença e determinar o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, a fim de que seja reaberta a instrução e determinada a realização de nova perícia, com o fito de se apurar não apenas a exposição dos substituídos à insalubridade e/ou periculosidade, como também o alegado descumprimento, na Fazenda Experimental de Uberaba, da ré, das NRs e demais dispositivos constitucionais e infraconstitucionais citados na inicial, proferindo-se, após, nova decisão, como se entender devido. Perderam objeto as demais questões dos recursos do autor e da ré. Retornados os autos à origem, foi determinada a realização da predita perícia (fl. 1151). Audiência de fl. 1164, em que o autor assentiu com o adiantamento dos honorários periciais requeridos pelo vistor, determinando-se a realização da prova técnica e concedido às partes o prazo comum de 05 dias para complementarem os quesitos e indicarem assistentes técnicos. Quesitos de fls. 1165/1168. Nova audiência à fl. 1181, concedendo-se ao perito o prazo de 30 dias para elaboração do laudo. Laudo pericial anexado às fls. 1191/1455. Laudo do assistente técnico do autor de fls. 1458/1547. Manifestação do autor à fl. 1152. A ré apresentou a manifestação de fls. 1554/1564. Esclarecimentos do perito às fls. 1571/1582, com manifestação da ré às fls. 1584/1589. Derradeira audiência de fl. 1592, em que foi encerrada a instrução, sem outras provas mais a serem produzidas. O MM. Juízo da 32ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, através da decisão da lavra do Exmo. Juiz do Trabalho Fernando Rotondo Rocha, às fls. 1594/1601, cujo relatório adoto e a este incorporo, rejeitou a preliminar de inépcia da inicial, arguida pela ré, declarou prescritos os créditos anteriores a 16/12/2005, e julgou PROCEDENTES, EM PARTES, os pedidos formulados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Informações no Estado de Minas Gerais - SINTAPPI/MG em face de Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG, condenando a requerida a pagar, no prazo legal: a) adicional de insalubridade aos substituídos aos substituídos ADELVAN GOMES DOS SANTOS, ADRIANA MADEIRA SANTOS JESUS, DALVA DE OLIVEIRA LEAL, LUZIA MOREIRA DA SILVA, no grau máximo, e aos substituídos CARLOS EDUARDO DE CARVALHO, LUCIANY FAVORETO CALVAZARA, JOÃO EDSON FELISBERTO e VANIR MOREIRA DOS SANTOS, no grau médio, observados os períodos de incidência descritos no laudo; b) reflexos dos adicionais de insalubridade nas horas extras e nos adicionais noturnos efetivamente quitados e, após, nas férias acrescidas do terço constitucional, nos 13º salários e nos depósitos do FGTS, devendo estes últimos serem efetuados na conta vinculada dos substituídos que se encontram na ativa, mediante comprovação nos autos, sob pena de indenização equivalente. Determinou que a ré, após o trânsito em julgado da decisão, proceda a inserção dos adicionais ora deferidos nas folhas de pagamento dos substituídos, inclusive do período relativo ao primeiro dia subsequente ao último dia reconhecido pelo Sr. Perito, pena de multa diária equivalente a R$150,00 (cento e cinquenta reais), para cada um, limitada a R$4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais). Sucumbente a requerida no objeto da perícia, determinou que ela deverá arcar com os respectivos honorários, fixados em R$3.000,00 (três mil reais), corrigidos nos moldes do art. 1º, da Lei 6.899/81, a partir da publicação da presente decisão. Por outro lado, considerando os adiantamentos realizados pelo autor ao Sr. Perito nos valores de R$500,00 e R$5.000,00 cada (depósitos de fls. 851 e 1169), condenou a ré, sucumbente no objeto da perícia, a reembolsar as importâncias adiantadas, nos termos à que alude o art. 20 do CPC, não havendo que se ventilar, outrossim, a possibilidade de abatê-las dos honorários anteriormente deferidos, por se tratar de cobertura para despesa de viagem até Uberaba/MG (combustível, depreciação do veículo, pedágio e algum sinistro que porventura ocorrer), ida e volta, estadia e alimentação. Por fim, condenou a requerida, ainda, a pagar honorários advocatícios em favor do autor, na base de 15% sobre o valor total da condenação apurada em liquidação de sentença, sem prejuízo da correção monetária prevista na Lei n. 6.899/81 mais juros de 1% ao mês, contado de forma simples, a partir da sentença, com base no art. 406 do CCB c/com art. 161, § 1º, do CTN. Fixou as custas em R$240,00, pela ré. Os embargos de declaração opostos pela ré às fls. 1602/1605 e pelo autor à fl. 1606 foram julgados improcedentes às fls. 1608/1610. A ré manejou o recurso ordinário de fls. 1611/1653. Suscita a arguição de nulidade da sentença por negativa de prestação jurisdicional. Reitera o pedido de que a execução se processe através do procedimento adotado no art. 100 da CR/88 e no art. 730 do CPC. Pretende seja revisto o r. decisum nos presentes aspectos: deferimento de adicional de insalubridade aos substituídos; obrigação de fazer/multa diária; multa do art. 475-J do CPC; aplicação de multa por litigância de má-fé ao autor; honorários periciais; honorários advocatícios. O autor interpôs recurso adesivo às fls. 1666/1675, abordando os seguintes pontos: obrigações de fazer; indenização por danos morais coletivos; base de cálculo dos adicionais de insalubridade deferidos; multas normativas e da CLT. Contrarrazões ofertadas pelo autor às fls. 1660/1665 e pela ré às fls. 1680/1687, arguindo a preliminar de não conhecimento do apelo adesivo do autor, por ausência de dialeticidade. Não vislumbrado interesse público, os autos não foram remetidos ao Ministério Público do Trabalho. É o relatório. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO ADESIVO INTERPOSTO PELO AUTOR, POR AUSÊNCIA DE DIALETICIDADE, ARGUIDO PELA RÉ, EM CONTRARRAZÕES Sustenta a ré, às fls. 1681/1682 de suas contrarrazões, que o recurso adesivo interposto pelo autor não pode ser conhecido, vez que genérico, não atacando os fundamentos de fato e de direito da r. sentença. Sem razão. Pelo princípio processual da dialeticidade, a fundamentação, cujo atendimento pressupõe necessariamente a argumentação lógica destinada a evidenciar o equívoco da decisão impugnada, é pressuposto extrínseco de admissibilidade de qualquer recurso. Nos termos do inciso II, do art. 514 do CPC e do entendimento cristalizado na Súmula 422 do TST, a parte deve, nas razões de recurso, atacar os fundamentos da decisão recorrida, apresentando fundamentação que a infirme, sob pena de desatender ao princípio da dialeticidade. O autor apresentou os fundamentos pelos quais não se conforma com o destino conferido à lide, pela r. sentença, no que tange aos temas das obrigações de fazer, indenização por danos morais coletivos, base de cálculo dos adicionais de insalubridade deferidos e multas normativas e da CLT, ainda que de forma sucinta e reproduzindo argumentos expostos na peça de ingresso. É o quanto basta para devolver a matéria a esta instância revisora, não havendo se falar em ausência de dialeticidade. Rejeito, pois, a preliminar. Presentes os pressupostos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade, conheço dos recursos ordinários interpostos pela ré e pelo autor, sendo este adesivo. Deixo, contudo, de conhecer do tópico relativo à natureza jurídica da ré e adoção, em execução, do procedimento previsto no art. 100 da CR/88 e art. 730 do CPC, por duplo óbice: inovação recursal e ofensa à Súmula 393/TST. Nada foi alegado na defesa de fls. 80/106 quanto à matéria, não podendo ser objeto de recurso ordinário, sob pena de desrespeito aos artigos 128 e 460 do CPC. Não bastasse, a r. sentença recorrida foi silente o procedimento a ser adotado em execução e, deixando a ré de opor embargos de declaração sobre o referido tema, aplica-se o disposto na Súmula 393/TST, verbis: “RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 515, § 1º, DO CPC O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3º do art. 515 do CPC.” Lembre-se de que não se trata de matéria que possa ser conhecida de ofício por esta Instância Recursal. JUÍZO DE MÉRITO RECURSO DA RÉ PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Afirma a demandada que a r. sentença recorrida é nula, tendo em vista a ausência de apreciação das matérias relativas à desigualdade processual, intempestividade da manifestação do demandante e da intempestividade do laudo do assistente técnico do autor. Ressalta que, mesmo instado o d. Juízo a quo a se manifestar sobre as questões, em sede de embargos de declaração, recusou-se a fazê-lo, em evidente ofensa aos termos dos artigos 5º, XXXV, e 93, IX da CR/88 e 832 da CLT. Pretende seja declarada a nulidade da sentença e determinado o retorno dos autos à origem para que haja expressa pronúncia sobre os temas acima expostos. Examino. As preditas questões foram suscitadas pela recorrente na manifestação de fls. 1554/1564 e reiteradas às fls. 1584/1589. A ré alegou que houve desigualdade processual, porquanto o autor retirou o processo para manifestação sobre o laudo pericial em 14/01/2013, vindo a devolver os autos apenas em 07/02/2013, extrapolando em muito o prazo conferido à fl. 1456, de vinte dias, tratamento este que não conferido também à demandada. Pretende, assim, fosse declarada a intempestividade da manifestação do autor de fl. 1552, bem assim condenado o sindicato ao pagamento de multa por litigância de má-fé, por deixar de cumprir provimentos mandamentais (art. 14, V, do CPC). Nos termos do art. 794 da CLT, “Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.” Analisando-se a r. sentença recorrida, verifica-se, sem maiores esforços, que não foram considerados para o desate da controvérsia a manifestação do autor de fl. 1552 e o laudo do assistente técnico de fls. 1458/1547. Sendo assim, inócua a pretensão de se declarar a nulidade do decisum, vez que ausente pressuposto básico para que seja acolhida: o efetivo prejuízo da parte que o alega. No que tange à aplicação de multa ao autor por litigância de má-fé, decorrente de suposto descumprimento de provimentos mandamentais, a matéria foi analisada na r. decisão de piso, à fl. 1598-v, item 13, concluindo o MM. Juízo originário que não houve prática, pelo SINTAPPI, de conduta tipificada no art. 17 do CPC. Injustificável, portanto, a oposição de embargos de declaração sob tal aspecto, sendo devolvida a matéria ao segundo grau, como de fato o foi, através do presente apelo, sem que se cogite de nulidade do julgado. Doutro vértice, não visualiza nenhum prejuízo processual à ré pelo fato de não contar com o mesmo prazo conferido ao autor para manifestação sobre o laudo pericial de fls. 1191/1455. É que, analisando-se a petição de fls. 1554/1564, tem-se que a ré refutou todos os aspectos da prova técnica com os quais não concordava, trazendo todos os fundamentos que amparam a sua discordância, pelo que o prazo a ela conferido foi mais do que suficiente para a garantia do direito processual da ampla defesa, contraditório e do devido processo legal. Tanto é assim que, mesmo dispondo de vinte dias para manifestação sobre o laudo pericial (fl. 1456), protocolizou a peça de fls. 1554/1564 antes mesmo do término do prazo (05/03/2013, fl. 1554). Discorda a ré da condenação ao pagamento de adicional de insalubridade aos substituídos Adelvan Gomes dos Santos, Dalva de Oliveira Leal, Luzia Moreira da Silva, João Edson Felisbino, Vanir Moreira dos Santos, Adriana Madeira Santos Jesus, Carlos Eduardo de Carvalho e Luciany Favoreto Calvazara. Aduz que não pode subsistir a conclusão pericial, eivada de equívocos. Afirma que os EPIs fornecidos neutralizaram os agentes insalubres. Requer, por cautela, seja restrita a condenação relativa à substituída Adriana Madeira ao período em que laborou na Fazenda Experimental de Uberaba. Aprecio. O minucioso e acurado laudo pericial de fls. 1191/1455, acrescido dos esclarecimentos de fls. 1571/1582, constatou a existência de insalubridade aos substituídos Adelvan Gomes dos Santos, Dalva de Oliveira Leal, Luzia Moreira da Silva, João Edson Felisbino, Vanir Moreira dos Santos, Adriana Madeira Santos Jesus, Carlos Eduardo de Carvalho e Luciany Favoreto Calvazara, conclusão que deve ser ratificada. O i. perito analisou as atividades desenvolvidas pelos substituídos na ré, bem como os locais onde desenvolviam as suas funções, valendo-se da inspeção in loco, das informações prestadas pelas pessoas descritas à fl. 1198, item 06 (art. 429 do CPC) e dos documentos anexados aos autos. Esclareceu o vistor que houve avaliação qualitativa e quantitativa dos agentes nocivos aos quais se expuseram os substituídos. Quanto aos substituídos Adelvan Gomes dos Santos, Dalva de Oliveira Leal e Luzia Moreira da Silva, afirmou o louvado que eles se expuseram ao agente insalubre constante do Anexo 14 da NR-15, Portaria n. 3.214/78, do MTb, verbis, vez que, na atividade de limpeza e faxina por eles desempenhadas nas instalações da Fazenda Experimental da ré, em Uberaba, encontrava-se o recolhimento, ensacamento e colocação em tambores coletores de todo o lixo gerado na Fazenda: “NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES – ANEXO N.º 14 AGENTES BIOLÓGICOS Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. Insalubridade de grau máximo: Trabalho ou operações, em contato permanente com: (...) - lixo urbano (coleta e industrialização).” Salientou que o lixo advinha de aproximadamente 15 banheiros e 20 sanitários, além de escritórios, copa, laboratórios, entre outras dependências da ré, sendo produzido por empregados, visitantes, prestadores de serviços, bolsistas e de atividades desenvolvidas em laboratórios, processos de beneficiamento das colheitas realizadas, entre outras. O perito enfatizou que o recolhimento era realizado no tempo médio de uma hora diária, podendo conter o lixo, entre outros elementos, agentes biológicos (bactérias, fungos, vírus, etc.), o que confere o caráter de lixo urbano e não residencial. Conquanto alegue, a ré não comprovou o fornecimento dos EPIs necessários para a neutralização do agente insalubre, conforme destacado pelo expert. O substituído Adelvan recebeu, ao longo do período imprescrito até 16/12/2010 apenas 08 pares de luvas impermeáveis, sendo certo que os certificados de aprovação (CAs) esclarecem que elas não são indicadas para a proteção contra os agentes biológicos em comento. Do mesmo modo, quanto aos substituídos Dalva, que recebeu, entre 03/03/2009 e 16/12/2010 apenas 06 pares de luvas impermeáveis, e Luzia Moreira, que recebeu 07 pares de luvas impermeáveis, entre 01/08/2006 e 16/12/2010. Nos esclarecimentos de fls. 1571/1582, o perito ratificou as suas conclusões, infirmando a tese empresária de que à espécie não se aplicaria o disposto no Anexo 14 da NR-15. Como destacado pelo vistor, o lixo, pela sua própria natureza, era contaminado, contendo características de lixo urbano e não meramente residencial. Havia o recolhimento de uma média de 60 kg diários e, segundo o perito, “era o próprio lixo recolhido pelo serviço de limpeza pública da cidade de Uberaba, com o título de ‘Lixo Urbano’” (item 10, fl. 1576). Ora, contrariamente ao alegado pela recorrente, foi atingida a finalidade do Anexo 14 da NR-15, que é conferir o adicional de insalubridade àqueles empregados que se expõem, mesmo que em parte de suas atividades, a risco de contágio com agentes biológicos, que, frise-se, no caso em tela, não eram poucos, não podendo subsumir a controvérsia à distinção semântica entre lixo urbano e residencial/escritório. O risco existia e não pode ser ignorado. A hipótese não é, portanto, aquela prevista na OJ 04, itens I e II, da SDI-1/TST, devendo ser considerada lixo urbano, nos moldes do Anexo 14 da NR-15. Irrelevante que tenha sido afastado, em outro processo, o direito ao adicional em discussão aos auxiliares de serviços gerais da EPAMIG, devendo ser considerado cada caso concreto, com as suas especificidades. Descartada a tese de ofensa aos artigos 5º, II e LIV, e 7º, XXIII, da CR/88, 189, 190 e 818 da CLT e 333 do CPC, mantendo-se a r. sentença, que deferiu o adicional de insalubridade em grau máximo, nos termos de fls. 1595-v/1596. No que concerne aos substituídos João Edson Felisbino e Vanir Moreira dos Santos, constatou o louvado o trabalho e operações em contato permanente com animais em estábulos. Às fls. 1215/1216, 1217/1218, 1251/1253 e 1255/1256, informou o perito que, no período de 05 meses do ano (junho a outubro), apanhavam a silagem, colocavam na carreta e a distribuíam no cocho para o gado, podendo, se necessário, misturar a ração na silagem. Disse, ainda, que, nos intervalos, realizavam a limpeza dos piquetes (pequenas áreas cercadas) e do curral, removendo as fezes dos animais com enxada, transportadas e jogadas no pasto, o que ocorria na média de 04 horas por dia, 02 dias por semana, no caso de João Edson, e 01 dia da semana, quanto a Vanir Moreira. Esclareceu que, nos demais meses do ano, eles realizavam a limpeza dos estábulos, recolhendo as fezes dos animais, na média de 04 horas em uma dia da semana, ambos os substituídos, o que denota a habitualidade e intermitência da atividade. Conforme bem lembrou o vistor, em casos tais, o empregado se expõe ao contato com os excrementos do gado, os quais podem conter agentes biológicos como vírus, bactérias e protozoários, com risco potencial presumido altíssimo à saúde e à integridade física do trabalhador (item 9.1.13.2.1, fl. 1255). A hipótese está perfeitamente inserida no Anexo 14, NR-15, da Portaria n. 3.214/78 do MTb, acerca do direito a haver o adicional de insalubridade em grau médio. Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: (...) - estábulos e cavalariças (...)” Diversamente do que pretende fazer crer a ré, despiciendo perquirir se os animais eram doentes, sendo certo que a norma retro citada não traz o referido requisito, aludindo apenas ao trabalho e operações em contato permanente com animais em estábulos e cavalariças, o que é o caso dos autos. Sem espaço, assim, a tese de que na EPAMIG os animais constituem a própria pesquisa, com efetivo controle veterinário sobre eles. Ademais, como dito pelo vistor, nos esclarecimentos de fls. 1577/1578, itens 16 a 17, apenas visualmente a aparência do gado seria boa, não significando necessariamente que animais seriam sempre saudáveis. Não há prova efetiva da ré nesse sentido. No que concerne aos EPIs, embora insista a demandada em aduzir a entrega e utilização dos equipamentos necessários para a neutralização do contato ao agente insalubre, não é o que se verifica da realidade fática apurada pelo perito às fls. 1252/1253 e 1255/1257. As luvas impermeáveis comprovadamente entregues aos substituídos não são indicadas para a proteção contra os agentes biológicos. Inexistiu, sequer, prova de entrega de botas impermeáveis, imprescindíveis para o labor em contato com excrementos de animais. Irretocável a r. sentença, que condenou o pagamento do adicional de insalubridade, em grau médio, para os substituídos João Edson Felisbino e Vanir Moreira dos Santos, nos moldes de fl. 1596, afastando-se a alegação de ofensa aos artigos 5º, II e LIV, e 7º, XXIII, da CR/88, 189, 190 e 818 da CLT e 333 do CPC. Quanto à substituída Adriana Madeira Santos Jesus, prevalecem as conclusões do laudo pericial que, de forma detalhada, apurou as condições de trabalho da substituída na Fazenda Experimental da ré em Uberaba, consoante relatos de fls. 1207 e 1228/1231, concluindo pela exposição a agentes insalubres em grau máximo, pelo manuseio e contato com álcool metílico. Relatou o expert que a substituída, trabalhando no laboratório de Técnicas Moleculares da Fazenda Experimental de Uberaba, realizava a extração e análise de DNA de plantas (soja e mandioca). Para os referidos misteres, utilizava reagentes químicos, entre eles, álcool metílico, na freqüência média de 03 dias da semana, no tempo médio de 07 horas em cada dia. Esclareceu que o agente químico em discussão é objeto do Anexo 11, da NR-15, que estabelece limites de tolerância no caso de exposição a vapores em suspensão no ar (penetração pelo aparelho respiratório, análise quantitativa). Todavia, na hipótese de penetração na pelé, a análise é qualitativa, ou seja, basta a comprovação da exposição ao agente químico para se conferir o direito ao adicional. Mais uma vez não logrou a demandada comprovar a neutralização pelos respectivos EPIs que, no caso, seriam as luvas impermeáveis de cano longo e/ou cremes de proteção, não fornecidos pela empresa. Instado a se manifestar sobre os esclarecimentos da ré, o perito manteve as suas conclusões, mesmo com a especificação da quantidade presente de álcool metílico nos reagentes utilizados na extração do DNA das plantas bem como o método utilizado pela substituída para manipulá-lo (itens 32 a 36, fls. 1580/1581). Entende-se, dessa forma, que, ainda assim, havia a exposição ou contato da substituída ao agente químico, não demonstrando a ré, por prova concreta nos autos, que a quantidade do álcool metílico e o modo de manipulação (vidrarias em geral) teriam afastado o risco a que alude a recorrente. Rememore-se que o perito ressaltou que a avaliação é qualitativa, pelo que mesmo a exposição em pequenas quantidades garantiria o direito ao respectivo adicional. Sendo assim, é de se manter o resultado da perícia, neste aspecto, por se tratar de prova técnica, não contendo este Relator conhecimento suficiente para chancelar a irresignação empresária. Mantida a condenação no caso da substituída Adriana Madeira, afastando-se a alegação de ofensa aos artigos 5º, II e LIV, e 7º, XXIII, da CR/88, 189, 190 e 818 da CLT e 333 do CPC, ressaltando-se, contudo, que, como bem obtemperou a ré, ela somente pode se ater ao período em que laborou na Fazenda Experimental de Uberaba, no laboratório de Técnicas Moleculares, ou seja, a partir de 21/04/2009 (fl. 1119, item 7.2). Provido parcialmente o apelo, neste aspecto. No tocante a Carlos Eduardo de Carvalho, as mesmas razões adotadas para a manutenção das conclusões periciais quanto à substituída Adriana Moreira a ele se aplicam. A discussão sobre a quantidade de acido sulfúrico a que se expunha o substituído, bem como o material com o qual o manipulava, é técnica, não podendo este Relator nela adentrar, por lhe faltar conhecimento sobre o tema. O perito, mesmo após os esclarecimentos solicitados pela ré, manteve a tese de exposição a agente insalubre em grau médio, na forma do Anexo 13 da NR-15, Portaria n. 3.214/78 do MTb, relativamente à “fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico e sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico.” (grifei) Conforme os relatos de fls. 1211/1212 e 1237, o substituído realizava análises químicas do solo através de soluções de cloreto de potássio, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, entre outras. Esclareceu que a solução do ácido sulfúrico era utilizada para a determinação da quantidade de potássio na amostra do solo, sendo certo que, às segundas-feiras, o substituído preparava as soluções por um tempo médio de 04 horas, encontrando-se, entre elas, a de ácido sulfúrico, na qual gastava cerca de 20 minutos. Acrescentou que, nos demais dias da semana, o substituído, na análise química de amostras de solo, também manipulava e mantinha contato com a solução de ácido sulfúrico, de forma habitual e permanente. Às fls. 1237/1239, foi enfático o vistor ao afastar a neutralização do agente químico pelos competentes EPIs, haja vista que não houve prova de entrega de luvas impermeáveis resistentes ao ácido, acrescentando que, para se evitar a inalação de vapores de ácido sulfúrico, são necessárias as máscaras de proteção com filtro químico de carvão ativado, específico para o referido contaminante. Nos esclarecimentos de fls. 1579/1580, itens 25 a 30, foram mantidas as conclusões periciais, pelo que, mesmo diante de eventual presença de pequena quantidade de ácido sulfúrico e do material utilizado na manipulação, ainda assim não estaria afastado o risco. Ademais, a avaliação é qualitativa, não sendo necessário perquirir sobre a quantidade a que se expunha o substituído. Incensurável a r. decisão de piso, quanto ao deferimento do adicional de insalubridade em grau médio ao substituído Carlos Eduardo, nos termos de fl. 1596. Descartada a tese de vulneração aos artigos 5º, II e LIV, e 7º, XXIII, da CR/88, 189, 190 e 818 da CLT e 333 do CPC. Segundo os informes de fls. 1213/1214 e 1257/1259, a substituída desempenhava os seus misteres nos laboratórios de Nematologia e Fitopatologia, nas plantações experimentais e na casa de vegetação. Nos laboratórios, realizava a extração de nematoides (vermes) do solo e das raízes das plantações experimentais de milho, soja, feijão e gramíneas forrageiras, utilizando usualmente como reagentes químicos o ácido lático, hipoclorito de sódio e formol diluído em água destilada. A atividade ocupava cerca de 04 horas diárias, em 05 dias do mês, acrescentando o vistor que, na identificação de alguns nematóides, a substituída usava ácido lático com posterior leitura em microscópio e lupa. Ressaltou a utilização de autoclave e câmara ultravioleta para a assepsia e multiplicação de fungos e nematóides, em cerca de 03 dias do mês, por um tempo médio de 04 horas diárias. No campo, a substituída realizava plantio, coleta e análise de culturas em áreas que tinham nematóides (cultura de soja e de forrageiras); na casa de vegetação, ativava-se na limpeza de vasos, enchimentos destes com solo e substrato, com realização de transplantio de mudas, inoculação do nematóide nestas e, após 60 a 90 dias, procedia à avaliação no laboratório de Nematologia. Por fim, ainda preparava a cultura de fungos para realização de experimentos com os nematóides, na frequência média de 04 horas diárias, por 03 dias do mês. Analisando as atividades específicas de extração dos nematóides do solo e das raízes e de preparação dos fungos, o perito atestou que a substituída expunha-se, de forma habitual e permanente, a agentes biológicos constantes do Anexo 14, NR-15, da Portaria n. 3.214/78 do MTb, verbis: “Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: Trata-se de avaliação qualitativa, destacando o vistor que o risco à saúde e à integridade humana com os microorganismos (fungos e neumatoides) é altíssimo. Às fls. 1258/1259, a prova pericial descartou a neutralização pelos respectivos EPIs. Não bastasse, foi constatada, outrossim, a exposição a radiações não ionizantes, nos moldes dos itens 1 e 2 do Anexo 7, NR-15, Portaria n. 3.214/78, vez que a substituída utilizava a câmara ultravioleta para a assepsia e multiplicação de fungos e neumatóides, o que ocorria de modo habitual e intermitente (item 9.1.6, fls. 1224/1225). Também neste caso, não houve prova de fornecimento dos devidos EPIs, no caso, luvas de couro, óculos de proteção, entre outros (fls. 1225/1226, item 9.1.6.1). A hipótese seria também de adicional de insalubridade em grau médio. Nas respostas aos pedidos de esclarecimentos da ré, foi chancelada a conclusão pericial. Entende-se que o vistor, às fls. 1578/1579, quesitos 18 a 24, especificou não importar a quantidade de fungos e nematóides manipulados, por se tratar de avaliação qualitativa. Entrementes, na resposta de fl. 22 de fl. 1578, há evidente contradição do vistor, que, infirmando o alegado no laudo, disse que os microorganismos manipulados não causariam contaminação ao homem, o que, a meu ver, afasta a conclusão de contato com “material infecto-contagiante”, nos termos da NR-15, Anexo 14. Contudo, ainda assim, deve ser mantida a conclusão pericial quanto às radiações não ionizantes, vez que o expert precisou que o aparelho utilizado pela substituída não impede nem elimina totalmente o risco de exposição, acrescentando que há situações que requerem o acompanhamento do operador da execução do trabalho (respostas 23 e 24, fl. 1579). Por conseguinte, sob a ótica da exposição habitual e intermitente às radiações não ionizantes, ao longo do período de 10/08/2009 a 16/12/2010, conforme fl. 1596 da r. sentença, às radiações ionizantes, mantém-se a condenação da ré ao pagamento de adicional de insalubridade em grau médio à substituída Luciany. Impende salientar que o Juiz não está adstrito às conclusões do laudo pericial, podendo formar livremente seu convencimento, desde que embasado nos demais elementos presentes nos autos (art. 436 do CPC). Existe, naturalmente, uma presunção juris tantum da pertinência técnica de suas conclusões e ainda da veracidade dos subsídios fáticos informados pelo expert, em razão de sua formação e da experiência amealhada ao longo da vida profissional, colhendo in loco informações que reputa mais relevantes para cada caso concreto. Tendo a prova técnica evidenciado a exposição a agentes insalutíferos, consoante as linhas pretéritas, devem ser chanceladas as conclusões periciais, ante à inexistência de elementos de convicção em contrário nos autos, ressalvada apenas a questão da contradição do vistor na análise do direito à substituída Luciany, o que, contudo, não afastou a concessão do adicional sob outro prisma, como se viu anteriormente. Provimento parcial conferido ao apelo, para afastar a condenação da ré ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo à substituída Adriana Madeira dos Santos Jesus no período anterior a 21/04/2009. OBRIGAÇÃO DE FAZER – MULTA DIÁRIA Irresigna-se a ré com a condenação a incluir em folha de pagamento dos substituídos os adicionais de insalubridade deferidos, de forma retroativa, sob pena de multa diária de R$150,00 para cada substituído, limitada a R$4.500,00. Assevera que, da forma como imposta, a obrigação não é passível de cumprimento, não havendo como gerar folhas de pagamento de forma retroativa para fazer inserir o adicional de insalubridade, ainda mais se considerar que o processo abarca o período compreendido entre 2005 e 2010, além de não estar claro o que se considera a expressão “do período relativo ao primeiro dia subseqüente ao último dia reconhecido pelo Sr. Perito.” (fl. 1632). Ressalta que, quando da liquidação da sentença, com a apresentação dos cálculos, será considerado todo o período até o dia em que os cálculos forem elaborados, inexistindo prejuízo para os substituídos, com a inclusão em folha de pagamento das parcelas vincendas. Requer seja fixada a obrigação de fazer na fase de execução, oportunidade em que a ré terá que fazer o pagamento dos valores liquidados devidos e, consequentemente, a partir dali, a inserção do adicional nas folhas de pagamento futuras. Pretende, outrossim, que seja decotada a multa cominatória ou ao menos reduzido o seu valor, por excessivo, sob pena de enriquecimento ilícito da parte. Pois bem. À fl. 1596-v da r. sentença, determinou o MM. Juízo originário que “a ré, após o trânsito em julgado da presente decisão, proceda a inserção dos adicionais ora deferidos nas folhas de pagamento dos substituídos, inclusive do período relativo ao primeiro dia subsequente ao último dia reconhecido pelo Sr. Perito, pena de multa diária equivalente a R$150,00 (cento e cinquenta reais), para cada um, limitada a R$4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais).” Diversamente do que sustenta a ré, o comando anterior não é no sentido de se confeccionar novas folhas de pagamento, relativamente a período pretérito, cingindo-se apenas a determinar que a empresa pague o adicional de insalubridade inclusive pelo período posterior ao último dia reconhecido pelo i. vistor, face à ausência de prova de alteração das condições de trabalho dos substituídos (art. 471/CPC). E isso ocorrerá na fase de liquidação de sentença, exatamente como pretende a demandada, inexistindo a obscuridade apontada em recurso. Dar-se-á a inserção em folhas de pagamento dos substituídos a partir do trânsito em julgado da decisão, como exposto na sentença. No que toca à astreintes, deve ser mantido o valor diário de R$150,00 por cada substituído, limitada a R$4.500,00, por razoável e proporcional, não havendo se falar em redução. Com o fito de se evitar maiores delongas, dou parcial provimento ao apelo, apenas esclarecer que o pagamento dos adicionais de insalubridade deferidos aos substituídos, parcelas vencidas, deverá ocorrer em juízo, sem necessidade de retificação das folhas de pagamento já elaboradas. Sustenta a ré não ser aplicável o art. 475-J do CPC, vez que há norma específica na CLT acerca do não pagamento espontâneo da execução pelo executado (art. 883/CLT), não sendo compatível a referida penalidade com o Processo do Trabalho. Isto porque não há nenhum dispositivo específico nas normas processuais trabalhistas que estabeleça alguma sanção pelo inadimplemento ou mora no pagamento das parcelas deferidas em juízo. Assim, a aplicação do art. 475-J do CPC se ampara no art. 769 da CLT, o qual dispõe que: “Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”. Quanto à compatibilidade com a sistemática processual trabalhista, não há campo para dúvidas, vez que a aplicação do citado art. 475-J visa atender justamente aos princípios da celeridade e da simplicidade, os quais norteiam o processo do trabalho. Deve-se destacar, ainda, que a Súmula 30 editada por este Regional considera que: “A multa prevista no artigo 475-J do CPC é aplicável ao processo do trabalho, existindo compatibilidade entre o referido dispositivo legal e a CLT”. Provimento negado. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ Entende a ré que deve ser aplicada ao autor a multa por litigância de má-fé. Argumenta que o autor tinha conhecimento que parte dos substituídos havia participado de ação idêntica, objeto de acordo homologado judicialmente, bem como que outros já percebem adicional de insalubridade. Aduz que o autor deixou de cumprir provimentos mandamentais, utilizando-se do processo para auferir vantagem ilegal, retirando os autos da Secretaria antes do prazo que lhe foi assinalado e permanecendo de sua posse até o término do prazo. Diz que o demandante pretendeu alterar a verdade dos fatos, sendo aplicável a hipótese do art. 17/CPC. Sem razão. Os fatos apontados pela ré não evidenciam a alegada má-fé do autor, inexistindo nenhuma das hipóteses dos artigos 16 e 17 do CPC. A discussão sobre o acordo realizado no Processo 1615/2001, celebrado no juízo da 16ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, envolve amplo debate, por abranger diversos substituídos, tanto é que foi devolvida nesta instância, consoante o acórdão primevo de fls. 1142/1149-v (item “coisa julgada”, fls. 1143-v/1144-v). E, exatamente pela existência de inúmeros substituídos, é justificável eventual confusão do autor ao postular adicional de insalubridade para empregados que já o recebem, sem que isto conduza à apontada má-fé. Acerca da alegação de descumprimento, pelo SINTAPPI, de provimentos mandamentais, reporto-me às razões expostas na preliminar de nulidade da sentença por negativa de prestação jurisdicional, acrescentando que, diversamente do que sustenta a ré, os autos não foram retirados pelo autor antes do prazo legal. Consoante certificado à fl. 1456, as partes foram intimadas em 11/01/2013 (DEJT) para se manifestarem sobre o laudo pericial, no prazo de vinte dias, sucessivamente, a contar pelo autor. O documento de fl. 1457 revela que o autor retirou os autos em 14/01/2013, ou seja, após a sua intimação, sendo mister ressaltar que não há óbice legal a que o ato ocorresse dentro período de recesso deste Eg. TRT (Res. Administrativa n. 162/2012). Aliás, a questão sequer foi ventilada na manifestação da ré de fls. 1554/1564, pelo contrário, admitindo à fl. 1554 que, ao retirar os autos em 14/01/2013, o autor deu-se por citado naquela data, correndo a partir daí o prazo de vinte dias, retro citado. Doutro prisma, a devolução dos autos após o prazo de vinte dias, em 07/02/2013 (fl. 1457), não traz, por si só, a comprovação de má-fé do autor, até porque inexistiu prova de que, com o referido ato, obteve vantagem ilegal com a medida. Foi assegurada a igualdade no tratamento das partes, tanto é que a recorrente apresentou a sua manifestação ao laudo pericial, bastante detalhada, não se visualizando nenhum prejuízo processual. O descumprimento de procedimentos mandamentais, hipótese do art. 14, V, do CPC, autoriza, quando muito, a aplicação da multa do parágrafo único do mesmo dispositivo legal, a depender do critério do juiz, se entender que houve ato atentatório ao exercício da jurisdição. No caso dos autos, o ato praticado pelo autor não tem a gravidade que pretende imprimir a ré, pelo que descabe falar na multa em comento. Em síntese, o autor exerceu o seu direito constitucional de ação, de modo regular, sem excessos. Nada a prover. HONORÁRIOS PERICIAIS Assevera a EPAMIG que a imposição de pagamento integral dos honorários periciais fixados, bem como a proibição de compensar os valores antecipados com os honorários fixados e a determinação de reembolsar ao Sindicato os honorários adiantados impõe à recorrente um encargo desproporcional, já que, pela realização da perícia, arcará com um custo total de R$8.500,00. Aduz que os custos do processo não podem se apresentar excessivamente onerosos ao empregador, sob pena de violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Lembra que, se o SINTAPPI fosse sucumbente no objeto da perícia, os honorários periciais estariam limitados aos valores constantes das Resoluções 35/2007 e 66/2010 do CSJT (R$1.000,00). Ressalta que não foi sucumbente no objeto da perícia, já que era de conhecimento do Sindicato a existência do pagamento de adicional de insalubridade para 06 dos 10 substituídos e, mesmo assim, insistiu na prática do ato processual, não sendo razoável que a ré arque com a totalidade dos honorários periciais. Bate-se pela aplicação da sucumbência recíproca, que não encontra óbice no art. 790-B da CLT. Requer seja reduzido o valor fixado a título de honorários periciais, R$3.000,00, por excessivo, e abatido do montante adiantado ao Perito, R$5.000,00, vez que não houve cobertura para despesa de viagem, mas apenas antecipação de verba honorária, conforme informado pelo próprio vistor. Diz que não há previsão legal para o adiantamento ou realização de depósito prévio dos honorários periciais e, se o Sindicato assim o procedeu, o foi por liberalidade, não podendo ser imposto o reembolso do valor adiantado à parte sucumbente. Argumenta, por cautela, que o reembolso não pode se dar no abusivo importe de R$5.000,00, pois caberia ao Perito juntar aos autos comprovantes dos gastos realizados com a diligência, devolvendo ao Sindicato a diferença não utilizada, o que não fez. Reporta-se à primeira perícia, em que o vistor solicitou o adiantamento de apenas R$500,00. Alega, por fim, que não pode ser condenada ao reembolso dos valores antecipados pelo SINTAPPI na primeira perícia, haja vista sua anulação, aplicando-se o disposto no art. 182 do CC/02. Ao exame. Sobre a matéria, assim consignou o MM. Juízo originário: “15 - Dos honorários periciais. Sucumbente a requerida no objeto da perícia, deverá arcar com os respectivos honorários, desde já fixados em R$3.000,00 (três mil reais), por entender o Juízo que tal valor se encontra razoável e compatível com o trabalho apresentado, corrigidos nos moldes do art. 1º, da Lei 6.899/81, a partir da publicação da presente decisão. Por outro lado, considerando os adiantamentos realizados pelo autor ao Sr. Perito nos valores de R$500,00 e R$5.000,00 cada (vide Depósitos às fs. 851 e 1169), deverá a ré, sucumbente no objeto da perícia, reembolsar as importâncias adiantadas, nos termos à que alude o art. 20 do CPC, não havendo que se ventilar, outrossim, a possibilidade de abatê-las dos honorários anteriormente deferidos, por se tratar de cobertura para despesa de viagem até Uberaba/MG (combustível, depreciação do veículo, pedágio e algum sinistro que porventura ocorrer), ida e volta, estadia e alimentação, conforme narrado às fs. 848 e 1155/1156.” (Sentença, fls. 1598-v/1599). No entendimento do Relator, deveria ser mantida a determinação de que a ré restitua ao SINTAPPI o valor adiantado ao vistor, de R$5.000,00, eis que destinado à realização da prova técnica, abrangendo entre outros itens, o deslocamento de aproximadamente 1.000 km para ida e volta à Fazenda Experimental de Uberaba, hospedagem e alimentação para período de cerca de 20 dias, realização de medição de ruído, pesquisas e consultas técnicas, conforme relatado pelo expert às fls. 1155/1156. Conquanto alegue a demandada que não houve apresentação por parte do perito das respectivas despesas, é certo que a recorrente tampouco trouxe prova concreta acerca da exorbitância do valor pretendido a título de adiantamento de verba honorária. Irrelevante que na primeira perícia tenha sido solicitado a antecipação de apenas R$500,00, até porque, consoante manifestação de fl. 848, o objeto do adiantamento era apenas a despesa de viagem, estadia e alimentação, ou seja, menor do que aquele citado às fls. 1155/1156, pelo segundo perito. Embora não haja previsão legal para o adiantamento ou realização de depósito prévio dos honorários periciais, é de se entender que, como tal, destina-se a fazer frente aos custos iniciais da prova técnica, sendo de responsabilidade daquele que for nela sucumbente. É mero desdobramento do princípio da sucumbência, portanto. Quanto aos honorários fixados para a segunda perícia, entendia o Relator como sendo razoável e adequado o valor de R$3.000,00, considerando-se o exaustivo trabalho realizado pelo Perito, não se olvidando da grande complexidade da perícia, destinada à apuração das condições de trabalho de dez substituídos e, frise-se, do descumprimento de inúmeros itens das normas regulamentadoras (NRs) citadas na inicial. O Perito realizou trabalho minucioso e bastante preciso, devendo ser remunerado no montante arbitrado na origem. No que tange à responsabilidade pelo pagamento da verba honorária, adota o Relator o entendimento de que, em demandas que versam sobre relação de emprego, como no caso, a sucumbência recíproca é incabível, por aplicação analógica das regras que disciplinam o arbitramento de custas no processo do trabalho (art. 789 da CLT), que, no particular, estabelecem tratamento diverso à matéria em relação ao processo comum (arts. 20 e 21 do CPC). Logo, sucumbente quanto ao objeto da perícia, caberia mesmo à ré arcar com os ônus da prova técnica, no valor integral de R$3.000,00, afastando-se a tese de violação aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e da igualdade ou isonomia processual. Ressaltou-se que a perícia realizada nos autos do Processo 01855-17.2010.5.03.0111, embora se refira à apuração de insalubridade/periculosidade para número maior de substituídos, não contemplou a análise dos diversos itens das NRs citadas na peça de ingresso, tornando justificável a concessão de honorários periciais em montante superior nestes autos, face à maior complexidade e minúcia da prova técnica destes autos. Face ao exposto, no entendimento do Relator, não deveriam ser reduzidos os honorários periciais fixados em primeiro grau em R$3.000,00, deduzindo-se do montante de R$5.000,00, de objeto distinto daqueles honorários. No tocante à perícia anulada, mantinha o Relator a r. sentença recorrida, que condenou a ré a restituir o valor adiantado ao SINTAPPI, reportando-se às razões expostas acerca da sucumbência da empresa no objeto da primeira prova técnica, considerando o que foi apurado na segunda perícia. Com efeito, a primeira perícia foi anulada (art. 182 do CC/02), mas não se pode olvidar de que houve realização de gastos com deslocamento, estadia e alimentação pelo primeiro vistor, que não pode ficar no limbo, merecendo ser ao menos ressarcido dos respectivos montantes. No entanto, a d. maioria, partindo de uma perspectiva interpretativa diversa, entendeu que deve ser dado parcial provimento ao recurso da ré, para decotar da condenação o pagamento dos honorários periciais, no importe de R$3.000,00, relativos à segunda perícia. Ficou mantida a determinação de a ré restituir ao autor os montantes adiantados ao primeiro e ao segundo perito, R$500,00 e R$5.000,00, respectivamente. Provimento parcial conferido ao apelo, para decotar da condenação o pagamento dos honorários periciais relativos à segunda perícia, no importe de R$3.000,00, vencido o Relator, que negava provimento ao recurso da ré. HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS Inconforma-se a ré com o deferimento de honorários advocatícios ao autor. Aduz que a Súmula 219, item III, TST, foi editada posteriormente à distribuição da demanda, não podendo retroagir para alcançar situações pretéritas, argumentando que anteriormente vigia o entendimento de que não seriam devidos os honorários advocatícios no caso de o sindicato atuar em nome próprio. Sustenta violação ao princípio da segurança jurídica (art. 5º, XXXVI, da CR/88) bem como ao art. 6º do LINDB. Afirma, ainda, que foram descumpridos os requisitos das Leis 1.060/50 e 5.584/70, da Súmula 219/TST e da OJ 305 da SBDI-1/TST, em especial, a miserabilidade jurídica e a impossibilidade de demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da família, jungidos à assistência judiciária prestada pelo Sindicato. Entende não se afigurar razoável que o C. TST venha a dispensar tais requisitos, sob pena de violação ao art. 2º da CR/88. Por cautela, requer seja reduzido o percentual fixado, porquanto a demanda não apresenta nenhuma complexidade, incidindo o montante sobre o valor líquido da condenação, a teor do art. 11, parágrafo 1º, da Lei 1.060/50. Argumenta haver bis in idem na incidência, sobre os honorários, dos juros de 1% ao mês, a partir da sentença, bem como de correção monetária, requerendo seja afastada a aplicação de juros e correção monetária. No caso dos autos, o sindicato não é representante dos trabalhadores, mas substituto processual destes, sendo a entidade a própria autora da ação. Como a justiça gratuita é instituto de ordem processual, não vislumbro a possibilidade de o benefício ser concedido em favor dos substituídos, pois eles jamais arcarão com as eventuais custas e outras despesas processuais da presente demanda. Entrementes, a teor do que dispõe o item III da Súmula 219 do TST, com a nova redação conferida pela Resolução nº 174/2011, divulgada no DEJT dos dias 27, 30 e 31.05.2011, verbis: “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE CABIMENTO. (..) III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.” Dessa forma, devidos os honorários advocatícios a favor do sindicato assistente, não havendo se falar em ofensa ao princípio da irretroatividade das normas jurídicas, eis que a súmula apenas consolidou entendimento doutrinário e jurisprudencial já existente, que, frise-se, não era aquele citado pelo recorrrente. E, considerando o entendimento consubstanciado na Súmula 219, III, TST, retro citada, irrelevante a análise do tema à luz das Leis 1.060/50 e 5.584/70, da Súmula 219/TST e da OJ 305 da SBDI-1/TST, pelo que, como corolário, descarta-se a tese de ofensa ao art. 2º da CR/88. Quanto à base de cálculo da parcela, deve ser mantido o percentual de 15%, por razoável e compatível com a grande complexidade da demanda, apenas ressaltando que ele deve ser obtido sobre o valor líquido da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários, na forma da OJ 348 da SBDI-1 do TST. Mantida, ainda, a correção monetária e os juros de mora, na forma da r. sentença, à fl. 1599, eis que aplicados os dispositivos legais incidentes sobre a matéria, não havendo se falar em bis in idem. Provejo em parte, apenas para ressaltar que os honorários advocatícios, no percentual de 15%, serão calculados sobre o sobre o valor líquido da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários, na forma da OJ 348 da SBDI-1 do TST. RECURSO DO AUTOR BASE DE CÁLCULO DOS ADICIONAIS DEFERIDOS Pugna o autor pela aplicação do salário previsto no PCS vigente como base de cálculo do adicional de insalubridade devido aos substituídos. Passo à análise. No que tange à base de cálculo do adicional de insalubridade, a matéria há muito vem sendo objeto de acirrada discussão nos Tribunais. Conforme dispunha a Súmula 17/TST, com redação restaurada em 28/10/03: “o adicional de insalubridade devido a empregado que por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional, será sobre este calculado”. A citada Súmula 17 foi cancelada, dando o C. TST nova redação à Súmula 228, pela qual: “A partir de 09 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 04 do STF, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento normativo”. Contudo, em 15/07/2008, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Gilmar Mendes, concedeu liminar pedida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e suspendeu a aplicação de parte da Súmula 228 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sobre pagamento de adicional de insalubridade. E, dispõe a Súmula Vinculante nº 4 do STF que: “Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.” Cumpre registrar que, na verdade, a súmula vinculante retro citada não introduziu nada de novo no ordenamento jurídico pátrio, e nem poderia fazê-lo, assim como não declarou a inconstitucionalidade de norma alguma, mas tão somente veio a dar efetividade ao disposto no inciso IV do art. 7º da Constituição da República, o qual expressamente já vedava, em sua parte final, a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, desde a promulgação da atual Lei Maior. No entendimento do Relator, o art. 192 da CLT, na parte em que definia o salário mínimo como indexador do adicional de insalubridade não foi sequer recepcionado pelo novo ordenamento jurídico constitucional implementado a partir de 05 de outubro de 1988. E, de fato, tal interpretação se tornou obrigatória em face dos efeitos vinculantes e erga omnes advindos da Súmula Vinculante nº 04 do STF. Assim, diante do conflito que se instaurou acerca da questão, o Relator entende que o adicional de insalubridade deveria ser calculado com base na remuneração percebida pelos substituídos (ou salário previsto no PCS vigente, como postulado pelo autor). Tal entendimento decorre da própria literalidade do inciso XXIII do art. 7º da CR/88: “Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;” É certo que a norma constitucional em comento é de eficácia limitada, o que significa que o direito do trabalhador urbano e rural, no que tange aos adicionais enumerados, depende da existência de lei que regulamente a forma em que lhe serão conferidos tais direitos. No caso do adicional de insalubridade, contudo, existe lei que vem completar a eficácia da norma constitucional analisada, vez que o art. 192 da CLT somente não foi recepcionado pela atual Constituição da República no que pertine à base de cálculo, qual seja, o “salário mínimo regional”, sendo perfeitamente válidas as demais disposições do artigo, como é o caso dos percentuais estabelecidos. E, uma vez que a própria Constituição já estabelece que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, dentre outros, o adicional de remuneração para as atividades insalubres, no entender do Relator, encontra-se dirimida a questão. No entendimento do Relator, a utilização da remuneração (ou o salário previsto no PCS vigente, como requerido), como base de cálculo do adicional de insalubridade devido, como base de cálculo do adicional não viola o disposto no inciso IV do art. 7º da CR/88 ou na Súmula Vinculante nº 04 do Supremo Tribunal Federal. Entretanto, a d. maioria desta Turma houve por bem manter o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, posicionando-se no sentido de que a base de cálculo do adicional continua a ser o salário mínimo legal, conforme o disposto no art. 192 da CLT, mesmo após a edição da Súmula Vinculante nº 04 do STF, até que o legislador positivo venha a regular de forma diversa a matéria, diante da impossibilidade de substituição do parâmetro legal por decisão judicial. Negado provimento ao recurso, vencido o Exmo. Relator que dava provimento ao apelo do autor para fixar o salário previsto no PCS vigente como base de cálculo do adicional de insalubridade pago aos substituídos. OBRIGAÇÕES DE FAZER Argumenta o autor que a ré não cumpre diversas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, reportando-se ao laudo pericial, requerendo sejam deferidas as obrigações de fazer requeridas na peça de ingresso. Passo à análise. Consta do acórdão primevo, de fls. 1142/1149-v, “(...) Embora aluda expressamente à apuração da insalubridade, entendo que, em face dos pedidos deduzidos na exordial, era mister que a perícia abrangesse também a controvérsia instaurada acerca do descumprimento das NRs e demais dispositivos legais citados pelo autor, mormente porque se trata de matéria que pressupõe a apuração por meio de prova técnica, por profissional habilitado e competente para tal desiderato. Discordo, assim, do entendimento adotado na origem, à fl. 1043, no sentido de competir ao Ministério do Trabalho e Emprego o esclarecimento da matéria. (...)” (fl. 1145-v, grifei). Como se vê, a Eg. Turma, no entendimento exposto no acórdão de fls. 1142/1149-v, já havia afastado a tese do d. Juízo originário, acerca de ser “atribuição do Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizar o cumprimento das várias normas regulamentares relativas à segurança e medicina do trabalho apontadas na inicial, e não da Justiça do Trabalho.” (fl. 1595-v). A meu ver, deveria a r. sentença recorrida ter se pronunciado sobre as irregularidades apontadas pelo i. perito, que constatou o descumprimento de diversas normas regulamentares, nos termos da prova técnica de fls. 1192/1455. Contudo, a fim de se evitar maior atraso na prestação jurisdicional, cuidando-se de processo que se arrasta há quase 03 anos, e, com fulcro no art. 515 do CPC, passo à análise da questão à luz do entendimento exposto pela Eg. Turma, no acórdão primevo. Aliás, este também é o entendimento deste Relator, pois são atribuições do Ministério do Trabalho e Emprego, entre outras, a “fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário, bem como aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas” e a “segurança e saúde do trabalho” (Decreto 5.063/04, Anexo I, art. 1º, itens III e VI). Também incumbe ao Poder Judiciário fazer cumprir as obrigações inerentes às condições de trabalho, aí incluídas aquelas relativas à saúde e à segurança do trabalhador. De há muito, o Excelso STF consolidou o seu entendimento sobre a competência da Justiça do Trabalho para apreciar e julgar demandas em que se discute o descumprimento das normas relativas à saúde, higiene e segurança do trabalhador. Confira-se o teor da Súmula 736, a seguir: “COMPETÊNCIA – AÇÕES QUE TENHAM COMO CAUSA DE PEDIR O DESCUMPRIMENTO DE NORMAS TRABALHISTAS RELATIVAS À SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES – JUSTIÇA DO TRABALHO. Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. (DJ 9-12-03).” Se é competente esta Especializada para apreciar e julgar demandas em que se alega o descumprimento de normas relativas à saúde, higiene e segurança do trabalhador, entendo que a competência se estende também às causas em que há pedido direcionado ao Poder Judiciário para que determinada empresa seja compelida, por meio de obrigações de fazer, a aplicar o teor das NRs no quadro de seus empregados, normas, estas, destinadas exatamente à garantia do respeito à saúde, higiene e segurança do trabalhador. Neste viés, deve ser analisado o pedido de cumprimento de obrigações de fazer, objeto da exordial. Esclareço que a análise será restrita às normas regulamentadoras citadas na peça de intróito, sob pena de ofensa à litiscontestatio (artigos 128 e 460 do CPC). Pois bem. Argumentou o SINTAPPI, à fl. 03 da inicial, que a ré não vem cumprindo com o disposto na NR-1, que obriga o empregador a adotar medidas sobre segurança e medicina do trabalho. Nela se encontra a referência ao dever de observância obrigatória das NRs pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados regidos pela CLT. Dispõe, ainda, sobre as funções da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST e da Delegacia Regional do Trabalho – DRT, atualmente Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). Define, para efeito de aplicação das NRs, do conceito de empregador, empregado, empresa, estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho e local de trabalho. Alude aos deveres de empregador e empregado com relação ao cumprimento das NRs, inclusive com previsão de penalidade pela recusa destes, nos termos da legislação pertinente. Apurou o vistor, após diligência pericial, inclusive com oitiva dos informantes, que a ré descumpre os termos do item 1.7, alíneas b, c e e, da NR-1, vez que não elabora ordens de serviços aos empregados sobre segurança e saúde no trabalho, dando-lhes ciência por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos, não apresentando nenhuma evidência documental comprovando o cumprimento do respectivo item (b, fl. 1260); não informa aos empregados sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, bem como os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa, assim com os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho, deixando de apresentar documentos nesse sentido (item c, fls. 1260/1261); não determina procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou doenças relacionadas ao trabalho, objeto do item e da NR-1 (fl. 1261). A demandada afirmou ao perito que se vale da comunicação verbal, inclusive quanto aos procedimentos a serem seguidos ou cumpridos pelos empregados no caso de ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, mas a norma é cristalina ao se reportar a critérios formais para o cumprimento das exigências dos itens anteriores, ou seja, era necessária a presença de comunicados, cartazes, meios eletrônicos, entre outras medidas. Evidenciado, assim, o descumprimento aos termos da NR-1, itens b, c e e. Sustenta o autor que teria sido descumprida a NR-4, que determina a manutenção obrigatória de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho, “sendo certo que nem mesmo médico ou engenheiro do trabalho possui a Reclamada em seus quadros.” (fl. 03). A NR 4 estabelece os critérios para organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), com fincas a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Dispõe sobre a sua função e os profissionais que devem integrar o SESMT (médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem), inclusive quanto às atribuições e responsabilidades destes, nas quantidades previstas de acordo com o número de empregados e do grau de risco. A discussão, neste caso, cinge-se ao conceito de grau de risco da atividade principal e do número total de empregados do estabelecimento, pois, a depender deste, ele está dispensado de manter médico e engenheiro do trabalho, obrigando-se apenas a contar com tais profissionais em sua sede. Nesse sentido, os itens 4.2 e 4.14 da referida NR. A Fazenda Experimental de Uberaba, em que laboraram ou ainda laboram os substituídos da presente demanda, é um estabelecimento nos termos da NR-1, item 1.6, d (“Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se: (...) d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório”). Consoante o item 4.2 da NR-4, “O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR”. Como bem realçado pelo expert, a ré e, especificamente, a Fazenda Experimental de Uberaba, possuem CNAE 7210-0/00, ativando-se no setor de pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais, cujo grau de risco é 2. No Quadro II da mesma NR-4, o estabelecimento com grau de risco 2 não está obrigado a manter profissionais do SESMT se possuir menos de 501 empregados. Este é o caso da Fazenda Experimental de Uberaba, que possuía 68 empregados na data da diligência pericial (fl. 1262). Por conseguinte, estaria obrigada a constituir e registrar o SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) apenas de forma centralizada, na sede da ré, atendendo todas as suas unidades. O louvado destacou à fl. 1262 que a ré deveria manter em seu quadro um técnico em segurança, o que foi apurado. Todavia, ressalvou que o técnico em segurança se encontrava à disposição do SINTAPPI e não dos empregados, o que desatende às exigências da norma regulamentar. Acrescentou que, mesmo a ré mantendo em seu quadro, à época da diligência pericial, um engenheiro de segurança de trabalho, lotado na sede, apoiando às fazendas experimentais distribuídas em Minas Gerais, este não tem condições físicas de dar o suporte necessário a todas as unidades da demandada neste Estado. Por fim, relatou que a ré não comprovou a existência de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente (fl. 1262). Logo, descumpridos os itens 4.2.5 e 4.12, a e l, da NR-4, acerca do dever de a ré manter na sede da Fazenda Experimental de Uberaba um técnico de segurança ou um engenheiro de segurança do trabalho, que preste apoio necessário à referida unidade, bem assim comprovar a existência de planos de controle de efeitos de catástrofes e de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente. No que tange à NR-5, que estabelece a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a demandada demonstrou ao perito que mantém em funcionamento a CIPA, composta de 04 representantes dos empregados (dois titulares e dois suplentes) e 04, da ré (dois titulares e dois suplentes); no entanto, não comprovou o fornecimento de cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da CIPA, bem assim de prova documental acerca da convocação de eleições relativas a mandatos anteriores da CIPA (itens 5.14.2 e 5.38). Confira-se fl. 1263. Acrescentou o vistor o descumprimento de atribuições básicas da CIPA, constantes do item 5.16, a a g, j, l, n e p, a saber: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. Não bastasse, atestou o expert o não atendimento à alínea d do item 5.18, relativamente à observância e aplicação no ambiente de trabalho das recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho; e do item 5.21, acerca do dever de o Presidente e Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, divulgarem as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento (fl. 1265). Afirmou, outrossim, o descumprimento dos itens 5.32, concernente à promoção, pela empresa, do treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse (fl. 1266). Quanto à NR-6, específica sobre os equipamentos de proteção individual (EPI), impende destacar que dispõem os itens 6.1 a 6.7: “Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.” “6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. “6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. 6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.” 6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação. 6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.6 Responsabilidades do empregador. 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. (...)” (negrito acrescido ao original) Infere-se, dos itens 6.3 e 6.6 da NR-6, que é dever do empregador fornecer os EPIs adequados aos seus trabalhadores, fiscalizando o seu correto uso bem como repondo-os, sempre que necessários. No caso vertente, a prova pericial coligida foi enfática quanto ao descumprimento das referidas obrigações, pela ré, no tocante a diversos substituídos, como já examinado em linhas pretéritas. O fornecimento dos EPIs não neutralizava os agentes insalubres normatizados. Não se pode desprezar que incumbe à ré o fiel cumprimento da NR-6, com o fito de garantir ambiente saudável de trabalho, minimizando os riscos à saúde e à segurança do trabalho (art. 7º, XXII, da CR/88; art. 157 da CLT; art. 19, § 1º e 2º, a Lei nº 8.213/91; as disposições da Convenção nº 155 da OIT). Neste compasso, a ré deve fornecer os EPIs adequados aos seus trabalhadores, fiscalizando o seu correto uso, bem como repondo-os, sempre que necessários, o que não ocorreu no caso de diversos substituídos. A NR-7, alusiva à obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, destinado a promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores, também foi descumprida. Disse o autor, à fl. 04, que não havia PCMSO na ré, o que foi parcialmente chancelado pela prova pericial, conforme se observa das considerações do perito de fl. 1267, vez que não exibido o PCMSO relativo ao período anterior a 2010/2011, bem como os atestados de saúde ocupacionais alusivos aos anos anteriores a 2007 (item 7.1.1, fl. 1267). A demandada não comprovou, ainda, o cumprimento dos itens 7.4.6.2 e 7.5.1, relativamente à apresentação e discussão, na CIPA, do relatório anual, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão e ao dever de o estabelecimento estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características de atividade desenvolvida, mantendo esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (fls. 1267/1268). No tocante à NR-8, específica quanto às edificações, comprovou o louvado o desrespeito aos itens 8.3.1, 8.3.2 e 8.4.3, referentes aos pisos e coberturas dos locais de trabalho, constatando que a caixa de passagem de tubulações no setor de bovinos/estábulos não contava com tampa, tendo sido removida sem a recolocação no devido lugar, bem como que na cobertura do estábulo/setor de bovinos faltam telhas e que no telhado do prédio do laboratório de nematologia, do laboratório de solos, de soja e de área anexa à copa há risco de queda/desabamento (fls. 1268/1269). Sobre a NR-09, que alude à obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, foi enfático o perito ao constatar o desrespeito, pela empresa, dos termos dos itens 9.1.2 e 9.4.1, acerca da assinatura do PPRA pelo representante legal e cumprimento do cronograma/plano de ação; 9.2.1.1, relativamente à análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano; 9.3.5.6, quanto ao estabelecimento, no PPRA, de critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico de saúde previsto na NR-7; 9.3.8.1, acerca da manutenção, pelo empregador, de um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA; 9.3.8.2, quanto à exibição dos PPRAs relativos aos anos anteriores a 2010/2011; 9.4.2, no concernente à existência de treinamentos aos empregados, os quais devem ser seguidos pelos trabalhadores; 9.5.1, acerca da informação aos trabalhadores sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas, dentro do PPRA, para que possam ter o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de se assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA. A NR-12, específica quanto à segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, também foi descumprida pela ré, nos itens 12.3, 12.24, b, 12.33, 12.47, 12.48, 12.113, b e 12.153. Acerca do item 12.3, o vistor constatou que os tratores não eram dotados de cinto de segurança para a proteção de seus operadores; do item 12.24, b, apurou-se que não havia dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas e equipamentos da ré, projetados, selecionados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador, haja vista que o único ponto de partida e parada era o localizado próximo ao ponto de operação, pelo operador; do item 12.33, afirmou o vistor que os tratores não possuem alarmes sonoros alertando para movimentação em marcha ré; do 12.47, relatou-se que as máquinas recém adquiridas pela demandada foram entregues sem as devidas proteções para os pontos de transmissão de força; do 12.48; apurou o perito que vários implementos agrícolas não apresentavam proteção adequada para os pontos de transmissão de força e ofereciam risco de ruptura; do 12.113, b, foi constatado que a ré não adotava sinalização de seus equipamentos e máquinas com cartão ou etiqueta de bloqueio; do item 12.153, apurou-se que a demandada não mantém inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado (fls. 1271/1274). Quanto à NR-17, relativa à ergonomia, a prova pericial atestou a ofensa a diversos itens. A ré não apresentou prova de que realiza análise ergonômica dos postos de trabalho (17.1.2, 17.4.1, 17.5.1, 17.6.1 e 17.6.3) e de que treina seus empregados para o transporte manual de cargas (17.2.3). Por outro lado, as cadeiras dos escritórios não possuem regulagem de altura, apoio para braços, entre outros itens necessários para o exercício do trabalho na posição sentada (17.3.1); as mesas e cadeiras do escritório não atendem às exigências do item 17.3.2, a e c; os assentos dos escritórios não atendem aos requisitos do item 17.3.3, a e c. Disse o perito que a ré não fornecia os suportes previstos no item 17.4.2, para o labor em atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia. Prosseguiu o vistor relatando que a ré não comprovou o cumprimento do item 17.4.3, acerca dos equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo, com posicionamento em superfícies de trabalho com altura ajustável (fls. 1275/1277). No que se refere às NRs 18 e 22, o expert disse que não se aplicam ao caso em tela, vez que tratam da indústria da construção (NR-18) e da mineração (NR-22), não se verificando da análise das respectivas NRs eventual extensão ao caso vertente, pois a ré é empresa de pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais (fls. 1277 e 1280). Atestada, outrossim, a violação a diversos itens da NR-20, que trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. O perito confirmou que os itens 20.5.1, 20.5.6, 20.6.3, 20.12.1, 20.12.5, 20.13.4, 20.17.12.1, b, e, f, g e j e 20.20.3 foram descumpridos: o primeiro, porque o óleo diesel era armazenado em 05 bombonas de 50 litros cada, apoiadas diretamente no piso, sem bacia de contenção, sem pintura na cor padrão e não continham a ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) afixada próximo a elas; o segundo, haja vista que o óleo diesel era armazenado de forma improvisada em 05 bombonas de 50 litros, sem projeto de armazenamento; o terceiro, vez que nas bombonas de óleo diesel não há sinalização sobre o conteúdo do interior e não se encontram pintadas na cor padrão do óleo diesel (alumínio); o quarto, pela ausência do plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões referentes ao local onde o óleo diesel estava armazenado; o quinto, eis que no local onde estão as bombonas de óleo diesel armazenadas, não há bacia de contenção para vazamentos ou derramamentos; o sexto, porquanto no local onde estão as bombonas de óleo diesel armazenadas, não há sinalização proibindo o uso de fontes de ignição; o sétimo, porque não elaborado projeto e análise preliminar de perigos/riscos para a instalação de tanque de líquidos inflamáveis no interior do edifício, bem assim as bombonas de óleo diesel não eram metálicas, não havia sistema de contenção de vazamentos, nem de detecção e combate a incêndios, saídas de emergência e nem há laudo garantindo que a estrutura da edificação era projetada para suportar um eventual incêndio; o oitavo, pois não há provas de que os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportem inflamáveis e líquidos combustíveis sejam identificados e sinalizados na forma da NR-26 (fls. 1277/1280). Quanto à NR-24, referente às condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, desatendidos os termos dos itens 24.1.26, porquanto os cestos de lixo dos gabinetes sanitários femininos não dispunham de tampa; 24.2.1, eis que os estabelecimentos industriais e aqueles em que a atividade exija a troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó não contêm local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos; 24.2.3, haja vista que não há vestiários para os empregados que laboram em estábulos e porque o vestiário do prédio novo construído pela ré não está disponibilizado para os empregados; 24.2.12, a e b, eis que descumpridas as dimensões mínimas dos armários de compartimentos duplos (fls. 1280/1281). O autor teceu na inicial considerações genéricas acerca da realização de perícia técnica no ambiente de trabalho, para efeito de apuração de aposentadoria especial para o caso de agente nocivo no ambiente de trabalho (Anexo IV do Decreto 3.048/99); ausência de informação mensal ao INSS, por intermédio da guia GFIP, através do programa SEFIP, na forma estabelecida legalmente, dos fatos geradores de contribuição previdenciária e da menção à alíquota RAT da empresa e do valor da contribuição; ausência de preenchimento correto do PPP, LTCAT, PPRA, PCMSO, PGR, PCMAT e CAT. O vistor comprovou, com base no Anexo V do Decreto n. 3.048/1999, o cumprimento da alíquota correta a ser aplicada a título de Risco Acidente de Trabalho (RAT), considerando estar a demandada inserida no CNAE sob o número 7.210-0 (fl. 1282). Quanto à realização de perícia técnica para avaliação de agentes nocivos, o louvado atestou às fls. 282/1283 a desobediência, pela ré, dos termos do art. 58, parágrafo 3º, da Lei 8.213/91, por não exibir laudos técnicos das condições ambientais do trabalho – LTCAT, referentes aos postos de trabalho da Fazenda Experimental de Uberaba, à exceção do de fls. 648/669, laudo assinado por profissional legalmente habilitado. Disse que o LTCAT pode ser parte integrante do PPRA, mas os laudos técnicos constantes do PPRA não foram assinados por médico do trabalho nem por engenheiro de segurança do trabalho, em desacordo com a lei vigente. Relatou que o PPRA de fl. 647 foi assinado por engenheiro de segurança do trabalho, todavia, os laudos técnicos por função/postos de trabalho não foram assinados. No tocante à informação ao INSS por intermédio da GFIP dos fatos geradores de contribuição previdenciária, afirmou o perito que a ré vem realizando a comunicação ao INSS, pelo programa SEFIP, dos referidos fatos, constando a alíquota do RAT, pelo que não houve descumprimento dos termos legais (fls. 1283/1284). Acerca do preenchimento do PPP, disse o expert que o preenchimento do referido documento está correta, à exceção dos campos 13.7, 15.7 e 15.8. Entrementes, diante da informação da demandada de que vem cumprindo, quanto ao item 13.7 os termos do acordo celebrado no Processo 01615-2001-016-03-00-1 e, diante de prova em contrário nos autos ao cargo do autor, presume-se satisfeita a obrigação (fl. 1284). As informações prestadas pela ré acerca do cumprimento dos campos 15.7 e 15.8 não convenceram o perito, à luz das informações de fl. 1284. Quanto ao preenchimento da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), sublinhou o perito que todas aquelas analisadas na diligência pericial estavam corretas, segundo a orientação do INSS, tanto é que foram validadas pelo órgão previdenciário (fls. 1284/1285). Não houve, portanto, descumprimento pela ré dos termos legais que regem a matéria. Conquanto a ré tenha se insurgido parcialmente com relação às conclusões periciais, consoante manifestação de fls. 1554/1546, certo é que, nos esclarecimentos de fls. 1571/1582 o perito ratificou, in totum, as suas assertivas. A ré, na peça de fls. 1584/1589, restringiu o seu inconformismo apenas à questão da aplicação da NR-31 ao caso da empresa, que, de resto, sequer foi objeto dos autos, afirmando genericamente que atende aos requisitos das demais normas regulamentadoras, o que não pode prosperar. O Juiz não está adstrito às conclusões do laudo pericial, podendo formar livremente seu convencimento, desde que embasado nos demais elementos presentes nos autos (art. 436 do CPC). Existe, naturalmente, uma presunção juris tantum da pertinência técnica de suas conclusões e ainda da veracidade dos subsídios fáticos informados pelo expert, em razão de sua formação e da experiência amealhada ao longo da vida profissional, colhendo in loco informações que reputa mais relevantes para cada caso concreto. Tendo a prova técnica evidenciado o descumprimento de diversas NRs e da desobediência, pela ré, dos termos do art. 58, parágrafo 3º, da Lei 8.213/91, por não exibir laudos técnicos das condições ambientais do trabalho – LTCAT, referentes aos postos de trabalho da Fazenda Experimental de Uberaba e do preenchimento correto do PPP, devem ser chanceladas as conclusões periciais, ante à inexistência de elementos de convicção em contrário nos autos. Por todo o exposto, dá-se provimento parcial ao apelo, para determinar que a ré cumpra as seguintes obrigações de fazer, no prazo de 90 dias a contar do trânsito em julgado desta decisão e após intimação específica para este fim, sob pena de multa diária de R$1.000,00, a favor do SINTAPPI, sem limitação (artigo 461, parágrafos 4º e 5º do CPC): 1) elaborar ordens de serviços sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos (NR-1, item 1.7, b); 2) informar aos empregados sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, bem como os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa, assim com os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho (NR-1, item 1.7, c; 3) realizar os procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou doenças relacionadas ao trabalho (NR-1, item 1.7, e); 4) manter na sede da Fazenda Experimental de Uberaba um técnico de segurança ou um engenheiro de segurança do trabalho, que preste apoio necessário à referida unidade, comprovando, ainda, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes e de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente (NR-4, itens 4.2.5 e 4.12, a e l); 5) fornecer as cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da CIPA, bem assim de documentos acerca da convocação de eleições relativas a mandatos anteriores da CIPA, acaso existentes (NR-5, itens itens 5.14.2 e 5.38); 6) cumprimento, pela CIPA das atribuições constantes do item 5.16 da NR-5, a a g, j, l, n e p, a saber: identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problema de segurança e saúde no trabalho; participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS; 7) exigir dos empregados a observância e aplicação no ambiente de trabalho das recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho (item 5.18, NR-5); 8) impor a divulgação, pelo Presidente e Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, das decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento (item 5.21, NR-5); 9) promover o treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes (item 5.32, NR-5); 10) fornecer os EPIs adequados aos seus trabalhadores, fiscalizando o seu correto uso, bem como repondo-os, sempre que necessários, devendo comprovar a entrega dos respectivos EPIs, necessários para o exercício de cada função desempenhada pelos substituídos expostos à insalubridade apurada pela perícia, independentemente do desate da lide com relação a cada um deles (NR-6, itens 6.3 e 6.6); 11) apresentar os PCMSO relativos ao período anterior a 2010/2011, bem como atestados de saúde ocupacionais alusivos aos anos anteriores a 2007, se existentes (item 7.1.1 da NR-7); 12) apresentar e discutir, na CIPA, o relatório anual, de acordo com a NR-5, devendo sua cópia ser anexada ao livro de atas daquela comissão (item 7.4.6.2 da NR-7); 13) equipar o estabelecimento com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características de atividade desenvolvida, mantendo esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (item 7.5.1, NR-7); 14) cumprir o disposto nos itens 8.3.1, 8.3.2 e 8.4.3 da NR-8, especificamente, colocando a tampa da caixa de passagem de tubulações no setor de bovinos/estábulos, colocar telhas na cobertura do estábulo/setor de bovinos e corrigir riscos de queda existentes no telhado do prédio do laboratório de nematologia, do laboratório de solos, de soja e de área anexa à copa; 15) apresentar assinatura do PPRA, pelo representante legal , bem assim cumprir o respectivo cronograma/plano de ação (itens 9.1.2 e 9.4.1, NR-9); 16) realizar a análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (item 9.2.1.1, NR-9); 17) estabelecer, no PPRA, critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico de saúde previsto na NR-7 (item 9.3.5.6, NR-9); 18) manter um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA (item 9.3.8.1, NR-9); 19) exibir os PPRAs relativos aos anos anteriores a 2010/2011, se existentes (item 9.3.8.2, NR-9); 20) realizar treinamentos aos empregados, oferecidos no PPRA (item 9.4.2, NR-9); 21) informar aos trabalhadores sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas, dentro do PPRA, para que possam ter o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de se assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA (item 9.5.1, NR-9); 22) dotar todos os tratores de cinto de segurança para a proteção de seus operadores (item 12.3, NR-12); 23) dotar as máquinas e equipamentos com dispositivos de partida, acionamento e parada, projetados, selecionados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador (item 12.24, b, NR-12); 24) dotar os tratores de alarmes sonoros alertando para movimentação em marcha ré (item 12.33, NR-12); 25) dotar as máquinas com as devidas proteções para os pontos de transmissão de força (item 12.47); 26) munir as máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de proteção adequada para os pontos de transmissão de força (item 12.48, NR-12); 27) adotar sinalização de seus equipamentos e máquinas com cartão ou etiqueta de bloqueio (item 12.113, b, NR-12); apresentar inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado (item 12.153, NR-12); 28) promover análise ergonômica dos postos de trabalho (itens 17.1.2, 17.4.1, 17.5.1, 17.6.1 e 17.6.3, NR-17), 29) treinar os empregados para o transporte manual de cargas (item 17.2.3, NR-17); 30) adaptar as cadeiras dos escritórios com regulagem de altura, apoio para braços, entre outros itens necessários para o exercício do trabalho na posição sentada (item 17.3.1, NR-17); 31) dotar as mesas, cadeiras e assentos do escritório com as exigências dos itens 17.3.2, a e c e 17.3.3, a e c, da NR-17; 32) fornecer os suportes previstos no item 17.4.2 da NR-17, para o labor em atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia; 33) posicionar os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo em superfícies de trabalho com altura ajustável (item 17.4.3, NR-17); 34) armazenar o óleo diesel em bacia de contenção, em pintura na cor padrão e com ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) afixada próximo às respectivas bombonas (item 20.5.1, NR-20); 35) armazenar o óleo diesel segundo projeto elaborado por profissional habilitado (item 20.5.6, NR-20); 36) sinalizar as bombonas de óleo diesel informando o conteúdo do interior, observando-se a pintura na cor padrão do óleo diesel (alumínio), conforme item 20.6.3, NR-20); 37) apresentar plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões referentes ao local onde o óleo diesel se encontra armazenado (item 20.12.1, NR-20); 38) dotar o local onde se encontram as bombonas de óleo diesel armazenadas com bacia de contenção para vazamentos ou derramamentos (item 20.12.5, NR-20); 39) dotar o local onde estão as bombonas de óleo diesel armazenadas de sinalização proibindo o uso de fontes de ignição (item 20.13.4, NR-20); 40) elaborar projeto e análise preliminar de perigos/riscos para a instalação de tanque de líquidos inflamáveis no interior do edifício, bem assim atender ao critério de as bombonas de óleo diesel serem metálicas, apresentar sistema de contenção de vazamentos, de detecção e combate a incêndios, saídas de emergência e apresentar laudo garantindo que a estrutura da edificação é projetada para suportar um eventual incêndio (item 20.17.2.1, b, e, f, g e j, NR-20). 41) identificar e sinalizar os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportem inflamáveis e líquidos combustíveis na forma da NR-26 (item 20.20.3, NR-20); 42) colocar tampas em cestos de lixo dos gabinetes sanitários femininos (item 24.1.26, NR-24); 43) dotar os estabelecimentos industriais e aqueles em que a atividade exija a troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó com local apropriado para vestiário, com armários individuais, observada a separação de sexos (item 24.2.1, NR-24); 44) criar vestiário para os empregados que laboram em estábulos e disponibilizar o vestiário do prédio novo construído pela ré para os empregados (item 24.2.3, NR-24); 45) observar as dimensões mínimas dos armários de compartimentos duplos, na forma do item 24.2.12 da NR-24; 46) apresentar os laudos técnicos das condições ambientais de trabalho (LTCAT), referentes aos postos de trabalho da Fazenda Experimental de Uberaba, na forma do art. 58, parágrafos 1º a 3º, da Lei 8.213/91, promovendo a assinatura dos laudos constantes do PPRA de fl. 647 por médico do trabalho ou engenheiro de segurança; 47) preencher corretamente os campos 15.7 e 15.8 do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP de seus empregados. DANO MORAL COLETIVO Sustenta o autor a existência de dano moral coletivo. Com a devida vênia do entendimento adotado na origem, dele divirjo. As relações do trabalho já não são vistas nos dias de hoje sob o prisma exclusivamente individual. Atualmente, despertam interesses nos aspectos globais, que dizem respeito a todos os trabalhadores, ou a muitos deles, pois uma única e mesma conduta ilícita pode constituir violação de direitos ou interesses de centenas e até milhares de trabalhadores. A novel orientação das reformas processuais aponta para a universalização da tutela jurisdicional e para a consequente criação de instrumentos modernos, hábeis a solucionar os conflitos envolvendo interesses difusos e coletivos em suas mais variadas vertentes. Não se discute mais acerca da existência de danos morais coletivos, visto que a atual redação da Lei da Ação Civil Pública (Lei 7347/85) estabeleceu expressamente a possibilidade de reparação por danos morais a direitos difusos e coletivos, ao preceituar, in verbis: Art. 1º - Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: “Nos dias atuais, o natural desenvolvimento da teoria referente aos interesses supraindividuais (no caso, os difusos e coletivos, visto que os individuais homogêneos admitem proteção por via de ação individual) conduz à reparabilidade por ofensa ao patrimônio moral de interesses da ordem. (Revista de Direito do Trabalho, Manoel Jorge e Silva Neto, “A Responsabilidade Civil Por Dano Moral Difuso e Coletivo na Justiça do Trabalho”, pág. 112) Logo, excluída a ideia - tão difundida quanto errônea - de que o dano moral é a dor sofrida pela pessoa (em verdade, a dor é apenas a consequência da lesão à esfera extrapatrimonial), o conceito de direitos da personalidade deve ser ampliado para abarcar a previsão legal, tendo em vista inexistir uma personalidade jurídica coletiva. Como se pode perceber, a doutrina, sobretudo a partir da Constituição da República de 05/10/88, na elucidação da necessidade de defesa de interesses metaindividuais, não poderia deixar de contemplar o dano moral nessa dimensão coletiva. Transcrevo trecho do artigo de Nehemias Domingos de Melo, intitulado “Dano Moral Coletivo nas Relações de Consumo” (Juris Síntese nº 49-Setembro/outubro-2004), verbis: “É importante destacar que foi possível cogitar-se do dano moral coletivo a partir do alargamento da conceituação do dano moral porquanto conforme preleciona André de Carvalho Ramos, ‘com a aceitação da reparabilidade do dano moral em face de entes diversos das pessoas físicas, verifica-se a possibilidade de sua extensão ao campo dos chamados interesses difusos e coletivos’.” No caso em tela, há existência do dano moral coletivo proveniente do descumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho, como já analisado no tópico anterior. Modernamente, entende-se que a sociedade também pode ser sujeito passivo do dano moral, quando é lesada em seus interesses morais, o que sucede, por exemplo, quando é destruído o seu patrimônio histórico, cultural ou ecológico. Consiste o dano moral coletivo, nas palavras de Carlos Alberto Bittar Filho: “na injusta lesão da esfera moral de uma dada comunidade, ou seja, na violação antijurídica de um determinado círculo de valores coletivos. Quando se fala em dano moral coletivo, está-se fazendo menção ao fato de que o patrimônio valorativo de uma certa comunidade (maior ou menor), idealmente considerado, foi agredido de maneira absolutamente injustificável do ponto de vista jurídico. Tal como se dá na seara do dano moral individual, aqui também não há que se cogitar de prova da culpa, devendo-se responsabilizar o agente pelo simples fato da violação (damnum in re ipsa).” (Do dano moral coletivo no atual contexto jurídico brasileiro, São Paulo: Revista de Direito do Consumidor, v. 12, p. 55) Ocorrido o dano moral coletivo, que tem um caráter extrapatrimonial por definição, surge automaticamente uma relação jurídica obrigacional que pode ser assim descortinada: a) sujeito ativo: a coletividade lesada (detentora do direito à reparação); b) sujeito passivo: o causador do dano (pessoa física, ou jurídica, ou então coletividade outra, que tem o dever de reparação); c) objeto: a reparação - que pode ser tanto pecuniária quanto não-pecuniária. Não há dúvida de que a ré foi negligente e omissa, em claro desrespeito às normas de ordem pública que regem e protegem a saúde, a segurança, a higiene e o ambiente de trabalho sadio, o que foi objeto de análise no tópico anterior. Vale ressaltar que o art. 7º, XXII, da Magna Carta reza que “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas desaúde, higiene esegurança.” A interpretação sistemática do predito dispositivo constitucional e dos artigos 6º, 196 a 200 e art. 225, § 1º, V da CR/88 realça o destaque conferido pelo constituinte à saúde do trabalhador e ao meio ambiente do trabalho digno, direitos sociais de cujo cumprimento não pode se furtar o empregador. É obrigação do empregador promover a redução dos riscos à saúde e à segurança do empregado no ambiente de trabalho. Nos termos do art. 157 da CLT, incumbe às empresas instruir os empregados quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. E não é só: o art. 19, § 1º e 2º, da Lei nº 8.213/91, alude ao dever da empresa adotar medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, constituindo, inclusive, contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. Cito, ainda, a Convenção nº 155 da OIT, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 2, de 17.3.92, do Congresso Nacional, ratificada em 18 de maio de 1992 e promulgada pelo Decreto n. 1.254, de 29.9.94, entrando em vigência no País em 18/05/1993. Não se despreza, por fim, toda a regulamentação prevista na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, especialmente a NR-6, objeto do descumprimento da ré. A ré, negligentemente, expôs os seus empregados ao risco em sua saúde e segurança. Nessa senda, a violação das normas de higiene, saúde e segurança do trabalho, por si só, caracteriza o dano coletivo, lesando bens jurídicos tutelados pela Carta Magna e que constituem direitos indisponíveis. Tal atitude abala o sentimento de dignidade, revelando falta de apreço e consideração com os trabalhadores daquela coletividade, tendo reflexos na sociedade. E o caráter e a intenção da reparação através do dano moral coletivo é de repressão e de desencorajamento dos atos ilícitos praticados pelo empregador. Apostar na tese lançada, no sentido de que a sociedade não sofre danos morais é demonstrar total desconexão com a evolução dos direitos sociais de massa. Uma vez configurado que a ré violou direito transindividual de ordem coletiva, infringindo normas de ordem pública que regem a saúde, segurança, higiene e meio ambiente do trabalho e do trabalhador, é devida a indenização por dano moral coletivo, pois tal atitude abala o sentimento de dignidade, falta de apreço e consideração, tendo reflexos na coletividade, causando grandes prejuízos à sociedade. No que concerne ao seu valor, recomendável que a indenização seja fixada de forma razoável e proporcional, de modo a encorpar valor eficiente a coibir que tais atos continuem a acontecer, no que assume as funções preventiva e pedagógica frente ao empregador. Com efeito, indenizações por danos morais assumem caráter compensatório para a vítima (sociedade) e de sanção, de inibição, para quem pratica a ofensa. Não ultrapassando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, tendo em mente a gravidade do resultado gerado pela desídia patronal no cumprimento das normas e segurança e medicina do trabalho, deve o julgador decidir mediante o seu prudente arbítrio, segundo a própria consciência e as regras de experiência amealhadas ao longo da vida. Assim, entendo que o valor da reparação a título de danos morais coletivos deve ser fixado em R$50.000,00 (cinquenta mil reais), visando atender perfeitamente os critérios acima expostos. Dou, pois, provimento ao recurso, para condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais coletivos, no importe de R$50.000,00, em favor do sindicato-autor. A indenização por danos morais deverá ser atualizada na forma acima fixada, a partir da publicação desta decisão, conforme dispõe a Súmula 362 do STJ. (“A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento”) e Enunciado 52 aprovado na 1ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho (Brasília, 23/11/07). A matéria foi consolidada pela edição da recente Súmula 439 do c. TST, verbis: “DANOS MORAIS. JUROS DE MORA E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT.” Em face do que foi apurado nestes autos, determino o envio de cópia das sentenças e deste acórdão para o Ministério Público do Trabalho, para que tome as providências cabíveis, se entender necessárias. Na inicial, afirmou o SINTAPPI que houve desrespeito aos termos do art. 201 da CLT, bem como aos ACTs, que previram o dever da ré de proporcionar aos seus empregados a oportunidade de adaptação a novas tecnologias, investindo em programas de desenvolvimento técnico-profissional e manutenção de condições de trabalho que preservem a saúde do trabalhador. Citou a cláusula 6ª dos ACTs 2005 a 2009 e cláusula 11ª do ACT 2010. Disse, ainda, que foi descumprida a cláusula 14ª dos ACTs, atinentes à obrigação da ré de instalar as CIPAs. Pretendeu a aplicação das multas previstas na cláusula 15ª dos ACTs 2005 a 2008, 16ª do ACT 2009 e 18ª do ACT 2010. A ré nega em defesa o descumprimento de normas coletivas. No que tange ao art. 201 da CLT, o destinatário é o Ministério do Trabalho, cuidando-se de multa administrativa, no caso de descumprimento das normas relativas à medicina e segurança do trabalho. O pedido do autor, neste aspecto, ultrapassa os estritos limites de competência desta Especializada (art. 114 da CR/88). Quanto às multas previstas nos instrumentos normativos anexados aos autos, é indiscutível que a ré descumpriu as normas coletivas que aludem à manutenção de condições de trabalho que preservem a saúde do trabalhador, consoante exposto nos dois itens anteriores (ex.: cláusula 6ª do ACT 2005/2006, fls. 15/16). Todavia, outra questão deve ser trazida à baila. As cláusulas 15ª, dos ACTs de 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 (fls. 17, 21, 24/25 e 30); 16ª, do ACT de 2009/2010 (fl. 39) e 18ª do ACT de 2010/2011 (fl. 45), estipulam o pagamento de multa no caso de descumprimento de quaisquer cláusulas coletivas. Porém, trazem a expressa ressalva de que, em caso de descumprimento de qualquer cláusula, as partes se comprometem a se reunir diretamente, procurando solucionar os motivos do descumprimento, antes que sejam tomadas quaisquer outras medidas. Não há prova da reunião das partes para que fosse solucionado o motivo do descumprimento, pela empresa, das questões aqui envolvidas, o que era imprescindível. Nem se diga que a ausência de alegação, na defesa da ré, de que as partes não teriam se reunido para solucionarem o motivo do descumprimento das respectivas normas coletivas, traria melhor sorte ao autor. Ora, como é consabido, às partes incumbe dar os fatos e, ao juiz, o direito (Da Mihi Factum Dabo Tibi Ius e Iura Novit Curia), inexistindo vedação legal a que o julgador, em face do acervo probatório coligido, em especial, dos instrumentos normativos citados na inicial, conclua que à espécie não se encontram configurados os requisitos da norma coletiva, afastando, como mero corolário, a pretensão da parte. Não há falar, assim, em ofensa aos artigos 128 e 460 do CPC. Dessa forma, é de se manter a r. decisão de piso neste aspecto, negando provimento ao recurso. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS Face às irregularidades constatadas nestes autos, determina-se o envio de cópia das sentenças e deste acórdão para o Ministério Público do Trabalho, para que tome as providências cabíveis, se entender necessárias. CONCLUSÃO Conheço do recurso interposto pela ré, à exceção do tópico relativo à natureza jurídica da EPAMIG e adoção, em execução, do procedimento previsto no art. 100 da CR/88 e art. 730 do CPC, por inovação recursal e ofensa à Súmula 393/TST; no mérito, rejeitada a preliminar de nulidade da sentença por negativa de prestação jurisdicional, dou provimento parcial ao apelo, para: (i) afastar a condenação da ré ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo à substituída Adriana Madeira dos Santos Jesus no período anterior a 21/04/2009; (ii) esclarecer que o pagamento dos adicionais de insalubridade deferidos aos substituídos, parcelas vencidas, deverá ocorrer em juízo, sem necessidade de retificação das folhas de pagamento já elaboradas; (iii) decotar da condenação o pagamento dos honorários periciais relativos à segunda perícia, no importe de R$3.000,00; (iv) ressaltar que os honorários advocatícios, no percentual de 15%, serão calculados sobre o sobre o valor líquido da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários, na forma da OJ 348 da SBDI-1 do TST. Vencido o Relator, que negava provimento ao recurso da ré no que tange ao tema dos honorários periciais. Conheço do recurso adesivo interposto pelo autor, rejeitando a preliminar de não conhecimento do apelo, por ausência de dialeticidade, arguida pela ré em contrarrazões; no mérito, dou provimento parcial ao apelo, para: (ii) determinar que a ré cumpra as seguintes obrigações de fazer, no prazo de 90 dias a contar do trânsito em julgado desta decisão e após intimação específica para este fim, sob pena de multa diária de R$1.000,00, a favor do SINTAPPI, sem limitação (artigo 461, parágrafos 4º e 5º do CPC): 1) elaborar ordens de serviços sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos (NR-1, item 1.7, b); 2) informar aos empregados sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, bem como os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa, assim com os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho (NR-1, item 1.7, c; 3) realizar os procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou doenças relacionadas ao trabalho (NR-1, item 1.7, e); 4) manter na sede da Fazenda Experimental de Uberaba um técnico de segurança ou um engenheiro de segurança do trabalho, que preste apoio necessário à referida unidade, comprovando, ainda, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes e de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente (NR-4, itens 4.2.5 e 4.12, a e l); 5) fornecer as cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da CIPA, bem assim de documentos acerca da convocação de eleições relativas a mandatos anteriores da CIPA, acaso existentes (NR-5, itens itens 5.14.2 e 5.38); 6) cumprimento, pela CIPA das atribuições constantes do item 5.16 da NR-5, a a g, j, l, n e p, a saber: identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problema de segurança e saúde no trabalho; participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS; 7) exigir dos empregados a observância e aplicação no ambiente de trabalho das recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho (item 5.18, NR-5); 8) impor a divulgação, pelo Presidente e Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, das decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento (item 5.21, NR-5); 9) promover o treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes (item 5.32, NR-5); 10) fornecer os EPIs adequados aos seus trabalhadores, fiscalizando o seu correto uso, bem como repondo-os, sempre que necessários, devendo comprovar a entrega dos respectivos EPIs, necessários para o exercício de cada função desempenhada pelos substituídos expostos à insalubridade apurada pela perícia, independentemente do desate da lide com relação a cada um deles (NR-6, itens 6.3 e 6.6); 11) apresentar os PCMSO relativos ao período anterior a 2010/2011, bem como atestados de saúde ocupacionais alusivos aos anos anteriores a 2007, se existentes (item 7.1.1 da NR-7); 12) apresentar e discutir, na CIPA, o relatório anual, de acordo com a NR-5, devendo sua cópia ser anexada ao livro de atas daquela comissão (item 7.4.6.2 da NR-7); 13) equipar o estabelecimento com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características de atividade desenvolvida, mantendo esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (item 7.5.1, NR-7); 14) cumprir o disposto nos itens 8.3.1, 8.3.2 e 8.4.3 da NR-8, especificamente, colocando a tampa da caixa de passagem de tubulações no setor de bovinos/estábulos, colocar telhas na cobertura do estábulo/setor de bovinos e corrigir riscos de queda existentes no telhado do prédio do laboratório de nematologia, do laboratório de solos, de soja e de área anexa à copa; 15) apresentar assinatura do PPRA, pelo representante legal , bem assim cumprir o respectivo cronograma/plano de ação (itens 9.1.2 e 9.4.1, NR-9); 16) realizar a análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (item 9.2.1.1, NR-9); 17) estabelecer, no PPRA, critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico de saúde previsto na NR-7 (item 9.3.5.6, NR-9); 18) manter um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA (item 9.3.8.1, NR-9); 19) exibir os PPRAs relativos aos anos anteriores a 2010/2011, se existentes (item 9.3.8.2, NR-9); 20) realizar treinamentos aos empregados, oferecidos no PPRA (item 9.4.2, NR-9); 21) informar aos trabalhadores sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas, dentro do PPRA, para que possam ter o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de se assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA (item 9.5.1, NR-9); 22) dotar todos os tratores de cinto de segurança para a proteção de seus operadores (item 12.3, NR-12); 23) dotar as máquinas e equipamentos com dispositivos de partida, acionamento e parada, projetados, selecionados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador (item 12.24, b, NR-12); 24) dotar os tratores de alarmes sonoros alertando para movimentação em marcha ré (item 12.33, NR-12); 25) dotar as máquinas com as devidas proteções para os pontos de transmissão de força (item 12.47); 26) munir as máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de proteção adequada para os pontos de transmissão de força (item 12.48, NR-12); 27) adotar sinalização de seus equipamentos e máquinas com cartão ou etiqueta de bloqueio (item 12.113, b, NR-12); apresentar inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado (item 12.153, NR-12); 28) promover análise ergonômica dos postos de trabalho (itens 17.1.2, 17.4.1, 17.5.1, 17.6.1 e 17.6.3, NR-17), 29) treinar os empregados para o transporte manual de cargas (item 17.2.3, NR-17); 30) adaptar as cadeiras dos escritórios com regulagem de altura, apoio para braços, entre outros itens necessários para o exercício do trabalho na posição sentada (item 17.3.1, NR-17); 31) dotar as mesas, cadeiras e assentos do escritório com as exigências dos itens 17.3.2, a e c e 17.3.3, a e c, da NR-17; 32) fornecer os suportes previstos no item 17.4.2 da NR-17, para o labor em atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia; 33) posicionar os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo em superfícies de trabalho com altura ajustável (item 17.4.3, NR-17); 34) armazenar o óleo diesel em bacia de contenção, em pintura na cor padrão e com ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) afixada próximo às respectivas bombonas (item 20.5.1, NR-20); 35) armazenar o óleo diesel segundo projeto elaborado por profissional habilitado (item 20.5.6, NR-20); 36) sinalizar as bombonas de óleo diesel informando o conteúdo do interior, observando-se a pintura na cor padrão do óleo diesel (alumínio), conforme item 20.6.3, NR-20); 37) apresentar plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões referentes ao local onde o óleo diesel se encontra armazenado (item 20.12.1, NR-20); 38) dotar o local onde se encontram as bombonas de óleo diesel armazenadas com bacia de contenção para vazamentos ou derramamentos (item 20.12.5, NR-20); 39) dotar o local onde estão as bombonas de óleo diesel armazenadas de sinalização proibindo o uso de fontes de ignição (item 20.13.4, NR-20); 40) elaborar projeto e análise preliminar de perigos/riscos para a instalação de tanque de líquidos inflamáveis no interior do edifício, bem assim atender ao critério de as bombonas de óleo diesel serem metálicas, apresentar sistema de contenção de vazamentos, de detecção e combate a incêndios, saídas de emergência e apresentar laudo garantindo que a estrutura da edificação é projetada para suportar um eventual incêndio (item 20.17.2.1, b, e, f, g e j, NR-20). 41) identificar e sinalizar os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportem inflamáveis e líquidos combustíveis na forma da NR-26 (item 20.20.3, NR-20); 42) colocar tampas em cestos de lixo dos gabinetes sanitários femininos (item 24.1.26, NR-24); 43) dotar os estabelecimentos industriais e aqueles em que a atividade exija a troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó com local apropriado para vestiário, com armários individuais, observada a separação de sexos (item 24.2.1, NR-24); 44) criar vestiário para os empregados que laboram em estábulos e disponibilizar o vestiário do prédio novo construído pela ré para os empregados (item 24.2.3, NR-24); 45) observar as dimensões mínimas dos armários de compartimentos duplos, na forma do item 24.2.12 da NR-24; 46) apresentar os laudos técnicos das condições ambientais de trabalho (LTCAT), referentes aos postos de trabalho da Fazenda Experimental de Uberaba, na forma do art. 58, parágrafos 1º a 3º, da Lei 8.213/91, promovendo a assinatura dos laudos constantes do PPRA de fl. 647 por médico do trabalho ou engenheiro de segurança; 47) preencher corretamente os campos 15.7 e 15.8 do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP de seus empregados; (ii) condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais coletivos, no importe de R$50.000,00, em favor do sindicato-autor. Vencido o Relator quanto à base de cálculo dos adicionais de insalubridade deferidos aos substituídos. Declarado, para os fins do art. 832, parágrafo 3º, da CLT, que as parcelas deferidas possuem natureza indenizatória, não incidindo contribuição previdenciária. Elevado o valor da condenação para R$57.000,00, passando as custas a R$1.140,00, pela ré. Determina-se o envio de cópia das sentenças e deste acórdão para o Ministério Público do Trabalho, para que tome as providências cabíveis, se entender necessárias. FUNDAMENTOS PELOS QUAIS, O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, em Sessão da 7ª Turma, hoje realizada, unanimemente, conheceu do recurso interposto pela ré, à exceção do tópico relativo à natureza jurídica da EPAMIG e adoção, em execução, do procedimento previsto no art. 100 da CR/88 e art. 730 do CPC, por inovação recursal e ofensa à Súmula 393/TST; no mérito, rejeitada a preliminar de nulidade da sentença por negativa de prestação jurisdicional, por maioria dos votos, deu provimento parcial ao apelo, para: (i) afastar a condenação da ré ao pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo à substituída Adriana Madeira dos Santos Jesus no período anterior a 21/04/2009; (ii) esclarecer que o pagamento dos adicionais de insalubridade deferidos aos substituídos, parcelas vencidas, deverá ocorrer em juízo, sem necessidade de retificação das folhas de pagamento já elaboradas; (iii) decotar da condenação o pagamento dos honorários periciais relativos à segunda perícia, no importe de R$3.000,00; (iv) ressaltar que os honorários advocatícios, no percentual de 15%, serão calculados sobre o sobre o valor líquido da condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários, na forma da OJ 348 da SBDI-1 do TST. Vencido o Exmo. Juiz Relator, que negava provimento ao recurso da ré no tema dos honorários periciais. Unanimemente, conheceu do recurso adesivo interposto pelo autor, rejeitando a preliminar de não conhecimento do apelo, por ausência de dialeticidade, arguida pela ré em contrarrazões; no mérito, por maioria de votos, deu provimento parcial ao apelo, para: (ii) determinar que a ré cumpra as seguintes obrigações de fazer, no prazo de 90 dias a contar do trânsito em julgado desta decisão e após intimação específica para este fim, sob pena de multa diária de R$1.000,00, a favor do SINTAPPI, sem limitação (artigo 461, parágrafos 4º e 5º do CPC): 1) elaborar ordens de serviços sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos (NR-1, item 1.7, b); 2) informar aos empregados sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, bem como os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa, assim com os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho (NR-1, item 1.7, c; 3) realizar os procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou doenças relacionadas ao trabalho (NR-1, item 1.7, e); 4) manter na sede da Fazenda Experimental de Uberaba um técnico de segurança ou um engenheiro de segurança do trabalho, que preste apoio necessário à referida unidade, comprovando, ainda, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes e de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente (NR-4, itens 4.2.5 e 4.12, a e l); 5) fornecer as cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da CIPA, bem assim de documentos acerca da convocação de eleições relativas a mandatos anteriores da CIPA, acaso existentes (NR-5, itens itens 5.14.2 e 5.38); 6) cumprimento, pela CIPA das atribuições constantes do item 5.16 da NR-5, a a g, j, l, n e p, a saber: identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problema de segurança e saúde no trabalho; participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS; 7) exigir dos empregados a observância e aplicação no ambiente de trabalho das recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho (item 5.18, NR-5); 8) impor a divulgação, pelo Presidente e Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, das decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento (item 5.21, NR-5); 9) promover o treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes (item 5.32, NR-5); 10) fornecer os EPIs adequados aos seus trabalhadores, fiscalizando o seu correto uso, bem como repondo-os, sempre que necessários, devendo comprovar a entrega dos respectivos EPIs, necessários para o exercício de cada função desempenhada pelos substituídos expostos à insalubridade apurada pela perícia, independentemente do desate da lide com relação a cada um deles (NR-6, itens 6.3 e 6.6); 11) apresentar os PCMSO relativos ao período anterior a 2010/2011, bem como atestados de saúde ocupacionais alusivos aos anos anteriores a 2007, se existentes (item 7.1.1 da NR-7); 12) apresentar e discutir, na CIPA, o relatório anual, de acordo com a NR-5, devendo sua cópia ser anexada ao livro de atas daquela comissão (item 7.4.6.2 da NR-7); 13) equipar o estabelecimento com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características de atividade desenvolvida, mantendo esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (item 7.5.1, NR-7); 14) cumprir o disposto nos itens 8.3.1, 8.3.2 e 8.4.3 da NR-8, especificamente, colocando a tampa da caixa de passagem de tubulações no setor de bovinos/estábulos, colocar telhas na cobertura do estábulo/setor de bovinos e corrigir riscos de queda existentes no telhado do prédio do laboratório de nematologia, do laboratório de solos, de soja e de área anexa à copa; 15) apresentar assinatura do PPRA, pelo representante legal , bem assim cumprir o respectivo cronograma/plano de ação (itens 9.1.2 e 9.4.1, NR-9); 16) realizar a análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (item 9.2.1.1, NR-9); 17) estabelecer, no PPRA, critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico de saúde previsto na NR-7 (item 9.3.5.6, NR-9); 18) manter um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA (item 9.3.8.1, NR-9); 19) exibir os PPRAs relativos aos anos anteriores a 2010/2011, se existentes (item 9.3.8.2, NR-9); 20) realizar treinamentos aos empregados, oferecidos no PPRA (item 9.4.2, NR-9); 21) informar aos trabalhadores sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas, dentro do PPRA, para que possam ter o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de se assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA (item 9.5.1, NR-9); 22) dotar todos os tratores de cinto de segurança para a proteção de seus operadores (item 12.3, NR-12); 23) dotar as máquinas e equipamentos com dispositivos de partida, acionamento e parada, projetados, selecionados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador (item 12.24, b, NR-12); 24) dotar os tratores de alarmes sonoros alertando para movimentação em marcha ré (item 12.33, NR-12); 25) dotar as máquinas com as devidas proteções para os pontos de transmissão de força (item 12.47); 26) munir as máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de proteção adequada para os pontos de transmissão de força (item 12.48, NR-12); 27) adotar sinalização de seus equipamentos e máquinas com cartão ou etiqueta de bloqueio (item 12.113, b, NR-12); apresentar inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado (item 12.153, NR-12); 28) promover análise ergonômica dos postos de trabalho (itens 17.1.2, 17.4.1, 17.5.1, 17.6.1 e 17.6.3, NR-17), 29) treinar os empregados para o transporte manual de cargas (item 17.2.3, NR-17); 30) adaptar as cadeiras dos escritórios com regulagem de altura, apoio para braços, entre outros itens necessários para o exercício do trabalho na posição sentada (item 17.3.1, NR-17); 31) dotar as mesas, cadeiras e assentos do escritório com as exigências dos itens 17.3.2, a e c e 17.3.3, a e c, da NR-17; 32) fornecer os suportes previstos no item 17.4.2 da NR-17, para o labor em atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia; 33) posicionar os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo em superfícies de trabalho com altura ajustável (item 17.4.3, NR-17); 34) armazenar o óleo diesel em bacia de contenção, em pintura na cor padrão e com ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) afixada próximo às respectivas bombonas (item 20.5.1, NR-20); 35) armazenar o óleo diesel segundo projeto elaborado por profissional habilitado (item 20.5.6, NR-20); 36) sinalizar as bombonas de óleo diesel informando o conteúdo do interior, observando-se a pintura na cor padrão do óleo diesel (alumínio), conforme item 20.6.3, NR-20); 37) apresentar plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões referentes ao local onde o óleo diesel se encontra armazenado (item 20.12.1, NR-20); 38) dotar o local onde se encontram as bombonas de óleo diesel armazenadas com bacia de contenção para vazamentos ou derramamentos (item 20.12.5, NR-20); 39) dotar o local onde estão as bombonas de óleo diesel armazenadas de sinalização proibindo o uso de fontes de ignição (item 20.13.4, NR-20); 40) elaborar projeto e análise preliminar de perigos/riscos para a instalação de tanque de líquidos inflamáveis no interior do edifício, bem assim atender ao critério de as bombonas de óleo diesel serem metálicas, apresentar sistema de contenção de vazamentos, de detecção e combate a incêndios, saídas de emergência e apresentar laudo garantindo que a estrutura da edificação é projetada para suportar um eventual incêndio (item 20.17.2.1, b, e, f, g e j, NR-20). 41) identificar e sinalizar os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportem inflamáveis e líquidos combustíveis na forma da NR-26 (item 20.20.3, NR-20); 42) colocar tampas em cestos de lixo dos gabinetes sanitários femininos (item 24.1.26, NR-24); 43) dotar os estabelecimentos industriais e aqueles em que a atividade exija a troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó com local apropriado para vestiário, com armários individuais, observada a separação de sexos (item 24.2.1, NR-24); 44) criar vestiário para os empregados que laboram em estábulos e disponibilizar o vestiário do prédio novo construído pela ré para os empregados (item 24.2.3, NR-24); 45) observar as dimensões mínimas dos armários de compartimentos duplos, na forma do item 24.2.12 da NR-24; 46) apresentar os laudos técnicos das condições ambientais de trabalho (LTCAT), referentes aos postos de trabalho da Fazenda Experimental de Uberaba, na forma do art. 58, parágrafos 1º a 3º, da Lei 8.213/91, promovendo a assinatura dos laudos constantes do PPRA de fl. 647 por médico do trabalho ou engenheiro de segurança; 47) preencher corretamente os campos 15.7 e 15.8 do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP de seus empregados; (ii) condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais coletivos, no importe de R$50.000,00, em favor do sindicato-autor. Vencido o Exmo. Juiz Relator quanto à base de cálculo dos adicionais de insalubridade deferidos aos substituídos. Declarou, para os fins do art. 832, parágrafo 3º, da CLT, que as parcelas deferidas possuem natureza indenizatória, não incidindo contribuição previdenciária. Elevou o valor da condenação para R$57.000,00, passando as custas a R$1.140,00, pela ré. Determinou o envio de cópia das sentenças e deste acórdão para o Ministério Público do Trabalho, para que tome as providências cabíveis, se entender necessárias.
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Mostra permanente sobre a história de Maricá será aberta na próxima terça Texto: Leandra Costa (Marcelo Ambrosio) | Fotos: Fernando Silva Gramofone, totalmente restaurado, de 1900, assim como vitrola e os LP´s dos cantores locais Bráz Alonso e Jair Moreno. Inserida na programação do Dia da Padroeira da cidade de Maricá, Nossa Senhora do Amparo (15.08), a prefeitura abre as portas da Casa de Cultura para um resgate da história do município. A partir desta terça-feira, dia 14.08, quem tiver curiosidade poderá viajar no tempo e conhecer peculiaridades da memória maricaense no Museu Histórico que passará a funcionar no segundo andar da casa. A visitação é gratuita. A preparação do acervo, uma iniciativa da secretaria municipal de Cultura, contou com a ajuda de Cezar Brum, professor das disciplinas de História e Geografia das redes municipal e estadual de ensino. Brum se dedica há 30 anos ao resgate da história da cidade. Para Cezar, o grande desafio da iniciativa foi o de reunir objetos que realmente façam parte da memória. “Tivemos o cuidado de manter contato com a comunidade para buscar peças que tragam as raízes antropológicas do povo de Maricá”, destaca o pesquisador, também autor do livro “Contando a História de Maricá”, lançado em 2004 e prester a ter publicada a segunda edição. A montagem do acervo do museu, que reúne mais de mil peças, foi obtida através de objetos doados por famílias da cidade tanto quanto de peças angariadas em regime de comodato. Antes de serem expostas, todas passaram por um processo minucioso de limpeza, que incluiu restauração à base de óleo de linhaça e vaselina - importantes para evitar o ressecamento - e etiquetamento como forma de facilitar a catalogação da mostra. Exposição das peças No segundo salão estão expostas as peças que remetem ao período anterior à abolição da escravatura. O acervo inclui chaves de senzala, instrumentos de tortura - grilhões que eram presos no pescoço ou nos tornozelos dos escravos - o conhecido pilão grande (utilizado para moer grãos) e um menor, que os escravos utilizavam para “bater tempero” e preparar as próprias refeições com as sobras dos patrões. Registrando o momento econômico de Maricá, Cezar Brum organizou itens que mostram o ciclo do café e da cana de açúcar. São antigos moinhos de grânulos de café, bem como garrafas de aguardente artesanal. A parte política vem em seguida,. Com peças de mobiliário doadas pela família de José Antonio Soares Ribeiro, o Barão de Inohan (criador da Estrada de Ferro de Maricá e proprietário de dois engenhos na região), a última sala do museu está decorada com mesa de chá, namoradeira e quadros alusivos à época. O próprio salão em si tem importância mais que fundamental: foi nele, em 1868, que a cidade recebeu, em sessão solene na então Casa de Câmara (equivalente à atual Câmara de Vereadores) a visita ilustre da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde D´Eu. Segundo Cezar Brum, a princesa e o conde teriam vindo a Maricá para conhecer o Jongo, um tipo de dança típica dos escravos. Além de observar o material, justamente por isso é interessante considerar a própria Casa de Cultura como um item da exposição permanente, com sua construção característica do período colonial. Já na parte dedicada aos períodos mais recentes há muito também o que ver. Na área da saúde, o público poderá conferir, por exemplo, artigos dos antigos boticários existentes na cidade, um esterilizador da década de 40, um microscópio da década de 50 e balanças antigas. A presença dessas peças guarda relação direta com o nascimento de Maricá. Segundo Cezar Brum, um dos motivos que possibilitaram o crescimento do centro da Vila de Maricá foi o avanço de doenças epidêmicas, como a malária. “A cidade nasceu em São José do Imbassaí. A partir de 1755, a população começou a fugir para não ficar doente e então surgiu a Vila de Maricá”, ressalta. Mais recentes Outros pontos importantes da exposição são a partitura do Hino Oficial de Maricá doada pelo filho do autor, o poeta fluminense Mario Barreto França e um violino, de mais de 150 anos de idade, que pertenceu a um músico maricaense conhecido como Pontes, que por mais de 30 anos tocou em missa e em casamentos na Igreja Nossa Senhora do Amparo. Ainda na parte musical, estão presentes um gramofone, totalmente restaurado, de 1900, assim como vitrola e os LP´s dos cantores locais Bráz Alonso e Jair Moreno. Um dos discos, segundo o organizador, vendeu mais de 100 mil cópias. Ainda na mostra é possível acompanhar a história geral da moeda brasileira desde os réis até o real; a exibição de máquinas fotográficas das décadas de 50 e 60; a evolução dos telefones convencionais e móveis e até da televisão, já que o museu expõe um aparelho fabricado em 1959. A visitação estará aberta ao público a partir da próxima terça-feira (14.08). Localizada na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, a Casa de Cultura funciona de segunda à sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 13h às 17h. Instrumentos de torturas usados na época da escravidão. O público poderá conferir o conhecido pilão utilizado pelos escravos para moer cereais e grãos. Espaço decorado com peças de mobiliário doadas pela família do Barão de Inohan recebeu, em 1868, a Princesa Isabel e seu marido Conde D'Eu. O Museu Histórico funcionará a partir de terça-feira (14.08) no segundo andar da Casa de Cultura. Artigos dos antigos boticários existentes na cidade. Dentre mais de mil peças na exposição, o microscópio da década de 40, é um dos objetos que representa a área da Saúde.
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Sinopse Título original:Haunt País de Origem:Estados Unidos Ano da Produção:2014 No filme A Face do Mal, Evan Asher (Harrison Gilbertson) se muda para uma grande casa com seus pais e suas duas irmãs. Ele é um jovem tímido e, mais tarde, descobre que o passado da casa onde moram é tenebroso: marcado por uma família que perdeu todos os filhos. Os pais de Evan não são superticiosos e aproveitam o preço baixo no lote para comprá-la. Mesmo tímido, o menino acaba fazendo amizade com Sam (Liana Liberato), sua vizinha. Eles começam a sair juntos e a explorar a casa nova da família Asher. Os curiosos acabam encontrando uma caixa que, segundo a lenda, se comunica com os mortos. Ela acaba despertanto o passado sombrío da residência e atraindo forças malignas desconhecidas para o ambiente onde mora. O filme, dirigido por Mac Carter, vai estreiar no dia 12 de junho de 2014. O nome original do longa metragem é Haunt, assombrar em português.
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sábado, abril 25, 2015 25 DE ABRIL NA HISTORIA 25 DEABRIL25 de abril (AO 1945: 25 de Abril) é o 115.º dia do ano no calendário gregoriano (116.º em anos bissextos). Faltam 250 para acabar o ano. 25 de Abril é também a forma comum de se referir à Revolução de 25 de Abril em Portugal. Eventos históricos 404 a.C. — Atenas se rende a Esparta pondo fim à Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) 1241 — Orăştie e Cenad, cidades da Romênia são destruídas durante invasão mongol. Ruggero di Puglia (1205-1266) mais tarde, faria um relato dramático da invasão: “ … Nada mais podíamos ver além de ossos e crânios dos que foram mortos, por todos os lados, e muros derrubados de igrejas e palácios, lavados com o sangue dos cristãos.” 1449 — Final do Concílio de Basileia-Ferrara-Florença iniciado em Basileia em 25 de julho de 1431. 1449 — Final do Concílio de Basileia-Ferrara-Florença iniciado em Basileia em 25 de julho de 1431. 1464 — Batalha de Hedgeley Moor, vilarejo da Nortúmbria, na Inglaterra, travada durante a Guerra das Rosas, entre o exército Yorkista comandado por John Neville, 1º Marquês de Montagu (1431-1471) e o exército dos Lancaster comandado pelo Henry Beaufort, 3º Duque de Somerset (1436-1464), terminando com a vitória dos Yorkistas. Martin Waldseemuller(1475-1520) - Detalhe do mapa de 1507 contendo o nome América pela primeira vez. 1507 — Martin Waldseemüller publica o mapa do mundo nomeando as terras do hemisfério oeste de América, em homenagem ao explorador Américo Vespúcio. 1512 — Selim I, assumiu o trono do Império Otomano derrubando seu pai Bayezid II, que morreu pouco depois. 1541 — Violenta tempestade seguida de inundação assola a cidade de Liège, na Bélgica 1591 — Marroquinos tomam a cidade de Timbuktu, no Mali 1604 — O exército do Conde Maurício de Nassau desembarca na Ilha de Cadzand. 1607 — Batalha de Gibraltar, episódio da Guerra dos Oitenta Anos, onde a frota holandesa destrói a armada espanhola. 1707 — Batalha de Almansa: defensores do Burbons, sob o comando do Duque de Berwick, derrotam seguidores dos Habsburgos, sob a liderança doConde de Galway, para assegurar o trono da Espanha. Batalha de Almansa25 de Abril de 1707 1719 — É publicado o romance Robinson Crusoe de Daniel Defoe. 1779 — Primeira apresentação da Ópera O Amante Inconstante (Der flatterhafte Liebhaber) de Joseph Haydn em Palácio de Esterház, Hungria 1781 — Batalha de Hobkirk’s Hill: Também conhecida como a Segunda Batalha de Camden, o general Nathanael Greene (1742-1786), envolve-se com as forças britânicas em Hobkirk’s Hill, Carolina do Sul, e é forçado a bater em retirada.
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Aprenda a fazer abajur para quarto com espátula e concha de bambu Assista ao segundo episódio da série Socorro, ZAP! Faça você mesmo um abajur com espátula e concha de bambu (Foto: Paulo Andrade) O segundo episódio da terceira temporada do Socorro, ZAP! vai te ensinar a fazer um abajur para quarto totalmente diferente dos produtos encontrados em lojas. O designer de interiores Fabio Basso, do canal do YouTube DeCasa, utilizou uma espátula e uma concha de bambu para montar a peça. Como a iluminação é o desafio desta temporada, não podia faltar uma luminária central para o quarto, que também foi criada na hora com sobras de madeira. Ainda para decorar, ele utilizou três lâmpadas de LED cheias de estilo. Nos abajures, foram colocadas lâmpadas de filamento. Todos os objetos de iluminação podem ser feitos no estilo “faça você mesmo”. Além das luzes, o designer de interiores também deu uma repaginada nas cores e na decoração do quarto.
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Tome Nota de sábado, dia 9 de julho Quem será o pré-candidato a vice do atual prefeito Walter Caveanha (PTB), que tentará a reeleição, ainda não está confirmado. Porém, o que ficou bem nítido mesmo foi o desapontamento de Caveanha com a decisão do médico Denis Camilo de Carvalho (PCdoB) em não querer disputar a eleição como vice. Ao que consta, as lamentações de Caveanha são feitas à exaustão durante suas conversas sobre o assunto. Só papelE os panfletos já começaram a tomar conta da cidade. Além dos pré-candidatos a prefeito enumerarem suas conquistas e intenções por meio de ‘informativos’, agora, parece ser a vez dos pré-candidatos a vereador utilizarem da mesma ferramenta para mostrar ao eleitorado o que fizeram ou o que pretendem fazer caso sejam eleitos. O fato é que há muitos eleitores torcendo o nariz para tantos panfletos em suas casas. IroniaAs decisões dos presidentes da Rede, em Mogi Guaçu, Natalino Tony Silva, e do empresário Edson Bombo, do PSDC guaçuano, engrossaram o apoio à pré-candidatura à reeleição do prefeito Walter Caveanha (PTB). Agora, o prefeito é o pré-candidato que soma mais partidos políticos em seu grupo: 13 no total. No entanto, há quem ironize o número dizendo que 13 não traz tanta sorte assim. Já para outros… DesatentosQuando voltarem do recesso parlamentar, os vereadores terão de votar, pelo menos, quatro vetos dados pelo prefeito Caveanha e não poderão reclamar ou questionar a atitude do chefe do Executivo. Isso porque, os vetos foram dados aos projetos de lei de autoria dos vereadores que deram nome a ruas que já estavam nomeadas e, obviamente, não precisam receber novas nomenclaturas.
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Essa eleição teve a campanha mais longa, cansativa, desleal e abrangente de que lembro – e olha que lembro de eleições desde 1982! Envolveu as redes sociais, e cada simpatizante se transformou em cabo eleitoral, de forma que todos os dias estou (estamos) sendo bombardeados com centenas de memes dos candidatos. Várias publicações de factóides ao ponto de não mais sabermos o que é verídico ou não. Se é verdade que os candidatos à presidência (Dilma e Aécio) fizeram um pacto de não-agressão antes de ontem, o mesmo não se estendeu ao facebook, chega ataques de um ao outro, não só ao governos, mas pessoais mesmo. Não sabemos mais o que é pesquisa séria ou não, pois a cada publicação de estatística, não tarda surgir notícia da falsidade dos números e, pior, os dois candidatos se mostram (como eu disse, sei lá se é verdade) quase que absolutamente empatados – às vezes tenho a impressão de que o Aécio está na frente, depois todas as comunicações informam o contrário. No que toca às candidaturas ao governo do Amazonas (Melo x Braga), no início eu achei que eram parte de um grande acordo para manter o grupo político comum do Poder, o grupo de sempre (Gilberto – jaz – Amazonino, Alfredo, Eduardo, Melo, ) – mas os dois começaram a se atacar tanto nesse segundo turno que me inclinei a achar que se tornaram rivais mesmo. Está valendo tudo: dedo no olho, chute na cueca, puxar tapete e o que surgir. E os Blogs, ah, os meus queridos blogueiros: Alguns, e os maiores, parecem ter seus teclados absolutamente tendenciosos – alguns só postam notícias favoráveis a um e contra o outro – e vice-versa. Quero pensar ao menos que é convicção pessoal, não gostaria de saber que meus colegas blogueiros andaram vendendo suas postagens – isso atacaria a credibilidade de nós, blogueiros de coração. Outra coisa muito clara é que só metade dos que vão votar em cada um votam por convicção – a outra metade de cada eleitor de um candidato está votando, na verdade, contra o outro! É o voto anti-Melo, anti-Eduardo, anti-Aécio, anti-Dilma; o voto em branco perdeu o sentido nessas eleições, e virá como um instrumento de vingança contra “o outro candidato” – o chamado “voto útil”. O fato é que ninguém aguenta mais, os candidatos e os eleitores estão cansados, amigos já estão brigando, e o que eu percebo e que amanhã, dia da eleição do segundo turno, trará um alívio para todos, à essa altura, seja lá quem ganhe. Post navigation comments (2) Marcos, é até legal essa sua participação no jornal de meio dia, mas tente assistir no mudo e preste atenção no seu gestual. É MUITO exagerado, da vontade de amarrar os seus braços, vc se mexe, pula, balança a cabeça, franze a testa, espreme o olho, forca a voz e muito mais. Fica muito canastrão e as informações q vc da as vezes são mais alarmistas do q o q realmente ocorre nos casos concretos. Menos.
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SEM-TETO DOMINAM ÁREA – Belém sofre sem atendimento A questão social parece ter se tornado um problema insolúvel na cidade e, consequentemente, nos bairros. A região do Belém, Bresser e Mooca, por exemplo, se tornou o principal local, fora a área central, de concentração de moradores de rua. No bairro do Belém, os sem-teto circulam principalmente no perímetro entre o Largo São José do Belém e a Rua Cajuru, onde existe um albergue da Prefeitura. DESCONFORTO O problema, conforme quem reside no entorno, está no fato de muitos homens desrespeitarem pedestres, habitantes e visitantes. O desconforto ocorre quando os moradores de rua se sentem no direito de ocupar todas as calçadas com objetos pessoais, além de cobertores, malas, utensílios domésticos e até carrinhos de compra. A questão é tão delicada que, prevendo as dificuldades, Giovanni Di Cicco, presidente da Sociedade Amigos do Belém, visitou a redação desta Gazeta, no primeiro semestre do ano passado, para alertar sobre o que poderia acontecer. PROGNÓSTICO Um ano depois, o prognóstico se confirmou e o incômodo vem aumentando. A reportagem pôde constatar a realidade atual em entrevista concedida por Norberto Mensório, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Belém. Segundo ele, nem a negociação com Luciana Temer, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social; e Zé Américo, secretário municipal de Relações Governamentais, adiantou. Segundo moradores, na Rua Cajuru estão usuários de drogas, doentes mentais e sem-teto juntos REUNIÃO Mensório, Di Cicco e o vereador Toninho Paiva, estiveram no gabinete da secretária e avisaram sobre os transtornos futuros que a instituição iria criar no bairro. Na oportunidade, ainda propuseram a ela ocupar um terreno quatro vezes maior, na Rua Ulisses Cruz, esquina com Avenida Salim Farah Maluf, por apenas R$ 10 mil a mais que o da Rua Cajuru. O local também tinha vagas de estacionamento e espaço para os moradores de rua guardarem suas carroças e deixarem seus bichos de estimação. SEM MUDANÇA “Como Luciana havia sido irredutível sobre a possível mudança de endereço do albergue, fomos até Américo, que intermediou um questionamento direto ao prefeito Fernando Haddad. No entanto, obtivemos a resposta de que a Sociedade Amigos e o Conseg não deveriam interferir nas decisões da cidade. Portanto, nada iria mudar, pois estava tudo certo”, contou o presidente do Conseg. ILEGALIDADE Mensório foi categórico ao afirmar que todo o processo de busca de imóvel e contrato, feito pela Prefeitura, foi nebuloso. Primeiro ele frisou não ter existido uma consulta pública, quando para esse tipo de serviço é preciso buscar a opinião das pessoas. Depois, a Secretaria relatou que estaria preparada para oferecer o suporte aos vizinhos. Contudo, passaram a servir café, almoço e jantar e, a partir de determinado horário, simplesmente encaminhavam os atendidos para a rua de novo. MAIS PROBLEMAS “Ou seja, não tiraram os moradores da Rua Cajuru, muito menos os do Viaduto Bresser, e ainda criaram outro problema em frente a sede da Sociedade Amigos do Belém, na Rua Herval, 91. Como não existem abrigos suficientes, os sem-teto foram em grande número para a fachada da SAB e depois invadiram o prédio, inclusive roubando parte do patrimônio. Ao mesmo tempo, se instalaram no lugar colocando móveis, televisão, sofá e outros objetos”, indignou-se Mensório. INTERVENÇÃO Além de todo o mal-estar criado com a situação, quando o presidente do Conseg pediu a presença da Subprefeitura Mooca na Rua Herval, houve a intervenção do padre Júlio Lancelotti e do ex-secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy, para que os moradores de rua não saíssem do espaço. Com isso, os integrantes da entidade voltaram a procurar o subprefeito da Mooca, Evando Reis. Porém, ele revelou não poder fazer nada. Na última sexta-feira, dia 2, tanto o padre, quanto o subprefeito, voltaram ao local para nova negociação. GRUPOS Voltando à Rua Cajuru, o presidente do Conseg esclareceu que os grupos existentes no endereço estão constituídos da seguinte forma: 25% de usuários de drogas, 25% de alcoólatras, 25% com enfermidades mentais ou deficientes e 25% de fragilizados por viverem na rua. “Enquanto isso, a população é obrigada a se esconder em suas casas, com medo do tráfico, dos furtos e dos pedintes”, finalizou. 3 comentários Marcelo Monteiro Ribeiro Alguém, em sã consciência,pode achar normal o passeio público virar uma favela? ISSO É UM ABSURDO!!! Que a prefeitura cumpra a sua obrigação e providencie abrigos para essas e pessoas, e devolva o espaço público para a pophem geral!!! Chega de demagogia barata!!! Só é a favor de uma barbaridade como essa quem não tem esse problema na sua rua, na sua porta!!! Espero que a Justiça não volte atrás mais uma vez e desocupe as calçadas da Radial Leste e viaduto Bresser no próximo dia 13 de novembro!!! Chega de bandalheira!! O interesse da esmagadora maioria da população tem de prevalecer!!! Eu vejo na realidade uma grande migração de pessoas necessitadas vindas de outras Cidades de SP e do Brasil para Capital, um movimento articulado por pseudos Partidos de Movimento, e como suas Cidades de origem Interior de SP e outras Cidades fora de SP estão em situação pior que a Cidade de SP Capital, migram para SP onde temos Hospitais, abrigos, tanto do Estado como do Município que NÃO TEM CAPACIDADE DE SUPORTAR, não será o Padre Lancelotti quem irá resolver, nem igrejas católicas ou evangélicas ou pessoas sensibilizadas que fornecem alimento, colchão, cobertor etc isto é PALIATIVO não resolve. Precisamos de políticas públicas e identificar a origem e abrigar em locais de suas origens e adequar não em lugares de concentração como num holocausto como dos judeus no passado, cade o Partido das classes desfavorecidas que ficou quase 17 anos no poder e prometeu ao povo tudo do bom e do melhor cadê eles , o Prefeito de SP também é responsável, deixou a revelia e aqui parece o Afganistão, faça albergues decentes ao invés de instalação radares e ciclovias e colocar Guardas Minicipais mulando …isto me causa indignação onde estão as Assistentes Sociais da Prefeitura , Estado e União o poder publico, no país inteiro por onde se anda existem pessoas sem um teto, desempregadas , não será uma sopa que vai resolver, onde estão os tais VEREADORES que pedem agora seu voto e estão a vários mandatos e não ouvem as classes menos favorecidas e porque não enviam projetos para solucionar o avalanche de pessoas moradores de rua se eles não tem uma atividade irão consumir drogas, fazer delitos e correrem risco de vida e serem escrachados pela sociedade, se tem verba para fazer refeição por UM REAL com dinheiro público no caso do Governo do Estado de SP porque não se fazem Albergues decentes aos necessitados seguramente tem CRIANÇAS no meio e quem fará assistência a família e os filhos cade o Estado ?? Repensem em quem vocês vão votar nas eleiçoes. A questao dos moradores de rua nao pode ser tratada como um caso de higienizacao populacional, mas deve tocar nos direitos humanos. A Casa Guadalupe, juntamente com a Missao Belem, oferecem aos moradores de rua todo o auxilio humanitario que a prefeitura deveria prestar. Alem disso, os moradores de rua ocupam areas da regiao do Belem abandonadas e sem comercio. Percebemos nitidamente na imagem que ilustra essa reportagem (claramente retratada no fim de uma madrugada) como essa regiao esta sendo ocupada pelas pessoas em condicao de rua apenas para pernoite, o que de maneira alguma interfere no comercio da regiao. Esta muito obvio que as pessoas citadas na materia estao em busca de uma solucao imediata para a questao visual e sanitaria dos bairros citados e despreocupadas com uma solucao definitiva para a populacao de rua que so tem aumentado nos ultimos meses. O trabalho do Padre Julio Lancelotte e das instituicoes acima citadas deve ser reconhecido e valorizado, pois enxerga essas pessoas como seres humanos que sao em busca de uma saida para sua condicao de rua atual, sao muito mais do que meros ˜usuarios de drogas, doentes mentais e sem-teto˜
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Data de entrada Data de saída Ainda não sei as datas específicas da minha estadia Filtrar por Bairro SÃO BORJA - São Borja foi o primeiro dos chamados Sete Povos na segunda fase das Missões Orientais do Rio Uruguai. Conhecida como a terra dos presidente, São Borja é a cidade natal de dois ex-presidentes brasileiros, Getúlio Vargas e João Goulart, e ambos estão sepultados lá. Outro nascido lá e que se tornou presidente, só que da Argentina, foi Pedro Aramburú, que saiu de São Borja bastante novo para ir morar com seus pais em Buenos Aires. A casa em que Getúlio Vargas morou, foi tombada pelo Patrimônio Histórico, e passou a ser o Museu Getúlio Vargas. O museu possui fotos e objetos que pertenceram ao ex-presidente. Recebe anualmente milhares de visitantes de todas as partes do Brasil. Existem outros museus na cidade, o Museu Missioneiro, com imagens sacras, sendo algumas confeccionadas pelos índios, da época da fundação de São Borja pelos jesuítas. E o Museu Ergológico da Estância, onde estão expostos todos os materiais e implementos que compunham as máquinas das fazendas, nos primórdios da cidade. Outras atrações na cidade são Igreja Matriz São Francisco de Borja e o Mausoléu de Getúlio Vargas. E uma das paisagens mais belas do município, é o pôr-do-sol visto do cais do porto às margens do Rio Uruguai. São Borja é um município do estado do Rio Grande do Sul, banhado pelo rio Uruguai, que é a fronteira natural com a Argentina.
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Piti Reali borrifa água em Kaká e, sob o olhar da repórter Luciana Franca, faz embaixadinha com o protetor de plástico de um flash: não é fácil desinibir o craque do São Paulo Era este o título do filme-catástrofe que, em plena guerra fria, abordava os efeitos de uma hecatombe nuclear. Ainda estamos longe disto, mas os sinais de um mundo pacificado são cada vez menos intensos. Pelo segundo ano consecutivo, um alvo civil sucumbiu ao terrorismo internacional, carregando consigo vítimas do Brasil. Depois do ataque às torres gêmeas de Nova York, que deixou três brasileiros desaparecidos, foi a vez de uma discoteca em Bali, a paradisíaca ilha da Indonésia, onde as autoridades procuram pistas de outros dois brasileiros. Triste tragédia que abreviou uma linda história sobre o sentimento nacional. Alexandre Watake era paulista e morava no Japão. Marco Antônio Farias era gaúcho e integrava a tropa de paz que serve no Timor Leste. Em Bali, Watake reconheceu em Farias um brasileiro como ele, no outro lado do mundo. Em poucos minutos, nosso solidário brasileirismo os conduzia a uma discoteca repleta de australianas e de turistas européias. Pelo relato das testemunhas, levantado pelos repórteres Fábio Farah e Jonas Furtado, a bomba de Bali pegou o sargento brasileiro em seu momento de lazer. E Watake deixou no Brasil o filho de dois anos que nunca chegara a conhecer.
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Previsão do Tempo - Tábua de Marés A maré astronômica é um fenômeno caracterizado pela subida e descida periódicas do nível do mar e de outros corpos de água que tem uma ligação com o mesmo (estuários, lagunas, etc.). A maré astronômica resulta da atração gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre a Terra. A tábua de marés fornece a altura da maré astronômica na baixa-mar (maré baixa) e na preamar (maré alta) e a hora em que elas ocorrem em um determinado local. No Brasil, a tábua de marés é elaborada pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN). Para saber a previsão de maré em qualquer lugar do Brasil, clique aqui.
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Mais que hospital: um centro de hospitalidade As mãos podem se tornar um ponto de desarmonia para as mulheres, já que com o passar do tempo várias mudanças, como o aparecimento de pintas, manchas, perda de volume, ressecamento, entre outras, fazem com que haja uma procura pelos consultórios de cirurgiões plásticos para recuperar a beleza perdida desta parte importante do corpo. Mas nem sempre o objetivo é alcançado. O tratamento mais comumente oferecido é o laser, que clareia os efeitos das manchas e ameniza sinais de envelhecimento. Mas tratar apenas a aparência da pele para reduzir consideravelmente as manchas e amenizar as pintas com os modernos tratamentos disponíveis embora importante, não é tudo o que se pode e deve fazer para que a jovialidade das mãos seja recuperada. Com o passar dos anos e a perda de volume, as mãos ficam com aspecto “esqueletizado”, mostrando veias, tendões, o que compromete, e muito, a parte estética. Para tentar reverter o quadro, a solução oferecida pelo cirurgião plástico Dr. José Carlos Daher, fundador do Hospital Daher, é uma técnica pouco divulgada, mas eficaz para o problema. “A técnica combina a recuperação do aspecto da pele com a ideia da recuperação do volume. Quem conhece uma mão jovem, a das crianças, por exemplo, que não seja túrgida, ’rechonchuda’? Esta recuperação do volume consiste em injetarmos gordura nas mãos, por meio de uma mínima incisão no dorso da mão à altura do pulso.” Ele explica que a gordura é conseguida em qualquer zona doadora do próprio corpo e onde esteja em excesso, já que é uma pequena quantidade, de aproximadamente 60 a 80 ml, como nos culotes, baixo-ventre, face interna das coxas, flancos, entre outras partes. Depois essa gordura é processada para que fique concentrada e é implantada. “Fazemos essas inserções, e o resultado é lindo, pois a reabsorção é rápida nesta parte do corpo”, explica o cirurgião. Mas a técnica tem suas limitações. Embora o tratamento da textura da pele seja duradouro, em relação às manchas, por exemplo, a gordura injetada será absorvida em quantidades maiores ou menores, dependendo do organismo de cada um, e isto indicará a quantidade de vezes e a periodicidade com que o tratamento deverá ser repetido. Em todo enxerto de gordura, há sempre uma parte que é incorporada definitivamente pelo organismo naquele local. Assim, o procedimento do enxerto de gordura, que é relativamente simples e pouco invasivo, pode ser repetido mais vezes, deixando sempre uma parcela a mais de gordura incorporada. O pós-operatório não é limitante. Apenas alguns cuidados precisam ser tomados, como deixar as mãos elevadas por um tempo antes de voltar às atividades. O Dr. Daher completa que o resultado, na grande maioria das vezes, é muito bom, e o que vai mudar, dependendo de cada pessoa, é a durabilidade do efeito. “Lembrando que para ser mais eficaz, o ideal é que a injeção de gordura seja feita junto com a aplicação de laser, em momentos distintos, mas de forma conjunta para um resultado que traga perfeita satisfação”, finaliza o cirurgião.
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Cláudia Laitano: saudades do Brasil A colunista escreve aos sábados em ZH A canção que fazia sucesso no rádio e na TV colocou no meio da sala da família brasileira os mortos da ditadura militar: “Choram Marias e Clarices no solo do Brasil”. Era o final dos anos 70, e alguém tratou de me explicar quem eram Clarice Herzog e Maria Aparecida Fiel Pivotto e por que elas choravam – e até hoje associo o fim da minha infância a esse Big Bang histórico e poético provocado por O Bêbado e a Equilibrista. Além de ensinar história recente para crianças e comover adultos que sonhavam com a volta do irmão do Henfil, a canção de Aldir Blanc e João Bosco era um hino – e, como todos os hinos, tornava sua causa simbolicamente mais forte. Um hino, aliás, que só foi possível porque circunstâncias artísticas e mercadológicas da época permitiam que houvesse público vasto e diverso para letras e harmonias sofisticadas – e o tipo de canção que jamais sairia da fábrica de hits padronizados que abastece boa parte do mercado musical nos dias de hoje. Neste domingo, completam-se 40 anos da morte de Vladimir Herzog, o jornalista que se tornou símbolo do momento em que o demasiado tornou-se excessivo, e a sociedade civil brasileira decidiu reagir – OAB, líderes da oposição, líderes religiosos, artistas, estudantes. Entre outras coisas, essa mobilização prova que, mesmo no Brasil, é possível a união de adversários em torno de um objetivo comum. As diferenças, inevitáveis, poderiam ser debatidas mais adiante, quando o mínimo de respeito às instituições fosse restaurado. É impossível comparar o Brasil da ditadura com o Brasil da democracia, por mais imperfeita que ela seja, mas se o passado nos ensina alguma lição é a de que mesmo ali, onde não havia liberdade e todas as associações eram suspeitas, foi possível reagir e superar rivalidades. Quem era criança naquela época, ou nem sequer tinha nascido, não pode esquecer que tem uma dívida histórica com a geração que restaurou a democracia – por mais que discordemos das escolhas que alguns tenham feito depois. Uma dívida de ação e mobilização. Sonho com o dia em que a sociedade brasileira sinta-se tão ultrajada com a violência da polícia, que cerre fileiras contra ela. Sonho com uma grande mobilização nacional contra leis desumanas e atrasadas como o projeto aprovado na Câmara nesta semana que penaliza ainda mais as vítimas de estupro. Sonho que Vladimir Herzog e todos os que lutaram pela redemocratização e por um Congresso livre não sejam desonrados com a vitória da razão cínica na política. Sonho que as igrejas que abrigam políticos corruptos escolham honrar os líderes religiosos que ficaram ao lado da Justiça e da lei no passado repudiando a teocracia mercenária e retrógrada instalada em seu nome no Congresso. Talvez nos falte o hino, talvez nos faltem os líderes, mas definitivamente não nos faltam as causas – e não pode nos faltar o ânimo. A esperança é a equilibrista.
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Proclamação dirigida pelo Arcebispo Metropolitano do Ceará à população católica daquele Estado, a propósito das explorações que meia dúzia de políticos aventureiros fazem dos sentimentos católicos do povo. Resposta à questão de ordem formulada pelo Deputado Arnaldo Cerdeira, contraditada pelo Deputado Sérgio Magalhães, para solicitar a convocação de sessão noturna para que a Casa continue em seu plantão cívico. Considerações sobre os acontecimentos que se desenrolam no País e sobre os antecedentes que levaram o País a esta contingência. Críticas ao Presidente da República a quem responsabiliza pelo momento difícil que a Nação está vivendo e cuja atuação subversiva levou às verdadeiras forças democráticas a se levantarem na defesa das instituições e da democracia. Comunicação de que o Palácio da Guanabara, na antiga Capital Federal, está sendo atacado por forças dos Fuzileiros Navais, comandados pelo Almirante Aragão. Afirmação de que a Guanabara resistirá e a democracia triunfará. Considerações sobre o momento político brasileiro, expressando a posição dos trabalhadores em face dos acontecimentos que se estão desenrolando no País. Defesa do Presidente da República que, tomando medidas concretas em favor do povo, foi tendo diante de si a violenta reação dos poderosos, reação que se avolumou a cada medida e que agora culmina com a insubordinação, com o golpe. Considerações sobre o momento político que está vivendo a Nação, ameaçada pela guerra civil e vítima do golpe que aí está e que a envergonha perante todo o mundo civilizado, e que é o movimento das elites temorosas da perda dos seus interesses. Trechos do capítulo A Tragédia das Democracias, do livro de Jacques Maritain Cristianismo e Democracia, e trechos de discurso do democrata John Kennedy, em que o grande Presidente norte-americano estuda, com sabedoria, a realidade social e econômica da América Latina. Apoio ao movimento eclodido no País por poderosas forças do nosso Exército aliadas aos Governadores democratas, que se levantam para manter a Constituição, o respeito à disciplina e à hierarquia das Forças Armadas, e combater o comunismo. Desvinculação do Congresso de toda participação ativa na vida do País, pela falta de comunicações. Congratulações ao Estado de São Paulo pela sua tomada de posição em relação aos acontecimentos que se desenrolam no País. Declaração de que o fato de ser considerado em todo o País como um dos chefes da reação não o preocupa, pois é consciente de pertencer a esse campo para evitar que o Brasil fosse entregue aos comunistas. Júbilo pelo clima de civismo que tem reinado na Casa. Questão de ordem para indagar da Mesa se há oradores na forma regimental, para usarem da palavra ainda na presente sessão, e para declarar que, em caso de resposta afirmativa, está disposto a ceder o seu tempo, já que apenas solicitará a palavra com a finalidade de impedir a suspensão dos trabalhos. Apelo à FAB para que, em face da crise por que está passando a Nação e em vista de terem sido interrompidas as linhas áereas, coloque um aviso à disposição daqueles parlamentares que desejam vir a Brasília. Considerações sobre a crise por que passa a Nação brasileira, com o registro e a análise de todos os acontecimentos e fatos que a antecederam e com a explicação do seu próprio desenvolvimento. Manfestação do desejo de que, ao final da crise, saiam vitoriosas a Constituição e a Democracia. Considerações sobre a proclamação feita pelo Marechal Teixeira Lott, em que afirma continuar a legalidade com o Presidente João Goulart e apela às forças que se rebelaram contra os Poderes Constituídos para que examinem seus atos e ensarilhem as armas. Júbilo pelo levante generalizado do povo, dos governos, das Forças armadas, para defenderem a Constituição e barrarem o caminho da ditadura. Congratulações ao Estado de São Paulo pela posição tomada em relação aos acontecimentos que se desenrolam no País. Necessidade de se analisar, no momento atual, qual o grupo que realmente procura defender a Constituição. Apoio aos Governadores e aos representantes das Forças Armadas que procuram restabelecer a hierarquia e a ordem no País. Isolamento total da Capital da República, e que se está verificando na atual crise, inclusive pelas dificuldades para a locomoção dos membros do Congresso. Protesto contra o monopólio das irradiações em Brasília, com a transmissão para o País inteiro, de notícias deturpadas. Nota conjunta feita pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, a respeito de providências que visam a assegurar, na atual conjuntura, o livre funcionamento das instituições legislativas em Brasília. Resposta à questão de ordem formulada pelo Deputado Maurício Goulart para fortalecer a já apresentada pelo Dep. Arnando Cerdeira e que dizia respeito à solicitação de sessão noturna para que a Casa continue em seu plantão cívico. Resposta questão de ordem do Deputado Laerte Vieira para solicitar da Mesa a volta à Ordem do Dia do P. 893/63, que regula a eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República pelo Congresso Nacional. Considerações sobre o movimento armado que eclodiu no País e que veio desmascarar os falsos democratas. Esperança em que os membros do PTB, os que defendiam democraticamente as reformas de base através das transformações democráticas, sairão vitoriosos para a grandeza do nosso povo e a felicidade de outros países da América do Sul. Júbilo por se encontrar o Rio Grande do Sul, nos acontecimentos que se estão desenrolando no País, ao lado do Presidente da República pela manutenção da ordem jurídica e pelo respeito às autoridades constituídas. Encaminhamento de votação da Emenda nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça, ao PDL 57/63 (anistia aos militares ou civis participantes dos acontecimentos que se desenrolaram em Brasíia no dia 12.09.63), que suprime, no art. 1º, as palavras ou civis. Questão de ordem para solicitar a Mesa fosse computada, para efeito de quorum, a presença de vários deputados que não desejavam dar seu voto ao requerimento de preferência para o substitutivo da Comissão de Agricultura ao P. 809/63 (Reforma Agrária). Questão de ordem sobre necessidade regimental de que a Emenda 10, do Plenário, ao PDL 57/63 (anistia aos militares ou civis participantes dos acontecimentos que se desenrolaram em Brasília em 12/9/63), que estende a anistia aos militares das Polícias Estaduais que tenham participado de movimentos reivindicatórios e, por esse motivo, sofrido punições, seja votada antes da proposição principal. Resposta questão de ordem do Deputado Bocaiuva Cunha feita para indagar da Mesa se esta se encontra em condições de assegurar a publicação, nos jornais que o desejarem, dos pronunciamentos feitos da Tribuna da Câmara. Resposta questão de ordem do Deputado Renato Celidônio feita para indagar da Mesa das possibilidades de aquêle parlamentar viajar para o Rio de Janeiro sem que ali fosse molestado por autoridades policiais, tendo em vista a propalada prisão do Deputado Elói Dutra. Discussão do P. 1.664/56 (estende aos proventos de aposentadoria ou reforma, motivadas por cardiopatia grave ou mutilação, a isenção determinada no § 2º letra f, do Decreto nº 24.239/47, que regulamenta a cobrança do Imposto de Renda). Considerações amplas sobre o problema do capital estrangeiro.
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Clima ameaça o milho safrinha em Mato Grosso e no Paraná O clima que beneficiou a safra de verão brasileira não será tão favorável à safrinha que está sendo plantada. A avaliação é do meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo ele, o Mato Grosso pode enfrentar veranicos e o Paraná pode ter problemas com o frio antecipado neste inverno. Juntos, os dois estados cultivam mais de 60% do milho safrinha do país. “O Centro-Oeste, no Mato Grosso em especial, pode ter dificuldade com a chuva, que vai embora mais cedo este ano. No Centro-Sul, é o frio que chegará mais cedo. As primeiras ondas de baixas temperaturas acontecem a partir de abril”, relata Lazinski. Ele explica que o El Niño continua ativo nos próximos meses, mas começa a perder força. O resultado é a diminuição gradativa do volume de chuvas na porção Centro-Sul do país. “Continuarão acima da média durante o restante do ciclo de verão, mas nada tão exagerado quanto em janeiro”, esclarece. A safra de verão, frisa o meteorologista, não deve ser prejudicada. Já a safrinha, pode sofrer com o frio antecipado. Temperaturas abaixo da média em abril e maio tendem a alongar o ciclo do milho e deixar a lavoura mais vulnerável a perdas. No Oeste do Paraná, há risco de geadas a partir de junho. A boa notícia, completa Lazinski, é que o clima frio com chuvas espaçadas é muito bom para o trigo. No Centro-Oeste, também não há riscos para a safra de verão, mas a antecipação da estação seca pode comprometer o enchimento dos grãos e tende a limitar a produtividade do milho safrinha. Em Mato Grosso, o cereal de inverno deve ocupar área 5,8% maior neste ano, num total de 1,7 milhão de hectares, segundo estimativa do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). (LG)
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Gostaria de ter mais tempo para fazer TUDO o que tenho vontade!!o BLOG TEM APENAS UM ANO E SOU SOZINHA, mas, se depender da minha vontade e paixão pelo meu trabalho, terá cada dia mais e mais conteúdo!!Beijos,Cláudia mas, com muita certeza tem feito um trabalho de muita competência, qualidade excepcional, parabéns pela iniciativa, independente do ramo do direito que trabalhe, tenha certeza que já contribuiu muito para a comunidade acadêmica! Claudia parabéns pelo trabalho..se na faculdade os professores adotassem esta técnica, com certeza iria colaborar muito com todos os acadêmicos. Bem, eu amei, tentei várias vezes fazer mapas para mim, mas não ficaram tão legais quanto o seu. Estou amando! Parabéns Claudia!Sinceramente fiquei até aliviada quando encontrei seu blog! Muito claro, e a explicação é maravilhosa... *-*Que o Senhor abençoe grandemente sua vida e a de sua família. As crítica? Use-as como degraus para ir cada vez mais alto. Não se entristeça com aqueles que não te elogiam ou que tentam te fazer para. Pois sem isso nao haveria superação, não é?! Você ja é uma mulher vitoriosa.Obrigada, de verdade!Que Deus ilumine seus passos.Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Pv 31:26 :) Cláudia, além de linda, os mapas que você materializa são muito bons! Pode ter a certeza de que ajudam bastante na fixação mental, sim! Meus parabéns, um beijo de um gato da Bahia, e boa sorte no seu caminho, querida!! Nossa, show de bola seu trabalho! Sou estudante de direito, e hoje é tão difícil ver pessoas que querem ajudar os outros compartilhando o conhecimento, as pessoas tem se tornado tão mesquinhas, e chego nesse blog e encontro assuntos que se tornam bem mais fáceis de serem compreendidos, feitos com uma criatividade belíssima, e de uma simplicidade tamanha. Obrigada, você tem nos ajudado muito. Parabéns pela iniciativa! :) Gaby, no e-mail você perguntou se eu envio para o e-mail e aqui se envio para a sua casa...Bom, como não moro no Brasil, não tenho como enviar o material físico, apenas os arquivos em PDF, para o e-mail.Respondi lá, você viu?BeijosCláudia opaa!! no email me expressei errado! Tinha interesse mesmo pelo envio para a residencia e nao sabia que vc morava no exterior.. Enfim, providenciarei o pagamento e te informo por email os que tenho interesse.obrigada oi Renatasão arquivos em PDF, com formato e qualidade para impressão, enviados por e-mail.O único material impresso que tenho é o livro que tem a coletânea com os 45 desenhos mais visualizados no ano passado.BeijosCláudia Oi Fernando,específicos não.Se quiser, mando para o seu e-mail a lista completa com os PDFs que tenho disponíveis, aí você compara com o edital.Escreve pra mim no claudiafrancolopes@hotmail que eu retorno com a lista.beijos Damásio é show, mas esses desenhos são perfeitos. Eu amo artes, direito penal e a powerpuff docinho, pois ela é muito rock 'n roll. :) Parabéns pela iniciativa Cláudia. Teus desenhos são claros e objetivos!!! Cláudia, bom dia.Tenho 1 dúvida , a lista acima citada apresenta a quantidade de desenhos em PDF ao lado.A lista logo abaixo da primeira também contém os desenhos , ou já estão incluídos nos desenhos da primeira lista ? Na verdade não é um livro e sim uma apostila. O material é vendido em PDF e enviado por e-mail, mas, quando a pessoa quer que eu envie já impresso e encadernado, o valor que cobro a mais é da impressão (R$ 1,00 a mais por página colorida)Então, atualmente, a apostila impressa, encadernada e enviada pelo correio custa R$ 120,00 e vem com os temas que estão citados acima.Mais dúvidas escrevam pra mim [email protected] noentendeu [email protected]áudia Sou formado em economia e estou fazendo uma segunda faculdade (direito)! Parabéns pelo EXCELENTE TRABALHO E VOU COMPRAR TODOS OS TEUS DESENHOS, pois é uma facilidade imensa gravar os conteúdos desta forma. E uma pergunta porque desistiu de concursos? Mesmo tendo o blog, poderia fazer as duas coisas.... Estou com 35 anos e almejo um cargo no MP ou Carreira Policial Civil,Federal. Oi Simone, comprando os 3 grupos você adquiri a matéria completa de Direito Constitucional.São cerca de 77 desenhos, os que possuem explicação são encaminhados em conjunto, assim como são visualizados aqui no site. Qualquer dúvida escreve para [email protected] Beijos Claudia Olá Paula! Temos as duas formas de venda, porém na impressa o valor se altera do material em PDF, isso porque o que você gastaria para imprimir aí nós vamos gastar aqui :) Vale lembrar que o material em PDF é enviado com ótima qualidade para impressão. Me manda um e-mail no [email protected] que passo a lista com todo conteúdo disponível e valores, beijos Claudia.
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A Prefeitura de São Lourenço, estado de Minas Gerais, já inscreve para novo processo seletivo que irá preencher 95 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior para não interromper os respectivos serviços da área de Desenvolvimento Social. As oportunidades são para ingresso nos cargos de Atendente Smds, Auxiliar Administrativo, Supervisor Acessuas, Pedagogo do Acessuas, Auxiliar Administrativo Acessuas, Oficineiro de Competências, Básicas para o Trabalho, Oficineiro de Informática, Oficineiro de Padaria e Confeitaria, Oficineiro para Cursos de Cabeleireiro, Construção Civil, Manicure e Pedicure e Salgados e Doces, Oficineiro de Educação Alimentar e Nutricional, Supervisor do Bolsa Família, Assistente Social do Cras, Psicólogo Cras, Assistente Social do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Pedagogo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Assistente Social do Creas, Psicólogo Creas, Assistente Social do Creas/Sinase, Psicólogo Creas/Sinase, Assessor Jurídico Creas, Abordador Social, Orientador Social da Proteção Especial, Instrutor de Ballet/Jazz, Capoeira, Circo, Danças, Desenho, Flauta, Tecelagem, Violino e Violoncelo; Monitor de Música e Violão, Educador Social, Orientador Social, Orientador Social do Centro da Juventude, (Oficineiro de Artesanato, Coral, Danças, Danças de Salão, Percussão, Serestas, Teatro, Violão Popular, Fotografia, Vídeo e Áudio e Educador Físico), Mãe ou Pai Social, Tia ou Tio Social, Agente de Administração e Cozinheiro. Inscrição e prova As inscrições serão recebidas exclusivamente pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social no CRAS-Centro, Rua Antônio Junqueira de Souza, nº 170, Centro, no período compreendido entre 08 a 10 de dezembro de 2015, das 13h às 17h. Não há cobrança de inscrição no certame. Os candidatos serão avaliados por meio de prova de títulos. A ordem de classificação dos candidatos será efetuada através da pontuação dos títulos apresentados e do tempo de serviço prestado junto aos órgãos da Administração Direta ou Indireta na função pleiteada. A classificação no presente Processo Seletivo Simplificado não cria vínculo empregatício entre o candidato e o Município de São Lourenço, nem gera para aquele o direito de ser posteriormente admitido ou ser aproveitado nos órgãos da Administração, sendo a admissão ato discricionário do Poder Executivo, que poderá fazê-lo ou não, segundo critérios de conveniência e oportunidade e, ainda, ressalvada a ocorrência de fatos supervenientes. O edital completo está divulgado no Diário Oficial dos Municípios de Minas Gerias de 09 de dezembro, entre as páginas 24 e 40.
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Vá na semana. Mas se tiver que ir no final de semana, chegue quando a feira abre. Marcela N. Queremos a pizza no cone de volta! Cris B. avaliações recomendadas Nosso sistema de inteligência artificial recomenda automaticamente as opiniões com maior probabilidade de serem relevantes a você. Ele leva em conta diversos fatores como, por exemplo, a qualidade de texto e fotos, e o histórico de publicações do autor. Apenas as avaliações recomendadas são levadas em conta na avaliação geral do estabelecimento. A Feira dos Importados tem de tudo e é um ótimo lugar pra comprar bugigangas e alguns produtos eletrônicos. Para alguns tipos de eletrônicos como celulares e notebooks não vale a pena, os preços não são bons e também não há muita garantia. Também é possível encontrar roupas e acessórios. A Feira parece um labirinto devido à quantidade de boxes. O local é de fácil acesso, no entanto é ruim conseguir estacionamento. Vale a visita. Num passado distante a Feira dos Importados (ou do Paraguai, para os mais antigos) tinha artigos que valiama pena ir até lá para comprar. Atualmente, se você não está interessado em comprar bugigangas ou artigos falsificados e piratas, resta muito pouca coisa pra se ver lá. Os preços que cobram para os itens originais quase não têm diferença dos das lojas e às vezes até compensa pedir pela Internet. Alguns artigos de decoração de casa ainda valem a pena, cds e dvds virgens... Mas o que ainda compensa mesmo são as bancas que fazem consertos. Consertos de celulares, computadores, notebook... Isso sim vale a pena... Eles são rapidos e baratos... Com relação a estacionamento, eu sempre entro pela ceasa e paro lá perto da grade da Feira, é pertinho... Vendas de produtos nacionais e importados a feira dos importados e bastante frequentada todos os dias. vende -se roupas acessórios, bolsas, aparelhos de informática, animais domésticos, lugar com um espaço enorme com uma praça de alimentação com várias opções entre lanches e almoço. estacionamento com amplo espaço e próximo ao supermercado Extra e a super Adega. bastante frequentado aos fins de semana. super indico pois o ambiente e familiar e você encontra o que realmente precisa. A Feira dos Importados reúne bancas de tudo quanto é treco. Tem eletrônicos, brinquedos, roupas, utensílios. Sempre que quero compra presente ou qualquer coisa, vou lá. Consigo sempre pechinchar com os vendedores e garantindo um precinho bacana em qualquer coisa que me interessar. As vezes vou só pra andar e acabo achando algo interessante, acabo levando. Você tem que estar disposto a barganhar pra garantir o melhor preço. Já cheguei a comprar uma caixinha de som que muitos pediam R$120,00-R$140,00 por R$70,00 só pechinchando. Lá é o paraíso dos produtos chineses. É tudo, bolsas, roupas, brinquedos, maquiagem, eletrônicos. E os próprios estão lá na maioria das bancas, sempre com sorrisos nos rostos e dispostos a fazer negócio. Peça a opinião deles ao escolher um produto, muitos ajudam a comprar o melhor pelo menor preço. #ficaadica Lá tem várias bancas e restaurantes pra quem precisar fazer uma refeição ou apenas um lanchinho. Tem desde o caldo de cana com salgado até self-service. Recomendo! Gostei do local e achei tudo o que eu estava procurando .tem bastante lojas por isso é bom para comparar os preços .Só tem um problema,o estacionamento tem dias que não tem lugar ;fora isso não tenho nada que reclamar,artigos eletrônicos de ótimo preço, óculos,relógios e bolsas só das mais bonitas! Tem coisas que a gente só acha la, O melhor lugar para se comprar... absolutamente tudo! O que você quiser, pode ir procurar com a certeza de que encontrará por lá. Além disso, os preços são excelentes, dá para comprar várias coisas gastando muito pouco. Indicação de bancas: Gosto muito das bancas de acessórios de cozinha, a Rosa Rosê e a _________ (?) Homeware (bloco A, loja 175) são minhas favoritas! Também recomendo comprar programas de computador e acessórios de celular com o Serafim, que é muito confiável. Se quiser algo para notebook, recomendo o Rei das Fontes, que é muito responsável e sempre te entrega nota-fiscal. Restaurantes: Se quiser comer por lá, melhor optar pelas franquias de fast food, ou pela lanchonete logo na entrada, famosa pela água de coco e o pastel. Já comi em vários dos restaurantes locais, mas sempre encontrei um péssimo serviço e comida mediana, muitas vezes bem gordurosa. Meu local preferido para fazer uma refeição na feira é e sempre será o Subway. Dica: Chegue cedo! Você encontra estacionamento com mais facilidade, tem tempo de ver tudo com calma (acredite, é MUITA coisa), encontra vendedores ainda bem dispostos, e de quebra uma comida muito mais bem feita nos restaurantes. Se você estiver na Feira dos Importados na hora do almoço e quiser comer uma comida boa e barata, recomendo o restaurante Fu Wa! Lá tem um self-service muito gostoso e complementado com pratos deliciosos da culinária chinesa! Na semana, o kg custa 27 reais e no fim de semana 31,90! E o suco geladíssimo de laranja custa apenas 2,50! Você come uma comidinha deliciosa e paga muito pouco! É um negócio da china!! kkkkkkkkkkkkkk O restaurante fica perto da segunda entrada lateral(a da direita pra quem estiver de frente para a feira)! Recomendo!! Já foi melhor. Lembro-me que ia lá com meus pais nos fins de semana e sempre havia milhares de novidades. Hoje em dia, para algumas coisas, compensa mais comprar em Shopping, com garantia e NF. Ultimamente, tudo tem cara de falsificado mesmo. As barracas dos chineses são sempre as melhores. Eles nos tratam bem. Há um quiosque de jeans horrível, onde pegamos as calças para olhar de perto e as vendedoras não são nada simpáticas - e ainda tomam da nossa mão e ficam de cara feia, pois 'bagunçamos o seu espaço'. Em frente à feira há venda de frutas secas, raízes, churarsquinhos e é menos tumultuado. Composta por 4 blocos repleto de lojas, por vezes vc pensa estar na China já que o número dos cidadãos desta pátria encontrados por lá é gigantesco! Roupas femininas e masculinas, sapatos, bolsas, aparelhos eletrônicos em geral, brinquedos, artigos para pesca e acampamento, óculos, decoração... de tudo (ou quase tudo) vc encontra por lá. Os preços são um pouco abaixo da média de mercado, mas altos para o padrão de uma feira. O número de lojas que vendem multimarcas americanas têm crescido cada dia mais. Gosto de passear por lá porque sempre encontro algo diferente e de boa qualidade (o que não quer dizer que os de má qualidade tbm n podem ser encontrados por lá). E, claro, n podemos sair sem comer o clássico pastel de feira com um caldo de cana hehe Pra estacionar é horrível! Vá com paciência e tempo. Ou esteja disposto a largar o carro um pouco longe e caminhar um tiquinho... Esse lugar é para quem quer encontrar QUALQUER coisa em Brasília! Sério,tudo mesmo! Comida, roupa, acessórios em geral, eletrônicos, brinquedos, enfim...difícil achar alguém que diga que já foi na feira e não conseguiu encontrar o que procurava. O lugar já foi melhor, e hoje em dia você vai com aquele sensação que quase TUDO e falsificado, e o pior: o PREÇO já não é mas tão em conta como costumava ser, e em algumas ocasiões é melhor ir para algum shopping mesmo. A feira é dominada quase que exclusivamente por chineses (ou seria japoneses?), sei lá, mas eles estão em todas as partes e é comum você ouvir o grito de vinthe e cinco, thinta reeeeais. O que não gosto na feira é o péssimo atendimento em várias lojas e PRINCIPALMENTE a falta de vaga para estacionar. Aquelas barraquinhas do lado de fora também poderiam sumir (é tipo uma feira dentro da feira). Sempre lotada, muito complicado de estacionar o carro. Se for de ônibus, tem uma linha que para em frente. É um ótimo lugar para fazer todo tipo de compras, todo tipo mesmo. Roupas, eletrônicos, artigos para veículos, decoração, acessórios, além de farmácia e vários restaurantes e lanchonetes. Lá você encontra produtos de qualidade e, claro, os tradicionais xing ling. A feira dos importados costuma ser um lugar de compras muito completo, por conta da variedade de produtos que são vendidos por ali. Antigamente os preços eram beeem mais baixos, mas parece que tudo aqui em Bsb foi atacado pela inflação! Mesmo assim, ainda vale a pena fazer uma listinha de produtos que você esteja precisando para pode procurar na feira 😊☺️ Uma dica muito valiosa é ser cliente fixo de algumas barraquinhas , assim você consegue mais descontos cada vez que for lá ! Vá com bastante disposição e tempo para pesquisar os melhores valores e produtos. É aquele lugar que você pode ir pra procurar o que precisar, pois tem de tudo. De roupas, passando por sapataria, quinquilharias, óculos solares e de receituários, lojas esportivas, lojas de instalação de som automotivo, até eletrônicos de todos os tipos e acessórios para pesca e camping. Antigamente comprava-se mais em conta, porém, hoje em dia, a diferença dos artigos em relação ao valor praticado em shoppings e outros centros de compras não é tão vantajoso assim. O que vale é a busca, não compre na primeira banca, sempre insista um pouco mais e barganhe muito. Para quem quer só dar uma volta, há área para lanchonetes, com pasteis, almoço, salgados, etc.
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Nenhuma canção remou tanto contra a maré :: O mundo seria muito pior se não houvesse Natalie Merchant. Por Sérgio Vaz “Motherland” é uma canção maravilhosa, belíssima, apaixonante, emocionante. É uma dessas pérolas raras num mundo de fibra de vidro, para tomar emprestado de Dylan a imagem extraordinária. É uma dura crítica ao país da compositora, os Estados Unidos da América, o país que se tem, mais do que todos os outros, como a coisa mais gloriosa que já existiu no mundo. Faz parte da história que todos os países se considerem a si próprios como a coisa mais gloriosa que já existiu no mundo. Uganda, ou o Paraguai, ou Zimbabue, todos eles se consideram a coisa mais gloriosa deste planeta que estamos todos destruindo. Mas, muito provavelmente pelo fato de que nenhum outro Império foi tão rico, e tão poderoso, quanto os Estados Unidos da América, os americanos se consideram o umbigo do mundo de uma forma que parece mais arrogante do que se consideraram, no passado, os mesopotâmios, os gregos, os romanos, os ingleses. E então uma dura crítica ao Império, feita por uma cidadã do Império, soa como algo no mínimo estranho. E muito mais ainda quando a canção é lançada logo após o 11 de Setembro de 2001, o dia em que pela primeira vez na História o território americano sofreu um ataque inimigo. Tudo bem: tinha havido antes o ataque a Pearl Harbour, mas o Havaí fica um tanto longe da Motherland. A primeira vez em que o território continental americano sofreu um ataque inimigo foi naquele 11 de setembro. As coisas são relativas. Londres sofreu pesados bombardeios nazistas; Moscou havia sido invadida um século e meio antes pelas tropas de Napoleão, e boa parte da Mãe Rússia foi tomada pelas tropas nazistas; Hiroshima e Nagasaki tinham sido destruídas por bombas atômicas americanas em 1945; forças americanas já haviam invadido a Coréia, o Vietnã, a República Dominicana, já haviam dado suporte a golpes de estado pelo mundo afora, incluindo aí o Brasil e depois o Uruguai e o Chile. Mas o território continental americano jamais havia sofrido um ataque, até o 11 de Setembro de 2001. E Natalie Merchant apresentou sua canção que é uma dura crítica ao país no exato momento em que, atacado, o país se mostrava mais avesso a qualquer crítica, se mostrava firme, fechado em si mesmo, querendo reagir com ferro e fogo contra os inimigos. Poucas vezes terá havido uma canção remando tão vigorosamente contra o seu tempo do que “Motherland”. Numa comparação canhestra, boba, cantar “Motherland” nos Estados Unidos pós o 11 de Setembro seria mais ou menos assim como gritar “FHC” num país em que mais de 84% achavam que Lula fazia uma maravilha de governo, e os políticos teoricamente próximos a FHC o negavam mais vezes que Judas negava Cristo. O crime inominável do anti-patriotismo Parecia que Natalie Merchant estava sendo aquilo que ninguém perdoa nunca – impatriótica. Impatriótica, traidora de seu próprio país, de sua própria gente, sangue e alma. Funciona assim, nas cabeças menores, canhestras – e para os políticos espertalhões que se aproveitam desse clima Fla x Flu, o nós contra eles. O país de Natalie Merchant já passou por isso algumas vezes. Nos anos 1920, a direita raivosa jogava a opinião pública contra os imigrantes (eles sempre fazem isso, ao longo de toda a História), e foi nesse contexto que Sacco e Vanzetti foram condenados à morte, embora não houvesse jamais prova material de que eles teriam de fato participado do assalto pelo qual foram acusados. A perseguição denegerada, a caça às bruxas dos anos 1920 reviveu com muito mais força no auge da guerra fria, nos anos 1950, quando a paranóia anticomunista levou à lista negra que proibiu de trabalhar dezenas, centenas de aristas. É tudo tão repetitivo, tão cansativamente repetitivo, que dá preguiça. Quem se opõe a um governo de direita é tachado imediatamente de comunista; quem se opõe a um governo de esquerda é tido como fascista, reacionário, neoliberal. São iguais, igualzinhos: detestam oposição. É uma queixa contra os valores básicos da sociedade americana “Motherland” não é propriamente uma canção que se opunha ao governo Bush, que, em reação aos ataques do 11 de setembro, inventaria desculpas para invadir o Iraque – embora o Iraque não tivesse nada a ver com os ataques de 11 de setembro. “Motherland” não é sequer democrata – embora, pelamordedeus, também não seja republicana. “Motherland” se queixa de que aquele país antes tão belo, tão verde, esteja agora sendo tomado pelo asfalto, pelo concreto, pelos amplos espaços dos estacionamentos junto dos centros de compras. A queixa de Natalie Merchant que parecia uma simples reclamação contra o asfaltamento de grandes áreas dos Estados Unidos virou, dentro da nova realidade pós 11 de setembro, uma ameaça à segurança nacional. Até porque, na verdade, a canção é bem mais que isso uma queixa contra o espalhamento dos malls, os centros de compras. Ela finge que é bobinha, específica na coisa do asfalto, e na verdade é muito mais ampla, é gigantesca: a rigor, para quem souber ouvir, ela questiona as bases, os fundamentos, os alicerces da sociedade construída a partir da competição, da briga para ver quem acumula mais dinheiro. E, assim, de alguma forma, a canção que já era linda virou um hino – para o bem e para o mal. Para as notas da coletânea que reuniria suas canções entre 1995 e 2005, Natalie Merchant escreveu o seguinte: “Na manhã de 11 de setembro de 2001, ouvi o som de um avião voando excepcionalmente baixo sobre minha casa, e mencionei para o maquiador como aquilo era pouco usual. Estávamos no Norte do Estado de Nova York, fotografando para a capa do meu novo disco em pastagens, jardins, orquídeas. Era um belo início de um dia de outono. Não estávamos perto de um rádio ou uma TV. Não tínhamos idéia do caos e do horror ao Sul de nós, até que o celular tocou… “Era uma época difícil para lançar um álbum como Motherland nos meses seguintes ao ataque terrorista. A nação não estava no clima para aquilo que eu antes considerava uma crítica saudável. Eu entendi, mas rapidamente fiquei sufocada por um clima que não permitia que as questões mais profundas e mais difíceis fossem perguntadas abertamente. Eu tinha escrito um disco que continha canções que perguntavam se tínhamos ficado avarentos e colocado nossa riqueza e conforto material acima de tudo. Iríamos envenenar a água que bebemos e o ar que respiramos para sustentar um estilo de vida ao qual havíamos nos acostumado? Iríamos negligenciar nosso lugar privilegiado no mundo entre os países mais ricos e poderosos, e moralmente obrigados a ser mais generosos? Teríamos menosprezado as nossas liberdades? Poderíamos ter esquecido de lembrar nossa própria história?” *** Levei dias para escrever esta pequena anotação. Como se a beleza de “Motherland” me deixasse com medo. Pedi ajuda a amigos que moram nos Estados Unidos, com medo de errar intepretações – quando em geral me sinto muito à vontade para fazer afirmações firmes a respeito de coisas que não conheço muito bem. Enquanto relia o texto pela décima-oitava vez, nem sei se inseguro ou se gostando muito dele, e enquanto me ocorria o título “Nenhuma canção remou tanto contra a maré”, me lembrei de Dylan – como sempre. Quando Bush pai atacou o Iraque, no início dos anos 90 (que tragédia grega perseguirá os Bush que os fazem atacar o Iraque a cada geração?), a indústria fonográfica americana resolveu dar a Bob Dylan uma homenagem daquelas pelo conjunto da obra. Eram os momentos do ataque, os momentos do patriotismo exacerbado; não me lembro dos números, mas o apoio ao ataque insano do Império contra o distante país era algo de fazer Lula ter inveja. Dylan entrou no palco da cerimônia da entrega dos Grammy, não falou uma única palavra, e atacou de “Masters of War”, uma das mais virulentas canções anti-guerra que já foram feitas. Remar contra a maré. Ter a coragem de ir contra a maré. O mundo seria muito menor se não tivesse um Bob Dylan, uma Nataltie Merchant. Motherland Por Natalie Merchant Where in hell can you go Far from the things that you know Far from the sprawl of concrete That keeps crawling its way About 1,000 miles a day? Take one last look behind Commit this to memory and mind Don’t miss this wasteland, this terrible place When you leave Keep your heart off your sleeve Motherland cradle me Close my eyes Lullaby me to sleep Keep me safe Lie with me Stay beside me Don’t go, don’t you go O, my five & dime queen Tell me what have you seen? The lust and the avarice The bottomless, the cavernous greed Is that what you see? Motherland cradle me Close my eyes Lullaby me to sleep Keep me safe Lie with me Stay beside me Don’t go It’s your happiness I want most of all And for that I’d do anything at all, o mercy me! If you want the best of it or the most of all If there’s anything I can do at all Now come on shot gun bride What makes me envy your life? Faceless, nameless, innocent, blameless and free, What’s that like to be? Motherland cradle me Close my eyes Lullaby me to sleep Keep me safe Lie with me Stay beside me Don’t go, don’t you go. *** Não costumo fazer isso, mas aqui vou incluir uma tradução da letra. É uma tradução canhestra, como tudo que faço, mas acho que, neste caso específico, é necessário deixar, para o eventual leitor que não domine o inglês, o que essa moça extraordinária quis dizer.
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sábado, 2 de julho de 2011 Carlos Drummond de Andrade, na sua importante crônica intitulada Leandro, o Poeta, publicada no Jornal do Brasil de 9 de Setembro de 1976, faz uma crítica ao título dado à Olavo Bilac de Príncipe dos poetas divulgado pela revista FON FON. A crítica do poeta é atualíssima e contraria interesses daqueles que a título de bajulação criam tais títulos sem o devido valor. Assim, levanta quem, de fato, merece os louros pela força da palavra rimada, pela qualidade dos versos, das imagens, da cultura popular retratada com esmero e competência. (Comentário extraído do blog do poeta Merlânio Maia) Olavo Brás dos Guimarães Bilac EIS UMA SÍNTESE DA CRÔNICA: “ Em 1913, certamente mal informados, 39 escritores, de um total de 173, elegeram por maioria relativaOlavo Bilac príncipe dos poetas brasileiros.Atribuo o resultado a má informação porque o título, a ser concedido, só podia caber a Leandro Gomes de Barros, nome desconhecido no Rio de Janeiro, local da eleição promovida pela revista Fon-Fon!, mas, vastamente popular no norte do país, onde suas obras alcançaram divulgação jamais sonhada pelo autor do ‘ ouvir estrelas”. (...) E aqui desfaço a perplexidade que algum leitor não familiarizado com o assunto estará sentindo ao verdefrontados os nomes de Olavo Bilac e Leandro Gomes de Barros. Um é Poeta erudito, produto de cultura urbana e burguesia média;o outro, planta sertaneja vicejando a margem do cangaço, da seca e da pobreza. Aquele tinha livros admirados nas rodas sociais, e os salões o recebia com flores. Este espalhava seus versos em folhetos de Cordel, de papel ordinário, com xilogravuras toscas, vendidos nas feiras a um público de alpercatas ou de pés no chão...” Ainda completa Drummond com sua afinadíssima verve, comparando os estilos e fechando com a perfeição peculiar: “ A poesia parnasiana de Bilac, bela e suntuosa, correspondia a uma zona limitada de bem estar social, bebia inspiração européia e, mesmo quando se debruçava sobre temas brasileiros, só era captada pela elite que comandava o sistema de poder político, econômico e mundano. A de Leandro, pobre de ritmos, isenta de lavores musicais, sem apoio livresco*, era a que tocava milhares de brasileiros humildes, ainda mais simples que o poeta, e necessitados de ver convertida e sublimada em canto a mesquinharia da vida. (...)” E conclui: “ Não foipríncipe de poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão e do Brasil em estado puro”. Leandro Gomes de Barros * Na biografia de Leandro Gomes de Barros, trabalho que escrevi entre 2005 e 2010 e que ainda permanece inédito por falta de editor interessado, contesto essa afirmativa de Carlos Drummond de Andrade. Leandro tinha sim, métrica, ritmo, conhecimento de gramática e apoio livresco. Mesmo sendo um poeta popular, era sobrinho materno do Padre Vicente Xavier de Farias, latinista e mestre-escola na Vila do Teixeira, seu tutor dos 9 aos 15 anos, de quem recebeu a educação escolar. Na obra de Leandro é possível entrever algumas de suas leituras: o livro de Carlos Magno e os doze pares de França, a Donzela Teodora, O mártir do Gólgota, a Bíblia Sagrada, romances de José de Alencar e muitos outros fizeram parte de suas leituras prediletas. No folheto O Recife, o poeta cita todos as tipografias, bem como os jornais, revistas e outras publicações que circulavam em Recife no distante ano de 1907, prova de que estava sintonizado com o que se escrevia na sua época. Não podemos esquecer que Leandro era compadre e amigo de Chagas Batista, dono de livraria e editora na capital da Parahyba (hoje João Pessoa) e que, sendo um homem de letras, ao hospedar-se na casa deste por dias e dias, conforme atesta Paulo Nunes Batista, uma de suas atividades prediletas era ler jornais, livros e revistas ali disponíveis. Tal análise encontra suporte nos escritos dos pesquisadores Salomão Rovedo e Marco Haurélio, dois estudiosos da vida e da obra do mestres de Pombal-PB. (ARIEVALDO VIANA) GOSTARIA MUITO DE COLHER OPINIÕES DOS LEITORES SOBRE ESSA POSTAGEM... As mais interessantes poderão ser aproveitadas no capítulo que trata deste assunto, na Biografia (inédita)de Leandro Gomes de Barros. sexta-feira, 1 de julho de 2011 Dizem que o povo brasileiro é alienado, que não protesta ante a terrível carga tributária que o oprime. Milhões se reúnem nas ruas para brincar carnaval, torcer pela seleção ou mesmo participar da Parada Gay (por favor não pensem que se trata de homofobia, estou apenas ressaltando que essa manifestação consegue reunir milhões decidadãos e cidadãs brasileir@s em torno de uma causa), mas ninguém vai às ruas protestar contra os impostos abusivos e, pior ainda, ninguém está interessado em saber o destino desse dinheiro que deveria retornar em forma de benefícios para o povo, mas que na verdade acaba sendo desviado, na maioria das vezes, por políticos desonestos e inescrupulosos. Na opinião da socióloga Lúcia Luiz Pinto (Revista de História da BN, agosto de 2007), “o povo não entende a quantidade de impostos que paga. Nem tem conhecimento pleno de que, quando compra cachaça, roupa, comida, esses produtos estão lotados de impostos. Ao contrário do que se diz, não existe uma população à margem da economia. Mesmo o mendigo, a criança de rua, compram seus cigarros, sua comida, e, portanto, pagam impostos.” Enquanto isso, os ricos vão ficando cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres e a tal da classe média baixa é quem termina pagando o pato. No início do século passado, ainda na chamada República Velha, o poeta popular Leandro Gomes de Barros, ainda hoje considerado o maior expoente da literatura de cordel no Brasil, fez inúmeros folhetos, que eram verdadeiros libelos contra os abusos do governo e o arrocho fiscal em cima das camadas mais pobres da população. Folhetos como “O imposto de honra”, “A mulher e o imposto”, e “O povo na cruz” demonstram a indignação e a clarividência deste porta-voz das massas nordestinas. Graças ao esforço da professora Ivone Maya e sua equipe, os folhetos do grande menestrel paraibano, pertencentes à coleção da Casa de Rui Barbosa, encontram-se digitalizados para consulta na internet www.casaderuibarbosa.gov.br/cordel quinta-feira, 30 de junho de 2011 Na Literatura de Cordel de outros países como Portugal, Itália, França, México, Chile, Espanha e Nicarágua predominaram as chamadas folhas volantes (pliegos sueltos), alguns em versos, outros em prosa, tratando dos mais variados assuntos. Os corridos mexicanos, por exemplo, tratam, em geral, dos mesmos assuntos abordados pelo cordel brasileiro: tragédias, feitos heróicos, brigas de genros e sogras, peripécias de cachaceiros, fenômenos sobrenaturais etc. A mesma coisa acontece com a Lyra Popular chilena, onde se encontra, inclusive, uma xilogravura idêntica a que surgiu em Juazeiro do Norte-CE. Na Literatura de Cordel portuguesa pontificam temas que foram reaproveitados no Nordeste, tais como: Imperatriz Porcina, Pedro Sem (no Brasil, Pedro Cem), Joana D’Arc, Carlos Magno e os Pares de França, João de Calais, José do Telhado e muitos outros. Vida de Pedro Sem - Coleção da Biblioteca José Pacheco Pereira No Nordeste brasileiro adotou-se uma forma fixa para o cordel, folhetos múltiplos de oito páginas, a saber: 8, 16, 24, 32 até 64 páginas. João Martins de Athayde, o maior editor do gênero no Brasil, resolveu partir as grandes histórias em dois volumes de 32 páginas, estratégia inteligente para obrigar ao leitor que teve acesso ao primeiro volume procurar o folheteiro para adquirir o segundo. Mas no cordel nordestino também circularam as chamadas folhas volantes e um rico novenário impresso no mesmo formato dos folhetos. Poetas como Eliseu Ventania, Apolônio Cardoso e Pedro Bandeira publicaram no século passado centenas e centenas de folhas soltas contendo a letra de suas canções. Abaixo, mostro exemplo de algumas dessas folhas, inclusive o célebre poema “Pau-de-arara do Norte”, da autoria de Patativa do Assaré, rebatizado por Luiz Gonzaga com o título de “A triste partida”. Pau-de-arara do Norte - Folha volante de Patativa do Assaré Flor do Cascalho, poema de Apolônio Cardoso (Col. do autor) LIRA POPULAR CHILENA Contrapunto entre el despachero e el tomador (Discussão do bodegueiro e o cachaceiro) É incrível a semelhança da poesia popular chilena com a Literatura de Cordel brasileira, tanto nos temas, quanto nas gravuras que ilustram os poemas. A diferença consiste no fato da poesia nordestina haver evoluído na forma, nas modalidades e até mesmo na feição gráfica dos folhetos. No Chile, como no México, predominavam as FOLHAS VOLANTES (Corridos ou Pliegos Sueltos). O poema acima, que trata da discussão de um cachaceiro com o bodegueiro, é todo elaborado em décimas, por José Hypólito Cordero, um dos maiores expoentes da Lira Popular Chilena. CORRIDOS MEXICANOS Os corridos mexicanos, que também circularam em folhas volantes no final do século XIX e início do século XX aprsentavam as belíssimas gravuras do artista popular José Guadalupe Posada. No México, essa literatura é supervalorizada. Em viagem que fez àquele país, o poeta cearense Klévisson Viana adquiriu nada menos que 5 álbuns com corridos e gravuras de Posada, quase todos em capa dura e edição luxuosa, em papel de primeira qualidade. INFLUÊNCIAS IBÉRICAS NO CORDEL NORDESTINO Há uma tendência, da parte de alguns pesquisadores, em apresentar a Literatura de Cordel como uma expressão genuinamente nordestina, negando ou reduzindo as influências que recebemos dos nossos colonizadores. Realmente o Romanceiro Popular Nordestino é o mais rico, o mais vasto, superando os demais em quantidade e qualidade poética. Leandro Gomes de Barros, Chagas Batista, Silvino Pirauá, João Melchíades Ferreira, José Pacheco, José Camelo de Melo e outros pioneiros deram uma feição nordestina ao cordel brasileiro introduzindo a gesta do gado, o cangaceiro, os beatos e as histórias de valentões, como O valente Zé Garcia que, na opinião de Câmara Cascudo (em Vaqueiros e Cantadores), é um dos melhores do gênero. Segundo o grande folclorista potiguar, essa obra retrata deliciosamente o sertão de outrora, com as pegas de barbatão, escolhas de cavalos para montar, rapto de moças, assaltos de cangaceiros, chefes onipotentes e vaqueiros afoitos, cantadores famosos e passagens românticas. Pertence bem ao ciclo social que terminou no século XX e que durara o século XIX. No entanto não podemos negar que bebemos bastante na fonte européia e também na tradição árabe ao mergulharmos nas histórias medievais, com fadas, reis e princesas, gênios, ogros e duendes. Os contos de fada e 'As mil e uma noites' permanecem como fontes inesgotáveis de inspiração para todos os amantes do verdadeiro cordel. quarta-feira, 29 de junho de 2011 Fechando com chave de ouro o ciclo de discos juninos, estamos dando uma dica preciosa para os admiradores do verdadeiro forró. Trata-se desse excelente disco do Severino Januário lançado pela RCA Victor, em 1968 - Forró Danado, que tem participação especial de JOÃO SILVA em várias faixas. A postagem original está no excelente site FORRÓ EM VINIL, do DJ Ivan. Destaco desse LP três músicas maravilhosas: “Pra mode dessa mule” do próprio Severino Januário, Forró do Zé Custódio de Catarina Melo Gomes e “Baião da saudade” de Anely Miranda de Melo. Quem quiser curtir um São Pedro prá lá de animado, é só baixar essa raridade e botar para tocar! Hoje, 29 de junho, os católicos festejam São Pedro. O chaveiro do céu e primeiro papa da Igreja Católica é um dos personagens prediletos dos poetas populares. Talvez porque seja um dos apóstolos mais citados no Novo Testamento, humano, temperamental, cheio de medos e fraquezas... O santo aparece também em dezenas de anedotas recolhidas por Câmara Cascudo, Silvio Romero, Gustavo Barroso e outros estudiosos, narrando episódios de quando Jesus andava no mundo. Na literatura de cordel é bem extensa a relação de folhetos onde São Pedro, ao lado do Divino Mestre, aparece fazendo trapalhadas. Eis alguns títulos: O grande debate de Lampião com São Pedro, de José Pacheco; Jesus São Pedro e o ferreiro da maldição, de Francisco Sales Arêda; Jesus, São Pedro e o ladrão, de Manoel D’Almeida Filho; São Pedro e o coração do carneiro, de Paulo Roxo Barja, O homem do arroz e o poder de Jesus, de Mestre Azulão; As peripécias de São Pedro, de Eugênio Dantas e muitos outros. Comecemos, pois, pelo “Grande debate de Lampião com São Pedro”, onde José Pacheco esbanja talento e bom humor: terça-feira, 28 de junho de 2011 No início da década passada, acho que entre 2000 e 2003, correspondi-me com o poeta Vicente Vitorino de Melo, autor e editor do Almanaque do Nordeste e do célebre folheto “Discussão de um crente com um cachaceiro”, um dos melhores do gênero. Imagino que o poeta seja falecido uma vez que se dizia muito doente em suas correspondências, que cessaram bruscamente. Ele era muito atencioso e costumava enviar alguns folhetos de sua autoria, juntamente com alguns originais inéditos. Um deles foi “O príncipe Alípio ou o julgamento de Satanás” que foi lançado pela Tupynanquim Editora. Enviei a porcentagem do poeta e ele me mandou, em seguida, “A filha da peregrina”, texto que venceu um prêmio literário promovido no Estado de Pernambuco. Ele nasceu em Limoeiro-PE noe residia em Caruaru, no mesmo Estado, no período em que manteve correspondência comigo. Certa feita demonstrei interesse em fazer uma edição do clássico “Discussão de um crente com um cachaceiro” e ele, prontamente, respondeu que não podia me conceder tal autorização por haver negociado os originais do dito folheto com o editor Giuseppi Baccário, da Casa das Crianças de Olinda. Gostei da sua sinceridade, coisa que às vezes não ocorre com outros poetas populares. Eu viajando este mês Pela linha do agreste Fui parar em uma feira No dia de São Silvestre A feira é fraca e de tarde Dá cachaceiro por peste... Nessa dita feira o poeta presencia a discussão de um crente com um cachaceiro. Tudo começa quando o crente passa na calçada de um bar, com uma bíblia na mão e o bêbado imprudente o convida para uma bicada. O crente condena veementemente o seu proceder, porém o cachaceiro não se dá por vencido e usa diversos argumentos em defesa da aguardente: Você já leu alguns livros De fabricar aguardente? Pinga-fogo, Canta-galo... - Deus me livre! – Disse o crente, De eu ler certas misérias Disse o bêbado: - São matérias De conteúdo excelente! E, prossegue o cachaceiro, na sua esdrúxula defesa da “branquinha”, sem dar a mínima atenção aos argumentos do crente. Depois de citar o milagre das Bodas de Caná, onde Jesus transformou água em vinho, diz o embriagado: Você não bebe e nem fuma Cigarros da Sousa Cruz Não dança devido a cota Um baralho não conduz Que lucro dá ao país? Você é um infeliz Não um membro de Jesus! Quando eu bebo Serra Grande Eu me lembro da ladeira Que subiu Nosso Senhor Num dia de sexta-feira, Lá foi muito judiado Eu também sou arrastado Bebendo a cana rancheira. Todo domingo na missa Eu ouço o padre ensinar Coma pão e beba vinho Para poder se salvar Eu ouvindo este sermão Compro do vinho São João Bebo dele até topar! Vicente Vitorino de Melo Por: Arievaldo Viana Vicente Vitorino de Melo nasceu em Limoeiro-PE, em 16 de novembro de 1917. Foi cantador de viola até 1950, a partir daí começou a escrever folhetos e publicar um almanaque anual de astrologia - o Almanaque do Nordeste, que existe desde 1952 e ainda sobrevive nos dias atuais. Seu primeiro folheto data de 1948: O exemplo da asa branca profetizado por Frei Damião. Reside atualmente em Caruaru-PE e possui alguns originais ainda inéditos. Um deles foi publicado pela Tupynanquim Editora: trata-se de O príncipe Alípio - ou o julgamento de Satanás, onde Vicente demonstra ser um bom poeta de bancada. Sua obra mais conhecida é A discussão de um crente com um cachceiro, um dos clássicos do gênero. São de sua autoria os seguintes folhetos: A filha da peregrina, A firmeza de Alzira e o heroísmo de Zezinho, A morte do Coronel Ludugero, As anedotas do finado Antônio Marinho, Discussão de um crente com um cachaceiro, Exemplo dos quatro conselhos, História de Alexandrino e Aulina, História de Luizinho e o velho feiticeiro, Horrores que a Asa Branca traz, João Sabido e o cacetinho mágico, O horror da carestia, dentre outros. ROMANCE DO PRÍNCIPE ALÍPIO OU O JULGAMENTO DE SATANÁS (Trechos) Entrei no mundo dos contos Comecei a dar um visto Onde encontrei uma lenda Que creio que se deu isto Há oito séculos passados Depois da vinda de Cristo. Nesse tempo, na Itália Residia um rei bondoso Humilde e caritativo De um espírito generoso E a rainha seguia O exemplo de seu esposo. Daquele casal bondoso Nasceu uma linda criança Encheu a casa de risos Os corações de esperança Daqueles pais que queriam Dotá-lo com sua herança. Naquele tempo as crianças Quer menino, quer menina, Com dois anos de idade Mandavam ler sua sina Pelo Oráculo da Sorte Pra ver o que determina... Dizia o Oráculo assim Com 15 anos de idade Viajará sem destino Por sítio, vila e cidade Estendendo suas mãos Praticando a caridade. É um decreto do Alto Sua peregrinação Para ver se assim alcança De Jesus a salvação Porque é muito sujeito A uma condenação. Renunciar a riqueza Abandonar o governo Dá esmola, amar ao próximo Pedir para Deus Eterno Defender a sua alma Das profundas do Inferno. (...) Quando Alípio completou Seus 15 anos de idade O rei chamou a rainha Pois tinha necessidade De ali, perante os três Se descobrir a verdade. Sentaram-se os três na sala O rei lhe disse: - Meu filho Sua vida é um mistério, Tem um pouco de empecilho Que para vencer, precisa Por na vida um novo brilho! Olhe o Oráculo da sina Leia aí a sua sorte A sua vida terrena E a vida depois da morte; Um homem pra vencer isto Precisa ser muito forte! Alípio disse: - Eu aceito, De todo meu coração Se é decreto de Deus Não tem mais apelação Amanhã começarei Minha peregrinação... Quando foi no outro dia O rei, com toda coragem, Preparou-lhe dois cavalos Um deles com a bagagem E outro com uma sela Para seguir sua viagem. O jovem príncipe viaja e mete-se numa grande enrascada. Uma velha feiticeira o acusa de haver roubado uma taça de ouro. O caso vai a julgamento e o príncipe é condenado à morte: O rei entregou a velha O objeto roubado Sendo feito o julgamento O caso foi encerrado E condenaram o príncipe Para morrer enforcado. Mas o Diabo que sabia Que o príncipe era inocente, Apelou para São Pedro São Gabriel, São Clemente, São João, São Severino, São Joaquim e São Vicente. Porém, sem ordens de Deus Santo nenhum nada faz, Foi aí que ouviram todos A fala de satanás: - Se me soltares, Miguel Eu vou salvar o rapaz! São Miguel disse: - Estás solto Satanás com uma voz desta Disse: - O diabo está solto Hoje eu faço a minha festa Nunca pensei de ganhar Umas férias com esta! O diabo, transformado em Duque, tomou a defesa de Alípio para si porque este, toda vez que acendia uma vela para o Arcanjo São Miguel, acendia também uma velinha para o diabo, que se achava debaixo de seus pés. O rei explica ao “Duque” o motivo da execução do rapaz: Na casa de uma velhinha Onde ele estava arranchado Sumiu-se um copo de ouro, Segundo eu fui informado, Pela velha que o copo O príncipe o tinha roubado. Logo imediatamente Mandei a polícia atrás Disse à velha: - Espere aí Par ver o que se faz E o copo foi encontrado Na bagagem do rapaz! Levei-o a julgamento Depois dele haver jurado Saiu favorável a velha E o copo foi entregado O pobre príncipe sem sorte Hoje vai ser enforcado. Disse o Duque: - Se não fosse Ambos haverem jurado Se fazia um novo apelo Para ver o resultado Poderia até salvar A vida de um condenado! Pois eu tenho aqui um livro De pura realidade No ato do juramento Descobre a pura verdade Será infeliz aquele Que jurar com falsidade. (...) Este romance é uma das melhores produções do poeta Vicente Vitorino de Melo e foi editado pela Tupynanquim em novembro de 2000. Quem quiser saber o desfecho da trama, procure adquiri-lo junto aos revendedores dessa editora. QUEM MONTAR UMA CORDELTECA VARIADA E DE QUALIDADE? TEMOS MAIS 200 TÍTULOS, DE VÁRIOS AUTORES - MAIORES INFORMAÇÕES: [email protected]
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23 de jul de 2010 Será que alguém se irrita tanto quanto eu, com pessoas que dizem poooolítica ?E, são essas pessoas que em geral têm o pior discernimento de democracia e liberdades de expressão, ou seja, são os reaças mesmo! Essa enfase no o (da palavra política) me soou sempre como uma forma pernóstica de se expressar sobre um assunto que, não se tenha simpatia. Logo cedo ouço no rádio dois comentaristas que, se consideram muito formadores de opinião, mas que me transmitem apenas ranço e ódio. Quase não consigo mais ligar o rádio por volta das 9, e 10 horas da manhã em função dessas duas criaturas rançosas falando no rádio. Eles fazem ataques diretos aos partidos que não compactuem com suas idéias. Levantam bandeira contra tudo e todos que assumem posturas de esquerda, indo ao cúmulo de atacar desaparecidos políticos. Hoje ao me acordar fiz musculação caseira. Ela consiste em se aproveitar material de garrafas pet, onde são introduzido material para servir de regulação ao peso desejado para a prática dos exercícios que lhe forem recomendados. Em meu caso possuo duas avaliações, uma do instrutor de natação, outra do Guilherme, personal da ESEF, que foi quem me ensinou a utilizar o material reciclável. Ontem estava muito frio ao final do dia, para se fazer um treino de corrida na rua. Mesmo assim, após nadar por volta de 1 hora, fui correr. A temperatura ficou em torno dos 9 a 10 graus. Confesso que me enxerguei com os olhos de outra pessoa, e eu fiquei me achando muito corajosa por ter atitude de enfrentar aquele frio! Esbarrei pelo André, e o mesmo apenas fazia uma leve caminhada, ao lado de sua namorada. Comentei que avistei de longe correndo só de camisetinha, o Marcelinho fazendo uma corrida de passos largos e mais longos. E, eu creio que, este seja o melhor treino para se aumentar velocidade numa corrida de maior distância, talvez. Vejo notícia de o primeiro debate on line da internet com os presidencíaveis foi cancelado. A justificativa dos organizadores foi da falta de disponibilidade de alguns, dos candidatos. Muito me fiz saudosa ao me deparar, com o então mediador que, seria O Heródoto Barbeiro, do qual eu fui aluna na época de estudante secundariasta, do Colégio/Cursinho Objetivo. Suas aulas de história eram uma maravilha, ele foi a meu ver um dos mais brilhantes educadores em São Paulo, na década de 1970. 21 de jul de 2010 Hoje fiz tudo para sair cedo da cama, e o frio estava violento. Depois de pular da cama, fui ao banheiro olhar pela janela como estava o tempo e tive que abortar a saída para o centro com bike. Motivo: Tudo encharcado lá fora! Apresso o passo e vou caminhando até a parada. Em seguida, avisto um enorme busão vindo, lá vou eu gastar meu dinheiro em passagem. Saudosa de meu meio barato de transporte, a bike que, com chuva e frio se obriga a não sair. Passei algum tempo numa fila pela manhã, depois numa orientação jurídica, e porfim caminhando pelo centro decido ir no poder legislativo, na AL. Creio que, ainda tenha muita gente que, desconheça que lá é possível acessar um computador por 30 minutos, mediante apresentação de documento. É um serviço gratuito, porém oque me levou hoje lá, foi para averiguar se meu pedido de colocação de um bicicletário junto ao estacionamento havia sido aprovado, ou rejeitado. Fiz esse pedido em junho de 2009 e liguei para saber a resposta algumas vezes, mas me diziam que estaria em andamento. Porisso resolvi procurar pessoalmente a Ouvidoria, e soube que meu pedido não havia sido aprovado. Sai bastante chateada com o documento dentro da bolsa. Almoço umas bobaginhas, um pacotinho de mandioquinha tipo batata chips, um peito de frango à milaneza e um gatorade. Enquanto caminhava no centro de Porto Alegre avisto na parte externa do MARGS os baners da exposição de Portinari. Essa exposição que vem nos visitar é imperdível! Ela vai ficar aberta ao público até agosto. Os quadros fazem parte da coleção de Castro e encantam pela sua indescritível beleza, difícil definir com palavras. 20 de jul de 2010 Acho que é bem diferente com paulistanos que migram para fora de seu Estado. Vejo no programa Afinando a língua, o Toni Belotto versa sobre como a vida de muita gente podia se transformar num livro. Foram tantas vezes que imaginei esse feito para oque tenho vivido na minha vida até aqui. Escrevo e ao fundo ouço Natasha, da banda Capital Inicial. A minha história nunca poderia ser contada como fez Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas ele que discorre longamente sobre fatos com o personagem Diadorim. Donada, explica bem esse vai e vem que, tão bem faz o personagem. Todo dia me pergunto que foi mesmo que nos trouxe aqui afinal. Pela ordem foi assim, tinha pouco capital e investiria em algo concreto, nada melhor que em uma casa. Assim o fiz, e foi pensando em trazer comigo uma das minhas paixões que são animais, e eu arranjei tudo para trazer dois grandes cães, um setter inglês e uma akita. Não sou lua, nem loba, mas corro com lobos, e ela, a cadela LUAR Sempre a Meu Lado. Neste filme que conta com nínguem menos que o mega hiper lindo Richard Gere tem a história mais comovente da relação humana com os cães. Fala sobre a fidelidade, sobre a gratidão e amizade. Já que percebo sempre a tendência nas pessoas de copiarem umas às outras, vou aqui também plagiar o bom e velho rock and Raulzito, especialmente no trechinho da letra medo da chuva. Antes lembro que tem um dito ciclone passando por essas bandas, e é esse o motivo de tantos dias com tanta água! Saio sábado de busão, volto e me entoco na baia. Sem a menor chance de sair de fazer algum esporte. Mas, domingo eu quero ver o domingo passar. E acordo disposta a ir à luta, mesmo com o tempo que está, e assim me preparo para caminhar alguns kilomêtros até o meu clube. Só consigo me aprontar depois de algumas olhadinhas na internet, e por fim com todos os requisitos necessários prontos me retiro de dentro de casa. É um domingo chuvoso, as ruas estão encharcadas de água, poucas pessoas caminhando à pé, nenhum ciclista que se preze, tampouco vejo corredores de rua, apenas carros, ônibus, lotações e motoboys(a serviço da comodidade dos que ficam dentro de casa porque chove lá fora)! E faz tanto frio, me dá vontade. Vontade fiquei mesmo foi quando entrei para piscina coberta, e vejo ali, bem na frente de tudo, o aviso da competição de natação, no CEI de Campo Bom. É um complexo esportivo na cidade, muito bonito e que abriga várias modalidades esportivas. Como era neste domingo de manhã me lembrei apenas que, no ano passado eu fui disposta a acompanhar o evento, num dos dias, pois eu não tinha como ir me hospedar para participar dos dois dias de provas. Portanto, me sobrou a alternativa de pegar a bike e sair no pedal sozinha até lá, oque causou grande espanto em todos. Ainda que, como sempre estando de speed eu fui pela BR 116 e ao longo dela, esbarrei em muitos conhecidos, dentre eles alguns bastante amistosos e solicitos, e outros nem tanto. Porém, este ano nem, ao menos poderia ter ido apenas para acompanhar os participantes conhecidos, e que treinam no mesmo clube que eu. Interessante, porque ano passado eu tinha equipe de triatlon e me entrosava bem mais com as agendas de ciclismo, e as de natação. Mas, queria descrever como são diferentes as sensações de se caminhar só em dias chuvosos nesta cidade. Observa-se muitos indigentes sim, parece que eles sempre estiveram nos lugares, porém com pouco movimento temos a impressão de que os estamos vendo pela primeira vez, e isso vem junto com um susto e pavor. Tomo-os por ameaça e fico me imaginando em perigo portando tantas coisas que encima da bike se fazem desnecessárias. Já fui perseguida numa tarde chuvosa quando ia ao meu acupunturista e estava pedalando no trânsito da avenida Ipiranga, altura da Vicente da Fontoura e abruptamente fui abordada por um homem de cor, pedalando num cafão e dizendo-me que era assalto, para descer da bike que estaria me apontando uma arma e tudo mais. Enfrentei-lhe, e a mais outro comparsa que, veio em seguidinha se juntar com o meliante. Me enchi de razão, pois notei que estava numa avenida movimentada e que o covardão nem arma tinha. Me arrisquei a xispar de suas vistas, mas não sem antes gritar com ele, que era tudo UM ABSURDO! É, eu perdi o meu medo, o meu medo da chuva, pois a chuva voltando prá terra trás coisas do ar.
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Moderado/Restrito: Para participar deste grupo, usuários necessitam da aprovação de seus administradores Invisível: Este grupo NÃO é visível no diretório de grupos Descrição ATENÇÃO! Esta lista de discussão mudou para outra página: http://lista.asfaci.org.br/listinfo.cgi/circomunicando-asfaci.org.br Envie breve apresentação para [email protected] e participe dos debates. O Circomunicando é um fórum virtual criado e administrado pela Associação de Famílias e Artistas Circenses - Asfaci, para discussão de assuntos ligados ao mundo do Circo: debates, busca de pessoas, contratos, notícias e informativos. Convide um circense para debater junto aos demais. Contatos da ASFACI: [email protected] Av. Pe. Francisco Sales Colturato, 314 - Sala 2 - Centro - CEP 14802-000 - Araraquara - SP (16) 3331-5352 Skype: Asfaci
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Ortomolecular/Biomolecular Um pouco mais sobre medicina ortomolecular 05/10/2005 Em meados dos anos 50, algumas décadas após a descoberta de que o oxigênio presente no ar era essencial à vida, autores como Gershman e Harmann apontaram os seus efeitos tóxicos, através dos radicais livres de oxigênio, moléculas altamente tóxicas que podem levar à doença, ao envelhecimento e à morte. Esses conceitos revolucionários trouxeram várias dificuldades aos seus autores na sua relação com a comunidade científica da época, ainda voltada para os seus efeitos na respiração. Posteriormente, em 1969, Mc Cord e Fridovich descobriram enzimas antioxidantes no organismo humano, que combatiam os efeitos tóxicos do oxigênio (as superóxido dismutases) que confirmaram as hipóteses anteriores, dos efeitos tóxicos dos radicais livres. Outros também foram descritos com ação semelhante, sem ligação com o oxigênio como, por exemplo, radicais livres da fumaça do cigarro. O termo Ortomolecular foi criado por Linus Pauling, cujo significado era o de que as moléculas deviam ou poderiam estar organizadas, em nosso organismo. Devido à precariedade de informações e de pesquisa na área, durante vários anos alguns médicos passaram a fazer uso, tanto nos Estados Unidos e posteriormente fora, de substâncias anti-oxidantes com resultados clínicos por vezes surpreendentes, mas a falta de um embasamento científico racional colocava essa prática na categoria das medicinas alternativas e anedóticas da medicina. O tempo passou e as pesquisas evoluíram bastante nessa área. Publica-se atualmente um número muito grande de artigos com a palavra chave de “radicais livres”, relacionada a qualquer especialidade médica. “Não há área da medicina em que, por um motivo ou outro, não haja envolvimento dos radicais livres em alguma etapa do mecanismo de geração de doenças e do envelhecimento”, afirma o médico Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, professor de Clínica Médica da Unifesp e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular. Essas novas informações desembocam, na verdade em várias partes, inclusive nos hábitos alimentares, muito questionados atualmente em função da obesidade que está assumindo proporções inimagináveis. Minerais, vitaminas e íons metálicos tóxicos são a base para o exercício da Medicina Ortomolecular, atualmente, já consolidada e com bases científicas bastante avançadas. Vanessa Mingati Mastro- Bemstar O Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva é Professor Assistente da Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e também é especialista em Infectologia e Nefrologia pela própria Escola Paulista de Medicina (Unifesp), tendo sido também Médico do Hospital Emílio Ribas por mais de 20 anos. Há 18, é membro da Sobramo (Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular).
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Restaurantes dão sinais de recuperação O desempenho dos restaurantes parou de piorar e aparecem os primeiros sinais de que ganhos de rentabilidade podem estar voltando, após a mais grave crise da história deste mercado nos últimos 15 anos. O faturamento parou de cair, mas o crescimento real das vendas virá apenas em 2017.